Amizade Perdida...? [Parte 4]

Ao voltar para casa estava louco para contar tudo para o Ivan, mas sabia que não podia fazê-lo. Mesmo assim eu queria. Não ia aguentar segurar aquela emoção.
Liguei para o Ivan vir aqui em casa porque tinha algo pra lhe contar. Ele apareceu uns 20 minutos depois.
Queria saber o que era, mas eu falei:
- Vamos jogar Mario Bros?
Era quase como uma senha para dizer “Vamos fuder!”
Fomos para o quarto e eu, após trancar a porta, tirei minha roupa e a dele rapidamente.
Empurrei-o para cama e o coloquei deitado como eu estava no consultório. E pela primeira vez coloquei em ação a aula que havia recebido.
Fiz exatamente como eu tinha sentido. Ao engolir o cacete do Ivan ia fazendo um zig-zag com a língua como se fosse um limpador de para-brisas. Ao retira-la da boca ia enrolando minha língua ao redor desta e ele gozou em menos de 2 minutos. Foi tão rápido que nem deu pra sentir tesão. Engoli aquele leite viscoso de cheiro bisonho. Sequer reclamei.
- O que deu em você? Como você fez isto. Meu deus como foi gostoso.
- Pois é, isto é parte do que eu tenho pra te contar!
Expliquei tudo o que havia acontecido em minha consulta mais cedo.
Algumas lágrimas caíram do seu rosto, mas ele nada disse.
- Você não tem nada pra dizer? Achei que ia ficar com raiva!
- E estou. Agora que já aconteceu não tem como voltar atrás. Fico eu com galhos na cabeça e você com o prazer recebido.
- Galhos na cabeça? Como assim? A gente por acaso está namorando? Que eu saiba a gente só divide o nosso prazer e multiplica nossas emoções. Pra mim isto nunca foi um namoro.
- Pra mim sempre foi! Vem, me come gostoso como só você faz e irá fazer!
Fizemos amor. Aquilo ali não era só sexo.
Eu sentei-me na beira da cama e ele sentou-se no meu colo colocando meu cacete todo dentro dele. Foi cavalgando bem de leve minha rola. Esfregava seu peito em minha boca que o lambia com vontade. Sugava como se fosse tomar leite daqueles bicos. Depois beijei-o no queixo. Lambi-o até a boca. Mordi seu lábio abrindo-o. Enfiei minha minha quente pra dentro como seu quisesse encostar em sua garganta. Suguei a sua. Beijei-o nos olhos. Sussurrei em seu ouvido algo que nunca o havia dito, “Meu delicioso Ivan, casa comigo! Eu quero ser seu macho, sua fêmea a vida inteira.”
Senti uma gota quente cair sobre minha face. Era uma lágrima. Havia um pesar naquilo. Ele chorava, talvez por alegria, mas as expressões naquela moldura linda, seu rosto, não pareciam de alegria.
Ele parou de me cavalgar, sentou-se pesadamente comigo todo enterrado nele. Abraçou-me e começou a soluçar.
- Como eu desejei ouvir isto minha vida toda, meu Andinho, mas hoje eu só posso te negar este desejo. A gente irá se afastar muito em breve e nossas vidas juntos nunca mais irão ser a mesma!
- Porque você está falando isso? Só porque eu quase transei com meu médico? Eu te quero, Ivan!
- Cala a boca e me fode como na primeira vez. Quero uma marca sua em mim pra sempre. Me fode.
Ele levantou-se e ficou na mesma posição da nossa primeira transa.
- Vem, me enrraba gostoso, meu macho vitalício.
Agora era eu quem queria chorar.
Coloquei minha vara em seu cuzinho gostoso e comecei a socar com força. Ouviam-se os estalos da minha anca batendo contra a bunda do Ivan.
Minha mente viajando nos possíveis motivos sequer notei que eu tava metendo de maneira compassada, calmo, quase como ele fazia comigo.
Eu o virei para ficar de frente para mim. Encaixei minha pica no seu cuzinho e fui descendo com ele até tê-la totalmente dentro dele. Com ele quase sentado em minha pica beijei-o carinhosamente enfiando e tirando do seu rabinho.
- Rebola no seu macho, meu macho gostoso.
Um abraço sem fronteiras fazia de nossos corpos um só. Lambi sua face observando seus olhos. Eram vermelhos, os olhos e o sentimento entre nós. Eles pulsavam feito meu coração. Pulsava feito minha pica explodindo num gozo rápido... como nunca havia acontecido antes.
Chorei. Sabia que o havia perdido. Nunca devia ter feito aquilo ou talvez contado.
Senti a porra quente do Ivan escorrendo pela minha barriga. Nossas lágrimas, nosso gozo, nossos corações, batiam juntos, escorriam por nós, desciam queimando...
Não nos descolamos. Abraçados pela vida, pela amizade, pelo sexo,... éramos um só. Um completando o outro.
Após um longo tempo o abraço foi desfeito e o motivo explicado.
- Anderson, em poucos dias irei sair do Rio de Janeiro. Vamos para Recife. Iremos viver lá. Eu te amo pra sempre. Não importa a distância de nossos corpos, meu coração está aqui (ele tocou em meu peito!) e eu levo o seu comigo.
Eu desmoronei. Nunca havia dado importância ao que eu sentia, mas agora com a notícia da perda eminente meu chão desapareceu.
Se eu achava que tudo seria simples, como sempre foi, agora se tornaria impossível.
E assim foi!
Ele ficou aqui por 52 dias.
Fazíamos sexo todos os dias. Em alguns, 3 vezes. Faltávamos às aulas e saíamos para transar. Em todos os lugares. Escadarias de prédios da região. Em praias durante a noite, encostados em carros em ruas vazias, em nossas casas quando tínhamos ou não pessoas,...
Havíamos perdido a razão. Ganhamos muita emoção com isto.
Os dias se foram. Não nos despedimos.
Tudo tinha ficado impresso em nossos corpos.
Uma pequena tattoo sem sentido aos olhares estranhos mais que muito nos representou, II=I
Nós dois éramos um. Um só amor, um só corpo.

[Fotos: Eu, hoje e Ivan, na época!]