Se é para ser ator... #2

O dia seguinte demorou muito pra passar. Olhei as horas por diversas vezes, a cada cliente que entrava e saía da loja. Mas finalmente deu o meu horário e fui tomar uma ducha antes de ir embora, pois estava indo direto do trabalho para o teatro. O banho não adiantou de nada, pois com o calor massacrante que faz no Rio de Janeiro, antes mesmo de pegar o ônibus eu já estava todo suado.
Cheguei no teatro e já fui logo pegando o caminho do auditório, mas ao chegar lá não encontrei ninguém. Pensei, ué? Será que eu entendi certo? O Jorge tinha dito pra eu vir hoje, às 20h, não foi isso? Como não tinha ninguém na recepção quando eu cheguei, simplesmente fui direto pra onde eu achei que seria. Saí do auditório e fui caminhando pelos corredores, enquanto mandava uma mensagem para o WhatsApp do Jorge, mas antes que eu enviasse cruzei com o Ulysses no corredor.
- “Eaaaaaaaaaí novato, como é que tá?” ele me saudou abrindo um sorrisão.
Eu sorri de volta e respondi:
- “Fala cara, tudo bem? Onde é que tá todo mundo? Tô vindo lá do auditório e não encontrei ninguém.”
- “Irmãozinho, hoje a aula é de expressão facial e como tem poucos alunos, o Jorge ministra em uma das salas do terceiro andar. Com esse calorão que tá fazendo é até melhor, já que lá o ar condicionado é mais potente.”
- “Verdade tá demais mesmo, eu tô pingando olha isso”, levantei minha camiseta para secar o suor da testa e reparei no olhar de Ulysses direto no meu abdômen. Ele viu que eu notei a secada que ele me deu e então puxou papo:
- “Como você se sentiu depois da audição de ontem? Ficou tranquilo com a situação?”
- “Na hora eu me senti um pouco estranho, nunca tinha ficado pelado na frente de ninguém, assim, sem ser pra uma mina, sabe? Nem no exército eu tive que tirar a roupa, os caras já me dispensaram logo de cara.”
Ele riu me chamando de sortudo por ter me livrado do alistamento e completou:
- “Não precisa achar estranho, aquilo acontece com todo mundo no primeiro dia. Eles (Jorge e Fred) fazem isso pra identificar de cara quem tem a alma do negócio. Não adianta investir em um ator que não se entrega, consegue me entender?”
- “Claro, eu entendo.”, respondi.
- “Você está sendo um investimento, pra eles. Afinal é como se você tivesse ganhado uma bolsa de estudos aqui e de quebra ainda pode ingressar numa peça. Eles ficaram bem animados com você.”
Eu ouvi aquilo e fiquei empolgado, meus olhos brilhantes falavam por si. Quando percebi já havíamos chegado na sala onde seria aula.
Entramos e haviam umas 12 pessoas na sala. Todas meninas, apenas mais um garoto mais ou menos da minha idade, claramente gay, além do Ulysses e do Jorge, que começou a aula explicando alguns conceitos básicos sobre como se portar diante de um ensaio para uma peça teatral. Na sequência tivemos vários exercícios de atuação e finalmente chegamos na parte de expressão facial em cena. Me saí muito bem durante toda a aula e só ouvi elogios, tanto de Jorge quando de Ulysses. Em alguns momentos, percebi que Ulysses estava dando mais auxílio para as meninas, enquanto Jorge estava mais focado em mim e no outro garoto, então pensei que talvez ele fosse hétero mesmo e eu que tivesse fantasiado pensando no rabo branco e gostoso que ele deve ter. Enfim, voltei pro foco da aula e quando vi, já eram 22h. Hora de ir embora.
Enquanto todos estavam pegando suas coisas e indo embora, Jorge chegou de canto e me falou:
- “Meu grande Filipe, você se incomoda de ficar mais meia hora hoje comigo e com o Ulysses? O Fred pediu para que a gente comece um intensivo especial com você.”
- “Claro, sem problemas.”, respondi sem pestanejar. E completei: “Um intensivão vai me ajudar muito.”
- “Sabe como é, né? Nós temos grandes planos pra você, um papel bem importante em uma das peças que vai estrear em breve, só que você ainda tá cru, precisa aprender muita coisa.”
E nisso ficamos ali papeando um pouco enquanto a galera saía do teatro e o Ulysses os acompanhava. Quando ele retornou, avisou o Jorge que já tinha trancado o teatro e que poderíamos começar. Estávamos só nós três ali e Jorge disse:
- “Bom meus garotos, o intensivo de expressão facial do Filipe vai ser para que a gente teste os níveis de intensidade que ele consegue colocar em cada expressão de sentimento. Mas antes, vamos ficar mais a vontade, né? Todo mundo já foi embora, vamos relaxar.”
Ele abriu o frigobar que ficava próximo da mesa dele, tirou uma lata de cerveja, perguntou se o Ulysses queria uma, o mesmo negou e aceitou uma lata de água tônica, depois Jorge me perguntou se eu bebia algo, falei que não tomava nada alcoólico e ele me ofereceu um refrigerante zero açúcar, aceitei.
- “É ótimo você não beber, meninão. Primeiro pra se manter saudável e segundo pelo físico, não precisamos de atores com barriga de chope por aqui”, Jorge riu e continuou:
“Bora tirar um pouco dessas roupas, eu disse que era pra RELAXAAAAR, lembram?”
Nisso Ulysses tirou a camiseta e eu fui no embalo, tirando a minha também e ficando só de calça bermuda jeans.
Os exercícios começaram e Jorge sempre utilizava primeiro o Ulysses para exemplificar o que ele queria que eu entregasse. Expressões de tristeza, de dor, de felicidade, de falsidade, de carisma. Tudo basicamente o que já havíamos feito na aula com a galera. Foi quando Jorge veio dizendo:
- “Filipe, tá na hora de intensificarmos os seus sentimentos, para que eu posso analisar todas as suas expressões de maneira minuciosa, tudo bem?”
Respondi que sim e ele mandou que tirasse a calça e ficasse só de cueca, não entendi muito bem qual era o objetivo, mas só obedeci. Ele fez com que eu sentasse em uma cadeira enquanto foi até a mesa dele e tirou da gaveta um chicote, aqueles pretinhos, longos e todo revestido em couro. Pensei fodeu, esse cara vai começar a me chicotear aqui. Mas então ele falou:
- “Nós vamos começar medindo as suas expressões de desconforto, dor e raiva, beleza garoto? Fica tranquilo que eu não vou te machucar, só vai doer um pouco, mas eu sei que você é macho e vai aguentar, né?”
Respondi que sim mesmo tendo total incerteza se eu iria aguentar ou não, uma vez que sempre fui mais sensível a dor.
Então ele começou a dar umas chibatadas na minha coxa, de leve, e eu nem senti. Depois, aumentou um pouco a intensidade, batendo com mais força e eu reclamei um pouco, tudo isso com o Ulysses analisando minhas expressões e anotando em uma prancheta. Em seguida ele pediu pra que eu levantasse, pediu licença e começou a tocando nos meus mamilos, com as duas mãos, eu meio que comecei a ficar excitado, mas na sequência ele começou a apertar muito forte os biquinhos das minhas tetas e eu dei uma gemida, levando embora qualquer sensação de prazer e deixando somente a dor ali.
- “Muito bem garotão, chega de fazer você sofrer, vou guardar isso aqui.”
Ufa, lembro de respirar aliviado.
- “Agora é o seguinte Filipe, nós vamos captar suas expressões de saudade, felicidade. Primeiro eu quero que você feche os olhos e me conte com detalhes um dos momentos mais felizes que você teve com a sua mãe.”
Fiz o que ele pediu e comecei a dar um breve relato de momentos em que minha mãe me levava no parque da cidade em que morávamos, e logo depois no cinema, comprava vários doces e pipoca, e eu que sempre adorei guloseimas e filmes, me divertia demais. Nesse momento eu contava essas coisas sorrindo, expressando felicidade e ao mesmo tempo saudade, afinal eu já estava há alguns meses sem ver minha mãe.
- “Ótimo meninão, agora nós vamos captar suas expressões de tesão. Quero que você nos conte um pouco de como foi sua última experiência sexual.”
Fiquei meio inerte nesse momento, eu não sabia que eles precisavam captar esse tipo de expressão. Porra, como que eu ia falar pra eles da minha intimidade desse jeito? Eu tinha que ser sincero e falar sobre a última experiência mesmo? Contar que transei com a vizinha da minha tia e que durou 3 minutos? Caralho, que vergonha, não. Ou eu deveria contar sobre a minha namoradinha lá do interior e das fodas que dávamos nos fundos do quintal dela? Viajei nos meus pensamentos e nem percebi que o tempo tinha passado. Percebendo meus longos segundos calado, Jorge falou:
- “E aí garoto, aloooooou, tá por aí ainda?”
- “To, desculpa. É que me pegou de surpresa e como faz tempo que eu não transo, tive que buscar na memória, mas vamos lá...”
Inventei essa desculpa e comecei a descrever como havia sido a última vez em que eu fodi a Duda, minha ex-namoradinha lá do interior. Contei com detalhes, deixei a vergonha de lado e em certo momento até bateu uma saudade dela, mas zero excitação. Acho que eu estava muito concentrado e esqueci de relaxar, enfim, eles perceberam.
Quando eu terminei de contar o Jorge falou:
- “Beleza, entendi. Obrigado por contar, mas, acho que estou pensando a mesma coisa que você, né Ulysses?”
Ulysses completou:
- “Sim, Filipe, você não conseguiu esboçar nenhum tipo de reação contando isso pra gente. Não sabíamos se você estava com tesão, com saudade, tenso. Acho que você se concentrou demais em nos contar essa história que esqueceu de simplesmente sentir o que ele representou pra você.”
Jorge seguiu:
- “Vamos fazer o seguinte, precisamos elevar o seu nível de relaxamento. Tira essa cueca, abre as pernas e libera esse pauzão e esse saco. Agora resgata aí na sua memória a última punheta que você bateu, mas punheta brava mesmo, aquela que você gozou farto.”
Eu pensei caralhooo, vou ter que ficar pelado de novo. Mas po, já estava quase beirando a normalidade aquilo. E pra quem já estava de cueca, ficar nuzão era um pulo. Tirei a cueca, chutei pra longe e estava ali, sentado de pernas abertas, meu saco quente encostando na cadeira e o meu piru mole caído por cima. Tentei buscar na mente qual havia sido a último vez que eu tinha me masturbado, não lembro no que eu tinha pensado, mas me apeguei na sensação e fui pensando na bunda branca do Ulysses, abri os olhos de vez em quando e olhava pra ele ali, na minha frente, sem camisa e com uma prancheta na mão, me olhando também, aquilo tudo estava me gerando uma excitação e enquanto eu relatava para eles como havia sido minha punheta, meu pau foi ficando meia bomba e dando pequenos sinais de vida, umas leves pulsadas.
- “Ótimo garoto, agora sim. Estamos chegando quase no ponto que a gente precisa.” Disse o Jorge, e continuou: - “Agora quero que levante.”
Fiz. Fiquei em pé, olhando para o chão, com a pentelhada, a piroca e as bolas expostas para os dois ali naquela sala.
- “Nós vamos fazer o seguinte, você vai pensar em algo que te excite muito, algo que você queira muito fazer, o que já tenha feito e que te levou ao delírio. Eu vou passar isso aqui em você...”
Ele foi caminhando novamente até a mesma e dessa vez tirou da gaveta um tubo de lubrificante íntimo. Voltou até minha e continuou explicando:
- “Vou te dar um pequeno estímulo passando isso aqui na cabeça no seu pau...”
Antes que ele pudesse continuar eu interrompi e falei:
- “Peraí cara, você vai bater uma pra mim? Eu não sou gay. Parou.”
Ulysses percebendo a minha negação, se manifestou dizendo:
- “Filipe, não é isso. Ninguém vai te masturbar aqui. São só pequenos estímulos pra gente chegar naquilo que estamos buscando. Você lembra qual o propósito disso aqui?”
- “Mas isso é mesmo necessário? Eu já não demonstrei minha cara de tesão pra vocês?”
- “Eu estou anotando tudo aqui e pela minha análise você não foi expressivo o suficiente.”
Jorge então falou:
- “Escuta garoto, se isso for um incômodo pra você não precisamos continuar, tudo bem? É que eu estou seguindo o protocolo de acordo com o que o Fred pediu. Ele é quem vai dirigir as nossas futuras peças então se ele tá pedindo isso, é porque de fato vai ser necessário, entende?
- “Tá, beleza, tudo bem.”, disse cedendo.
Foi então que Jorge pegou o tubo de lubrificante, lambuzou os dedos de sua mão, polegar, indicador e médio e veio até mim passando pela cabeça do meu pau. Uma sensação estranha ter um senhor negro, com barba grisalha, que poderia ser meu pai ali, alisando meu bilau. Se fosse o Ulysses com certeza seria mais interessante.
- “Agora vai, começa, conta pra gente uma puta tara que você tem...”
Comecei a falar: - “Eu tenho vontade de comer uma puta, branquinha, que tenha um peitão farto e uma bunda gostosa, lisa, branquinha, abrir ela dar de cara com um cuzinho rosado.”
Estava falando tudo aquilo pensando na verdade no Ulysses, e ele mal sabia. Enquanto isso Jorge seguia fazendo movimento circulares pela minha glande, e aquilo estava gostoso demais.
Continuei: - “Dar uma linguada num cuzinho rosa, deixar ele bem babado, meter um dedinho junto com a língua, depois dois dedos, três, ir abrindo ele preparando pra receber meu pau.”
Estava relatando tudo aquilo de olhos fechados, então eu abri e vi que o Ulysses estava olhando aquilo sem anotar mais nada, com os olhos fixados na minha piroca que estava dura pra caralho, com a cabeçona lustrada de baba e lubrificante e o coroa do Jorge lá, manipulando a cabeça da minha jeba. Puta que pariu, que situação esquisita mas que tesão da poooorrrrrrraaa...
Reparei que o Ulysses estava de pau duro, marcando no shorts, aquilo me deixou com mais tesão ainda, soltei um gemido baixo, meio tímido mas inevitavelmente meu pau começou a pulsar mais e mais, implorando por uma punheta bem feita, e aquele velho só alisando e alisando.
Foi então que eu falei:
- “Caralho, acho que eu vou gozar...”
- “Captou, Ulysses? Anotou tudo sobre a expressão dele?” disse Jorge
- “Cla...claro. Tudo anotado aqui.” Respondeu Ulysses, pegando de volta a prancheta que tinha deixado em cima da mesa. Ele não estava anotando nada, tinha simplesmente ficado enfeitiçado vendo minha piroca de 20 cm duraça ali na mãos daquele coroa.
Jorge então falou:
- “Chega meninão, vamos parar por aqui. Missão cumprida. Vale lembrar que nada disso aqui é com intuito ou contexto sexual. Estávamos apenas buscando sua última captação expressiva, o tesão no auge. Conseguimos.”
Ele soltou meu pau, que ficou pulsando no ar, pedindo pelo amor de Deus pra que continuasse. A vontade de por leite pra fora era muita. E tudo isso ali, numa sala, com dois machos. Puta que pariu, minha mente estava uma loucura. Confusão nível master.
- “Veste sua roupa, já passamos das 23h.” disse Jorge.
- “Caralho, parceiro, a hora voou.” Completou Ulysses, que começou a se vestir parecendo estar com pressa.
Comecei a me vestir também, não sei como ia fazer pra ir embora com aquela piroca dura daquele jeito, tentei posicionar pra direita, ajeitei na cueca, coloquei o shorts, a camiseta, Jorge fechou a sala e fomos saindo do teatro.
Assim que saímos havia um carro parado na frente, não deu pra ver quem estava dentro mas logo descobri pois Ulysses disse:
- “Falei pro meu namorado que ia sair ás 22h. Uma hora ele me esperando coitado. Tchau gente, até a próxima.”
Nos despedimos e ali eu tive a confirmação de que Ulysses é gay, gay pra caralho. Gosta de rola. Me deu uma sensação boa. Não que eu achasse que havia chance de ter algo com ele, mas sei lá... só lembro de ter ficado muito feliz.
O Jorge me ofereceu carona naquele dia, me deixando bem próximo de um ponto onde peguei um busão que me levou de volta pra Niterói bem rapidinho, pelo horário. Cheguei em casa naquela noite e bati uma, duas, três... todas pensando no Ulysses, na carinha dele de satisfação me vendo peladão... mesmo depois de 3 bronhas, quando fui dormir ainda fiquei excitado pois pensei: será que um dia eu consigo comer o cuzinho desse cara?
CONTINUA...

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Comentários


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engmen Comentou em 25/06/2024

Como o esperado, a estória é excitante e cativante. Aguardando as próximas...

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thomasativo Comentou em 24/06/2024

Acompanhando com curiosidade e interesse essa narrativa, já sou seu fã! Continua por favor!!!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Se é para ser ator... #2

Codigo do conto:
215314

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
22/06/2024

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