Puxando Dani pela mão a Eliana atravessou os aparelhos até chegar no Paulão. Deu para perceber os olhares dos outros caras, afinal todo mundo sabia que a Eliana era uma baita de uma biscate, acho que el já deu pra vários por ali. Minha esposa de mãos dadas com ela chamava a atenção. Duas gostosas, todo mundo devia estar pensando que a Dani era igual ela, uma putiane.
Chegando no Paulão ainda pude ver a Eliana me apontando, deu para perceber que ela estava dizendo algo tipo: "é a esposa dele". O descarado abriu um largo sorriso e me fez um sinal de positivo, o qual correspondi com a maior cara de bobo do mundo. Não tive coragem de olhar em volta, mas parecia que todo mundo estava me olhando e dando risada.
Entrei no vestiário para guardar minha bolsa com o uniforme, e uns caras entraram para tomar banho logo atrás de mim. Era impossível negar que não estavam tirando sarro de mim. O papo era mais ou menos assim:
- O cara que tá certo, tem mais é que não perdoar mesmo...
- Ah, eu fiquei com dó... pelo que a gente já viu aqui no banho, alguém vai voltar dolorida pra casa. rsrsrs
- Que nada, pelo menos essa é maiorzinha, hoje o cara nem precisa se agachar pra pegar... kkkk
E como se fosse a coisa mais natural do mundo, enquanto eu acomodava a mochila e tirava só o mp3 (na época nao tinha essa de fone bluetooth), eles passam pelados por trás de mim, todos com os paus meia-bola, e um deles tem coragem de me cumprimentar e me dar um meio abraço, com uma mão bem embaixo da minha cintura e o seu pau dá uma encostada na minha coxa.
Eu fico verde de vergonha e medo. E se nesse abraço, a mão dele sacou o formato da calcinha?
Corro pra fora do banheiro e me enfio no primeiro aparelho que consigo achar.
Evito olhar para Dani. No terceiro aparelho que ocupo a vaca da Eliana vem conversar comigo:
- Ou você é muito corajoso e tem uma baita auto-estima, ou vc é muito frouxo. rsrsrs
- Eu só acho que vc é uma puta sacana, Eliana.
- Ah... você acha? Talvez eu seja. Mas olha que legal... daqui a pouco, vai dar meu horário. Eu posso ir tomar banho na mesma hora que a Dani. Aí eu posos conversar com ela sobre as sacanagens que rolam por aqui. Você prefere me chamar de puta sacana ou me quer como amiga?
- Tá vendo como vc é uma puta sacana?
- Pense bem, ainda vou aceitar se vc pedir desculpas e me chamar de amiga...
Eu não tinha muito o que fazer.
- Ok, amiga. Me desculpe.
Ela então abusa mais uma vez:
- Tá bom, amigA, tá desculpada.
O resto do treino foi um inferno. Eu já estava decidido que iria inventar uma desculpa para Dani, mas não iriamos frequentar aquela merda.
Na hora que terminei fiquei olhando o movimento do vestiário. Precisava entrar numa hora tranquila, pois teria que tirar rapidamente o chorts e a roupa para ninguém ver a calcinha e ir logo para o banho. No momento certo, fui praticamente correndo e consegui ficar pelado e me enrolar na toalha sem que ninguém me visse. Peguei o chuveiro mais isolado que tinha, pois meu pauzinho tava duro.
Mas mal abri o chuveiro a porta se abriu e "ELE" entrou. Tirou sua roupa e jogou em um banco, nem pegou toalha nem nada. Foi direto para a ducha que eu tava, me puxou pelo ombro e disse: Licença, aí, parça.
Super desnecessário. Existia um monte de duchas, era só ligar a do lado. Mas o gesto foi significativo: ele queria me dizer que ia ocupar meu espaço.
Fui abrir a outra ducha e ele falou NÃOOO! Espere eu terminar aqui.
Apenas abaixei a cabeça e decidi esperar, mas ele continuou:
- Vai ali no 19, pega meu sabonete. O armário tá sem cadeado, todo mundo sabe que é o meu e aqui ninguém mexe com o que eu digo que é meu.
Qualquer um estaria agora completamente humilhado, com vergonha e com pinto mucho. Eu realmente me senti humilhado e com vergonha, mas o meu pauzinho continuou duro. Fui até seu armário. A cena foi surreal.
Além dos produtos de higiene, haviam uma meia dúzia de calcinhas. Elas estavam em saquinhos plásticos, duas tinham uma foto dentro (uma das fotos era da Eliana), mas as que estavam sem foto tinham um papel com o nome da dona e o telefone.
Peguei o sabonete e uma toalha para ele e voltei pra ducha.
Qhegando lá já tinha outro cara tomando banho na ducha ao lado. Agora sim, eu estava perdido. Resolvi não ligar, afinal eu não voltaria mais ali. O cara não era grande, nem fanfarrão, achei até que o Paulão tava tirando um pouco de onda com o cara. entreguei o sabonete e a toalha, mas ele mandou eu ficar ali esperando com a toalha na mão enquanto terminava o banho.
O cara ao lado não estanhou, não esboçou reação, não falou nada. E o Paulão? Agindo como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Após se enxaguar, pegou a toalha, e se secou, e eu entrei na ducha. Como que aquele cara ali ao lado achava tudo isso natural?
Ao terminar de se enxugar ELE (toda vez que eu falar do Paulão, vou usar letra maiúscula, ok?) mandou eu desligar o chuveiro, fiz menção de me enxaguar mas ELE mandou desligar na hora. Me enxuguei como pude bem rapidamente e não sei como não gozei na hora que a toalha roçou meu pintinho. Me entregou a sua toalha toda molhada e me disse: "Vai no banco, pega minha roupa, e traz amanhã cedinho, tudo bem cheiroso, hein? eu já avisei sua mulher que minha máquina quebrou e ela mesmo ofereceu para lavar umas roupas minhas na sua casa." Ai ELE se virou para o cara e disse: "Amanhã, traz a foto impressa pra botar junto da calcinha da sua mulher. Não tenho obrigação de ficar decorando de quem é raba que eu como."
Ele concordou timidamente, eu falei um ok, e fomos todos nos trocar.
Os dois sairam antes de mim. Eu estava meio alterado por tudo aquilo. Peguei meu uniforme e num gesto de loucura, não peguei a cueca e sim a calcinha que ela tinha me forçado a usar, e me vesti para o trabalho.
Ao sair do vestiário Dani, Eliana e Paulão me esperavam. Desci com eles até a rua, os três estavam entrosados, e ouvimos uma buzina. Era o marido de Eliana.
Dani me diz:
- Amor, pode ir direto pro Fabril, o marido da "LI" vai dar carona pra gente.
Me deu um rápido selinho, que durou muito menos do que o sorrisinho cínico na cara DELE e da "LI".
Entrei no carro com minha mala cheia das minhas roupas e as roupas molhadas do Paulão e fui dirigindo até o trampo. Fiquei parado uns cinco minutos dentro do carro, fingindo mexer no celular pois não podia chegar na empresa com meu pau duro dentro daquela calcinha.
Continua....