O Benefício da Dúvida (Prólogo)

Estava exausto pela viagem, só queria fingir dormir, chorei tanto a noite passada. Eu ainda o amava de uma maneira inexplicável! Seguir minha vida sem ele não seria uma opção, sim uma necessidade.
Estava no banho, quando ouço a campainha tocar. Detesto ser atrapalhado...
- que inferno. Nem no banho eu posso ficar em paz, eu vou lhe matar Junior... - senti uma tontura na hora, fraquejei diante daquele a quem eu dedico todo o meu tempo em pensamentos.
- Otávio, eu preciso te falar algo.
- não temos nada a conversar, eu acabei de chegar cansado de uma viagem. Tenha um bom...
- eu não irei sair daqui até que me ouça
- por favor, preciso de um momento de paz.
- sou a paz que precisa, eu gosto de você e não sairei daqui sem dizer o que quero.
- vá embora Gustavo
-não...- ele tentou segurar a minha mão, só que fui mais rápido em tira-lá do seu alcance.
- chega! Pare de me procurar, pare de insistir em algo sem retorno. Vc tem noção do quanto estou sofrendo todos esses dias? Eu derramei minhas lágrimas por você, tem meses que eu não sei o que é dormir, e agora você surge do nada?
- Otávio eu sei que eu errei, mais não sabia até esses dias o quanto você representa a mim. Não me exclua de sua vida por meu comportamento irresponsável.
- porque isso agora? Já não basta o inferno que eu estou vivendo, acha pouco? O que você quer de mim Gustavo?
- seu amor. - ele me fitou e rapidamente agarrou-me com força colando seu corpo colado no meu. Era irritante não resistir aos seus encantos, eu queria lutar, da uma bofetada em sua cara mas estava preso por um sentimento forte que julgo jamais deixar de senti-lo, o Amor.