Completamente Nua no Teatro - Claudia é Acorrentada

A peça de teatro ia começar. Mas a semelhança do cenário com as coisas que tínhamos visto na Pousada era assustadora.
        Um ruído de vento forte soou nos alto-falantes, e as cortinas oscilaram , talvez por grandes ventiladores nos bastidores. Uma mulher belíssima, com vestes azuis, consteladas de estrelas de ouro como o firmamento, entrou no palco com passos lentos. Em sua mão direita, uma trombeta de ouro. Na outra, um grande livro , com capa de veludo negro com enfeites dourados.
        A bela mulher abriu o livro em uma página marcada, e começou a ler:
        - Em uma colina, onde existem três Templos, ocorrerá uma Cerimônia Mística. Para dela participar, é necessária uma preparação, e há uma pena para aquele que hesita.
        Nesse momento, um casal de atores entra, os dois completamente nus, e se abraçam no fundo do palco.
        - Três Templos, Três Doutrinas, Três Princípios. “S”, “E”, “M”.
Eu ouvia a mulher falar, minha ignorância e cegueira no tocante ao conhecimento das coisas ocultas era quase total, visto que eu vivia envolto em coisas práticas e mundanas. As experiências recentes haviam sido de certa forma excitantes, mas assustadoras justamente por essa ignorância.
Claudia assistia com muito interesse, como se esperasse que naquela noite alguns véus fossem abertos e ela pudesse saber mais sobre o que havia acontecido. A mulher continuou:
- Há quatro caminhos a escolher. O primeiro, simplesmente seguir uma vida normal, e esquecer que existem outras estradas que podem ser percorridas. Os outros três são os caminhos que levam ao Entendimento. Um é curto, dura quatro dias e quatro noites, mas é extremamente perigoso. Outro, leva quarenta dias e quarenta noites, é um caminho tradicional. E o outro, apenas um entre mil consegue percorrer, é apenas para poucos eleitos.
As luzes do palco escurecem por alguns momentos, e o cenário de fundo muda. Agora, é um pequeno salão iluminado por tochas, onde atores vestidos como pessoas ricas e pobres se reúnem em volta de uma mesa. A mulher de vestes azuis com estrelas douradas volta a falar:
- Muitos desejam entrar. Poucos são escolhidos. Há os que não querem participar, mas estão a isso destinados. E há os que nada sabem, nada querem, e vivem uma vida insípida e insossa. A seguir, leva os braços em direção à plateia.
- Convidamos os presentes a vir ao palco. Os que quiserem vir, por favor subam em fila, devagar.
Minha esposa sussurrou no meu ouvido:
- Nossa amor, eu não sabia que era uma peça com interação do público...será que vamos?
- Se você quiser ir, pode ir...mas acho que vou ficar só observando.
Uma música lenta começou a tocar. A bela mulher pegou em suas mãos um par de objetos metálicos, que eram como duas hastes de metal que se moviam enquanto ela segurava.         - Acho que é um daqueles aparelhos de radiestesia – sussurrou Claudia.
A mulher apontava o tal aparelho para as pessoas que se aproximavam, uma de cada vez, e ela pedia para que cada uma delas, dependendo dos movimentos que o aparelho fazia, fossem para um local diferente do palco. Alguns iam para a esquerda, outros para a direita, e alguns ela simplesmente pedia para voltarem a se sentar na plateia.
Passaram umas trinta pessoas, e chegou a vez de Claudia, que parecia tremer de excitação. A mulher apontou as hastes em direção a ela, e foi como se levasse um choque elétrico. As hastes passaram a vibrar intensamente, como que querendo escapar das mãos dela.
        Em um primeiro momento, ela pareceu indecisa. Então, olhou para os fundos do palco como que sinalizando algo, e Claudia, notando isso, foi se afastando, preparando-se para correr, mas foi segura por dois homens, que rapidamente puxaram seu vestido, chegando a rasgá-lo em um dos lados, deixando-a completamente nua, já que não vestia nada por baixo.
        Quando fui me levantar para ajudá-la, fui agarrado por trás e rapidamente amarrado na minha cadeira. Claudia olhou apavorada em minha direção.
        - O teu medo te aprisiona – disse calmamente a bela Dama.
        Algumas pessoas correram em direção à saída do Teatro, mas muitas outras ficaram, pensando se tratar de parte da peça de Teatro.
        Os homens puxaram Claudia até o centro do palco, onde pendiam do teto duas correntes com pulseiras. No chão, também havia grilhões, onde ela foi presa, com os braços erguidos, e as pernas abertas, formando um ”X”. Ela estava nua e exposta, seus seios, bunda e sua bucetinha lisa e depilada à vista de todos. Pude notar que, apesar do medo , ela estava excitada com aquilo.
        Era óbvio que a mulher estava medindo a energia das pessoas, e fazendo algum tipo de seleção, sabe-se lá para que, e Claudia demonstrou possuir uma energia tão intensa que os aparelhos enlouqueceram.
        Quando me amarraram, tive o bom senso de contrair bem os músculos, uma coisa que eu havia visto em um filme. Isso deixaria uma pequena folga nas cordas, que permitiria que me soltasse, só que os dois grandalhões ao meu lado iriam perceber... talvez eles se afastassem em algum momento, então eu poderia tentar. Isso se não fizessem alguma coisa ruim com minha esposa antes.
        A Dama, calmamente, prosseguiu, como se realmente tudo aquilo fosse parte da encenação. Ela pegou, em uma mesinha, um frasco com um líquido cor de prata, pronunciando algo como “LÉTHÊ”. A seguir, deu de beber a todas as pessoas que estavam do lado direito do palco, dizendo em seguida:
        - Amanhã estarão livres. Que não se mostrem mais, porém”.
        Poucos instantes após sorverem o líquido, as pessoas pareceram entrar em um leve torpor, como se estivessem embriagadas. Atores os conduziram lentamente para a plateia, onde foram auxiliados a se sentarem. Aos que estavam do lado esquerdo do palco, ela falou com voz firme:
        - Aqueles que quiserem a Iniciação, podem se dirigir aos bastidores, onde serão recebidos e orientados. Os outros, convido-os a beberem do “Léthê”. Relutantes , alguns tiveram que beber o líquido, e outro atores foram dando cálices para que a plateia restante também bebesse. Menos eu, que aparentemente teria que estar lúcido para presenciar alguma coisa.
        Claudia tentou se debater, mas viu que seria inútil. Lembrei que, naquele barzinho de Rock, Walter e Steimer foram atingidos por faíscas elétricas quando nosso amigo tentou tirar o plug vaginal dela. Talvez acontecesse o mesmo aqui. Pelo menos era o que eu esperava, já que estava impossibilitado de ir socorrê-la.
        Ao que parece, a tal bebida fez efeito, porque o silêncio na plateia era geral. Mais tarde, eu saberia que “LÉTHÊ era o chamado “Rio do Esquecimento”, cuja água afetava a memória de quem nele entrasse ou bebesse sua água. Mas poderia ser simplesmente alguma droga com efeito de amnésia parcial.
        As luzes do palco novamente se apagaram, e um outro cenário surgiu, agora era uma masmorra de pedra, com uma iluminação avermelhada, que dava um aspecto assustador ao ambiente. Uma música estranha passou a tocar, e duas mulheres nuas entraram e se aproximaram de minha esposa, com tigelas nas mãos, que certamente continham óleo, porque a pele dela passou a reluzir assim que começaram a passar lentamente no seu corpo. Os movimentos das mãos eram rítmicos, alternados com gestos rituais. Claudia estremecia de leve, porque os toques delas atingiam seus “pontos do prazer”. De longe, a bela Dama segurava os aparelhos metálicos, que vibravam intensamente. Ela estava medindo as energias, eu tinha certeza agora. Mas os níveis energéticos de Claudia deviam ser muito mais do que seria comum, porque ela olhava espantada para os aparelhos e também para o corpo dela.
        As mulheres nuas passaram então a acariciar Claudia, nos seios, na bucetinha, nas nádegas e no cuzinho. Ela gemia e suspirava, mesmo tentando evitar a excitação, o que era impossível, porque já sabíamos que o óleo tinha propriedades afrodisíacas.
        Então, o que era inevitável aconteceu: com o aumento da excitação, ela chegou ao primeiro orgasmo, muito forte, que a fez endurecer todo o corpo , estremecendo inteira. A este, se seguiram outros.
        - AHHHHHHHHHH!!!!
        Nesse momento, as hastes metálicas vibraram tão intensamente que começaram a ficar vermelhas de calor, obrigando a Dama a soltá-las; elas caíram no piso de madeira, fazendo uma marca e soltando fumaça. Logo em seguida, ela fez um gesto ritual, olhando para o fundo do palco, e um vulto começou a se aproximar lentamente. Era um homem enorme, e assim que foi iluminado pela luz vermelha, reconheci imediatamente:
        - NGUVU!!

CONTINUA

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Completamente Nua no Teatro - Claudia é Acorrentada

Codigo do conto:
184016

Categoria:
Sadomasoquismo

Data da Publicação:
08/08/2021

Quant.de Votos:
13

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2