Gradativamente, começamos a, sutilmente, nos encarar. Na primeira vez, um esbarrão de olhar; da segunda em diante nos demorávamos um pouco mais. Aproveitava, então, para delicadamente baixar a íris até a direção de sua cintura, fazendo-a perceber que muito me atraiam aquelas curvas entre o quadril e a barriga, tão valorizadas pelo modelo de calça que ela usava com frequência, deixando o piercing do umbigo sempre à vista.
Cabelos bem escuros até os ombros. Peitinhos pequenos acomodados em camisetas baby looks muito justas e sem sutiã. Seios semelhantes aos de menina-moça: arrogantes, pontudinhos e que tremiam na vertical quando ela apressava o passo.
Eu, um maduro em forma (e que acreditam ser atraente), a admirava muito discretamente sem permitir que se sentisse assediada. Eu gostava cada vez mais que sua presença atrapalhasse minhas pesquisas. Não foram poucas as vezes que empurrei minha cadeira para adentro da mesa na tentativa de esconder as ereções que aquela moça me causava. Não duvido que não soubesse disso, pois seus sorrisos, ainda que breves, foram se tornando mais atrevidos e constantes.
Era uma tarde de sexta. Fazia um calor desumano no interior de S. Paulo. Estava eu no bebedouro de um pátio quando ouço atrás de mim:
- Você é professor, né? Dá aula em qual curso?
Virei-me para responder, mas dei uma travada na fala quando me deparei com Rebeca – linda, curiosa e atrevida. Os segundos que levei para formular uma obviedade foram suficientes para a água transbordar da garrafinha. Piorei tudo quando puxei a garrafa, por reflexo, mas mantive o dedo pressionando a torneira. Dei um salto pra trás ao sentir minha cintura molhada.
- Ops. Não queria assustar...
- Não, não... – respondi sorrindo, me recompondo – Sou professor visitante e hoje é meu último dia, inclusive. Você está sempre na biblioteca!
- Ah, sim! Estou no primeiro ano de Direito!
E essa foi a deixa para engatarmos uma conversa sobre as perspectivas de sua carreira. Percebi que era comum ela mencionar uma pegada ativista em suas falas. Na verdade, eu estava encantado mesmo era pelos seus grandes olhos e pelo cheiro de caju que exalava de sua pele. Tentei estender ao máximo a conversa, mas Rebeca comentou que sua aula iria começar em breve.
Cerca de duas horas depois, passei no gabinete de um colega (ao qual me emprestara a chave) para resgatar meus pertences. Estava de saída, fechando o lugar quando vejo Rebeca, magicamente, andando a esmo na ponta do corredor. Nos olhamos por alguns segundos, distantes. Mesmo na certeza de que seria impossível ela notar meu semblante em detalhes, mordi os lábios e a sequei dos pés à cabeça. Por impulso, empurrei a porta de volta, bruscamente, e fiz um gesto para ela vir.
Eu estava atrás da porta quando ela entrou. Fechei a sala da forma mais silenciosa possível. Sem falarmos nada nos atracamos num beijo faminto, ao qual aproveitei para trazer seu corpo junto ao meu pela aquela cintura tão delineada, desnuda, macia. E foi assim que ouvi seu primeiro gemido.
A virei de costas contra uma parede cheia de diplomas e certificados. Levantei seu cabelo e fiz minha língua percorrer por toda nuca. Tive um pouco de dificuldade em abaixar sua calça - de modelo bem largo - pois era ajustada com um barbante, não um cinto. Quando transpassei meus braços em seus pequenos seios, ela já estava chutando pra longe seu jeans, ficando, ainda de costas, de calcinha, meia e camisetinha. Meu pau trincando de duro se acomodava entre suas pernas, enquanto eu sentia na barriga sua bundinha pequena, redonda e empinadíssima.
Tive mais pressa quando a virei de frente. Arranquei sua camiseta e cai de boca naqueles peitinhos de ninfa. Não me contive em suga-los com tanta força. Ela, novamente gemendo, passou a alisar minha rola, mas notei que, defronte, ficou a alguns centímetros do meu corpo. Quando a trouxe pra junto, imaginei ter descoberto o porquê: senti nas pernas uma cacetinho fino, pequeno e bem curvado pra cima, espetando minhas coxas.
- Eu sou trans... Devia ter dito antes, mas não imaginava que...
A calei com um beijo mais molhado ainda. Rebeca era uma mulher e ponto final. Naquela circunstância e aparência, só via nela muita feminilidade e não seria uma rola a me convencer do contrário.
Meu tesão só aumentou! Fiquei ainda mais incontrolável.
Literalmente, passei a devorá-la com muito mais desejo. Chupei tanto seu cu que fiquei com a língua quase dormente. Enterrei tanto a caralha na sua goela que precisava torcer o saco para não esporrar naquela carinha de anjo e, finalmente, quando a comi em cima de uma mesa de reuniões, fiz questão de olhar profundamente em seus olhos em cada estocada profunda.
Seu cacetinho ficou duro o tempo todo. Muito provavelmente pela novidade e pelo clima, foi a melhor raba que já degustei e fodi.
Gozamos juntinhos com ela rebolando em cima de mim. Enquanto enchia sua bunda de leite, pude sentir minha barriga sendo encharcada com uma gala bem quente. Precisei tapar sua boca, pois seus gritinhos tinham ficado muito indiscretos.
Depois de dois anos abstêmio, acabei dividindo seu cigarro. Fumamos nus, jogados num sofá, fazendo carinho, um no outro, de pontas de dedo. Curtimos o silêncio, somente interrompido por algum curto ruído vindo do corredor. Ninguém precisou perguntar ou dizer mais nada.
Fiz questão de deixa-la na república estudantil onde morava. Ela segurou meu queixo no beijo de tchau e me fez prometer que a procuraria na próxima visita acadêmica. Devolvi o “até logo” dizendo que ela não precisava de compromisso algum se um dia puder e quiser me visitar em S. Paulo.