IV - Tão olhando o quê? - disse Cláudia. A surpresa tinha dado lugar à irritação. Ela se esticou e apanhou o maço de cigarros em cima do sofá. Levou um à boca e acendeu. Talvez pela irritação, se esqueceu de que havia uma regra (sugerida por ela própria) que só se devia fumar na janela. Ao se lembrar (creio eu ter sido esse o motivo), ela se levantou e foi até a janela. Seu corpo estava completamente desnudo, salvo pelo relógio e pelo coque que prendia o cabelo num rabo de cavalo. Marcia e Amanda tinham ido pra cozinha, na certa fofocar sobre o que tinha acabado de acontecer. As outras ainda estavam lá, ainda com alguma surpresa no rosto, salvo por Gabi e Val. Gabi aparentava tristeza, o olhar estava desviado para outro lugar. Logo, ela também foi pra cozinha. A expressão no rosto de Val eu não consegui identificar. Quando todas elas já tinham ido, eu vesti meu short, ainda embaixo do lençol, e me levantei. Cláudia já tinha terminado o cigarro, mas ainda estava junto à janela. Ponderei por alguns momentos se devia ou não ir até lá conversar com ela, resolvi ir para a cozinha. As meninas estavam lá, conversando uma conversa que morreu tão logo o primeiro centímetro do meu corpo entrou no recinto. Uma a uma, foram saindo, restando apenas Gabi. O olhar dela estava fixo no chão. - Oi. - disse. - Oi. - ela respondeu, ainda sem me olhar. - Hm... Quer conversar? - Depois. Com o olhar ainda baixo, ela apanhou uma caneca com café com leite na bancada e se encaminhou para a porta da cozinha. Quando passou por mim, segurei sua mão, com delicadeza. Finalmente, nossos olhos se encontraram. Ela me deu um selinho e foi embora. Fiquei um pouco aliviado. Comi algumas fatias de pão de forma e tomei uma xícara de café. Enquanto comia, vi Cláudia passar pelo corredor, na certa indo se vestir. Achei que depois ela viria pra cozinha, mas quando ela finalmente passou de volta, foi direto, e pouco depois ouvi a porta da frente bater. Cerca de uma hora depois, quase todas já tinham saído. Marcia estava assistindo TV na sala. Como eu sabia que ela iria ficar me perturbando, eu passei por lá e me dirigia para o segundo quarto, que estaria vazio. No caminho, quando passei pela porta do primeiro quarto, Val me chamou. Ela estava no banheiro (esse quarto era uma suíte). Perguntou se podia me ajudar com uma coisa, eu disse que sim sem nem perguntar o quê. Estava feliz e aliviado de não estar mais sendo ignorado. Sentei na cama e esperei. Não levou muito tempo, a porta do banheiro se abriu. Val estava coberta com um roupão, mas pude ver que estava usando botas. Na certa, iria querer minha opinião sobre um de seus uniformes de dominatrix. Ela caminhou lentamente, parou alguns metros à minha frente, e depois abriu o roupão. Ela estava só de botas. O pênis estava semi-ereto, e endurecendo. Ela deu uns passos para a frente e parou. - Por que não me disse? - perguntou. - Hã, o quê? - Que você gosta de trans. Se eu soubesse... - ela começou - Eu... Eu não sabia. - respondi baixinho, envergonhado. Mais alguns passos. - A Cláudia foi sua primeira vez? Por trás, quero dizer. - disse, e riu. - Sim. Outro passo. Ela estava agora a poucos centímetros. - Quer pegar nele? - perguntou, e segurou o pênis, agora já completamente acordado e num tamanho assustador. Peguei e comecei a punhetar levemente. - Chupa. - ordenou. Obedeci. Ela soltou um suspiro. - Hm... Safado. Val era uma pessoa extremamente doce e meiga, mas quando entrava em modo “Valquíria”, se transformava numa dominadora devoradora de homens. E era assim que ela estava agora. - Você chupou o da Cláudia? - ela quis saber. Parei o que estava fazendo momentaneamente, por motivos óbvios, e respondi: - Sim. - Ela gozou na sua boca? - Sim. - Você engoliu a porra dela? - Só um pouco. - Ah, seu cachorro! Vai engolir a minha também. Voltei a chupar e ela começou a foder minha boca. Foi aumentando cada vez mais o ritmo, até anunciar que iria gozar. Segurou minha cabeça com firmeza, mesmo eu nem tentando resistir, e derramou cinco jatos de sêmen na minha boca. Ela se jogou na cama, exausta. Eu cuspi a porra na lixeira. Ela riu - Desculpa, não consegui engolir tudo. - disse. - Se engoliu alguma coisa, já fico satisfeita. Deitei ao seu lado, e ali ficamos conversando. Valquíria já se tornara Val novamente. Ela explicou que tinha ficado um pouco magoada e zangada por eu ter escondido dela que “gostava da coisa” e “estava pra jogo” (palavras dela). Perguntei se as outras também se sentiam assim, ela disse que achava que sim. - Mas já, já passa. Não dá pra ficar chateada com você por muito tempo. - ela completou, sorrindo. Sorri de volta e me sentei. Achava que Marcia já tinha saído da sala, precisava arrumar minha cama. Antes que pudesse levantar, ela segurou meu braço. - Onde você pensa que vai? - disse. - Ainda não terminamos. Valquíria havia voltado. - Não terminamos? - perguntei, enquanto voltava a deitar na cama. - Não, senhor. - respondeu. Estava brincando com o membro. - O que falta? - me fiz de desentendido. Num movimento rápido, ela me virou pro lado, me deixado de bruços, e subiu nas minhas costas. - Falta eu comer esse cuzinho. - ela sussurrou em meu ouvido. Ela se esticou e apanhou uma camisinha e um sachê de lubrificante na gaveta do criado-mudo. Logo, sentia aquela pressão na porta de trás. Entrou mais fácil que o da Cláudia, que tinha uma cabeça mais larga. O de Valquíria era levemente torto para a esquerda, e mais grosso na base, enquanto que o de Cláudia era reto como uma flecha e com a mesma espessura na base e na ponta. No tamanho, o de Valquíria era um pouquinho maior. Logo após entrar, ela foi forçando até entrar tudo. Gemi em protesto. - Cala a boca, safado. - ordenou Valquíria. Ela começou a me comer, com força e rapidez, enquanto me xingava de tudo quanto é nome e um ou outro que tenho certeza que ela inventou na hora. - Puta que pariu, que cu gostoso, estou quase gozando. Ela saiu de mim e me virou. - Quero gozar olhando sua cara. Entrou em mim novamente e voltou no mesmo ritmo alucinante. Estava me comendo com força, me olhando nos olhos. E que rosto lindo ela tinha, mesmo com aquela expressão pétrea característica da Valquíria, que, ao contrário da Val, não era afeita a sorrisos. - Vou gozar! - anunciou. Ela enfiou o pau o mais fundo que conseguiu, causando uma certa dor, e então senti aquelas pulsações características do gozo. Ficamos ali, com o rosto quase colados, os olhares fixos ainda, até que ela abaixou a cabeça e respirou fundo. Quando voltou a me olhar, já era Val. - Nossa, gato... - começou a dizer. Eu puxei sua cabeça e a beijei. Ela correspondeu. Saiu de mim e se deitou. Eu virei de barriga pra cima. - Você gozou? - ela perguntou, depois de um tempo em silêncio, ofegantes. - Não. - respondi. Ela se virou de lado, começou a me punhetar. - Quer me comer? - Não. - respondi. Ela parou de me punhetar, surpresa. - Oh. - era possível ouvir a decepção em sua voz. - Quero comer a Valquíria. - esclareci. - Olha só, que sacana... - ela disse, sorrindo. - Ela não dá pra qualquer um, não. Foi a minha vez de ficar decepcionado. - Sorte sua que você não é qualquer um. E fez por merecer. Ela se levantou e foi até o banheiro - Espera, já volto. Levou uns vinte minutos. Saiu vestida para matar. Um corset de couro que deixava os seios à mostra, meia-calça e pulseiras também de couro. Sem falar nada, caminhou (ou, talvez, a palavra “desfilou” fosse mais adequada) até a cama, mas, em vez de se deitar, me puxou pra ficar em pé. - Não me queria? E aí? - provocou. Eu a prensei na parede e a beijei, lambi seus seios... Em suma, me esbaldei. Virei-a de frente pra parede e a abracei por trás. Beijei seu pescoço e acariciei seus seios. Abri a gaveta e vi que não tinha mais nenhum preservativo ali, ela usara o último em mim. Fui até o outro criado-mudo, rezando, e suspirei de alívio ao ver que ali tinha. Enquanto isso, Valquíria rebolava, ainda de frente para a parede. - Vem, vem. - me chamava. Coloquei a camisinha, besuntei de lubrificante e, literalmente, corri até ela. Segurei-a pela cintura. - Agora é minha vez. - sussurrei a ela. Comecei a forçar sua entrada. Ela ia chegando pra frente, pra me provocar. Segurei firme e forcei. Ela soltou um leve gemido quando a penetrei. - Hm... Safado... Vai... Fiz com ela como tinha feito comigo. Metia com força. Passados alguns minutos, ela se virou e me empurrou pra cama. Em seguida, montou em mim e começou a cavalgar. Ver aquela cena só aumentava o meu tesão. Ela cansou depois de um tempo, então deitou na posição de frango assado. - Vem. - ordenou. Pulei sobre ela e logo estávamos na situação oposta da última transa. - Me faz gozar gostoso, vai... Se não eu vou te comer de novo... - ela disse. Aumentei o ritmo e comecei a punhetá-la. Ela gozou menos do que antes, naturalmente, mas o suficiente para lambuzar a barriga. Eu continuei metendo e logo gozei também. Desmoronei sobre ela. - Satisfeito? - ela perguntou, após recuperar o fôlego. - Demais. - respondi. Tomamos banho juntos, e depois ela passou uma pomada no meu ânus. O coitado já tinha visto dias melhores. - Desculpa. Da próxima vez vou tentar ser mais gentil. - ela disse. “Da próxima vez”. Ouvir isso me deu um tesão danado. Depois do banho, ficamos deitados um pouco, conversando. De conchinha, ora ela por trás, ora eu. Com Cláudia, era sempre ela por trás. Cláudia... - Você acha que a Cláudia vai ficar de boa com isso? - perguntei. - Como assim? - De termos transado. - Sim. - Tem certeza? - insisti. A última coisa que eu queria era briga por minha causa. - Eu não sou suicida, Rafa. Eu falei com ela mais cedo. - Foi? O quê? - Perguntei se vocês estavam juntos. Tipo, namorando. Ela disse que não. - Ahh. - Perguntei se podia transar com você. Ela não gostou muito da pergunta, mas não disse “não”. Pouco depois, ela saiu. Tinha que ir ao banco. Eu fiquei lá, ruminando um pouco os acontecimentos daquele dia. Continua
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