As aventuras de Claudia - O Mistério Aumenta - O Teatro Medieval

( Para entender esta história, o leitor deve ler os contos anteriores)
Cheguei em casa preocupado. Claudia havia me ligado, pedindo que eu voltasse logo, que não dava para falar por telefone.
- O que aconteceu, querida?
- Amor, o João veio me contar uma coisa. É melhor que você mesmo fale, João…
Então, o rapaz começou a contar uma história incrível, mas que só podia ser verídica.
- Bom, doutor, eu posso estar me arriscando, mas vocês são gente boa, sempre me trataram bem, então vou falar. Pode ser difícil de acreditar, mas eu juro que é tudo verdade. Eu andei trabalhando em várias casas aqui do bairro, e notei aquele carrão bacana e a moto com a mulher bonitona, eles ficavam parando ali na frente quase todo dia, às vezes de noite também.
- Você notou, então… e ficou sabendo de alguma coisa a respeito deles?
- O problema, doutor..e Dona Claudia…é que eu já conhecia esse carro e essa moto de outro lugar.
- Nossa, João! E de onde você conhecia ? Sabe quem é o dono?
- Bom… antes de trabalhar por conta, primeiro só eu, depois eu e mais o meu amigo Carlos, eu trabalhava como empregado em um Hotel Fazenda, numa cidadezinha que fica a alguns quilômetros daqui.
Perguntamos em que direção era esse “Hotel Fazenda”, e pela descrição parecia ser a região onde ficavam a Pousada e o Mosteiro!!
- João, era mesmo Hotel Fazenda ou chamavam de Pousada?
- Acho que era Hotel Fazenda mesmo. Mas faz um tempo que saí de lá.
Resolvi ir devagar com os questionamentos, era melhor deixar que ele contasse do seu jeito. Mas antes, pedi ao outro rapaz, o Carlos, que terminasse algumas coisas no jardim.
- Continue, João. Conte o que sabe.
- Bom, eu fazia serviços gerais lá, um pouco de tudo. Carregava coisas, limpava as latas de lixo dos chalés, cuidava dos bichos, cortava a grama, consertava torneiras, trocava telhas… e um dos donos tinha bem aquele carrão que passa por aqui. Eu lavei o carro várias vezes. A moto também. A mulher bonitona costumava andar toda pelada no Hotel Fazenda, e outras mulheres também. Claro que era proibido a gente ficar encarando ou mexer com elas.
        - Então era tipo um Hotel nudista? Claudia perguntou.
        - Acho que era, mas eram mais as mulheres que ficavam peladas. De vez em quando aparecia um homem fortão, também pelado, quando aconteciam umas reuniões. Mas aí mandavam a gente ir para nossos quartos ou para o refeitório dos empregados.
        - Você acha que eram reuniões de algum grupo, ou, sei lá...seita?
        - Eu sei o que era, posso explicar se vocês tiverem tempo para ouvir.
        - Claro que temos! Pode continuar.
        - Bom, o Hotel Fazenda era onde as pessoas se hospedavam, mas continuando a estradinha que tem lá dentro, ia dar num morro alto. E lá em cima, tinha uma construção bem antiga, tipo um convento ou dessas escolas de padres, enorme, dava pra se perder lá dentro. Muitas vezes, a gente tinha que ir lá para fazer serviços gerais, e até ajudar na cozinha, quando havia essas reuniões com muita gente. Tipo uma...convenção, é assim que se chama?
        - É. Convenção, congresso... mas continue, por favor. Como é que eram essas convenções?
        - Olha... coisa mais esquisita. Tinha um monte de caras com roupas de padre, monge, bispo, acho que era isso. Eu ouvi alguns serem chamados de “mestre”, “ herofante” ( acho que é isso), “Ófito”, “Dépito”, as mulheres de “hetairas”, e outras coisas mais. Os caras com aqueles mantos e capuz, as mulheres sempre peladas ou com umas roupinhas transparentes, com coleiras, pulseiras nos pés, algumas tinham correntes nas coleiras.
        - Nossa, - disse minha esposa – e tinha muito... bem...sexo por lá?
        - Que tinha, tinha, mas a gente sempre ficava afastado dos lugares onde aconteciam as coisas. Só que às vezes não tinha jeito, a gente passava na frente de um lugar que não tinha porta, e lá dentro estava rolando a maior suruba... desculpe, Dona Claudia, eu não sei se devia estar contando isso.
        - João, deixe disso. Nós somos adultos. E se essa gente está nos observando, temos que saber com quem estamos lidando.
        - Pois é, Dona Claudia. Será que vocês não foram num lugar desses, e agora eles estão fazendo isso?
        Resolvi contar um pouco do que aconteceu, mas sem entrar em detalhes.
        - João... eu e minha esposa estivemos em uma Pousada, num município perto daqui. E o curioso é que lá também havia um morro, e no alto um mosteiro. Só que era uma pousada com nome indiano, e não um Hotel Fazenda.
        - Mosteiro! Acho que era assim que chamavam. Isso mesmo! E agora eu me lembrei... tinha mesmo uma Pousada com nome esquisito, só que do outro lado do morro!
        - Então o Hotel onde você trabalhou ficava do outro lado do morro...então isso explica algumas coisas. Deve ser o mesmo lugar.
        - E vocês estiveram nesse Mosteiro? Perguntou João, agora meio assustado.
        - Não. Mas o Sr. Estemir, acho que é o gerente da Pousada, nos convidou para uma cerimônia lá no Mosteiro!
        - Credo em Cruz !! João se persignou.
        - O que houve, João? Você viu alguma coisa ruim lá dentro? Quero dizer, além das pessoas fazendo sexo?
        - Ah, uma noite eu estava terminando de fazer a limpeza nos corredores, e meio que me perdi, o lugar é bem grande mesmo. Aí, eu passei por uma porta, lá dentro tinha uma luz vermelha, e acho que eles estavam fazendo algum tipo de Magia Negra!
        Claudia exclamou:
        - Nossa, João! Que medo! A gente já tinha resolvido não voltar mais naquele lugar, agora é que não vou mesmo!
        - Mas Dona Claudia, eles estão aparecendo por perto, talvez estejam sondando para alguma coisa ruim.
        - Ruim como? Sequestrar a gente?
        - Não sei se é bem isso, mas eu acho que eles conseguem colocar um feitiço nas pessoas, e elas obedecem, tipo zumbi...
        - Alguém tentou enfeitiçar você, João?
        - A mulher bonitona chegou em mim um dia, e ficou me encarando. Comecei a ficar meio tonto, aí dei um grito e pulei para longe. Depois, resolvi pedir as contas e sair daquele lugar.
        - E não teve problema nenhum, deixaram você ir embora numa boa?
        - Não foi bem assim. Ficaram um tempão dizendo que eu não podia de jeito nenhum contar o que eu tinha visto lá, e me fizeram assinar um papel onde dizia que eu era obrigado a guardar segredo.
        - Mas agora você está contando.
        - Só porque vocês são gente boa e eu não quero que nada aconteça com vocês. E vocês não vão falar nada disso pra ninguém, não é? Por favor!
        - Nossa, João! Claro que não vamos falar nada ! Pode ficar tranquilo!
        - Ah que alívio! Bom, tenho que ir. O Carlos já está fazendo sinal que terminou o serviço.
        Pagamos os rapazes, e assim que foram embora, Claudia falou:
        - Amor, o que ele contou tem tudo a ver com essas Ordens esotéricas. Mas e o lance da Magia Negra?
        - Querida, qualquer ritual esquisito que não seja típico das igrejas que conhecemos normalmente, pode ser interpretado como “Magia Negra”. Vai ver era uma dessas Iniciações.
        - E você ouviu o que ele disse? As mulheres peladas com as coleiras e correntes, é bem como falaram pra gente lá na Pousada.
        - É, essas mulheres devem ser as que gostam de sexo total com penetração...e devem receber treinamento para várias formas de atividade sexual.
        - Tá curioso, hem?
        - Tenho a certeza de que você também está. Mas a gente já decidiu não ir mais naquela Pousada. E o tal Hotel Fazenda deve ser outra fachada, que pertence ao mesmo grupo. Ou talvez a uma Irmandade diferente.
        Ainda faltavam seis dias para a nova sessão de massagem. Claudia estava meio ansiosa, porque queria ver até onde iria a sua energia, com mais sessões. E eu, que passei a me sentir diferente após aquela experiência, também estava curioso para saber se isso teria alguma influência em mim.
        No dia seguinte, uma colega de trabalho comentou, enquanto estávamos na sala do cafezinho com mais pessoas, que havia ganho dois ingressos para uma peça de Teatro e não iria poder ir, e a seguir perguntou se algum de nós teria interesse em ficar com os ingressos, de graça. Pelo jeito, nenhum dos presentes estava interessado, então eu aceitei os tickets.
        - Obrigado. Além de gostarmos muito de Teatro, minha esposa está precisando fazer alguma coisa diferente.
        - Acho que irão gostar, é uma peça sobre a Idade Média, mas com tema adulto. Mas é melhor não dar “spoiler”, disse ela rindo.
        Cheguei em casa e contei a Claudia sobre os ingressos, ela ficou alegre.
        - Que bom! A última peça que vimos foi no ano passado, naquele Festival de teatro. Sobre o que é?
        - Ela falou que tinha uma temática medieval. É naquele teatro pequeno onde assistimos àquela peça de Tolstoi, lembra?
        - Lembro sim.
        - Vai ser amanhã à noite. Espero que não chova.
        - Eu vi a previsão do tempo, pelo jeito o clima vai ser ameno, vou poder colocar uma roupa leve.
        Na noite seguinte, minha esposa colocou um vestidinho curto, e, obviamente, sem nada por baixo, já era o costume dela. Mas não colocou o plug anal nem o vaginal.
        - Acho que vamos só assistir à peça mesmo, vai que é uma daquelas tragédias.
        - A minha colega disse que era um tema adulto.
        - Bem, se o clima estiver bom, posso até arriscar ficar pelada na saída do teatro, hehe.
        - Se a rua estiver meio escurinha...pode ser.
        Como era no meio da semana, foi fácil estacionar. Havia poucas pessoas entrando no pequeno teatro, que comportava algumas dezenas de pessoas. Li em algum lugar que havia sido inaugurado, no século anterior, com uma cerimônia mística de uma Ordem esotérica. E, diz a lenda, por causa disso os espíritos de antigos poetas, atores e atrizes por vezes apareciam em cantos escuros do Teatro.
        Nossos ingressos, pelo jeito, eram especiais, porque sentamos na primeira fila, geralmente reservada a personalidades e parentes dos membros da troupe de artistas.
        O início foi como nas peças tradicionais de Teatro: música ambiente, depois a iluminação diminuindo gradativamente, e os três toques de sino, anunciando o início da peça.
        Minha esposa aproveitou o escurinho para me abraçar . Seu vestidinho curto deixava à mostra suas belas pernas e coxas, e mesmo um pedaço da bundinha. Mas ninguém olhou, todos os olhos estavam voltados para o palco. As cortinas se abriram, e pudemos ver o cenário.
        No fundo do palco, a imagem de um mosteiro, e à frente, os atores vestidos de monge pareciam exatamente com os que havíamos visto na Pousada! Claudia sussurrou no meu ouvido, alarmada:
        - Olhe! É aquela estrutura parecida com Stonehenge!! A mesma da Pousada!!
        - O que está acontecendo???
Foto 1 do Conto erotico: As aventuras de Claudia - O Mistério Aumenta - O Teatro Medieval


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Comentários


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casalbisexpa Comentou em 07/08/2021

delicia de conto e foto




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Ficha do conto

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claudiaregina

Nome do conto:
As aventuras de Claudia - O Mistério Aumenta - O Teatro Medieval

Codigo do conto:
183948

Categoria:
Exibicionismo

Data da Publicação:
07/08/2021

Quant.de Votos:
14

Quant.de Fotos:
1