Se é para ser ator...

Olá caros leitores, me chamo Luis Filipe, mas todos me chamam apenas de Filipe e é assim que prefiro. Atualmente tenho 28 anos, mas o que vou relatar hoje começou há 10 anos atrás, em 2014.
No auge dos meus 18 anos e sem muita perspectiva de futuro, decidi sair do interior de São Paulo em busca de boas oportunidades no Rio de Janeiro. Minha tia mora em um bairro simples de Niterói e me acolheu para que eu pudesse tentar minha vida lá. Comecei a estudar para os vestibulares e arrumei um emprego temporário de vendedor em uma loja de chocolates muito conhecida por todos. Mas o meu sonho mesmo sempre foi ser ator, esse foi o motivo principal de eu ter insistido tanto para que minha mãe permitisse que eu me mudasse para o Rio, afinal, as oportunidades nesta área, pra quem mora em solos cariocas, é muito maior.
Logo comecei a procurar cursos de teatro pela região, que tivessem um custo baixo, mas a minha intenção real era conseguir alguma bolsa, um curso onde eu não precisasse pagar nada pois a grana estava curta. Busquei incessantemente nos primeiros meses e não tive sucesso, todos eram caros e meio longe de Niterói, lá na capital mesmo. Acabei desistindo por um período.
Certo dia, estava no trabalho e fui atender uma mesa com dois homens um pouco mais velhos, na casa dos 50 eu diria, mas muito bem arrumados e com ótima aparência. Peguei o pedido, dois cafés e duas trufas, voltei e enquanto servia, um deles comentou que eu parecia bem novo, tinha cara de colegial.
De fato, naquela época eu tinha uma aparência bem juvenil pois sempre fui bem magro, quase não tinha barba, apenas uns pelinhos espalhados e uma cara de assustado, afinal, estava vivendo uma vida adulta completamente nova, em outro estado e longe da minha mãe. Mas apesar de magrelo, sempre me considerei um moleque atraente, pois sou alto na casa dos 1,85, definido, todo durinho e com os músculos aparente, devido a falta de gordura pelo corpo. Bonito? Não sei dizer, mas pelo menos gostoso eu sei que sou.
Enfim, depois que servi os dois homens prontamente pediram mais coisas e fui buscar, quando voltei puxaram mais assunto, perguntando de onde eu era, há quanto tempo trabalhava ali e coisas do tipo. Achei que eram apenas dois senhores querendo papear, sem mais o que fazer no meio de uma tarde, e respondi tudo e fiquei ali trocando uma ideia com eles. O papo se estendeu até o momento de eles irem pagar pra ir embora. Enquanto o grisalho pagava, o outro moreno me perguntou coisas da vida, sobre o que eu sonhava, afinal era nítido que eu não queria passar o resto da vida sendo funcionário da Cac*u, enfim, respondi que meus planos eram passar em uma faculdade federal para ter um diploma e em paralelo a isso ir atrás do meu sonho de atuar, fazer teatro e quem sabe tv e cinema. Foi aí que, para minha surpresa, o cara se revelou como diretor de teatro. Na verdade, os dois, sendo que o grisalho era sócio de um dos maiores teatros do Rio de Janeiro. Assim que ouvi essa informação já fiquei com brilho nos olhos e o moreno disse pra eu passar lá, quando tiver um tempo, para realizar um teste e quem sabe ingressar em uma das duas peças que estavam para começar, nisso ele me deu o cartão com o telefone dele e o endereço do teatro.
Naquele dia voltei pra casa até mais animado, fui checar informação sobre o teatro, vi que realmente era um dos mais famosos no rio e acabei achando o perfil dos dois diretores no facebook. Eles eram bem famosos, já haviam trabalhado com outros diretores de tv ainda mais famosos que eles, com atores de várias emissoras e até com um ator brasileiro que seguiu carreia internacional. Enfim, gostei muito da ideia e já logo mandei mensagem, fui respondido no dia seguinte marcando o meu teste para o fim daquela semana a tarde. Solicitei uma folga para aquele dia e fui.
Durante o percurso, que leva uma hora e meia entre Niterói e Rio, fui o tempo todo pensando em como poderia estar prestes a ganhar uma oportunidade de verdade, não apenas um trabalhinho como vendedor ou algo assim, eu estava prestes a conseguir de fato algo que eu sempre quis, a oportunidade de estudar teatro, de viver esse mundo. Meus pensamentos voavam...
Chegando no local, me surpreendi com aparência pois nas fotos o lugar era lindo e glamouroso, mas ao vivo parecia um prédio desgastado, antigo. Fui caminhando, seguindo o piso de madeira até uma recepção onde havia uma secretária, informei meu nome e ela disse que eu poderia seguir até o segundo andar, onde os testes seriam realizados. Após subir os lances de escada, entrei em uma grande sala, enorme na verdade, parecia o auditório da escola onde estudei, cadeiras de madeira infinitas, um palco enorme e na frente dele, um pouco abaixo, uma bancada, tipo aquelas de talent show britânicos. Ali estavam sentados três pessoas: o senhor moreno, que vou chamar de Jorge, ao lado do senhor grisalho sócio do teatro, que chamarei de Fred e também um rapaz mais novo que eles, na faixa dos 30 anos, que depois descobri que se chama Ulysses. Haviam 2 pessoas no palco realizando um teste que logo terminou, e o Jorge já veio na minha direção me cumprimentando e me entregando um papel, ele disse que eu apresentaria aquele monólogo para eles em alguns minutos e que eu deveria dar uma pequena ensaiada. Prontamente fui para um canto mais reservado e decorei aquilo tudo com a minha vida. 20 minutos depois, Jorge me convoca ao centro do palco, as duas pessoas que estavam fazendo teste antes de mim, desceram e se sentaram na plateia o que me deixou um pouco mais nervoso, afinal meus possíveis concorrentes iriam me assistir também. Fiz o monólogo colocando o máximo de emoção possível, e assim que terminei ouvi um obrigado do Fred grisalho, que pediu para que eu descesse do palco.
Os três homens conversaram por alguns minutos e logo depois pediram para que eu e os outros dois candidatos subíssemos no palco. Eles nos agradeceram, disseram que ainda tinham mais alguns candidatos para analisar e o Fred disse que qualquer coisa entraria em contato. Nisso eu pensei “que droga, tá parecendo aquelas entrevistas de emprego em que o entrevistador te despacha pra nunca mais te ver”.
Fui pegar minhas coisas, os outros dois já foram indo embora na minha frente quando escuto um “Filipe vem aqui por favor”. Era o Jorge me chamando. Fui até o canto da bancada e ele disse:
- “Nós gostamos muito do seu teste, assim como os demais, porém os outros meninos são mais velhos, mais experientes e já estudaram teatro. Você é novato, cru e certamente já seria descartado comparado a eles. O que te manteve aqui foi o fato de você ter EXATAMENTE o perfil físico de um futuro personagem que estamos buscando para uma peça. Precisamos de um rapaz jovem, alto, esbelto e que tenha essa cor moreno natural, típico de cariocas”.
Apesar de eu nem ser carioca, todos sempre acham que sou devido a minha cor, moreno mais escuro. Fiquei ouvindo aquilo que ele me diz e parece que a esperança voltou a reinar em mim...perguntei:
- “Mas o que eu posso fazer? Consigo estudar para melhorar? Consigo ir treinando em casa? Infelizmente eu não tenho dinheiro para pagar um curso, nem aqui com vocês nem em outro lugar,”
Jorge então explicou:
- “Calma , garoto. Nós estamos aqui pra te ajudar... Você tem o perfil que queremos e certo talento, nós temos os recursos. Podemos te lapidar, como um diamante bruto. O que você acha, Fred?”
Nisso, o grisalho que separava uns papéis parou, abaixou um pouco o óculos, me olhou de cima abaixo e falou:
- “Não vejo em você o brilho que o Jorge está vendo... está mesmo disposto a isso, meu rapaz? O quanto você deseja isso?
Eu olhei para ele com um cara de cachorro pedindo comida, e comecei a dizer tudo aquilo que eles já sabiam, que era o meu sonho atuar, viver esse mundo, me tornar um grande ator, poder ser bem remunerado, ajudar minha mãe, quem sabe traze-la para o RJ, viver com ela em uma casa só nossa e não depender da minha tia, enfim... falei tudo muito rápido e embolado como se minha vida dependesse daquilo. O Jorge então disse:
- “Veja bem garoto, não é disso que precisamos, vontade e necessidade todos nós temos, muitos jovens cariocas querem ser atores. Mas a pergunta é, existe talento? Existe alma e dedicação para viver isso?
O grisalho completou:
- “O que precisamos saber é se realmente você está pronto pra começar essa jornada. Sobe naquele palco, pega esse texto e vamos fazer mais alguns testes.”
Eu li mais dois monólogos, estava um pouco nervoso e não senti que fui bem. Ficou um clima meio tenso no ar, como se eu estivesse sendo friamente analisado, não sei explicar.
Fred grisalho então disse:
- “Você está tenso, precisa relaxar e se soltar. Só temos nós três aqui e o operador de luz lá em cima, não tem porque ficar assim. Vou pedir para o Ulysses subir para fazer uma cena rápida com você, os dois de cueca por favor.”
Eu ouvi isso e pensei: O QUE? Vou ficar de cueca aqui com o outro cara?
Minha cara foi de espanto e o Fred logo disse:
- “Qual o problema, jovem? Se incomoda em fazer uma cena de cueca? Sabe que para ser ator, não podem existir inibições, certo? Olha para o Ulysses, ele é um dos nossos atores mais antigos, já esteve em várias peças da casa, novelas e até algumas participações em cinema.”
Nisso, o tal do cara já estava tirando as roupas e subindo no palco só de cueca.
O próprio Ulysses continuou: “Não tem que ficar tenso moleque, tira logo essa roupa e vamos mostrar pra eles que tu tem potencial.”
E deu uma piscadinha de incentivo. Aquilo realmente me incentivou. Me despi e foi um contraste de corpos afinal, Ulysses era branco como leite, um corpo forte e másculo, com muita massa muscular, um peitão avantajado e completamente depilado.
Já eu, definido, mas magrelo, morenão e pelos no peito e no caminho da felicidade, fora a pentelhada lá em baixo, mas graças a Deus aquilo ninguém ia precisar ver. Enfim... os dois de cueca e a cena aconteceu.
Durou uns 7 minutos, incluindo as pausas e as dicas de Jorge e Fred. No final, fomos aplaudidos e o Ulysses desceu do palco e começou a se vestir.
Eu ia fazer o mesmo, mas Fred exclamou:
- “Pera lá, jovem! Você se saiu bem mas com um puta ator do seu lado. Agora eu quero ver você caminhar com as suas próprias pernas. Faz esse monólogo aí.”
Jorge levantou e me entregou mais um papel. Uma cena rápida de 50 segundos, eu fiz.
Então Fred falou:
- “Você tá se saindo bem, mas pro papel que estávamos cogitando te oferecer, você teria que ficar pelado. Algum problema com nudez? Visto que só pra estar de cueca já foi meio assustador”. Ele riu.
Eu disse:
- “Pe...pelado? Peladão, sem nada mesmo?”
- “É garoto, pelado, sem roupa. Nudez artística. Tudo bem pra você?”
- “Eu a..ach... eu acho que sim.”
- “Então vamos testar isso agora. Tira essa cueca agora e joga ela ali no canto.”
PUTA QUE PARIU. Pensei, vou ter que ficar nuzão aqui, agora, na frente desses 3 desconhecidos, na verdade 4 né? Porque ainda tinha o cara da luz. Percebi que estavam todos na expectativa, não pude pensar muito, só foi... Abaixei minha cueca, chutei ela pro canto e coloquei as mãos tampando meu pau. Puta que pariu, fiquei olhando pra baixo, envergonhado pra caralho vendo que estava com a pentelhada grande demais. Se eu soubesse que existia a menor chance de isso acontecer eu teria ao menos me depilado antes. Não que seja um grande problema, afinal tenho 13 centímetros de rola mole, quando cresce chega nos 20cm. Mas a questão é mais sobre higiene, aparência mesmo... enfim, não teve jeito. Eu estava ali, pelado, sem nenhuma roupinha apenas tampando meus genitais com as mãos.
Foi quando Fred falou:
- “Muito bem, rapaz. Agora tira essas mãos daí, relaxa o seu corpo, mexe esses braços e alivia a tensão. Mostra pra ele como é uma postura relaxada, Jorge.”
Jorge respondeu: - “Pode deixar”, e desceu da bancada indo até o palco. Quando chegou até mim, tirou minha mão e começou a balançar meus braços, com intuído de me fazer relaxar. Ali não tinha como me esconder mais, estava exposto, sendo sacudido e com o piru balançando junto.
Fred levantou e veio em nossa direção, fazendo sinal com a cabeça para que Jorge descesse do palco e voltasse para a bancada. Quando chegou perto de mim ficou me analisando, pediu para que eu desce uma volta, abaixou os óculos novamente e deu uma encarada no meu pau, que por algum motivo nesse momento começava a ficar meia bomba.
Disse, então: - “Filipe... é Filipe, né? Temos que lidar com a nudez da maneira mais natural possível, pois essa será a temática da nossa futura peça que estrearemos no próximo semestre. Você, aparentemente, está lidando bem com isso.”
Continuou: - “Além do seu físico, você também tem um genital bom para o personagem. Precisamos um homem que represente a jovialidade e virilidade, que tenha um tamanho bom de pau e de saco, pelo que estamos vendo, você tem tudo isso. Me permite?”
Nisso o grisalho tocou de leve com a ponta do dedo na cabeça do meu pau, que estava semi-exposta e deu uma balançada, antes mesmo de eu permitir. Mas quando fiz o sinal que sim com a cabeça, ele segurou firme nas minhas bolas e foi inevitável, meu pau ficou duro.
Ele falou: - “Viram, só? É disso que precisamos, desse sangue jovem, que tá prontamente pronto pra qualquer batalha” riu e deu uma apertada no meu pau, que já deu indícios que soltaria a primeira baba.
Percebi que Jorge e Ulysses cochichavam algo na bancada, talvez sobre a minha situação, ali excitado diante de tudo aquilo. Ou talvez qualquer outra coisa, sei lá. Minha mente só estava atordoada com tudo aquilo que estava acontecendo. Foi quando eu ouvi:
“VAMOS FECHAR, A OPORTUNIDADE É SUA”.
Então eu falei: - “Vou ficar o papel?”
Fred respondeu: - “Você vai começar um treinamento preparatório de atuação, vai participar do curso de expressão 2x por semana e então, vamos definir se o papel ficará com você definitivamente. Mas até lá, você já vai ensaiando com os membros da peça.”
Eu não acreditei, fiquei pasmo e sem reação. Nisso, Jorge e Ulysses subiram no palco para me parabenizar, eu fiquei tão feliz que não entendi o que estava acontecendo e só fui dar um abraço no Jorge, sem perceber que estava nu e com o pau meia bomba. Depois dei um abraço no Ulysses, só que ele me abraçou só com um braço, o outro ficou meio que na frente do corpo dele e consequentemente encostou no meu pau, senti dar uma esfregada, não se se foi proposital, mas acabei ficando duro de novo, pois foi um abraço mais demorado. Por fim, Fred falou:
- “Vem aqui, meninão. Deixa-me te parabenizar”
Veio então em minha direção e me deu um abraço que como consequência, deixou uma marca de baba em sua camiseta, já que meu pau encostou bem em sua barriga próximo ao umbigo. Porra, que vergonha.
Mas enfim, vesti minha cueca. Me despedi de todos e ouvi um: “esteja aqui amanhã ás 20h para o nosso primeiro ensaio.” – disse Jorge.
- “Também estarei aqui.” – completou Ulysses.
Voltei para casa e durante o todo caminho pensei em como o constrangimento de ter ficado nu para desconhecidos simples desapareceu, dando espaço para o sentimento de felicidade em estar um pouco mais próximo da realização do sonho da minha vida, até então.
Mas também me questionei sobre o fato de ter ficado excitado naquela situação. Se talvez eu fosse gay. Eu nunca tinha ficado com homens, apenas mulheres. Já havia comido muitas bucetas lá no interior onde eu morava, e sempre gostei. Mas confesso que via vídeos gays e bundas de homens me excitavam muito. De repente, me veio uma imagem de como seria o rabo do Ulysses, branquinho, liso... caralho, fiquei duro de novo dentro do busão.
Cheguei em casa, contei a novidade para minha tia que ficou muito feliz, tomei um banho e deitei, fiquei pensando em como seria o dia seguinte no meu primeiro ensaio...
CONTINUA...

Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario engmen

engmen Comentou em 25/06/2024

Um enredo envolvente e bem escrito, merece ser acompanhado.

foto perfil usuario morsolix

morsolix Comentou em 22/06/2024

Bem escrito.Vc está contando algo bem comum no meio teatral e excitante..Espero ler a segunda parte.

foto perfil usuario renner1960

renner1960 Comentou em 21/06/2024

Tá ficando excitante.




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


215481 - Comi a japinha do Oxxo - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
215478 - Se é para ser ator... #4 - Categoria: Gays - Votos: 3
215390 - Se é para ser ator... #3 - Categoria: Gays - Votos: 5
215314 - Se é para ser ator... #2 - Categoria: Gays - Votos: 9
215241 - Meu vizinho, meu anjinho #1 - Categoria: Gays - Votos: 6
215240 - Flagrado nu pela loirona - Categoria: Heterosexual - Votos: 2

Ficha do conto

Foto Perfil flipper
flipper

Nome do conto:
Se é para ser ator...

Codigo do conto:
215242

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/06/2024

Quant.de Votos:
11

Quant.de Fotos:
0