Garoto Eu Odeio Odeio Odeio Amar Você 47

Estava anoitecendo enquanto o Luke dirigia, eu estava assustado, eu não conhecia ele daquela maneira, fiquei com medo e não fazia idéia do que ele poderia fazer comigo, ele dirigia o carro em alta velocidade, e um silencio torturante permaneceu no carro, eu pensei em abrir a porta do carro quando ele parasse mas seria em vão, só então me restou esperar para ver o que ele iria aprontar. Depois de alguns minutos chegamos ao primeiro destino, era um motel.

- Luke eu não vou fazer nada com você.
- CALA SUA BOCA. – Deu um forte tapa na minha cara – Você vai fazer tudo o que eu mandar.
- Luke eu vou gritar.
- SE VOCÊ ABRIR A BOCA EU QUEBRO SUA CARA.

Eu de fato não reconhecia aquele homem, não podia o mesmo garoto que eu havia me apaixonado, era um monstro, no qual lagrimas caem sob meu rosto só de lembrar-se desse trágico dia. Entramos no quarto, o Luke veio pra cima de mim, tentou me beijar, mas eu me esquivava, ele então começou a jogar coisas em cima de mim, eu estava fraco não conseguia revidar porque eu amava o Luke não teria coragem de fazer um terço do que ele tinha feito comigo, ele me xingava, me chamava de puta, dizia que eu não prestava, que odiava ter se apaixonado por mim, foi então que ele partiu para cima de mim, e começou a me da tapas na cara bem forte, e novamente tentou me beijar, e eu virava o rosto, comecei a chorar, pois ali não estava o homem que um dia eu amei, e sim um monstro que eu não conhecia, ele então voltou a me bater e a cuspir na minha cara, eu chorava feito uma criança e pedia para ele parar, foi então que tive medo de olhar em seus olhos, pois a última vez que eu havia olhado tive muito medo e não queria ver essa imagem novamente. Luke então tirou a minha roupa, ele estava com uma sede por mim que eu nunca saberei explicar, e eu sempre repetia a mesma coisa, pedia para ele parar, mas era em vão, eu não tive forças para revidar e não me restou outra solução se não ter que deixar, eu tinha esperanças de algum determinado momento ele iria voltar a si, mas isso não aconteceu, ele começou a me penetrar violentamente, foi a pior noite da minha vida, o pior sexo, eu não sentia prazer apenas dor, eu estava me sentindo sujo, usado, com raiva, minha vontade era de matar o Luke, mas algo era mais forte que eu, e não me deixava fazer nada, apenas esperar. Foram aproximadamente 30 minutos, ele transando comigo, quando ele gozou senti um alivio muito grande, porém só estava começando, mais coisas estavam por vim, ele então novamente começou a jogar coisas em mim:

- EU TE ODEIO LUCAS, ODEIO VOCÊÊ – Ele gritava
- Luke por favor pare – Falei soluçando entre várias lagrimas.
- VOCÊ NÃO PRESTA, VOCÊ É UM ESCROTO, MERECE MORRRER.
- Não faça isso comigo, Luke por favor.
- IDIOOOOTAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Foi então que ele me deu um tapa na cara muito forte que meio que fiquei desmaiado, ele então sentou em cima de mim, e pegou o travesseiro e tentou me sufocar, eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo, não podia ser o meu Luke, o que tinha acontecido com ele? Um filme se passou pela minha cabeça em menos de 10 segundos, as vezes a gente acha que isso de sua vida passar em pouco tempo é mentira, mas eu tive a certeza ali, eu apenas pedia a Deus para sair vivo daquele quarto, o Luke então tirou o travesseiro e se levantou, não falou mais nada, eu apenas chorava por me sentir um fraco, por não ter conseguido lutar contra o Luke. Ele então finalmente se acalmou, ligou e pediu a conta e não falou mais nada, talvez tivesse se arrependido das coisas que havia feito, eu não sei, nunca entendi nem vou entender a cabeça do Luke, eu ainda estava assustado e com muito medo. Após pagar a conta ele se vestiu e eu também, ele não falou mais nada. Entrou no carro e fui logo em seguida, já era por volta das onze da noite, estávamos numa estrada um pouco distante da cidade, eu conhecia aquele caminho que dava em direção, as praias, o Luke permanecia calado, eu já estava mais calmo, foi então que resolvi quebrar o silencio:

- Luke me deixa em casa por favor.
- NÃO FALE COMIGO, SEU MONSTRO, ISSO QUE VOCÊ É.
- Oi? Você é maluco só pode ser.
- CALE A BOCA, DESCE DO CARRO AGORA, VAI, XISPA DAQUI.
- Luke você tem noção que vai me deixar aqui no meio do nada?
- SAIA DO MEU CARRO, EU TE ODEIO, NUNCA MAIS QUERO OLHAR NA SUA CARA, VOCÊ MORREU PRA MIM.

Foi então que o Luke destravou o carro e me expulsou, me deixou sozinho naquela estrada, eu não fazia idéia do que fazer, eu não o reconhecia, depois de tudo o que ele havia feito comigo, me chamou de monstro? Não, não, o Luke que era o monstro, eu jurei ali a mim mesmo que ele havia morrido para mim. O que ele tinha feito comigo havia superado todas as coisas ruins que eu fiz com ele, me refiro a traição com o Carlos, e ter namorado, e outras coisas, eu então parei pra pensar e analisar o Luke, ele só podia ter algum problema, ele já havia sido explosivos algumas vezes, quando havíamos terminado e ele me usava para sexo, eu devia ter percebido ali que o Luke não era uma pessoa normal, que tinha algum tipo de problema, mas eu estava cego, só que finalmente eu havia enxergado quem realmente era o Luke. Peguei meu celular e pensei em ligar para minha mãe, mas eu não queria que ela me visse naquele estado, então liguei para o Guto.

- Fala garanhão.
- Onde você ta. – Não agüentei e comecei a chorar.
- O que aconteceu brother?
- Vem me buscar, por favor, tô na estrada do litoral sul, sozinho, me ajuda, por favor.
- Tudo bem rapidinho tô ai.
- Vem logo estou com muito medo.

Naquela época do ano era raro o movimento de carros por aquela estrada, fiquei sentando no meio fio, meu medo era de algo pior acontecer, mas o que poderia ser pior do que o Luke havia feito comigo, minha vontade era de morrer, eu queria esquecer tudo o que eu tinha passado, e seria uma das coisas mais difícil da minha vida, seria esquecer esse dia. Pouco tempo depois o Guto chegou, fiquei feliz assim que o vi, e por um segundo havia esquecido tudo o que tinha acabado de passar, entrei no carro e abracei, e comecei a chorar.