Sempre desconfiei do macho metido a ser o que a folinha não marca. O que sempre pega todo “rabo de saia” que passa pela sua frente, o “fodão”, o comedor de mulheres. Então houve uma época em minha vida que trabalhei como vigilante a noite em uma escola publica e por plantão; sempre em dupla havia dois vigias, éramos dois que podiam variar de parceiros conforme a escala. Entre eles sempre havia um colega, o mais macho de todos: Jairo. Um homem de seus trinta e poucos anos, branco, estatura média e lindos olhos claros e um corpo proporcionalmente bom. Mais jovem do que eu. Esse me agradava, me atraia. Talvez por suas postura e opiniões preconceituosas, acabou por me chamar a atenção. Machista, propagava que boca de viado jamais passaria sequer a língua pelos pêlos de suas pernas.
- Nem mesmo no buraquinho? – gracejava – Já pensou?
- Nunca. Tu jamais vai passar a mão a qui – e apertava a pica por de baixo da farda.
- É mesmo? – perguntava sempre com deboche. Dizem que eu tenho um ar de pessoas cínicas. Talvez sim.
Entre uma piada ou outra, uma tirada ou outra e assim o tempo ia passando. Ele sabia que eu vivia com um carinha. Sempre fui boa pinta, nunca tive trejeitos ou qualquer coisa que denunciasse que eu era gay, pelo contrário, tinha facilidades com as mulheres. Jairo em sua opinião que para ser gay tinha que apresentarem todas as aquelas características que a sociedade impôs do que seria um “viadinho”. Quando tinha oportunidade e entre uma xícara de café e outra e cigarros, conversava-mos o dia a dia, aventuras e ele contava as “trolagens” que fazia das mulheres que pegava e que as fodias ou sei lá o quê. Não o ouvia mais. Era tão maçante aquele papo. E ele perguntava invariavelmente:
- Já deu cu ou comeu algum hoje? – ria.
- Nem uma coisa e nem outra, mas se quiser – a pontava lá para quadra de esporte que sempre ficava as escuras – Vamos ali que te mostro o que ainda eu não fiz.
E olhava com aqueles olhos claros com uma certa zombaria e no qual aquilo aos poucos já ia despertando em mim, o desejo de ter um dia. Só desejo de ver aquele homem pelado que por machismo nunca ficava despido na minha frente na hora de trocar de farda. – Meu pau tu nunca vai ver?
- E quem quer ver essa tua micharia? – respondia. – Só as mulheres que se contentam, ou melhor, algumas com... Isso – eu também não deixava barato com suas provocações.
Em uma noite chuvosa de um dia qualquer de Fevereiro. A luz elétrica faltou no bairro todo e nossa escola também sofreram com a falta de luz. Sendo em um bairro afastado e em torno do prédio inúmeras arvores escondia o prédio se acontecesse algo, nem casas vizinhas existiam para nos socorrer, a não ser um campo baldio em frente onde os homens do bairro jogavam bola de futebol aos finais de semana. Jairo não tinha chegado, estava atrasado e a escola para o meu azar, não possuía expediente à noite. Naquela noite “aquele filho da puta” resolveu faltar. Sozinho e sem uma arma nas mãos, não me sentia seguro. Claro que tinha medo e o medo faz com que sombras formem imagens assustadoras e aqueles raios que de vez enquanto cortavam o céu, não formasse aquele lugar em nenhuma sala de estar. Sai ao corredor para chegar até a sala de refeições de alunos para fechar um portão que o vento teimava fazer um movimento de abre e fecha.Fui. Fechei e voltei, resolvi me trancar na secretaria no qual tinha acesso. Lá frio era menos intenso e sabia que havia algumas velas para acender.
- Se acontecer alguma coisa, se tranquem. Morrer pelo Estado não vale a pena – dizia sempre a diretora escolar e ela tinha razão. Não valia a pena arriscar-se.
Na volta, peguei as chaves para adentrar a secretaria e procurar uma vela para iluminar o ambiente. Então, num átimo de segundo senti dois braços fortes me agarrarem por trás e umas das mãos taparem minha boca e outra pegar meu braço prendendo para trás do meu corpo e apertarem de tal forma que não podia me desprender-me para tomar qualquer tipo de ação. Aquela respiração no meu pescoço, aquele corpo que parecia mais forte do que eu, me imobilizava. Um medo, um terror e aquela língua lambendo meu ouvido esquerdo e aquela gargalhada.
- Se fudeu!... O machinho baitola se fudeu! – e afrouxando os braços foi me largando e virei-me para ver o colega Jairo gargalhar como louco todo molhado – Já pensou se fosse um meliante?- e os raios e trovoes explodia naquela noite escura de vento e chuva.
Uma raiva animal se abateu sobre mim e avancei para lhe dar uma cacetada naquela cara onde a gargalhada teimava a zombar de mim.
- Filho da puta,Jairo! – gritava – Eu vou te matar! – e avancei para acabar com ele, meu corpo tremia, não lembro se era de susto, alivio ou ódio, mas só sei que eu queria quebrar ele no soco. E avancei, no qual ele com uma agilidade e exalando a álcool me agarrou pelos braços e surpreendentemente me beijou com uma voracidade que só dois homens sabiam fazer. O cheiro, o roçar daquela barba onde os pêlos queriam nascer de novos. Beijou-me, chupando a língua... – chupava meu pescoço e mordia levemente os meus lábios...
- Pára! – balbuciei tipo o viadinho dominado pelo macho alfa – Tu ta todo molhado!
Me reconheci naquele momento com um algo que sempre rejeitei, o homem que queria outro homem mais forte, que me dominasse. Tipo florzinha a espera de um beija flor pra tirar o néctar. O colega Jairo me agarrava, me desnudando a camisa, chupando meu mamilo, provocando sensação de “eu quero pica”.
- Eu sei que tu queres!...queres minha rola. Vou te fuder – me mordia. Não lembro direito, pois já estava escuro, eu acho que disse que podia chegar o inspetor da vigilância...
- Não tou nem aí – e me empurrou em direção a sala dos professores onde tinha enormes sofás e mesas.
Em instantes ele me jogava no sofá e sem roupas ambos e esfregava aquela pica rígida que balançava no ar, onde uma cabeça vermelhinha se insinuava pela minha boca e tudo isto em uma ligeireza, agonia e eu queríamos. Chupei obedecendo à direção de suas duas mãos posta na minha cabeça e mina literalmente era fodida como se fosse uma vagina.
- Isso chupa. Tu sempre quis meu pau né? – o hálito de álcool se fazia forte e seu olhar de lobo me excitava e chupava aquela rola branquinha como se fosse o ultimo picolé do mundo, minha língua passeava e explora va ao maximo. Os pêlos, todos raspadíssimo fazia seus pequenos testículos serem engolidos e curtia, curtia muito aquele momento único com aquela pica e aquele homem branco e nu em toda sua gloria viril. Passeava minhas mãos por aquela bunda levemente peluda e apertava-as, rígidas e ele dava tapas para eu retirar, mas não tirava, por que eu retiraria? Não tirava. Entre homens em um rolo, direitos iguais. Ousado, passei minha língua por debaixo daquela “costura” entre o culhão e cuzinho.Passei no qual ele deu um pulo...
- Não! Aí, não.
-Por quê não? – inquiri – Passei a língua e ele gemeu entre os dentes e caiu no sofá e me ajoelhei e meti a língua naquele cuzinho, levantando suas grossas coxas e para minha surpresa...
- É isso que tu queres? Então chupa. Por que vai ser a primeira e ultima vez.
Sei, pensei eu. Passeei com a ponta da língua naquele buraquinho com um bom e experiente chupador de cu e rola. Aquele macho bêbado abria com as duas o seu cu e eu chupava, não enfiei o dedo, mas acariciava aquela rosca que piscava e chupava e por fim ele gozou, melecou a minha cara com uma gama de esperma grossa que invadia meu nariz e para meu espanto, aquele membro continuava duro com a cabeça quase fina para o ar.
A chuva continuava e a energia se fazia ainda ausente e naquela semi escuridão onde os raios faziam a claridade. Saímos para pegar chuva. Corri nu pelo corredor até chegar na quadra e ele veio atrás de mim. Vi aquele homem branco de corpo forte com uma leve barriguinha de chope a correr de pica dura em minha direção sob a chuva. Não lembro se eu sugeri ou se a idéia partiu dele, o fato é sob a chuva, era uma aventura gostosa e me agarrou sob o mastro que se ateavam bandeiras em épocas de jogos e me pegando por trás, esfregou aquela estrovenga mediana na minha bunda.
- Tu queres pica né? – uma voz rouca, me mordia todo o meu pescoço, orelhas. Doía um pouco, mas era prazeroso. Senti um dedo invadir meus anus, lembro que seus dedos não tinham unhas grandes para machucar, mas com experiência, enfiava os dedos e para dar prazer a ele, empinava minha bunda para receber pau rígido, que me dava prazer em pegar em minha mão e perceber o qual duro estava. Depois um pouco devagar e com jeito, enfiou devagar em cu que piscava e eu rebolava. Não tive pudor, fiquei cínico e rebolei a bundinha para ele que não se fez de rogado e começou a fuder.
- Puta! Tu és um viado. Toma pica, toma – e enfiava com uma velocidade para dentro de mim que eu tinha que apertar o reto para não machucar tanto. Mas aquela vontade perversa, só me fez arreganhar o cu para ele e o mesmo resfolegava parecendo um porco em minha costa, ouvidos; – Safado, machinho safado - e me apertava alucinadamente. Lembro que seus braços me apertavam toda a minha cintura, fazendo ele se curvar para querer beijar boca e nessa fúria debaixo da chuva e a claridade dos relâmpagos que corriam o céu e senti como um raio, um gozo de fazer-me gritar com aquela pica que ia até o fundo do meu intestino. Meu pau gozava grossos jatos de gala, me fazendo gritar de prazer, tesão, inclinando minha cabeça para trás para ser amparado pelo seu ombro tamanha onda de prazer que me sacudia todo o corpo.Jairo continuava arremeter sua pica em minha bunda feito louco e não demorou senti sua pica crescendo dentro do meu cu. Gozava me inundava de gala, grunhia e aos pouco mordia levemente o lóbulo da minha orelha e devagarzinho arreava-mos os dois debaixo daquela chuva. Uma chuva tão típica da cidade de Belém do Pará. Cada qual procurava regularizar a respiração no peito. Depois de um bom tempo levanta-mos e voltamos para a secretaria. Não falamos, não trocamos palavras, tomamos nosso banho e a luz elétrica voltara como um festival de fogos e acabando o encanto daquela noite. Cada um sabia o que tinha feito e acontecido. Banhamos e vestidos e secos cada um pegou uma cadeira e fomos lá para frente da escola. Acho que o efeito da bebida havia passado. E em silencio vimos à noite passar, o inspetor de ronda vir tomar nossos pontos e cada um fumar um cigarro. Outras coisas aconteceram, mas que não merece importância como aquela noite de chuva.
- Viado. – dissera ele olhando para o campinho em frente e fumando.
- Olha quem fala – respondi – fresco.
Um dia muito tempo depois, que ele me falou que tinha sido só daquela vez. O machão do Jairo me deu sua bunda e eu penetrei em uma das mesas da biblioteca da escola. Nada de muito importante.
FIM