- ele não vai fazer nada, mais eu vou. - falou Gustavo. O carinha nem teve coragem de encara-lo, saiu com o rabinho entre as pernas.
Que inferno, tudo o que eu menos queria era vê-lo, ainda mais depois daquele vexame por tentar beija-lo e ele me colocar pra correr.
- da pra me soltar por favor? Eu sei me virar sozinho.
- como? Segunda vez que eu te salvo, você deveria me agradecer.
- depois do que vc fez ontem, me humilhar daquela forma? A última pessoa que eu desejo ver na vida é você.
- eu mandei você ficar na sua casa pois iria lá conversar. Mas você preferiu a presença do seu namoradinho. Afinal de contas, cadê ele? - apontei na direção de Junior que estava no maior amasso com Manu. - como você se sujeita a isso, deixar um cara te comer e si agarrar com outra.
- olhe Gustavo já chega de suas insinuações. Junior é apenas um amigo e nunca transamos embora não seja da sua conta. - esbravejei
- então porque preferiu ele do que a mim?
- ele me chamou primeiro para sair, e mesmo que não tivesse, não gostaria de ver você nunca mais depois do que ouvi.
- sobre isso quero conversar com você a sós num lugar calmo. Venha, te levarei para um local melhor...- falou pegando minha mão.
- não antes de tomar minha caipirinha e você que vai pagar. - ele nada falou. Foi no bar, pegou a caipirinha e pagou com o copo nas mãos.
- você falou que se vira sozinho porém não viu que o cara colocou droga no seu copo. Provavelmente iria te estuprar e se você tivesse sorte ele te largaria em qualquer esquina, caso contrário você estaria com o CPF cancelado amanhã.
- eu não vi o que ele fez, e não sou acostumado a festas como essa.
- agradeça a mim por te proteger.
-idiota
Pedi para Gustavo me esperar lá fora e avisei a Junior que precisava sair. Ele insistiu ir comigo mas não deixei pois ele estava na maior pegação com a garota. Não sou empata foda.
Pensei que ele iria me levar para um barzinho beber ou algo do tipo, porém ele me levou em uma praia. Por todo o caminho ficamos em silêncio, tudo que envolvia ele me deixava inseguro. Eu não teria a audácia de tentar algo pois a última noite revelou o quanto ele é imprevisível.
Ele estacionou em um lugar meio escuro de uma praia aqui do Rio. Desceu do carro, como não sabia o que fazer continuei no mesmo lugar. Ele deu a volta e abriu a porta do carro:
- vai querer que eu te carregue princesa. - falou num tom irônico. Sai sem falar nada pois não queria brigar com ele. Não tenho psicológico para brigas, acho que sentar e dialogar é a melhor alternativa. Depois de um tempo perambulando pelas areias frias diante daquele mar escuro por ser noite, sentamos e começamos a conversar
- obrigado por aceitar meu convite embora tenha fugido a principio. Sabia que você me deixou puto?
- tive meus motivos. Nunca ouvir tamanha grosseria...
- eu sei, o que fiz foi errado. Desculpas de coração. Mas você que me agarrou sem que eu permitisse, eu sou hetero.
- francamente Gustavo, você me encoxou no dia daquela abordagem. Só faltou baixar minha calça e concretizar seu desejo. Hoje só faltou enfiar sua pica em meu ânus quando colou seu corpo no meu. Eu não serei hipócrita de dizer que não gostei, amei pois desde o primeiro dia que te vi senti uma atração desconhecida, sentimento forte que jamais julguei estar sentindo por alguém. Mas você afirmar ser hetero e me tratar dessa forma é estranho.
- eu entendo, mais nunca fiz isso com outro cara. Você mexe com todos os meus instintos. Desde o primeiro dia que te vi renego a quem sou por pensar somente em você. É como si sentisse a necessidade de estar ao seu lado para te proteger. Eu te segui no dia do mercado até a sua casa, queria interrogar você por sua audácia. Já estou acostumado com olhares, mas o seu foi diferente. Você me deixou exposto, completamente nu.
- de certa forma protegeu duas vezes. Se sentiu tudo isso porque não me deixou beija-lo ontem?
- era tudo o que eu mais queria, a insegurança fez eu me comportar daquela forma, desculpas por ofende-lo.
-desculpas por dar aquele palavrão hoje no telefone, estava frustrado.
Ele pareceu pensativo, por um instante focou nos meus lábios, ele queria me beijar, eu também queria, desejava pular em seu colo e descobrir o gosto dos seus lábios, o primeiro beijo. Eu queria ele, senti-lo, agarrar seu corpo musculoso e me prender em seus braços fortes.
- antes de fazer o que eu tanto desejo, exijo que me diga o que você tem com aquele pivete, o tal do Junior.
- eu já te falei que ele é um amigo recente. Eu não sou daqui do Rio, quando eu cheguei ele se dispôs a me ajudar com os moveis daí nos tornamos bons amigos, só isso.
- não vou com a cara dele. Ele nutre sentimentos por você Otávio.
- não é verdade, deixe de exagero. E não tenho sentimentos além da amizade com ele. É diferente o que sinto por você.
Foi o que faltava para ele tomar a atitude e envolver-me em seus braços fortes e musculosos, me puxou para um beijo violento que eu julguei não sacia-lo tão cedo. Os lábios de Gustavo eram carnudos, saborosos, refrescantes. Sua língua invadiu a minha boca sem ter a permissão devida. Correspondi aquele beijo como se fosse o último da minha vida. Na posição que ele estava sentado na areia montei em suas pernas que eram espantosamente grossas, me perdi passando as mãos por todo o seu corpo. Gustavo não ficou por trás, deu um tapa bem forte em minha bunda e meteu a mão pra dentro da calça, aperdando com força a minha bunda e deslizou aquele dedo grande até meu branquinho virgem. Seu beijo tornou- se mais intenso a ponto de eu não conseguir respirar. A muito custo descolei os meus lábios do seu e olhei em seus olhos, o safado estava prestes a enfiar o dedo em meu cu.
- não Gustavo, eu não estou preparado.
- tudo bem. Desculpas por ir rápido demais.
Ficamos um bom tempo nos beijando, mais como tudo o que é bom acaba, Gustavo me levou pra casa pois tinha que dormir por conta do trabalho. Eu poderia até convida-lo para dormir aqui em casa, porém não sabia se ele ia surtar como da última vez.
- entregue. - falou ele estacionando o carro em frente a minha casa.
- quando vou te ver novamente?
- talvez amanhã, o que acha? Posso passar aqui em ver um filme contigo!
- tudo bem, boa noite. - falei saindo do carro.
- ei, volte aqui. Não saia sem mim dar um beijo.
Voltei rapidamente com cara de culpa por não ter feito o que ele acabou de pedir. Mais uma vez provei o quão doce é aqueles lábios, eu estava ainda mais apaixonado por ele. Fiquei imaginando como ele poderia ser tão bruto e ao mesmo tempo doce. Gustavo se despediu e foi embora deixando um desconforto por estar ausente.
Mais uma noite de insônia, porem eu estava feliz por ter beijado pela primeira vez um cara que eu estava apaixonado. Custei a dormir, mais antes recebi uma mensagem:
- não seu o que está rolando entre a gente, mais quero que saiba que eu curti cada segundo junto a ti. Minha pica ficou babando de tesão, se algum dia deixar, quero provar esse rabão delicioso. Boa noite!
- eu amarei cada momento ao seu lado. Beijo e boa noite!
Na manhã seguinte levantei eufórico, estava muito feliz por ter beijado Gustavo. Por toda a minha vida eu desejei gostar de um pessoa tão intensamente quanto ao que eu estava sentindo por ele.
Decide fazer uma lasanha, queria comemorar o que para alguns é algo corriqueiro! Estava tão empolgado que não vi Junior chegar, entrar sem falar nada e ficar na porta da cozinha me observando.
- aí que susto rapaz - ele me olhava desafiador.
- porque saiu ontem com o policial? Vocês estao tendo um caso?
- porque quer saber?
- Por nada. - falou nervoso
- vou te contar tudo o que aconteceu, embora não tenho a obrigação.
Contei tudo a ele, desde o dia que encontrei Gustavo no mercado até os beijos de ontem. Só não compreendi a reação dele.
- porque você ficou assim sério?
-nada
- como nada, você não é assim sério!
- já falei, gostaria que não me irritasse.
- desculpas se estou de alguma forma te irritando.
- já vou indo
- fique mais um pouco, estou terminando o almoço, é lasanha. Aliás me conte esse rolo com a manu.
- não tem rolo nenhum, é só pegação e cada um segue seu caminho.
- não sei como você consegue ficar com a pessoa por uma noite e só. Acho que quando se trata de relacionamento tem que ser duradouro.
- Otávio nem tudo são flores.
- mas você não sente falta de ter alguém ao seu lado?
- eu não pensava nisto até algumas semanas. Mais é complicado!
- descomplique então, se você estiver gostando de alguém lute para ficar com essa pessoa.
Ele me olhava atentamente, acho que ele queria falar algo, talvez contar o que sentia. Será que ele estava gostando de alguém? Eu iria ajuda-lo no que estivesse ao meu alcance.
- Otávio, eu não sei como falar isso. Eu tenho meditado bastante esses dias, e cheguei a conclusão de quê... - parou para pensar
- pode falar Junior estou aqui para te ouvir
- é que eu, eu estou apaixonado... - quando ele ia terminar alguém chamou no portão...
Continua