O Paizão Àrabe



Aos perdidos, um resumo: me chamo Caio, tenho 24 anos e estou viajando de carona pelo Brasil. Recentemente ao ancorar na Bahia, mais precisamente em Caraíva, conheci o homem que mudaria muitas coisas no atual projeto de vida. Se quiserem saber sobre isso procurem pela sequência de contos que escrevi anteriormente. Atualmente estou contando algumas histórias que escrevi no meu diário de viagem até chegar em Caraíva. Fiquem a vontade para fazer sugestões, conselhos ou apenas me contem de seus prazeres às minhas custas.

- Onde precisamente? Vou passar para buscá-lo.
- Masp. Passei o dia batendo perna e fiquei aqui esperando sua resposta.
- Logo chego aí. Até breve!

O diálogo foi curto. A hospedagem certeira.
Contatei Kalil através do Couchsurf, um serviço de hospitalidade de graça pela internet. Ele oferecia o sofá e eu precisava de um teto por uma noite. Casamento perfeito.
Ele não demorou a chegar. Alto, moreno, bonito, aparência bem cuidada, corpo visivelmente malhado. Usava um blazer sobre uma camisa azul e calça marrom. Moderno. O sorriso completava o look. Seu sobrenome deveria ser simpatia. O cumprimentei cuidadosamente. Ele me puxou para um abraço. Não morava muito distante dali, num apartamento com seus pais. O irmão mais novo fazia intercâmbio na Europa. O invejei! No caminho para casa me falou sobre trabalhar com mídias sociais, sobre seu pais serem donos de uma agência de publicidade e não se importarem em receber estranhos por uma noite. Chegamos primeiro. Apartamento espaçoso, confortável e absurdamente moderno. Esculturas estranhas nos observavam em mlugares estratégicos. Paulistas! Averiguei o sofá: muito melhor que minha cama. Tratei de tomar um banho, vestir algo decente e ajudar Kalil a preparar algo. Ele queria fazer uma surpresinha aos pais. Eu fiquei com a salada, ele com o risoto.

O barulho de chaves anunciou a presença dos donos da casa. "Eles chegaram!" eu pensei. Clarice entrou primeiro. Cabelos loiros, pele absurdamente clara, roupas leves e sorriso fácil. Era o dom da família. Me cumprimentou com um beijo na bochecha. Armin veio em seguida. Os traços árabes não estavam somente no nome. Alto, corpo forte, ombros largos, queixo erguido e rígido. Os lábios suavemente apertados e os olhos levemente fundos. Seu rosto era confortável e simpático. E hipnotizante, é claro. Jogou suas coisas sobre a mesa e atravessou a sala com pressa. Eu queria apertar sua mão, mas as minhas estavam sujas. Ele agarrou meu pulso com força e eu quase suspirei com isso. Em poucos minutos sumiram cômodos adentro. Eu acompanhei Armin com o olhar. Antes de virar o corredor os dele flagraram a curiosidade dos meus. Tremi.

- Vocês são sempre simpáticos assim? - voltei minha atenção para Kalil.
- Ah, sim. Meu pai é o mais calado, mas ele costuma ser simpático.
- Aliás, salada pronta. Monto a mesa?
Kalil ao pé do fogão usava apenas uma bermuda. O peito liso era uma tentação desmedida.
- Sim, por favor. - Ele disse enquanto finalizava o risoto. Montei a mesa com pressa.
Em pouco tempo Armin apontou na saída do corredor. Olhei de canto e o vi metido num short até o jeolho e uma camiseta folgada. Seu peito estava desenhado no tecido leve. Ele passou pelo bar, sacou uma garrafa e ergueu ao ar, chamando a atenção de seu filho.
- Arak? Há um comemoração essa noite?
- Adivinha! - Armin atravessou a sala e dispôs quatro copinhos sobre a mesa.
- Os contratos? - Indagou Kalil.
- Os contratos. Todos fechados! - Proclamou o pai, contente.
- Arak duplo pra todo mundo! - Ambos comemoram.
Eu ria os observando.
- Me tirem dessa comemoração. Estou morta. Morta! - Reclamou clarice ao sentar na mesa.
- Só um. Só um!
Armin serviu a bebida, Clarice não recusou e passou o líquido par dentro. Ensaiou uma careta.
- Você! - Ele me estendeu um copo quase transbordando.
- Não discuta com um árabe - Disse Kalil ao chegar na mesa servindo o risoto.
- Ok... Ok... - Bebi o líquido forte e devolvi o copo numa careta.

Comemos sem pressa. Kalil contava-me suas aventuras com as garotas e a mãe ria da cara de pau do filho. Armin fazia questão de falar sobre o arak, bebida típica árabe, que aliás era servido numa frequência absurda. Eu estava prestes a desistir daquilo. Falava-me também sobre seus pais árabes e sua infância no Líbano. Clarice cansada das histórias conhecidas anunciou que repousaria. Armin a acompanhou. Ao passar por minha cadeira ele apertou meu ombro e arrastou seus dedos pela pele da minha nuca tão suavemente que só eu e ele havíamos percebido isso. Kalil já tinha preparado meu sofá. Num minuto eu estava sozinho na sala. Desfiz a mesa e apaguei as luzes.

Estava impossível permanecer deitado. A sensação de tontura é a morte pra mim. Quantas doses daquilo eu tinha tomado? Pelo visto, o suficiente para me fazer perder a conta.
Tirei minha blusa suada e fiquei só de ahort, abri a imensa porta de vidro da sala e me ancorei sobre a varanda. O ar fresco me deixava melhor. Inevitavelmente meus pensamentoa se direcionaram a Armin. O toque de mais cedo não significava nada, mas há muitos dias ninguém me tocava. Às vezes viver na estrada não facilita. Me dei liberdade para pensar naqueles dedos macios e firmes ao mesmo tempo, mas logo fui interrompido com passadas em minha direção. Num susto constatei que se tratava de Armin. Ao sair do escuro percebi seu peitoral nu. Era um homem grande e formado. Seu peito era musculoso na medida certa e nada exagerado. Para 37 anos ele estava muito bem. Melhor que muitos.
Trazia consigo dois copos cheios com o líquido que nos regou a noite inteira. Eu fui obrigado a sorrir. Ao ancorar-se na varanda ao meu lado me passou um dos copos. Não medi esforços: passei para dentro sem careta. Ele fez o mesmo.


- Calor? - Ele perguntou olhando o fluxo de faróis lá fora.
Aproveitei e olhei de canto a lateral do corpo dele antes de responder.
- Muito!
- Não consegue dormir? É o arak? - Dessa vez ele me olhou sorrindo.
- Eu não sei, mas aposto nessa opção.
- Tem outras?
- Outras o quê? - eu o olhei curioso.
- Opções para o que lhe cause a falta de sono, oras.
Ele me pareceu mais próximo. Eu não havia movido um centímetro, posso jurar.
- Algumas, talvez. - eu respondi.
- É? Que falar sobre elas? O rosto dele pareceu inacreditavelmente mais próximo do meu. Continuei imóvel.
- O que você tá fazendo? - eu quase sussurrei ao perguntar.
Mirava seus lábios apertados.
- Eu não faço ideia. - eu li seus lábios. Ele sussurrou tão baixo quanto eu.
Não demorou para que ele encurtasse a distância que separava nossos rostos. Primeiro senti seu hálido quente, depois o cheiro forte da bebida e logo em seguida o calor e a maciez de seus lábios. Harmoniosamente nos beijamos. Suas mãos continuaram na varanda. Ele me beijava inclinando apenas o corpo em minha direção. Até que fui obrigado a parar o beijo. Ele suspirou quando nossos lábios se afastaram.
- Não faz isso! Tá tudo errado aqui. - eu disse.
Ele enfim largou a muretinha e num passo se posicionou em minha frente.
- Deixa eu fazer isso? - Sua voz grossa soava leve demais.
- Você não está bêbado? Sua espo... - fui calado por um beijo muito curto.
- EU quero! - Ele fez questão de dar ênfase no sujeito da frase. Eu fechei os olhos e em seguida os abri junto de um sorriso convencido.
- Dane-se!

O puxei pela cintura e deixei que me beijasse novamente. Senti sua pele arrepiar quando a toquei com meus dedos. Nosso peitoral colado um no outro. Eu, notavelmente menor que ele, fiquei guardado pelo seu corpo espaçoso. Sua língua áspera penetrou meus lábios com força. O gosto de um homem que ainda não foi tocado por outro é completamente difrente dos outros. É quase puro e carrega uma inocência gostosa de sujar. É impossível resistir. E eu não vim ao mundo para fugir disso.
Dada sua inabilidade, eu estava no comando do que acontecia. Girei nossos corpos e o encostei na varanda. Ele continuava me sugando. Havia um gosto de desejo antigo ali. Algo guardado há muito tempo e eu estava ciente da importância disso para ele. Você vai me julgar, eu sei. Vai me acusar de desrespeito. Mas eu vou lhe contar algo: sobre desejos não se discute. Dona Clarice iria me agradecer! Dei um tempo para respirar descendo meus lábios por seu queixo marcado. Beijava suavemente os pelos que nasciam e cobriam a pele. Suas mãos estavam enfiadas em meus cabelos. Com cuidado ele forçava meu rosto contra sua pele cheirosa. Ele estava adorando isso. Eu estava adorando seu perfume amadeirado. Ousadamente rocei meu corpo inteiro no dele. Sem restrições. Com surpresa senti nossos paus, completamente duros, se tocarem com força. Agarrei o membro por cima do tecido e ele suspirou tombando a cabeça de lado, me entregando seu pescoço. O beijei com cuidado, é claro. Senti seu pau grosso. Não era grande, colossal ou monumental como esses que fantasiam nos filmes. Mas era macio, cremoso e deveria ser tão cheiroso. Anunciei o que faria ao descer meus lábios pelo seu peito. Beijei e lambi cada pedadinho da pele dele. Ele prendi o ar e suspirava em seguida muito cuidadosamente. Cheguei em seu umbigo e meu queixo já quase roçava seu membro pulsante. Suas mãos que ainda estavam em meu cabelo, forçaram-me a descer mais. Entendi o recado: abaixei o short e mostrei a liberdade para aquele pau lindo. Ele sorriu ao me ver admirar seu membro. O segurei com cuidado e cheirei cada centímetro dele. Era impossível alguém cheirar tão bem daquele jeito. Era tão macio que dava medo de rasgar a pele. Passeava com meus lábios por toda sua extensão, até encostar em sua glande exagerada. A lambi e coloquei dentro da boca. Ele me deu a reação esperada: se contorceu inteiro. A lambi com minha língua grossa e lhe mostrei sensações antes desconhecidas. Ele embaraçava meus cabelos, implorando por mais. Eu fiz: o engoli inteiro. Rapidamente tirei da boca e novamente o penetrei entre meus lábios com dificuldade. Ele perdeu o ar, eu pude sentir. Sem demorar comecei a chupá-lo com vontade. Sugava seu líquido de macho viril e fazia seu pau deslizar boca adentro. Chupei também seu saco pesado. Lambi toda sua virilha úmida e igualmente cheirosa. Não me importei com os pelos que nasciam ali também e continuei engolindo seu pau até que meus lábios tocassem a base dele.
Armin estava fascinado pelos meus lábios. O senti segurar meu queixo e ensaiar alguns movimentos. Ele estava fodendo minha boca. Fodendo com vontade até que seu saco batesse em meu queixo. Ele gemia tão abafado que quase engasgava no processo. O momento esperado chegou: seu pau pulsou dentro da minha boca e o pré gozo anunciou sua chgava. Tirei aquela coisa macia da minha boca e o masturbei, fazendo a cabeça do membro roçar em meus lábios. Ele soltou um gemido rouco ao explodir em meu rosto. Bebi o que pude rapidamente e logo veio mais. Ele gozava feito um animal feroz. A porra escorreu por meu queixo e pescoço. O chupei afim de limpar seu pau e devido a sensibilidade, suas coxas tremeram. Eu ri e o forcei a rir também.
Em pé lhe dei um beijo molhado. Saliva e gozo. Seu gozo! Ele adorou sentir o seu próprio gosto. Não queria me largar. Nos limpamos no banheiro social. Ele saiu primeiro, afinal, havia porra até no meu cabelo. Quando saí ele estava deitado no sofá, sorri despreocupado e não exitei em me expremer ao seu lado. Ele mostrou um certo constrangimento, mas contornei brincando.

- Àrabes são sempre assim?
- Não termine de acabar comigo, Caio. - Ele escondeu o rosto.
- É sério - eu sussurei - vocês são goatosos demais.
Ele riu novamente e beijou meu rosto.
- Kalil...
- Não pode saber. Eu sei, né. Além do mais... Eu vou embora amanhã. E o que aconteceu vai comigo.
- Nunca mais serei capaz de fazer isso. - ele me confessou.
- É sério? - eu me mostrei curioso.
- Você tem alguma coisa que me fez liberar desejos que dormiam.
- Isso é bom? - sorri convencido.
- Isso é maravilhoso. - Ele disse me beijando em seguida. - Sua boca ainda tem meu gosto.
- Bem lembrado. Ainda o quero antes de sair. Se recusar já sabe!
Rimos juntos enquanto ele me apertava em seu corpo forte.


Conversamos até o sol nascer. O chupei novamente antes que Clarice e Kalil acordassem. Outra vez ele gozou feito um animal. Um camelo. Armin era um camelo cheio de porra. Eu bebi o que pude da última vez. Eu queria ele viajando dentro de mim: quente e seguro. Ele ajeitou as coisas para que fosse me deixar no centro. Nos despedimos com um beijo longo e molhado, do jeito que eu gosto. Ele me jurou jamais tentar isso outra vez.
Eu duvidei, é claro!


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Ficha do conto

Foto Perfil omochileiro
omochileiro

Nome do conto:
O Paizão Àrabe

Codigo do conto:
83817

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
24/05/2016

Quant.de Votos:
17

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