República de Bonecas - Parte 7

VII

No dia seguinte eu acordei tarde, por volta das onze da manhã, e me vi sozinho no apartamento. Havia um bilhete de Cláudia dizendo que ia ao centro. Esquentei o café que tinha sobrado e fui assistir televisão. Antes mesmo de eu terminar o café, a campainha grita. Coloquei uma camisa e fui atender a porta.
- Oi, tudo bem? - disse a pessoa. Só reconheci quem era por causa da cor do cabelo. Era a garota do prédio da frente.
- Hã... Oi... Posso ajudar?
- Ah, é que a sua... Amiga - deu um sorrisinho sacana - me convidou para fazer uma visita.
- Ah, verdade. Ela contou. Mas ela saiu, estou sozinho aqui.
- Tudo bem, eu espero um pouco. - ela disse e se esgueirou pra dentro, antes de eu ter chance de fechar a porta. Suspirei e fechei a porta.
   Sem ter muita opção, conversei com ela. Se chamava Carol, tinha 19 anos (embora parecesse ser mais jovem), cursava o primeiro ano de arquitetura e morava com a mãe no prédio em frente. Estava usando um short jeans, camisa branca de uma banda que nunca ouvi falar e tênis All-Star bem surrados. Era bem bonita, o rosto era delicado. Nariz fino, olhos verdes, lábios bem delineados. Reparei em algumas sardas no rosto, que a maquiagem escondia parcialmente. O cabelo estava tingido de vermelho, mas era possível ver a cor natural (preto) em algumas partes. Fazia o estilo roqueira.
- Então, você e a Cláudia... - disse ela, após muito papo supérfluo.
- O quê?
- Vocês são, tipo, namorados?
- Hã... - Fiquei sem resposta, pego de surpresa pela pergunta.
- Se não quiser falar, super de boa, não precisa, sei que estou sendo enxerida, desculpa. - ela disse, e pareceu ficar sinceramente envergonhada.
- Não, é que... Bem, acho que não. Não, não somos. - respondi.
- Ahhh... Amigos com privilégios?
- É, mais ou menos.
- Você come também ou só dá? - bem direta, essa garota. E curiosa.
- Com ela, só dou. - respondi, e me ouvir dizer aquilo soou estranho.
- "Com ela"? Você também transa com as outras? Que safadinho! - ela disse, e sorriu. Tudo o que consegui fazer foi sorrir amarelo.
Ouvi a porta. Era Val.
- Oh, temos visitas! - disse, e me lançou um olhar safado. Apresentei as duas. - Ah, pensei que ela fosse aquela sua ex de quem você tanto fala. - me disse a Val.
- Ué, você tem uma ex mulher? Quer dizer, uma ex-namorada mulher?
- Sim.
- Achei que você fosse gay!
- Gay? Não, eu não... Não sou gay.
- É sim! Chupa minha rola todo dia! Viadão! - ouvi Marcia gritando do quarto. Nem a tinha ouvido chegar. Ou será que tinha estado lá o tempo todo?
Val riu.
- O que o Rafa quis dizer, é que ele não gosta de homem. Homem homem, se é que me entende.
- Ah, sim. - disse Carol.
Val me abraçou por trás.
- Ele gosta do melhor dos dois mundos. Feminilidade, seios, curvas... E aquele algo a mais... - disse. Roçou em mim de leve, e deu uma mordiscada em meu pescoço. Claro que aquilo teve um efeito imediato e o garoto começou a se animar. Eu estava apenas de short, e tentei me desvencilhar dela, com medo de que Carol visse, mas Val (que nesse momento muito provavelmente já era Valquíria) me segurou firme e começou a rebolar de forma discreta. - Não é, gato?
- Sim. - respondi, com a voz um pouco trêmula.
- Vocês também são amigos com privilégios? - disparou Carol. Senti Val(quíria) parar com o rebolado, na certa concentrada na minha resposta.
- Sim. - respondi. E essa pareceu ser a resposta certa, pois senti Val me apertar.
- Você trabalha em quê? - num primeiro instante, achei que a pergunta era pra mim, mas depois vi que era pra Val.
- Sou domme profissional. Dominatrix.
- Sério? - perguntou Carol, incrédula.
- Sim, sim. - respondeu Val, sorrindo.
- Nossa, que demais! Um ex meu era ligado nesse tipo de coisa, mas nunca fomos muito longe.
- Quer ver meus acessórios? - perguntou Val.
- Adoraria!
- Meu quarto é logo ali. - ela apontou, e Carol foi pra lá, praticamente saltitando. Val a seguiu e eu fui até a cozinha. Minha ereção baixou. Bebi um copo d'água. Fiquei um tempo mexendo no celular e acabei me distraindo. Quando me virei, fui surpreendido por Val. Estava com uma de suas roupas de dominatrix. O pênis estava pra fora, ereto e apontado ameaçadoramente para mim.
- Acha que sua amiguinha gostaria de ver? - me perguntou, e me deu um olhar safado.
- Ela não é minha amiga. Isso é coisa da Cláudia.
Val riu.
- Então, quer dizer que somos amigos com privilégios, é?
- Sim. respondi - Eu acho.
- E esses "privilégios" incluem um boquete? - ela começou a se masturbar.
- Claro. - respondi.
- Vou cobrar... Mais tarde. - guardou o pênis. - Agora vamos lá ver a sua amiguinha.
- Ela não é... - ia protestar, mas Valquíria, num movimento rápido, segurou meus testículos de forma firme, mas sem machucar.
- Shhh... Vem, meu putinho. - disse, e me puxou literalmente pelas bolas.
No quarto, Carol admirava os acessórios de Val. Dildos de várias cores e tamanhos, algemas, coleiras, plugues anais, chicotes, pulseiras de tachas e muita coisa em couro e látex. Quando chegamos, ela se virou e pude ver que notou a ereção de Val, bem aparente sob a saia de látex. Mas não pareceu ficar muito envergonhada com aquilo.
- Por que tem tantos dildos? Tipo, você tem um pau... (E ele parece maior que quase todos esses dildos)...
- Querida, eu não sou puta. - respondeu Val. Carol ficou um pouco apreensiva, achou que a tivesse ofendido, mas Val notou e tratou de logo abrir um sorriso. - O cliente paga pra ser dominado, feito de gato e sapato. Sexo não faz parte do pacote. Pode até rolar, mas só se, quando e como eu quiser. - explicou ela.
- Ah, entendi. - ela passou a mão por um dos chicotes - Você atende mulheres também?
- Interessada? - perguntou Val, com um risinho sacana.
- Hã? Não, não... É curiosidade só. - disse Carol, e deu uma leve corada.
- Já até atendi algumas. Mas era sempre junto com o marido. Gosto mesmo é disso aqui. - ela disse e me deu um tapa na bunda. Ela e Carol riram. - Posso de dominar se quiser, mas sexo já seria mais complicado.
Carol e Val conversaram bastante, dava pra ver que estavam se divertindo genuinamente. Eu aproveitei a primeira chance e fui pra cozinha. Marcia estava sentada ao balcão, comendo um sanduíche. Eu estava mexendo no smartphone, mas pela visão periférica podia ver que ela estava me observando.
- Pois não, posso ajudar? - eu disse, e abri um sorriso cínico. Num primeiro momento, ela desviou o olhar e tentou fingir que não estava me olhando, mas depois desistiu da farsa e me olhou nos olhos.
- Ah, é que eu tava pensando... Essa coisa boba entre a gente. Que tal deixarmos pra lá?
- Por mim, tudo bem. - respondi. - Mas eu não vou te dizer o que fiz. Chupa essa. - completei.
- AH, SEU FILHO DA... - ela se levantou e saiu, batendo os pés.
Fui para a sala, ainda mexendo no celular. Vi uma sombra assomando, e levantei os olhos. Era Carol. Disse que, infelizmente, teria que ir embora, mas que tinha adorado a visita e certamente voltaria mais vezes (Val a tinha convidado a vir "sempre que quisesse").
Após Carol ir embora, Val veio e se sentou ao meu lado. Estava usando um roupão.
- Gostei da sua amiga. - ela disse. Antes que pudesse dizer que ela não era minha amiga, Val me beijou. Enquanto estávamos na pegação, ela colocou minha mão no seu pau. - Alguém está me devendo uma chupada, se bem me lembro...
- Agora? - perguntei. Estava brincando com o membro dela.
- Por que não? - ela disse, e começou a empurrar minha cabeça para baixo.
- Cláudia pode chegar...
- Ela espera a vez dela!
Eu desci do sofá e me ajoelhei na frente de Val. A glande já estava melada e brilhante, e assim que a coloquei na boca, Val gemeu.
- Hm... Essa boca me enlouquece... - Ela jogou as pernas sobre meus ombros. - Sabe, gostei da sua amiguinha... Quem sabe um dia a gente não a convide pra uma brincadeirinha?
Parei de chupar, surpreso.
- Acha que ela aceitaria?
Val empurrou minha cabeça pra baixo novamente.
- Estou certa que sim.
Dei uma acelerada e logo ela gozou. Val me segurou com as pernas, pra eu não tentar fugir, e foi tudo na minha boca.
- Falou sério sobre a garota? - perguntei, depois de desocupar a boca.
- Uau, ficou mesmo interessado, hein? - ela disse. - Será que ainda lembra como se come uma boceta? - provocou.
- Ciúmes? - devolvi.
Ela bufou e desviou o olhar. Se deitou de barriga pra baixo no sofá. Eu levantei o roupão e deitei sobre ela.
- O que pensa que está fazendo? - ela perguntou,
- Você gozou, eu não.
- Vá lá com sua amiguinha... - ela disse, mas estava apenas fingindo os ciúmes e eu sabia. Tirei o short e comecei a roçar nela. Ela gemeu baixinho, mas logo me jogou de lado e se levantou. - Espere aqui.
- Claro.
Foi até o quarto e voltou com o pote de lubrificante. Colocou uma camisinha em mim, passou lubrificante e se sentou, de frente pra mim. Quando chegou ao fim, começou a me beijar. Ainda me beijando, começou a subir e descer.
- Goza pra mim, vai safado... Goza em mim... - ela disse, entre beijos.
Foi aumentando a intensidade até chegar num ritmo alucinante. Gozei como louco, gemendo alto. Val continuou sentada me beijando.
- Foi bom pra você também? - brinquei.
- Olha, se fizer assim com sua amiguinha, ela gama.

Continua


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Comentários


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donpedron Comentou em 01/10/2016

Muito bom, grande desenvolvimento. Quanto vem o próximo?

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manosafo Comentou em 26/09/2016

Seus contos são deliciosos. Continue.

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TatuadorTarado Comentou em 11/08/2016

Q delicia!!! Estou me divertindo cm essa sequência de contos!!! Adoro uma boneca!!!

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kv_safado Comentou em 10/08/2016

Delícia de conto!




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Ficha do conto

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metalmachine

Nome do conto:
República de Bonecas - Parte 7

Codigo do conto:
87571

Categoria:
Travesti

Data da Publicação:
09/08/2016

Quant.de Votos:
26

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