Pela manhã temeroso, mas resignado às ponderações de Marcia, liguei para seu Antonio, lhe fiz a proposta de pagá-lo de forma parcelada, não tendo outro jeito. Ele então falou que não teria problemas, desde que, mesmo por empreitada, eu e Marcia concordássemos que ele só trabalharia no período da tarde, pois assim aproveitaria e prestaria seus serviços em outra obra no período da manhã, compensando os possíveis prejuízos e que por isso, o serviço levaria o dobro do tempo para ficar pronto, ou seja, cerca de 60 dias. Concordei então, me comprometendo em comprar o material necessário ainda naquele dia. Marcamos para ele iniciar na segunda-feira, estávamos na sexta, assim a loja de material de construção com certeza já teria efetuada a entrega. Liguei prá Marcia, informando que tinha fechado com seu Antonio, que ele só trabalharia de segunda à sexta feiras, no período da tarde. Ficou contente, pois segundo ela, além da edícula precisar de nova aparência, ficaria com o ambiente muito mais receptivo para seus pacientes. Na Segunda feira, logo após o almoço, seu Antonio chegou, bem vestido, nem parecia que ia trabalhar com pintura, cumprimentou-nos, mais efusivamente a Marcia, pois deu aquela olhada no conjunto como da primeira vez, olhou-a firmemente deixando transparecer um leve sorriso, que não se sabia se era de malícia ou de simpatia, enquanto segurava sua mão por mais tempo do que havia apertado a minha. Marcia, como sempre em casa, nas horas que não estava a trabalho, vestia-se daquele jeito que já falei, calças justas, calcinhas fio dental enfiada na buceta e na bunda, mostrando as marquinhas por baixo das calças, camisetas ligadas ao corpo, as vezes sem sutiã, mostrando o umbigo. Ela retribuiu ao aperto de mão também com um sorriso; notei novamente que ela fixou seus olhos nos dele por alguns segundos, ficando um pouco enrubescida, soltando as mãos dele, como se houvesse lembrado da minha presença. Fiz de conta que não percebi. Nos dirigimos todos a edícula, lhe mostrei o material que já estava lá guardado, perguntei o que mais lhe seria necessário, o qual respondeu apenas que gostaria de se utilizar da dependência da empregada, para poder trocar-se e onde deixar suas roupas. Embora estivesse desocupada, tinha lá uma cama de solteiro arrumada, um guarda roupas e um banheiro com chuveiro, toalhas e sabonete a disposição dele. Também tinha na dependência uma geladeira, onde lhe deixaríamos água e suco se precisasse em uma das suas pausas para descanso.. Ele ficaria bem instalado e com condições de prestar bem seus serviços. Até brinquei com ele:- “Só não pode dormir hein? Por sorte o trabalho é por empreitada, rsrsrs...”. Ele em tom de brincadeira que prá mim teve duplo sentido respondeu com um leve sorriso:- “A última coisa que eu faria aqui, seria dormir, quanto a isso o senhor pode ficar tranqüilo...” e deu uma quase impercebível olhadela em Marcia, que como eu, deu uma de inocente e nada respondeu. Antonio,nos disse que apanharia sua roupa de trabalho em seu carro para poder dar início aos trabalhos. Nos falou que chegaria ao trabalho sempre entre 13:30hs e 14:00hs, e que dependendo do dia, sairia entre às 18:00hs e 19:00 hs. Demos o OK, e falamos prá ele o que ele necessitar para o trabalho, se reportar à Marcia, que ela estaria sempre em casa com sua mãe. Que ela lhe prestaria tudo que ele necessitasse para a continuidade do serviço, que lhe serviria lanches, enfim que estaria a sua disposição, pois eu, devido as minhas funções no escritório em que trabalho não seria possível, inclusive tendo que viajar muito às cidades próximas à nossa, tendo as vezes que ficar o dia inteiro fora. Ele agradeceu e o deixamos se preparar para o trabalho. Marcia me acompanhou até em casa para eu apanhar minha bolsa e sair para a empresa. Me despedi da dona Julia e disse prá ela:- “Já vou indo dona Julia! Se cuida viu, tome seus remédios direitinho e cuida também de sua filha viu, em tom de brincadeira...”. Marcia me olhou com ar de interrogação, aparentando não entender o que eu havia dito. Deu um beijo gostoso em sua boca e saí, dizendo que só retornaria perto das 19:30hs. Bem, tive realmente que viajar naquela tarde à trabalho, mas não para de pensar no que poderia estar acontecendo lá em casa. É uma barra você querer se concentrar na estrada e no trabalho imaginando no que poderia estar acontecendo naquele momento com seu amor. Tava com medo, com ciúmes, com raiva, me sentindo impotente quanto ao desenrolar dos fatos e, me surpreendi, tava com tesão, de pau duro Aquela tarde passou se arrastando, foi um dia truncado também profissionalmente, pouca coisa consegui resolver. Cheguei em casa em torno das 20:00 hs cansado, nervoso ansioso, mas aparentemente tava tudo normal, Marcia me recebeu como sempre, linda e com um gostoso beijo. Não deixando transparecer minha curiosidade sobre o dia e minha ansiedade, dei um alô para dona Julia, fui tomar um banho. Jantamos e, mesmo antes de terminar, Marcia me perguntou:- “Ué Junior, você não vai me perguntar sobre o meu dia hoje e nem sobre o trabalho do seu Antonio?...”. Respondi:- “Claro meu amor, só estava curtindo um pouco o jantar, baixando a Adrenalina do trabalho! É claro que te perguntaria! Mas já que você se antecipou, realmente, quero saber primeiro como foi sua tarde e, depois como está indo o trabalho do seu Antonio? Dando-lhe um sorriso. Ela também com ar de contente, me disse:- “Nossa, pensei que não me perguntaria! Bom, como o seu Antonio tá preparando tudo, separando as coisas que vai usar na sala de atendimentos do material que vai usar nas outras dependências da edícula, para que eu possa dar as consultas logo, atendi três pacientes na sala de casa mesmo e, de forma que desse comodidade a eles e também não perturbassem o sossego da mamãe. Deu tudo certo. Nos intervalos dos pacientes dava uma corrida até a edícula para ver se o seu Antonio tava precisando de alguma coisa. Ele conseguiu no final da tarde deixar tudo preparado e separado o material para usar na sala, churrasqueira, garagem e na dependência de empregada. E, pelo jeito deu um trabalhão para um cara só, pois arrastou móveis, inclusive as mesas pesadas da churrasqueira. Lá pelas 4:00 da tarde, quando fui levar um lanche prá ele, tava descansando um pouco todo suado pelo esforço, a camiseta que ele usava tava colada no corpo. Nossa querido, apesar da idade dele, ele é bastante forte, é bem musculoso. Então sugeri a ele que tomasse um banho antes do lanche. Então deixei o lanche e apanhei uma toalha prá ele e voltei prá casa”.... Ela continuou falando, sem perceber e inocentemente elogiando não só o serviço de Antonio, mas as qualidades físicas dele “apesar da idade”. Claro não demonstrei estar enciumado, mas fiquei ali escutando aquela conversa procurando demonstrar interesse. Naquela noite não dei folga prá ela, meti umas três vezes bem metidas, causando até um certo espanto em Marcia pela minha disposição. Ela não sabia que havia passado a tarde inteira com um tesão retido e, naquela hora, talvez inconscientemente, estava querendo instintivamente marcar meu território, ou seja, que ela seria só minha e que por falta de pica ela não teria nenhum reclamação. Passou-se uma semana e eu não via seu Antonio Chegar e nem sair do trabalho, mas Marcia sempre me passava o relatório do dia de trabalho e, parece que a obra ia indo muito bem, o que comprovei indo olhar quando chegava do trabalho. Com ela, não sentia nenhum diferença em seu comportamento, tinha dias que tava com fogo, outros menos. Eu já estava mais calmo, acreditando até que não aconteceria nada de mais sério além daquelas olhadas entre os dois. Mas a partir da Terça feira da segunda semana, minha tranqüilidade começou a ficar abalada. Era umas 15:30 hs, liguei para casa para Marcia me passar uns dados do seguro do nosso carro por telefone já que eu estava viajando. Houve demora prá atender e, quando atendeu era minha sogra dona Julia que com dificuldade foi até o telefone. Perguntei por Marcia e ela me respondeu que ela tinha ido ao supermercado fazia uma meia hora para comprar umas coisas para o café da tarde, que não demoraria e me aconselhou a ligar para o celular dela. Então eu disse que tudo bem, que não adiantaria ligar para o celular pois precisava que ela me passasse uns dados de documentos que estavam em casa, prá ela não se preocupar, que não era nada de urgente, nem precisava dizer que liguei, pois eu daria um jeito de resolver o problema e não queria preocupá-la também. Não conseguindo resolver o problema, uma hora depois, resolvi ligar novamente. Quem atendeu depois de certa demora, foi dona Julia, me dizendo que Marcia ainda não havia voltado, entranhando também sua demora, pois o supermercado ficava apenas a duas quadras de casa. Disse prá ela não se preocupar, deve ter passado na casa de alguma vizinha e que eu ligaria para o celular dela e, caso ela chegasse, que não lhe dissesse que eu havia ligado novamente, porque não queria que ficasse achando que algo de ruim tivesse me acontecido na estrada, que à noite falaria com ela. Liguei para o celular, tentei duas vezes, as ligações depois uns sete toques cada, caíram na caixa de mensagens, fiquei preocupado, tentei uma terceira vez, deu quatro toques e atendeu:- -“Oi amor...,” respondeu ela ofegante, parecendo um pouco cansada, -“...diga querido...” ainda ofegante. -“Tá tudo bem com você Marcia? O que houve? Porquê tá tão ofegante, parece que tá correndo? Aonde você está? Quer que eu ligue prá alguém já que eu estou na estrada?” - “Não...não amor, não precisa ...,tá tudo bem! É que eu fui na Farmácia, comprar um analgésico para a mamãe e ...encontrei a Silvana, ...minha colega da clínica que há muito não via. Ela ...me pegou na conversa e não me largou mais, ...me amarrou por uns 20 minutos ...e agora... to voltando prá casa correndo, ...é que a mamãe ...tava com muita dor de cabeça...”. Tudo isso ela me falou entre pequenos intervalos, demonstrando estar fazendo um grande esforço. Sua voz às vezes parecia enfraquecer, como se tapasse o microfone do celular. Outra coisa que percebi é que não tinha sons externos como os de carros de agitação de transeuntes, apenas alguns estalidos, as vezes mais fortes, outras mais baixos. Pô gente, fiquei muito mal, mas me contive para não explodir com ela no telefone e dizer que ela estava me mentindo! Dentre um turbilhão de pensamentos negativos, me restava um fio de esperança de que eu estava viajando nos meus pensamentos, apesar de tudo dizer ao contrário, desde o fato que sua mãe me falou que ela tinha ido ao supermercado há mais de meia hora; que, quando liguei prá casa novamente já havia passado mais de uma hora, sem somar a meia hora que ela tinha saído segundo sua mãe, sendo o supermercado a duas quadras de casa; que ela atendeu meus chamados no celular quase ao final da quarta tentativa; que ela atendeu dizendo que tinha ido à farmácia, a qual está situada apenas à meia quadra de casa, e, mesmo que demorasse em conversar 20 minutos com sua amiga e voltasse num passo mais apurado prá casa, não justificaria estar tão ofegante. E, finalmente, quando conversei com dona Julia, esta não me disse que tava com dor alguma. Voltando à conversa com ela:- -“Querido, ...mais uns minutinhos e já estarei em casa,...não se preocupe ta tudo bem comigo!... E se a dor de cabeça da mamãe não passar eu chamo um médico! E...você?...porquê me ligou...?” Gente, como tava difícil manter aquela conversa! Notava-se que ela muitas vezes deixava escapar um ou outro som parecidos com gemidos abafados que eu conheço muito bem. Com muita força de vontade, respondi que estava precisando do número da apólice do seguro do carro que estava no cofre de casa, pois tinha dado um problema com ele na cidade vizinha. Então quando ela chegasse em casa que me passasse esse número, pois eu não queria passar à noite fora. Ela disse que assim que chegasse em casa me ligaria. Ainda demorou uns 30 minutos. Resolvido o problema do carro, aluguei outro e voltei prá minha cidade, passando antes numa banca de jornais, quando coincidentemente encontrei Silvana, a tal amiga que Márcia disse ter conversado naquela tarde quando voltava da farmácia. Confirmando ser uma mentira o que Marcia havida dito, Silvana me cumprimentou e perguntou sobre toda a família e principalmente de Marcia, que há muito não via. Cheguei podre de cansado, física e mentalmente. Mais perdido que cego em tiroteio. Sem saber como agir, como questionar Marcia sobre o que havia ocorrido naquele dia. E se tivesse a confirmação que ela havia me traído, o que faria? Amava muito ela, mas, e minha condição de machão, daquele que acredita que em sua mulher ninguém mete a mão, que só ele pode ser o comedor da mulher dos outros? Que sinuca de bico! Quando eu cheguei, resolvi manter-me calmo, o mais normal possível prá ver aonde ia dar. Tentaria ter certeza do que eu estava desconfiado, enfim, teria que ter certeza para daí resolver o que fazer quanto ao meu casamento. Abri a porta, cumprimentei dona Julia e aproveitando que Marcia não estava por perto, perguntei a ela se tinha dito alguma coisa para Marcia sobre minhas ligações, Dona Julia, me disse que não, que fez o que eu tinha pedido. Como minha sogra gosta muito de mim e eu dela, acredito que ela realmente não tenha dito nada, pelo que lhe agradeci e lhe dando a desculpa que não queria estressar Marcia com bobagens, já que o carro tinha estragado na estrada e com isso teríamos umas despesas a mais e, isso com certeza a aborreceria, e que tentaria esconder dela não deixá-la triste. Nisso Marcia entrou na sala, e pisquei para dona Julia, ela acenou afirmativamente prá mim. Marcia, diferente de outras ocasiões estava vestida de forma mais sóbria, aparentava ter dificuldades para caminhar e que havia chorado, pois seus olhos estavam avermelhados, mais um pouco e estaria com olheiras, deu um sorriso forçado e um beijo rápido, sem nenhum sentimento de carinho. -“Boa noite querido! Eu e mamãe já jantamos. O Marquinho chegou e já saiu. Vai dormir na casa da namorada! Enquanto você toma seu banho, vou aquecer seu jantar!” Abracei ela com carinho, disfarcei e fiz sinal para ela me acompanhar até a cozinha e, lá chegando perguntei:- -“Marcia o quê houve? Porquê essa cara de choro, o que aconteceu? Você está com dificuldades para caminhar?” -“Nada de mais sério amor. Além daquela corridinha que te falei, inventei de mudar uns móveis de lugar no quarto da mamãe e fiquei meio desconjuntada. Quanto aos olhos, estou muito estressada com a situação da mamãe, apesar dela estar bem, mas é o acúmulo das coisas: é o trabalho que está devagar; hoje fiquei sabendo também que um paciente meu com 13 anos de idade também está com sérios problemas de saúde; é o carro que estragou durante sua viajem, enfim, essas coisas me deixaram prá baixo e quando vi tava chorando.” - “Olha amor, realmente não vejo o porquê você levar essas coisas tão à sério. Tá certo que não sei o que houve com seu paciente, mas é uma coisa que vai além do que você pode fazer. Temos que torcer para que ele melhore. No mais são coisas que estamos lutando para superar. Veja, a dona Julia apesar de ter dificuldades de se locomover, dentro das suas limitações vive alegre e otimista e, sabe muito bem que todos a amam muito e não a consideramos um problema. O Marquinho praticamente tem vida própria, trabalho fixo, carro e uma bela namorada. Pouco se envolve nos pequenos problemas da família. Quanto as dificuldades profissionais e financeiras que enfrentamos, sempre achamos saída. O que é isso mulher? Vamos encarar as coisas de frente e com coragem e, uma das coisas mais importante é que nos amamos muito também um ao outro, não é?” Ao ouvir minhas palavras, ela me abraçou e começou a chorar e a me dizer que me amava muito repetidas vezes e também a me pedir desculpas. -“Tudo bem querida, eu também te amo muito, mas desculpas, porquê?” Nessa hora me deu um calorão, pensando no que ela responderia. Ela me olhou nos olhos, pensou, pensou, pensou e disse:- -“Bobagem querido! Desculpe-me porque sou uma boba, só te aborreço com coisas insignificantes, sou uma chata”. Me abraçou forte novamente, chorando, me deu novamente um beijo estilo arroz sem sal e me soltou, dizendo que após aquecer meu jantar, colocaria sua mãe na cama e que depois iria deitar-se também prá ver se o sono lhe faria bem. Sem reação, apenas fiquei observando ela se dirigindo ao fogão. Era 21:30 hs, eu jantando sozinho na cozinha, sem sentir o gosto da comida, apenas comendo por comer, tentando ajustar as idéias, tentando achar uma saída. Era evidente que tinha acontecido e tava acontecendo algo com minha esposa e isso, com certeza já havia refletido no nosso casamento e, as conseqüências, só saberia ao final das coisas esclarecidas. Será que o motivo era o Seu Antonio, o pintor? Desde que eu os apresentei e percebi certas reações entre ambos, impressão que já considerava irrelevante, pois nada de mais grave tinha acontecido nesses 09 dias de trabalho dele. Mas, hoje, como numa avalanche aconteceram todos esses acontecimentos envolvendo Marcia. Se ela teve alguma coisa com alguém hoje, só poderia ser com ele. Como descobrir? Com certeza, pensei, aqui dentro de casa não foi, pois dona Julia ouviria alguma coisa! Se ocorreu, só pode ter sido na edícula, afinal fica nos fundos do terreno, longe da casa e, como prá entrar no terreno de casa somente com a chave no portão e ou pelo interfone, lá poderia ser o local da possível traição de Marcia com Seu Antonio. Ela jamais me confessaria, a não ser que eu tivesse provas. O quê fazer? O quê fazer? Nisso, lembrei! As câmeras de segurança da edícula. Elas estavam localizadas disfarçadas junto aos bocais das lâmpadas da futura sala de atendimento, da churrasqueira e da garagem. Quanto à dependência da empregada não tinha, por razões óbvias. Márcia sabia das mesmas, mas também sabia e viu-me desativá-las. As câmeras estavam desativadas, por causa da pintura, cobri as lentes e os microfones com protetores para evitar danificar o equipamento e, disse a ela que só as ativaria após o encerramento da reforma. Esse equipamento funcionava por sensor de movimento e a transmissão de suas imagens e áudio eram dirigidas diretamente para o meu computador do escritório de casa e ou do escritório onde trabalho, ambos com senha pessoal. Caberia a mim agora verificar e torcer para que o Seu Antonio já tivesse concluído a pintura do teto da edícula, assim eu poderia simplesmente em questão de minutos colocá-las em funcionamento. Nem terminei o jantar, fui até o quarto ver se Marcia já havia deitado. Ainda acordada, disse-lhe que iria dar uma olhada no trabalho do Seu Antonio, já que ela não estava em condições de relatar como fora o andamento do serviço hoje, bem como iria procurar uns papéis que precisaria no escritório amanhã e que havia deixado trancado no armário da dependência de empregada junto com outros. Ela só assentiu e disse que tudo bem, sem muito interesse, só me pediu para não demorar muito. Passei antes no meu gabinete, liguei meu computador, apanhei outra câmera portátil, verifiquei sua bateria, tudo Ok, levei-a junto, pois já sabia aonde a instalaria! Ela também funcionava por sensor de movimento e seu cartão de memória daria prá filmar um dia inteiro se fosse o caso. Chegando a edícula tive uma grata surpresa, apesar da grande parte das paredes ainda não estarem nem lixadas, o teto das dependências onde estavam as câmeras já haviam sido terminadas, um ou outro detalhe, mas longe dos bocais; somente o quarto da dependência de empregada não havia sido feito nada, mas nesse eu não me importava, pois ali eu instalaria a câmera portátil e, não seria no teto, mas sim, no armário embutido que ficava de frente a cama da empregada, com portas tipo oratório, do qual somente eu tinha as chaves por causa de alguns documentos importantes que eu mantinha lá. Nem Marcia tinha as chaves. Então, peguei uns documentos quaisquer para justificar minha ida lá; ajustei o foco para que, em caso de acontecer alguma coisa naquele quarto, tudo fosse apanhado pela gravação. Coloquei uma fita isolante sobre a lâmpada que acende quando está gravando, para não correr o risco de ser vista, mesmo que no fundo do armário. Testei o sensor, as imagens e o som. Depois, voltei as outras dependências, retirei os lacres que havia posto nas câmeras, com exceção das lâmpadas que também acendem quando estão gravando; liguei um radinho de pilha que deveria ser do Seu Antonio, um volume não muito alto e, tomando o máximo de cuidado pra não fazer barulho, dei uma corrida até meu escritório, entrei no link das câmeras para testá-las, beleza, as imagens eram perfeitas e o som do rádio, mesmo baixo, dava prá ouvir direitinho, mesmo que se alguém falasse mais baixo que o normal. Voltei lá, desliguei as luzes e fechei a edícula. A Sorte tava lançada. Fui me deitar. Marcia estava postada de costas prá mim, lhe dei um beijo no rosto, senti que estava com lágrimas escorrendo, mas fingiu estar dormindo. Deitei e não consegui pregar o olho à noite inteira, como ela também não, apesar de fingir que dormia. Eu sei como ela dorme e quando ela não consegue! Fui pegar no sono era umas 5:00 hs. Acordei com o despertador às 8:00 hs, ela já não estava mais na cama. Levantei, tomei um banho e fui tomar um café rápido, pois teria que estar no escritório às 9:00hs. Márcia estava com expressão de quem realmente dormira muito pouco, além do provável choro. Me cumprimentou com um beijo, ainda morno, mas melhor do que os da noite anterior. Me pediu desculpas novamente pelo comportamento dela no dia anterior e que me amava muito. Disse-lhe que tudo bem, que depois com mais calma conversaríamos melhor sobre o que tinha acontecido ontem, pois fiquei preocupado e não tivemos chance de conversar. Ela repetiu tudo o que me dissera e que não acontecera nada de mais, prá mim não se preocupar e que ela queria por uma pedra sobre o assunto, que tudo era coisa de mulher (TPM). Para não criar mais clima naquela hora, aparentei concordar, mas que eu tornaria no assunto outra hora, eu tornaria. Reparei que ela já não caminhava com dificuldade, estava melhor. Me perguntou se eu iria buscar o carro na cidade vizinha pela manhã. Falei que não, talvez à tarde. Dei-lhe outro beijo e fui trabalhar. Quando cheguei para o almoço, Marcia aparentava bem melhor, até o sinal de uma noite mal dormida tinha quase que totalmente sumido. Estava linda. Usava um vestido longo bege, à moda “hippie”, de poliéster, tecido leve, estilo tomara que caia, sem alcinhas, deixando seus ombros à mostra. Estava sem sutiã, o que se percebia por não aparecer as alças sobre os ombros e também, embora seja bem firmes, no andar seus seios balançavam com mais facilidade. É realmente minha esposa é um tesão. Sem tocar no assunto de ontem, prá mim, era o que ela queria, almoçamos na maior paz, até rimos de alguns assuntos. Depois do almoço, já que estava sem carro e, que um dos meus colegas ficou de passar após às14:00 horas para me apanhar, aproveitei para dizer para Marcia que iria conversar com seu Antonio. Ela me olhou surpresa, meio que com expressão de preocupada e me perguntou:- “Porquê Junior? Ele fez alguma coisa errada que você viu ontem à noite? Embora eu não entenda muito, parece que o trabalho de pintura está indo bem!”. Interrompi:- “Calma amor! É claro que tenho algumas dúvidas, mas nada de mais sério, só quero entender o que ele fez e o que fará ainda, uma vez que só vi que o forro, com exceção do quarto de empregada, está completamente pintado. Vi também que todas as paredes já estão lixadas e, para uma pessoa só, acredito que até está andando o serviço. Além de que faz mais de uma semana que não converso com ele e é bom me fazer presente, não deixando somente prá você resolver as coisas com ele, certo coração? Ela acalmou-se um pouco, mas mesmo assim, notava que ela estava meio tensa. Seu Antonio chegou faltando cinco minutos para às 14:00 hs, fui abrir o portão prá ele. Quando deu comigo, também teve uma reação de susto ao me ver, mas como lhe mostrei cordialidade estendendo-lhe a mão e lhe perguntando como estava indo, retribuiu o cumprimento, meio que desconfiado e desviando o olhar, diferente de quando conversamos outras vezes. Mais uma vez me fiz de desentendido, pois já tinha tomado as minhas providências para esclarecer o que tava realmente acontecendo com Marcia e, se ele tinha alguma coisa a ver com isso. -“E daí seu Antonio, aproveitei que estou sem carro hoje e fiquei lhe esperando para saber do senhor como está o andamento da nossa obra, uma vez que dei uma olhada ontem à noite e gostaria de tirar umas dúvidas. Como Marcia não sabe me dar detalhes e como também não converso com o senhor há mais de uma semana, resolvi esperá-lo. Podemos ir até lá?” Ele me acompanhou meio que ressabiado, mas foi se tranqüilizando à medida que nos dirigíamos para a edícula, pois conversando sobre amenidades e já me adiantando sobre as dúvidas que havia falado para Marcia. No caminho, ao passar pela cozinha, Marcia estava na porta, sem pararmos, ele a cumprimentou com aquela “atenção” de sempre, mas ela desta vez, o cumprimentou sem olhar para ele, avermelhou seu rosto alvo, e voltou para a cozinha. Agora tinha certeza que nesse mato tinha coelho. Chegando na edícula lhe disse que tinha visto que somente a forração esta completamente pintada, com exceção do quarto de empregada, mas vi que todas as paredes internas e estavam lixadas e se era porque precisava primeiro acabar com as infiltrações que não eram poucas até começar a pintá-las. Ele respondeu que sim e que já havia resolvido a maior parte delas e que ainda nessa semana procuraria terminar com todas. Que depois disso o serviço fluiria com mais rapidez. Disse-lhe então:- “Muito bem seu Antonio, tirei minhas dúvidas. E Marcia, seu Antonio? Nessa hora ele arregalou os olhos muito assustado e não escondendo isso. –“A dona Marcia,... o quê tem a dona Marcia?” Fiz alguma coisa que não foi do agrado dela?. – “Calma seu Antonio! Que eu saiba o senhor não fez nada que a desagradou!”. Só estou querendo saber se ela está atendendo a todas as suas necessidades, não está lhe deixando faltar nada?”. Ele mudou novamente de expressão, da tensão para o maior alívio (a maior cara-de-pau), voltando a ter aquele sorriso, disfarçadamente sacana, mas que dava para perceber uma certa malícia e me respondeu:- “Nossa seu Junior, não tem o que reclamar da sua patroa. Tudo que precisei ela me deu”. Não gostei muito da forma que respondeu, mas fazer o quê. A malícia tava implícita, na resposta que ele espertamente me deu. Despedi-me dele e disse que meu amigo com certeza estava me esperando para me levar ao trabalho e depois me levaria até uma cidade vizinha para apanhar meu carro que havia dado problema no dia anterior e que voltaria tarde da noite. Qualquer coisa que precisasse como sempre que ele pedisse para Márcia, da qual e de dona Julia também me despedi dizendo que iria buscar o carro e talvez demorasse....Continua/
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CARACA JUNIOR, JÁ LI ATÉ A PARTE 04, MAS ESSA AQUI EMBORA NÃO TENHA MUITO SEXO, ME DEIXOU QUERENDO SABER MAIS. TÔ TAMBÉM COM O MEU 21 CM DURO. TAMBÉM VOTO NESSE EPISÓDIO. CONTINUA
Junior, ainda não sei o final do conto, mas, se ela transou com o antonio...meu amigo.... comece a rever a palavra amor pois seu casamento acabou,não houve sinceridade por parte dela.....
Falo isso de causa própria...
Abs
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