SEXO NA ÁFRICA
Anos atrás eu seria incapaz de confessar o que se passou envolvendo a minha pessoa numa aventura que hoje superou a decência do seu segredo. Assim, envio agora para vocês o relato da erótica e ilícita situação que vivi num pais africano, de língua portuguesa, onde já morei.
Meu marido me telefonou avisando que chegaria tarde porque o carro, com um problema mecânico, teria que ir a uma oficina onde demoraria bastante. Do escritório onde eu trabalhava, telefonei para casa, avisando o meu empregado para se encontrar comigo no supermercado e me ajudar com as compras que tinha que lá fazer.
Esperando por um táxi, depois das compras feitas o destino estava a me preparar uma armadilha. De repente, sem que nem por que, tomei a decisão de apanhar um ônibus com meu empregado. Não me ative ao fato de que estávamos na hora do rush, todos os lugares sentados estavam ocupados. No corredor, que aos poucos se enchia, toda gente comprimida. Senti então na minha coxa a pressão de um volume duro, quente e palpitante. Apercebi-me de que era o membro teso do meu criado, que sempre tinha sido respeitador, mas que naquela aglomeração não tinha nem como recuar. O meu primeiro sentimento foi de repulsa, e tive um impulso de dar um solavanco e me afastar. Mas foi só um impulso, pois um solavanco comprimiu mais ainda nossos corpos e o membro duro, cálido e latejante premiu-se do lado de minhas nádegas irradiando um calor esquisito por meu corpo todo, que me fez sentir a contragosto, um langor e eu ora me irritava ora me enlanguescia no vaivém do ônibus. Uma excitação forte foi tomando conta de mim, e voluntariamente movimentei o meu corpo para colocar aquele membro pujante entre minhas nádegas. Nessa posição minhas sensações cresceram inebriando-me, principalmente pela respiração forte na minha nuca. O contato me dava um enorme prazer. Eu estava toda úmida, minhas pernas a tremer. Em inúmeros momentos estive perto de um orgasmo.
Disfarcei ao saltar do ônibus e caminhei a frente do criado, com as pernas tremendo. Ele me seguia a distância, eu sabia, mas não tinha coragem de olhar para trás. Entrei em casa e me dirigi à cozinha para arrumar as compras. Eu procurava raciocinar sobre o absurdo da situação do ônibus, mas só conseguia ficar excitada e perturbada, derrubando as coisas, me atrapalhando. E ele em pé, silencioso, notando meu comportamento. Eu não tinha coragem de olhá-lo. Estava a escurecer e eu não conseguia sair de onde estava para ligar o interruptor de luz. Num momento, caiu um pacote ao cão e eu me abaixei para apanha-lo. Na cumplicidade do escuro, ele se aproximou e encostou seu membro férreo entre minhas nádegas, segurando-me pelos seios com as mãos ásperas e quentes. Explicar meu comportamento, não sei. Só sei que senti me fraca e gemi quando ele se encostou. A pressão viril nas minhas nádegas me incentivava, os mamilos dos meus peitos se enrijeciam. Ele me empurrou mais para a frente, e me apoie na pia, mole, desfalecida, submissa, querendo até pedir que ele andasse logo, que metesse fogo, pois minha vulva já estava inchada e dolorida, pegajosa e ardendo de desejo. Submissa, deixei-o tirar minha saia e a calcinha. Senti agora, com um soluço de prazer a pressão fervente de seu pau nu nas minhas nádegas também nuas. Ele acariciou minha bunda. Instintivamente abri as coxas, pensando que teria a minha primeira relação anal. Mas ele apenas esfregou de leve a macia e imensa cabeça de seu pau no meu cú e por toda minha vagina, provocando-me sensações indescritíveis, desencadeando movimentos frenéticos em mim. Eu como que buscava seu membro, loucamente desejado a penetração, gemendo, chorando, pedindo, suplicando que me rasgasse, que me perfurasse. Ele, num golpe rápido virou-me de frente, e pude ver o enorme calibre de seu pênis negro e reluzente. Atirei-me ao chão de costas e escancarei as pernas, implorando. Ele veio, tive um pouco de medo, supliquei que não me magoasse. Ele foi me penetrando devagar, gemi num misto de dor e prazer no início e solucei convulsivamente de volúpia, quando ele aos poucos se enterrou profundamente em mim. Como que drogada eu gania incontroladamente com seus movimentos de vaivém dentro de mim. Atingi orgasmos sucessivos e por fim, um orgasmo profundo quando em urros e convulsões ele chegou ao fim. Ficamos colados num abraço morno, até ambos recuperarmos o fôlego. Aí o telefone tocou me despertando de vez.
Desvencilhei-me dele e corri nua para a sala. Era meu marido que me informava que o conserto ainda ia demorar mais que meia hora. Falei para ele que estava bem, com a voz que pude arranjar. Mal desliguei e o meu empregado preto já estava ao pé de mim com seu possante membro em riste de novo. Ele fez-me ficar de joelhos e lamber e chupar seu pau. Depois empurrou-me até que fiquei de quatro e ele me possuiu analmente. A pujança daquela penetração dolorosa no meu cú abrigou-me a emitir gritos de dor, mas no vaivém eu me confundia entre a dor e o prazer, e gemia em delírio. Deliberadamente o preto movimentava-se devagar, para não abreviar seu orgasmo.
Até que me inundou de esperma, cravando as mãos em minhas ancas e causando-me sensações deliciosas.
Na manhã seguinte não fui trabalhar. Continuei na cama quando meu marido saiu, ainda dolorida e preguiçosamente tentando relaxar. Num determinado momento, meu amante preto entrou no quarto. Nada disse. Simplesmente se despiu. Depois despiu-me também. Eu, totalmente submissa e rendida, tremendo e sôfrega de luxuria. O fruto proibido estava entre as pernas dele. Meus olhos se encheram de temor e de admiração, porque via agora a luz do dia a envergadura daquele pênis na plenitude de sua ereção, preto, grosso e comprido, duas vezes o tamanho do membro do meu marido. Sussurrei num lamento, temerosa que não me possuísse. No entanto, minhas pernas docilmente se abriam para o receber. Apertei com os dentes os meus lábios para não gritar quando senti a cabeça dura do pau penetrar minha vagina. E choraminguando em convulsões, senti a sua total penetração. Então a entrega louca dando e recebendo numa mutua movimentação de corpos sequiosos de prazer. Entreguei-me de corpo e alma, numa paixão desenfreada dos sentidos. Fiz todo o necessário para satisfazer os caprichos de meu amante. Este era insaciável, e todo instante me provocava. Cheguei a ter relações com ele na sala, enquanto meu marido dormia no quarto ressonando sem nada suspeitar.
Eu praticamente estava desvairada, porque sentia com ele o que nunca tinha sentido durante o tempo de casada. A diferença da cor, a relação proibida, a virilidade potente de seu pau, a força de submissão de entrega que ele me imprimia, fazendo-me sentir extremamente mulher, completando-me com uma extrema virilidade – tudo isso fazia desta relação algo perfeito, primitivo, animal, forte. Quando ele partiu de férias para sua terra, fiquei profundamente deprimida e num incrível estado de sofreguidão sexual. Então, não tive peias em procurar outro preto para saciar meu corpo que ardia de desejos, de animalidade plena. Contudo, não foi fácil minha procura, pois eu desfrutava de excelente reputação naquela terra e não podia me arriscar.
Uma tarde, meu marido foi ao clube jogar baralho, costume que tinha aos sábados. Sozinha e inquieta, terminei saindo à rua temerariamente, e logo em frente a minha casa vi um preto musculoso, nu da cintura para cima, que sozinho abria de pá uma vala num edifício em construção. Àquela hora, normalmente, naquele bairro não havia ninguém. Toda a gente descansava depois da semana exaustiva de trabalho, ou tinha saído aos clubes ou a praia.
Pedi ao preto que viesse ate minha casa para consertar uma torneira no banheiro. Humildemente ele aceitou o serviço, que foi a desculpa em que pensei no momento. Ficou surpreso quando notou que não havia nada de anormal na torneira, mas admirado ao notar que havia algo de anormal em mim, quando comecei meigamente a apalpar os músculos salientes do seu tórax. Sorrindo sedutoramente desci as mãos. Ele ficou hirto quando eu, sem qualquer pudor, com as mãos a tremer ultrapassei a barreira das calças com os dedos e toquei no seu pau, que vibrou. Pedi-lhe para me seguir. No quarto, febrilmente, defronte dele ainda surpreso e admirado, fiquei completamente nua, e, deitando-me na cama chamei-o para mim. Rudemente, com selvageria, ele praticamente me violentou. Aguentei firme e chorei de tanta dor e gozo. Ele não se retirou de cima de meu corpo frágil e magoado. Ainda procurou outro orgasmo com sofreguidão. Havia neste novo amante uma certa dose de brutalidade. Másculo e dominante, ele usava o meu corpo com vigor. Eu abria-me inteiramente dócil e feminina, acolhendo com prazer inusitado suas viris investidas.
Quando meu empregado chegou, planejei um esquema tão perfeito que cheguei a ter, em certos dias relações sexuais com três homens. No espaço de poucos minutos saia dos braços de um lavava-me e passava para os braços do segundo, e findava o dia na cama com meu marido. Tudo era tão bem planejado que não havia nos três qualquer indicio de suspeita.
Os dias foram passando num ritmo de insaciedade de minha parte, como se o mundo estivesse para acabar. Um dia peguei uma revista dinamarquesa e vi cenas de mulheres tendo relações com dois homens ao mesmo tempo. Essas cenas perseguiram a minha mente durante muito tempo. E quando foi confirmada a nossa saída do país, ainda mais essa obsessão me afligiu e me espicaçou para pôr em pratica um ato semelhante.
O destino diabólico estava do meu lado. Meu marido organizou uma caçada de despedida, e eu ficaria dois dias livres. Com astucia preparei meu plano. E na noite em que ele partiu meus dois amantes entraram em meu quarto. Entre os dois antes desconhecidos houve um perfeito entendimento, graças à minha persuasão. E, então, saciei meu desejo de uma completa posse por dois homens, dois pretos forte, brutalmente penetrando meu corpo branco de fêmea no cio, simultaneamente no cú e na vagina, e me enlouquecendo com seu paus duplamente movimentando-se dentro de mim, irradiando-me de prazer. Foram dois dias de prazer supremo que até hoje não saem de minha mente. Aqui no Brasil ainda não me adaptei suficientemente, mas acho que morro de desgosto se não voltar a ter meus prazeres alucinantes.
Lais, Porto Alegre – RS
Escrito em 1980