Quando o tempo fechava, ela ficava bastante nervosa, olhando pela janela a formação das nuvens negras. É que ela tinha fobia de tempestades. Quando começava a relampejar, Marilda se borrava de medo e realizava um ritual típico de “proteção”: se trancava no banheiro, colocava óculos escuros, uma toalha sobre os óculos, e colocava seu celular em alguma estação de rádio e ouvia nas alturas, para não ouvir trovões nem ver os clarões. Quando estava na rua e sentia que iria trovejar, ia para o shopping e entrava em algum cinema só pra não ouvir o pau quebrar lá fora. Sua sorte é que ela trabalhava num shopping como comerciária, numa loja de eletrodomésticos.
Essa fobia surgiu na sua infância. Aos 6 anos, morava em uma cidade ribeirinha no interior do Pará quando sua mãe e uma tia receberam a noticia que a avó delas que estava internada tinha piorado muito. Pegaram Marilda e desceram o rio numa catraia motorizada. Eram por volta de cinco e meia da tarde e o tempo estava bem nublado. Foi então que no meio do rio a chuva começou a cair e virou um dilúvio. O condutor do barco teve que parar em manguezal, pois não havia condições climáticas para continuar. E então os trovões e os raios riscaram o céu e ela nos braços da mãe vendo aquele cenário terrível. A mãe se esforçava pra andar rápido, mas a lama atolava até o joelho. Pararam em uma casa em ruínas e a chuva castigando a todos. Ela só lembra da mãe se jogando de cócoras em cima dela, a protegendo da chuva com estrondos ensurdecedores. Com isso, Marilda criou um trauma enorme e a partir daquele dia ficou com pânico de trovoadas. Porém, nunca foi fazer terapia pra curar esse medo.
Um dia, conversava com colegas de trabalho sobre fobias e uma das mulheres revelou que tinha medo de avião. Mas em uma das viagens, quando estava tremendo de pavor daquele transporte cair, foi acalmada pelo rapaz ao lado dela. O rapaz a tranquilizava quando houve uma forte turbulência e ela se agarrou nele. O rapaz começou a falar baixinho no ouvidinho dela que ele estava ali pra protege-la. Ela foi ficando calma e o rapaz se aproveitou pra dar beijos no pescocinho e sussurrar no ouvido dela. Ela então começou a se excitar e eles se beijaram muito. Um começou a masturbar o outro e nem sentiu a viagem passar. Quando desembarcaram, começaram a se conhecer melhor e não deu outra: naquela mesma noite treparam como loucos.
- E cada vez que eu lembrava do lance do avião, eu gozava ainda mais com ele. Quando viajei de novo, eu não sentia mais medo. Incrível!!!
- Um belo jeito pra curar nossos medos – falou uma delas e caíram na gargalhada.
Marilda foi visitar os parentes no Pará em um período de folga. Foi sozinha, pois filhos e marido trabalhavam e estudavam e ela não ia demorar muitos dias. Enquanto esperava o ônibus que a levaria para a cidadezinha onde nasceu, viu o tempo carregado ficar ainda mais feio. Começou a se desesperar. Ouviu um ronco ao longe.
- Meu Deus... A trovoada está se aproximando.
Logo viu que a chuva chegaria antes do coletivo. Foi então que olhou ao redor e viu que o abrigo ali era mínimo se caísse uma tempestade daquelas. E se viu aflita. Foi então que viu um taxi parado. Não pensou duas vezes.
- Moço, Boa tarde. Você está indo pra onde?
- Cachoeira do Arari, senhora.
- Vou com você. Chegamos antes da chuva cair?
- Difícil, mas conheço bem a estrada, faço o possível.
O táxi era lotação, mas parecia que ninguém queria compartilhar. Foi então que ela resolveu ir mesmo assim. Pagou o olho da cara, mas era melhor que passar vergonha no meio de estranhos, se borrando de medo do pé d’água que se aproximava.
E o automóvel saiu pela estrada. O motorista era jovem, uns 22 anos, talvez. Era parrudinho, cabelos cheios, um anel enorme na mão direita. Não teve dúvidas: era um cigano.
O cara sentava o pé no acelerador e os roncos se aproximando. A estrada estava boa, algo raro por ali. Não eram cinco da tarde ainda, mas com o céu carrancudo, a noite não demoraria a cair. Foi então que ele viu adiante uma fileira de carros. Adiante, um fogaréu enorme.
- Xi, senhora... É uma manifestação. Tão queimando pneu na pista. Fudeu!
- Mas quem vai fazer protesto com um tempo desses???
- Ah, aqui chove como o diabo! Se for esperar sol pra protestar...kkkkkk
Ela sabia disso. Aquela região equatorial era dose! Como chovia! Ela saiu de lá mais por causa disso: o Brasil é o país com maior incidência de raio do mundo e o Pará, junto com o Amazonas, são os estados com maior número. Só que parecia uma sina. Ela foi morar em Campo Grande, capital onde cai mais raio por ano. Parecia que a natureza a perseguia.
Ela então viu um relâmpago cavernoso no céu. E depois “brummmmmmmmmmmm”. Um trovão daqueles, parecia um abalo sísmico. Ela começou a tremer. O rapaz percebeu e passou a notar mais aquela cabocla, cabelos negros, ascendência indígena marcante, mas pele mais clara que uma índia. Coxas grossas, seios médios com bicos proeminentes estufando o vestido que usava. O medo fazia os mamilos ficarem mais salientes. Eta visão boa!
- É, senhora... Parece que o cacau vai cair maduro!
- Vamos sair daqui, moço...Por favor!
- Mas como?? Tá tudo parado aqui.
- Faz qualquer coisa, vamos pra um lugar seguro.
Outro ronco. Mais forte que o primeiro.
O motorista percebeu que ela tinha pânico de trovoada. Se agarrou na porta do carro e cerrou os olhos como se sentisse uma dor intensa. Ele não viu outra alternativa. Virou o carro e saiu na contramão pelo acostamento.
- Não posso dirigir por muito tempo aqui. Vou virar na próxima entradinha
E o carro girou e adentrou uma trilha que rumava pro meio do mato.
- Por aqui a floresta é mais densa e assim a gente vê menos o clarão. Onde a gente tava e num descampado, a gente ia ver cada raio de dar medo mermo!
Marilda nem raciocinava. Achou boa a ideia, se bem que com arvores próximas, o risco era até maior. Mas visualizar os clarões realmente era muito mais assustador.
O carro parou em frente a umas pedras enormes. Ao redor, Sumaúmas e jequitibás, grandes arvores. Marilda respirava forte. O jovem resolveu ajudar. Era a hora!
- Fica assim não, senhora. Sabe como eu relaxava quando tinha essas chuvas quando eu era criança? Abraçava minha mãe. Colava meu rosto nos seios dela e isso amenizava meu medo. Um abraço conforta nessas situações, dá certo.
A chuva apertou e a trovoada também. Cada pipoco!! Marilda gritava e sem pensar, se atirou nos braços do jovem. Este aproveitou e apertou ela também. O rapaz não era bobo não. Começou a pedir calma no ouvidinho dela e discretamente passar a mão no seu corpão. Deu certo. Marilda foi ficando mais tranquila e de repente lembrou-se da história que sua colega contou durante um vôo. Um rapaz sussurrando no ouvido, o medo cessando aos poucos, beijinhos no pescoço... Quando foi perceber o rapaz estava avançando com sua boca sobre seu corpo, passando a mão, respiração ofegante... Um estalo lá fora...ela abriu a boca... e um beijo aconteceu! De repente, fez-se o silencio na mente de Marilda. O beijo ganhou intensidade e a chuva agora era no canal vaginal dela. Uma enxurrada descia pela sua buceta.
O cigano começou a mamar seus seios, foi descendo até cair de boca na buceta. O estalo dessa vez foi em seu corpo todo. Pra ganhar mais espaço, passou pro fundo do veiculo. O cigano explorava sua vulva numa chupada daquelas. Agora seus gozos eram simultâneos aos relâmpagos lá fora. Apressadamente o rapaz tirou o cacete. Nem dava pra ver direito como era. Ela caiu de boca. Pra ela, aquele momento estava servindo não apenas como passatempo da viagem. Aquela foda servia pra amortecer sua fobia. E quando desperta um sentimento daqueles pra esquecer do diluvio lá fora, é melhor não resistir. E se entregar!
Marilda caprichava no boquete. Lambia com destreza aquela cabeçorra. Cada vez que ela sentia que a trovoada apertava lá fora, mas ela se aputava dentro do carro. O jovem fudeu-lhe a boca como se metesse numa xana arrombada. Ela se deliciava com aquele musculo potente arregaçando sua cavidade bucal. Se rosto tava todo babado.
Foi então que ela sentiu aquele porrete preencher sua buça. Não chegava a vinte centímetros, mas tinha envergadura boa para aquele momento épico. O cigano fodia e eles se beijavam e gemiam muito naquele apertado fiesta. Foi então que o rapaz abriu a porta traseira do carro, saiu e puxou ela.
- Vem, gostosona, pra você perder esse medo de vez.
Ela nem relutou. Se dobrou e em pé, para o cigano vir por trás e meter o berro. Era noite e só não era um breu total pelos constantes relâmpagos. O rapaz segurava o quadril dela e mandava ver! Ele metia forte e ela só sentia a chuva cair e seus seios deslizarem pelo capu do carro. E claro, aquele caralho que levava ela a mais um gozo.
Ela subiu no automóvel e ele se deitou. Ela então subiu nele e começou a cavalgar o cigano. Era um momento magico pra ela. Pela primeira vez não sentia medo. Seu corpo se satisfazia demais naquela foda inesperada pra ela sentir qualquer pânico. E martelando pau do sujeito, rebolando e gemendo muito ela começou a gritar
- Mete, gostoso!! Mete!! Me faz gozar de novo!!Que delicia!!
- Senta, piranha!! Se acaba no meu cacete! Fode de verdade na minha pica!
Depois de mais um gozo, ela passou a gritar como se estivesse falando com a chuva
- Ahhhhh, não tenho medo de você não, desgraça! Aqui pra você ó!!!ahahahahahahaha
E mostrou o dedo médio em riste para os céus. Oh, Gloria!!
O jovem tirou o pau e gozou na barriga dela. Ela então viu aquele pau curador de fobia na frente da sua xana e esfregou a vulva no pau do rapaz, enquanto virar sua cabeça para em plena felicidade beijar de linguadas escrotas a boca sedenta daquele moço. E a chuva caindo sobre os corpos gozados.
Sentindo-se vitoriosa, Marilda correu nuazinha pelo mato.
- Vem me pegar, gostoso...Vem!!
O rapaz foi atrás dela naquele pega-pega pluvial. Foi então que ele alcançou ela e caíram naquele chão molhado e barrento e passaram a foder. Um papai-mamãe agressivo, com Marilda embaixo daquele corpanzil fodedor, olhos abertos e gozar cada vez que um raio riscava o céu. Os dois encharcados de agua e lama, rolavam naquele chão, quando Marilda montou e cavalgou o rapaz de frente pra ele. As enormes arvores, os raios e a chuva densa eram os espectadores daquela “cura” e curra ao mesmo tempo, beijando-se como devassos, Marilda fodendo forte, se jogando pra valer no pau daquele cigano. Os últimos roncos pareciam aplausos para aquela cena de filme pornô amazônico.
A chuva ia cessando, mais o fogo de Marilda não. Tiraram o excesso de lama numa poça e se pegaram mais uma vez encostados nas enormes pedras molhadas. Dentro do veiculo, pagou mais um boquete e pediu
- Goza na minha boquinha, tesudo. Tenho que pagar minha consulta, ahahahahahaha
Abriu a bocarra, botou a língua pra fora, e o rapaz despejou seu esperma quente que descia garganta abaixo da saciada e recuperada Marilda. Saíram dali e pararam em Cachoeira do Arari. Quando ia se despedir dele, o cigano deu a ideia.
- Me dá o cuzinho, delicia.
Ah, aí já é demais! Mas como foi uma trepada anormal, durante um fenômeno da natureza que tanto temia e que ao invés de sentir medo ela desafiou fodendo e olhando pro céu, por que não??!!
- Vem com cuidado...Não tô acostumada
E foi no fundo do fiesta que ela arrebitou a bunda pro rapaz lamber seu anel, ela voltar a se arrepiar de desejo e mandar
- Come meu rabinho, tesudo!! Faz sua hora exra nessa mulher corajosa!!!
O jovem deu um trato de língua no orifício e foi metendo, metendo, metendo...Até acelerar, acelerar, acelerar...E dessa vez a tempestade era de raio de pica. Um bombardeio peniano naquele buraquinho. Os estalos dos quadris se chocando eram os trovões eróticos. O jovem berra e um raio de porra inundou o cuzinho de Marilda. Um suspiro longo e ela desaba no carro. Exausta.
Meses depois, A família estranhou uma nova tempestade se aproximar e Marilda sentada numa poltrona lendo um livro e calmamente mastigando uma maçã. Todos olharam sem entender. Naquela altura era para estar preparando seu ritual no banheiro. A chuva veio, trovões roncaram, relâmpagos iluminaram a casa e ela na dela. Os filhos até tentaram indagar algo, mas ela nem sabia responder.
A partir dai, Marilda ganhou uma confiança daquelas. Toda vez que sentia que ia trovejar, ela – que usava cabelo bem amarrado, óculos de grau, e aqueles vestidos típicos de dona de casa – deixava os cabelos soltos, tirava os óculos, vestia uma roupa justa, saltos altos e abria os braços para o céu.
- Venha tempestade...Venha para alegrar essa mulher!
E saia. Ela ia procurar homens para satisfazer seu mais novo hobby: foder como uma vadia embaixo de chuvas pesadas e com muitos raios. Era seu prazer máximo. Ela até se apelidou. Nesses dias ela era “Maraflash”, a mulher relâmpago.
Em um longo congestionamento, Marilda estava com seu marido. O trânsito na hora do rush era fogo. Buzinas, barulho, sirenes...um inferno. Nesse dia, nuvens pesadas cobriam o céu. De repente, começam os trovões ao longe. Cidmar esperava que a esposa a seu lado começasse a se tremer de medo e se agarrar à porta, rezando baixinho. Mas não. Marilda estava cantarolando uma canção no rádio. Cidmar então perguntou.
- Mass que diabo aconteceu com você, mulher? Você se pelava de medo de trovão e da ultima vez e agora você nem tchum!
- Verdade, querido... Não tenho mais fobia. Passou.
- Mas de uma hora pra outra?!
- É. Descobri, na verdade, não tinha medo de trovoada não. Tinha medo de mim mesma.
Cidmar não entendeu nada e ficou chapado com aquilo. Marilda aumentou o volume do som e cantou o refrão da música que cantarolava.
“Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar”