Eu e uma amiga decidimos fazer uma aposta: qual de nós duas apanharia
maior número de homens em quatro horas de trabalho numa zona de
prostituição. Para tanto, convencemos uma profissional de que
precisávamos de informações para uma tese da faculdade e ela nos
forneceu todos os pormenores, incluindo a “licença” para fazermos ponto
em sua esquina. O preparo foi simples: cabelos presos, sapatos comuns,
vestidos justos e curtos. Previamente alugamos dois quartos num hotel
especializado das proximidades e iniciamos a batalha. Havia mais oito
mulheres na quadra em que ficamos. E ao fim do tempo marcado, eu tinha
vencido minha amiga pelo placar de 10 a 9. O que aconteceu? Passo a
contar:
Meu primeiro homem tinha uns 40 anos de idade. Logo que entramos no
quarto, ele começou a se despir, sem dizer uma palavra. Abriu minhas
pernas na beirada da cama e iniciou um trabalho minucioso com a língua,
como jamais eu experimentara. A tal ponto que, sem poder me controlar,
gozei duas vezes. Cheguei a ficar tonta, como se fosse desmaiar. Mas logo
senti que ele me penetrava profundamente, enquanto cheirava minha
calcinha que ficara pendurada na cabeceira da cama. Ao gozar ele mordeu a
calcinha e urrou como um animal. A seguir, lavou-se, vestiu-se, pagou-me
e saiu sem sequer me dizer adeus. Quando voltei a rua as outras me
perguntaram:
- E daí? Eu estava tão impressionada que apenas respondi:
- Legal.
O segundo homem era um mulato grande, de mãos grossas. Disse-me que
trabalhava como marceneiro e enquanto vestia o preservativo de látex no
membro, pediu-me que contasse como tinha sido minha primeira vez. Era
para se excitar... inventei uma história um tanto complicada e ele só atingiu
o clímax quando lhe disse que havia gozado varia vezes.
Meu terceiro cliente era um garçom baixinho, moreno e um tanto estranho.
Nem sequer se despiu, abriu a braguilha, retirou um membro meio mole
com a mão esquerda, enquanto com a mão direita segurava uma liga preta
de mulher, enfeitada com uma rosa vermelha. Pediu-me que colocasse a
liga na coxa, beijou-a, esfregando o rosto na minha vagina, e logo ficou
como uma espada. Penetrou-me e iniciou o seu vai-e-vem, ao passo que
enfiava os dedos na minha boca, clamando que eu mordesse o mais forte
possível. Senti-me constrangida mas obedeci como pude, enquanto o
membro dele chafurdava dentro de mim numa violência absurda. Quando
gozou desatou a chorar, embora sem lagrimas. Depois, foi a vez de um
jóquei, era ainda menor que o garçom e carregava uma caixa comprida. No
quarto abriu a caixa e dela tirou um chicote. Eu fiquei apavorada,
imaginado que ele iria montar em mim e me surrar. Mas estava enganada.
O negócio era com ele mesmo. Despimo-nos e ele mandou que eu o
montasse e o surrasse. Obedeci tentando encenar o que pedia, mas logo fui
advertida de que a surra era para valer. E enquanto eu o chicoteava ele se
masturbava relinchando. Não mais que dois minutos e ele gozou e quase
desmaia de prazer. O quinto foi um garoto de 19 anos de idade, quase
inexperiente. Mal encostou o membro em minhas coxas e se acabou em
gozo. Confesso que a esta altura eu já estava cansada de me lavar e me
vestir e de tornar a me despir. Mas só havia passado duas horas. Foi quando
apareceu um garoto de dezesseis anos, ainda imberbe. Disse-me que era a
terceira vez que fazia amor. Deitou-se ao meu lado e percebi que o seu
membro ainda desenvolvido, além disso estava murcho. Suas mãos
roçavam nos meus seios como lixas e ele tentava beijar-me a boca. Quando
senti sua língua entre meus dentes apertei-o contra mim excitada. O garoto
penetrou-me com uma vontade enorme, movimentando-se
desajeitadamente. Tudo aquilo me levava ao êxtase. E, quando o orgasmo
chegou, ele também se derramou em mim. Mas não amoleceu, ficou como
no primeiro momento, depois de me ter beijado na boca, e, ato continuo
aproveitando-se da minha modorra, foi deslizando entre minhas pernas, até
começar a me lamber. O garoto começou a me chupar com muita volúpia,
mesmo depois de ter se acabado em mim. Quando olhei para o relógio
verifiquei que havia estado uma hora com ele. Era demais. Meu último
homem foi um negro de quase dois metros de altura, seu pênis era
proporcional ao corpo, o que me apavorou. Mas, para minha surpresa foi o
mais carinhoso e delicado cliente daquela noite de aposta. Mesmo assim
pediu o meu cu, aceitei ainda um pouco ressabiada devido as proporções do
seu membro, mas como uma despedida da noite. O ato em si foi quase
normal, pois eu já estou habituada ao coito anal, a diferença foi o gozo.
Poucas mulheres sabem que o orgasmo anal é muito mais forte que o que
alcançamos pela vagina.
Minha amiga e eu dividimos o dinheiro ganho com a “puta” da esquina,
nossa colaboradora. Mas juro, nunca mais voltarei a brincar de prostituta.
Dá um cansaço!
C.A.P.S – São Paulo – escrito em 1980.