A MINHA VIDA - RELATO REAL. Parte 9

    >>> AOS ACOMPANHANTES DO MEU RELATO: Tive que apagar a nona parte e repostar, pois coloquei "Penúltima Parte" no título. Descrevendo a décima parte, a mesma ficou muito extensa para chegar aos dias atuais. Estou repostando apenas removendo o "penúltima" do título. Acredito chegar nos dias atuais com a 11° parte. Obrigado por acompanhar   =)   <<<


   Apesar de também ficar assustado, tentei manter a calma:
- Michel, fique calmo, ok? Ligue para teu pai.
- Me leve embora. Eu não sei onde ela está. E se estiver em um hospital? E se estiver grave? – Falava com lágrimas escorrendo.
- Você vai saber pelo teu pai em que hospital ela está. Ligue pra ele.
Ligou e foi para fora de casa, na calçada. Retornou em menos de 5 minutos, que pra mim pareceram 5 anos. Eu estava muito apreensivo. Ao adentrar a sala, ele me diz:
- Ela está em casa. Só não quis falar comigo. Meu pai disse que ela não tomou nada.
- Quê? Peraí. Ela não está internada sendo desintoxicada?
- Não. Ela não tomou nada. Era algum tipo de teatro. Mas mesmo assim continuo tremendo.
- Velho, vamos embora então, beleza? Lá você tira tuas conclusões.
- Então vamos logo.
   Nisto, sua tia liga novamente falando várias coisas que deixou Michel um tanto puto. Não perguntei o que conversaram. Mas aquilo só evidenciou que tudo se tratava mesmo de um teatro, como ele disse.
Pegamos nossas coisas, entramos no carro e pegamos estrada.
Eu corria muito, ultrapassava pela direita, fazia curvas em alta velocidade. E Michel estava mais assustado com eu dirigindo do que o que poderia ter acontecido com tua mãe.
- Velho, encoste. Deixe eu levar esta porra. – Fala Michel em tom de xingamento.
- Hey. Estou correndo o máximo que posso.
- Exatamente por isto. Você vai nos matar.
- Precisamos chegar logo. Estamos há mais de 3 horas de tua casa. Tenho que reduzir o tempo ao máximo.
- NÃO PRECISA, CARAAAALHO. DIRIJA DEVAGAAAAAR.
- Ô BUCETA. FIQUE NA TUA. TEMOS MAIS COM O QUE PREOCUPAR.
- Ai, caralhooo. Tire pelo menos a função Sport? – Perguntou ele, mas já tocando no botão ao lado do câmbio.
- CARALHO. VOCÊ VAI ME DESCONCENTRAR.
- Diego, deixe eu dirigir. Por favor. Estou com medo. Você vai nos matar.
- Tá. Vou reduzir.
- Não só reduzir. Dirija normalmente. Vá com calma.
- Você não me parece muito preocupado.
- Eu estou nada preocupado. Estou é puto com todos eles. Se não fosse meu pai para desmascarar minha família, eu estaria louco aqui neste carro te apoiando a correr na velocidade da luz.

Michel estava realmente sem preocupação alguma com tua mãe.
Continuamos a viagem. Pouco antes de chegar em minha cidade, ele fala:

- Fazer o seguinte, fiiii. Vamos pra tua casa. Dae você me empresta o carro e vou sozinho. Pode ser?
- Tá maluco? Vou deixar você sozinho com estas pessoas alteradas nunca.
- Você aparecer lá será pior. E estou pensando em teu cansaço. Vai dirigir isto tudo e depois terá que voltar pra tua casa. Eu dirijo e amanhã cedinho trago ele pra você.
- Olha, você quem sabe então. Mas não precisa trazer cedo. Vou trabalhar de táxi. Não venha cedo só por isto.
- Tá. Resolvemos isto depois.

Chegamos em minha casa e ele nem entrou. Foi para o banco do motorista e partiu.

   Tomei banho e fui estudar. Mas não me concentrava de tão preocupado. Algumas horas depois, Michel me liga com uma voz tranquila:
- Fiiii, aqui está tudo em ordem. Realmente ela não tomou nada. Conversamos somente nós dois. Ela disse que não foi isto que planejou pra mim no futuro. Queria me ver casar com uma mulher e lhe dar netos. Estas coisas bem clichês.
- Ué. Só? Fácil assim?
- Ela está triste, mas passa. Minha tia é que está com raiva de mim. Mas por eu ter desaparecido. Me deu puta sermão sobre isto. Mas eu só ouvi. Falei nada.
- Cara, está tudo de boa mesmo?
- Sim. Por quê eu iria mentir? Fique tranquilo, beleza? Eu só tinha medo de quebrarem teu carro quando eu chegasse aqui. Mas minha mãe apenas perguntou de quem era e falei que era seu. Ela só disse: “Que carro bonito”.
- Ué. Hahaha. Sério? Entendendo é nada, velho.
- Pra ser sincero, nem eu. Cada um está agindo de uma forma comigo. Minha mãe está triste, mas conversando comigo de boa. Minha tia está com raiva e assustada. Minha vó está toda hora trazendo algo para eu comer e beber.
- Hahaha. Acham que você esteve em cativeiro, é?
- Parece. Hahaha.
- Bom. Agora posso estudar em paz então. Mas promete me ligar pra qualquer coisa?
- Claro. Fique de boa. Amanhã levo o teu carro.
- Não precisa. Já falei. Traga quando der.
Nos despedimos e desligamos.


   Passaram-se alguns dias e tudo estava como antes na casa de Michel. Com a diferença que sabiam agora que ele é gay e que estava dormindo em minha casa, quando não dormia em uma de tuas casas.
Teu pai nunca tocou no assunto. Mas, por incrível que pareça, se aproximou muito mais de Michel.
O chamava para pescar, beberem juntos e coisas do tipo.
A aceitação do pai dele foi muito mais fácil do que de sua mãe, que com o tempo foi cedendo bastante também, até chegar a me convidar para almoçar em tua casa.
Nunca fui. Era uma situação da qual nunca passamos e eu não iria me sentir bem.

   Os meses se passaram e terminei minha pós, logo iniciando outra em Desenvolvimento de Sistemas Médicos.
Agora, namorando com ambas famílias sabendo, tudo parecia mais fácil.

Estávamos há 3 anos namorando e começamos os planos de morarmos juntos.
Ele ficaria por conta de olhar apartamentos e valores. Me mostrava depois. Nunca tive paciência para tais coisas.
Ele olhou vários, mas me mostrou somente 2. Não foi necessário mais do que isto. Agora era decidir qual deles.
Um com 3 quartos, sendo uma suíte e todos os cômodos muito amplos.
O outro, com 2 quartos, também tudo amplo e com uma boa área de serviços.
Decidi pelo apartamento de 3 quartos, pois pretendia (e fiz) um estúdio, onde tudo foi isolado acusticamente.

   Toda a burocracia de empréstimo em banco, avalistas... enfim, comprei.
Agora era mobiliar. Seria minha tortura. Mas Michel tinha bom gosto e paciência. Deixei tudo pra ele.
Algumas coisas acabei eu mesmo tendo que olhar e comprar. Mas a maioria, ele comprou. Eu apenas pagava.
Mas Michel se sentia incomodado em não estar ajudando em nada financeiramente. Mas não tinha o que ser feito. Ele não tinha dinheiro próprio. Era rico, mas a grana era de teus pais.
Eu estava trabalhando muito e ganhando bem. Não queria ele preocupado com tais coisas.
Os móveis começaram a chegar e a serem montados. Michel quem sempre recebia tudo.
E me convenceu a nos mudarmos ainda faltando alguns outros móveis para montar.

   No primeiro dia em nossa casa, cansados de subir com coisas no elevador, tomamos um banho, cada um em um banheiro.
Eu iria me higienizar, claro. Iria comê-lo. Era fato (ou eu achava). Ele também sempre fazia o mesmo ritual.
Saí do banho e ele estava em minha cama, deitado, enrolado na toalha, assistindo TV.
Apaguei a luz e me deitei ao teu lado, pelado. Mas nos cobrimos, pois o apartamento fica no quinto andar de uma área extremamente alta da cidade, onde venta muito forte. A porta que dava acesso à varanda estava um pouco aberta.
Michel pede para que eu me deite em seu peito, o que era extremamente raro. Fazíamos o oposto. Me deitei, ele desligou a TV e ficou acariciando meus cabelos.

- Teus cachos são bonitos demais. Queria ser assim. – Disse ele, me acariciando.
- Você tem cabelo extremamente liso. Acorda, só passa a mão na cabeça e boa. Praticidade demais. Quer ter trabalho, é?
- Que trabalho? Você nem usa pentes. Penteia com os dedos e fica mó da hora.
- E o tanto de creme que tenho que passar antes de penteá-los? E antes de pentear, ter que molhar? Isto é muito chato.

Continuamos o papo, quando, do nada, Michel me pede em tom bem safado para lamber teus mamilos.
Comecei a lamber teu peito muito peludo e meio loiros. Ia de um mamilo para o outro. Puxava teus pelos de leve com meus lábios.

- Olha o que você fez. – Fala Michel, pegando minha mão direita e levando a teu pau.
Estava durasso. Peguei e fiquei acariciando a cabeça.
Apesar de pequeno, o pau de Michel era muito bonito.

Comecei a punhetá-lo de leve e voltei a lamber teus mamilos.
Punhetava devagar. Chegava na cabeça, acariciava ela. Chegava na base, acariciava teu belo saco.
Pegava nas bolas, apertava bem de leve e voltava para teu pau.
Até que sinto Michel empurrando minha cabeça para baixo, em direção a teu pau. Entendi o recado e desci.
Comecei a lamber teu umbigo peludinho e fui descendo devagar. Lambia tua coxa direita bem de leve, indo em direção ao pau e voltando.
Separo um pouco mais tuas pernas e começo a lamber tua virilha direita, onde ouço leves gemidos.
O saco esbarrava em meu rosto, onde logo comecei a passar a língua e retornando para a virilha.
Ficava entre virilha e saco com Michel gemendo bem baixo.
Ele estava muito cheiroso. Que saco gostoso da porra. Voltei a lambê-lo, ficando somente no saco agora. Passava a língua entre as bolas.
Fui subindo, onde comecei a passar a língua na base de teu pau e fui subindo, subindo, subindo... e cheguei na cabeça, que coloquei na boca devagar.
Michel gemia mais alto agora. Comecei a engolir teu pau extremamente duro. Michel pega em minha cabeça e começa a manter o ritmo, me “obrigando” a engolir mais fundo.
Obedeço e chupo tudo, sentindo tuas mãos fortes segurando minha cabeça.
Michel começa a dar leves bombadas em minha boca.
Agora, segura minha cabeça para eu não me mexer e fica metendo em minha boca o pau todo e tirando.
Nisto, Michel faz algo com teu corpo que não sei bem o que é. Apenas sinto ele puxando minha perna esquerda. Não entendi nada e deixei ele me conduzir. De uma forma bem profissional (e Michel é quem me chupava sempre), vira minha bunda para teu rosto e mete a boca em reguinho. Começa a passar a língua em meu cu, tentando enfiá-la. Voltei a chupar teu pau neste 69, sentindo tua língua entrando.
Era muito bom. Um tesão violento.
Fiquei chupando teu pau e sentindo tua língua entrar e rodar em meu cuzinho por cerca de 3 minutos, quando sinto um forte tapa na bunda:

- Deita. Anda. – Manda Michel.
Me deitei de barriga pra cima, como de costume. Era eu quem comia. Pra mim, ele só queria lamber meu cuzinho mais uma vez como fez outras vezes. Apesar da forma mais “mandona” dele e de teu tapa, não compreendi que ele queria me comer.
Me vira de costas à força e deita sobre mim, beijando meu pescoço por trás.
Sinto teu pau durasso cutucando minha bunda.

- Hoje você será minha putinha. – Fala Michel ao meu ouvido.
- Até parece... – respondi numa mistura de tesão com surpresa.
- Tua bundinha é gostosa demais. Não aguento mais ficar só batendo punheta imaginando eu te comendo. Hoje vou realizar.
Nada respondi. Nem sabia que Michel masturbava imaginando minha bunda. Éramos muito íntimos e sempre grudados um ao outro. Curiosidade em ser ativo? Desejo reprimido? Sei lá...

Fato é que Michel continuava falando putaria ao pé do meu ouvido. Deitado sobre mim, meio que me imobilizando.
Forçava teu pau contra minha bunda e parecia estar em outro mundo.
Do nada, Michel se levanta e fala para eu não sair dali.
Abre uma gaveta, coloca muito lubrificante no pau e volta a se deitar sobre mim, posicionando o pau na entrada de meu cuzinho.
Foi colocando, forçando. Eu sentindo uma puta dor. Mas ele não parava.
Se erguei e apoiou ambas as mãos em minhas costas, forçando muito teu pau, que entrou todo.
Caralho. Que dor.
Teu pau parecia feito de concreto.
Mesmo vendo que eu sentia muita dor, Michel começou a bombar forte e a gemer.
Sentia teu pau saindo e entrando. Sentia quando a cabeça quase saía de meu cuzinho já arrombado. Dava para sentir tudo em teu pau.
Michel para, tira o pau e me coloca de 4 na cama. Mete o pau novamente sem cerimônia.
Acho que era mistura de inexperiência em ser ativo + tesão + empolgação.
Deixei. Estava legal aquilo, mesmo com a dor, que já estava passando.
Me segurou pela cintura e bombava muito forte, me chamando de putinha.
Michel pega em meu pau e sente ele muito duro.

- Ahhhhh. Está gostando de ser putinha, né?
Não respondi nada. Michel só bombava e agora ambos gemíamos.
Puxou mais minha cintura contra teu corpo, bombando muito forte e enterra o pau em mim, ficando estático.
Só sinto fortes jatadas no fundo do meu cu e Michel gemendo.
Teus jatos fortes foram diminuindo, mas eu ainda sentia a porra sendo jorrada.
Michel me empurra na cama, me fazendo deitar novamente, deitando sobre mim.
Mesmo tendo gozado muito rápido, Michel estava suando.

- Gostoso demais você. Sem base. – Fala Michel.
- Agora devolva meu namorado ae. Sei quem é você não.
- Haha. Sou o cara que fodeu teu cu. O cara mais feliz do mundo. Comi o Dieguinho. Finalmente.
- Ué... você sempre quis isto?
- Sim. Mas achei que você jamais permitiria. Hoje decidi me arriscar.
- Espera. Eu namoro um ativo e não sei?
- Hahaha. Não. Eu gosto demais de dar pra você. Mas sempre quis fazer de tudo contigo. E só faltava te comer.
- E agora que já fez de tudo, como será?
- Hummm... a gente reinicia o ciclo.
- Eu vou ter que lhe dar mais?
- Claro. Você curtiu. Teu pauzão estava durasso e ainda deve estar. E comer teu cuzinho foi muito bom.

De fato, eu havia curtido. Não liberaria para o Michel no início de nosso namoro. Mas depois de um tempo, sim. Mas não sabia que ele tinha vontade de me comer.
Falha na comunicação. Mas estava resolvido.
Bom. Resolvido desde que Michel me comesse muito raramente. Sempre eu não iria curtir.

   Passaram-se mais uns bons meses. Eu tinha 28 anos e Michel 26. Morando juntos (que pra mim é estar casado) e bem felizes.
Michel já havia se formado e estava recusando a proposta de teu pai de trabalhar na mineradora, no RH.
Ele não queria trabalhar com família. Mas não parecia haver alternativas.
Nosso sexo frenético permanecia, com eu sempre arrombando e machucando Michel.
Ele me comia, digamos, 1 vez por mês.


   Michel ingressa na empresa de seu pai após muita insistência do mesmo.
Começamos a nos vermos bem menos em casa. Um sentindo muita falta do outro. A distância para nós não foi nada agradável...

   Recebo proposta de uma clínica médica de diagnósticos em imagem para desenvolver softwares médicos junto à TI. Não precisaria abandonar meus outros empregos. Topei, mas logo achando que não era algo que daria certo.
Eu viajava em tuas filiais em cidades ao redor da minha e o que pensei que não daria certo, estava caminhando muito bem no projeto da empresa, trazendo muito mais agilidade em diagnósticos.
Com 3 empregos, eu mal ia em casa. Eu e Michel estávamos distantes.

   Um dia, bastante cansado e estressado, chego em casa e tropeço em latas de cerveja. Achei muito estranho. Chego no quarto e Michel está todo torto na cama, apenas de bermuda. E mais latas de cerveja no chão do quarto, sendo uma derramando cerveja no chão.
Acordo Michel e levo-o para o banheiro. Mas ele mal conseguia parar em pé.
Dei um banho de qualquer maneira nele, o enxuguei e o coloquei na cama.

Estava impossível dormir neste nosso quarto. O cheiro de cerveja estava insuportável. E eu ainda tinha que colocar roupas na máquina e guardar as que estavam na secadora.
Tinha que me alimentar, tomar banho e acordar muito cedo.

Michel não estava colaborando.

Dormi no outro quarto. Acordei cedo com muita dor de cabeça. Me arrumei e saí. Michel permanecia dormindo (era um sábado. Ele não trabalharia).

Retornei à noite e só queria dormir.
Ao entrar em casa, o cheiro de cerveja ainda era insuportável. Michel não limpou nada. E havia saído, sei lá pra onde.
Tomei meu banho puto de raiva. Saio do banho e Michel chega em casa.

- Tem como me explicar o que está pegando? – Perguntei.
- Está falando da sujeira? Vou limpar.
- Velho, você estava bebasso ontem. Por quê fez isto?
- Posso beber um dia não? Estou cansado, porra.
- Beber pode. Mas você quase entrou em coma. Estava irreconhecível. Você tomou aquilo tudo de cerveja sozinho?
- Está insinuando que eu trouxe alguém?
- TÁ MALUCO? FALEI ISTO?
- ESTÁ INSINUANDO.
- E VOCÊ ESTÁ SE ENTREGANDO.
- AH TÁ. ENTÃO BEBI COM OUTRO E TREPAMOS?
- MAS QUE POOOOOORRA. EU FALEI QUE BEBEU COM ALGUÉM? QUANTO MAIS HOMEM...
- DEIXOU NAS ENTRELINHAS.
- Ah, Michel. Vá tomar no seu cu. Limpe esta porra toda ae e me deixe em paz.
- EU DISSE QUE VOU LIMPAR, CARALHO.
- PARE DE GRITAR COMIGO, BUCETA. LIMPE ESTA MERDA.
- E VOCÊ PARE DE MANDAR EM MIM. JÁ FALEI QUE VOU LIMPAR.
Não respondi mais e fui para o outro quarto. Nisto, Michel entra e fala:
- Você disse que quer paz, né? Beleza. Vou te dar a paz que quer.

Novamente, não respondi. Afinal, minha paz era ficar um dia sozinho depois de tanto cansasso e agora estresse em casa.

   Dormi, acordei cedo e fui trabalhar no domingo, retornando somente na segunda.
Ao entrar em casa, vejo que algumas coisas foram removidas. Abri o guarda-roupas, não havia nenhuma roupa dele.
Imediatamente liguei para Michel, que recusava as ligações.
Mandava mensagem e ele recebia, mas não abria.

Tomei um medicamento para dormir e descansar. Depois entenderia o que estava acontecendo.
Apaguei.
Acordo à noite com várias mensagens de Michel. Sermão. Textão mesmo. Onde dizia que eu não enxergava teu lado e por um pequeno vacilo dele, joguei tudo pro alto.
Eu estava calmo e decidi não responder. Mas também não entendi muito bem.

   Voltei ao outro trabalho na terça, onde passei o dia todo.
Assim que chego em casa, recebo mensagem de Michel dizendo que esqueceu algumas coisas e iria buscar. Respondi que estava esperando.
Assim que ele entrou, abordei ele para entender o que estava acontecendo:
- Você foi embora, Michel? Que merda é esta? Está me deixando por quê?
- Porra, você que pediu paz na tua vida. Sou um estorvo, não sou? Então decidi sair dela, como você pediu.
- EU PEDI? MAS QUE BUCETA. APENAS DISCUTI PORQUE O APARTAMENTO ESTAVA UMA ZONA. VOCÊ NÃO RESPEITA MEU CANSAÇO. PRECISAVA BEBER TANTO?
- Tanto? Pra você eu bebi com outra pessoa.
- Eu nunca disse isto. Mas que caralho, velho. Se é desculpa pra terminar, só termine.
- Preciso de desculpas não. Você pediu.
- Vai continuar insistindo?

Ouço um som característico de um certo app. Era o som do Grindr.
Eu e ele já havíamos usado sem foto nem nada para ver quem eram as pessoas por perto. Curiosidades bestas mesmo.

- Michel, me dá seu celular.
- Eu não. Pra quê?
- MICHEL. ME DÊ.
- NÃO. CARALHO.
- Você está me traindo, velho. Olha isto. Mas que porra é esta?
- Eu te traindo? Ah. Vá à merda.
- Você está com Grindr instalado.
- Sou livre. Você também. Qual o problema?
- E quem foi que te deixou livre?
- Você terminou comigo. Faço o que eu quiser agora.

Não falei mais nada. Eu estava assustado demais. Michel estava irreconhecível.
Fui para o estúdio, me sentei no chão e fiquei tentando entender se realmente falei algo relativo a terminarmos.
Passava por minha cabeça também que ele trouxe alguém para o apartamento e beberam juntos. Ele se entregou na discussão.


   Michel se foi, jogando a cópia da chave no chão e batendo a porta.
Instantaneamente, comecei a chorar.


   Semanas se passaram e nunca procurei Michel. Eu não estava indo bem nos empregos, pois parecia que estava de luto. Eu nada entendia. Mas tinha que superar aquilo.
Era para terminar a vida ao lado de Michel, mas ele achou outro melhor.

    Novamente eu estava triste e sozinho. Tinha meus amigos que eu evitava ver. Michel era pra estar comigo. Estávamos com grandes planos. Por quê as pessoas passavam anos comigo dizendo me amar e depois me faziam mal? Qual era o meu problema?

Passaram-se mais algumas semanas e Michel me procurou, onde trocamos ideia no WhatsApp. Ele pedia para voltarmos e para eu trabalhar um pouco menos.
Mas o cara que estava me traindo é que estava me pedindo isto. Não iria rolar.

   Comprovadamente “limpo” de quaisquer DSTs por exames laboratoriais, eu continuava triste, onde instalei app´s gays. Não via ninguém de papo interessante. Todos queriam sexo rápido. “Que mundo sujo. Por isso as doenças avançam tão rapidamente. Estes mesmos que querem sexo rápido nem proteção devem usar. E gays dominam de longe as dst´s, pois heteros se protegem apenas por medo de gravidez, o que os leva a um sexo seguro de doenças também.”
Estes eram meus pensamentos arrogantes, oriundos de uma pessoa muito pra baixo.

   Continuava usando os app´s, até que me chamou atenção um cara que manteve um papo legal por dias. No WhatsApp, continuava sendo um cara bem legal e brincalhão. Decidimos nos conhecermos e fui até seu apartamento. Morava em uma república com outros 3 caras. Ele trabalhava em uma mineradora e fazia engenharia de minas. Era do Mato Grosso do Sul e veio porquê a região aqui era mais promissora.

Cheguei no prédio e ele desceu. Moreno claro (pardo), cabelos muito curtos com máquina 1, da minha altura e meu peso e uma voz bem grave. Subi e ficamos conversando em seu quarto por muito tempo até que comecei a achar que ele fosse algum tipo de homofóbico e queria fazer algo de errado. Não é possível que este cara fosse gay. Mas eu estava pronto pra luta. Porém, ele se mostrava muito agradável. Até que me chamou de tímido e disse que se dependesse de mim, ficaríamos ali até amanhecer e me deu um beijo. Fiquei feliz e comi ele. Porém, ele queria fazer o mesmo. Eu disse que não estava afim e também era cedo. Ele respeitou isso. Achei bonita a atitude.
Voltei em seu apartamento dias depois onde fizemos de tudo que puder imaginar, só não fui penetrado. Tudo se repetiu em meu apartamento e assim fomos ficando.
Mas me incomodava ele mexer no meu celular sempre. Eu não tinha nada a esconder, mas ele olhava histórico de navegador todos os dias que nos víamos, conversas com as pessoas do WhatsApp e e-mails. Falei que não achava certo isso, pois meus amigos e família não sabiam que tinha um terceiro lendo as coisas e que ele não iria mais repetir mas o perfeito dele fazia acabar deixando mexer em tudo.

Até que começou a mexer em minha mochila, porta-luvas do carro e bolsos das calças, iniciando brigas desnecessárias. E nem tínhamos lance sério.
Eu insistia que se ele não confiava em mim, não ficasse comigo. Já ele insistia que se eu não tinha nada a esconder, deveria deixar ele vasculhar tudo.
Chegou a tratar bastante mal o Michel se passando por mim em mensagens enquanto eu tomava banho. Bloqueava pessoas no meu Facebook e WhatsApp. Tudo estava me irritando demais, mas eu achava que este tipo de possessividade era algum tipo de amor, sei lá...

Era um cara legal comigo, mas tinha seus grandes momentos de má educação.
Fui promovido para a supervisão do hospital agora. Tinha duas supervisões, atenção e responsabilidades dobradas. E permanecia com um tipo de consultoria na outra empresa de diagnósticos.
Estava feliz , pois supervisionava setores de altíssima tecnologia e operava arco cirúrgico.
Quando fui contar a ele sobre a nova conquista, ficou lendo animes e nem me respondeu. Tudo ia me deixando triste e desgostando cada vez mais dele.


   Agora ele zombava de mim porquê viu no histórico de navegadores que eu lia contos eróticos. Zombava em tom nada agradável, enquanto eu nunca falei nada de seus animes dos quais ele passava horas lendo. Eu trabalhava muito agora, tinha grande reconhecimento e uma vida muito corrida. Mas não tinha um parceiro pra se orgulhar de mim, como tive no passado.

Em uma conversa muito séria da qual eu decidi terminar de vez, ele disse que fazia tudo aquilo por me almejar demais, pois consegui tudo muito novo, era bonito e inteligente e pra ficar comigo ele precisava tirar meu ego. Ego do qual eu nem tinha.
Sempre fui simples, mas ele insistia que eu possuía ego elevado e que destruindo este ego, teria certeza de que eu jamais o trocaria.
Conversa mais torta da qual não tirei conclusão alguma, mas continuamos ficando.
Até que certo dia, ele de férias, chego em meu apartamento depois de 60 horas sem dormir de plantão emendando os 2 empregos, encontro ele deitado pelado em minha cama, TV ligada, luz acesa, comida num prato no chão e um cobertor em cima do prato. A cozinha era um lixo e o banheiro cheirava muito mal com a borda da privada toda amarela de urina. Ali sim me senti “mulher de malandro” e num acesso de fúria misturado com decepção... eu nada fiz.
Apenas tomei meu banho e fui deitar. No dia seguinte, acordamos e eu disse que havia acabado ali e não tinha mais conversa. Ele perguntou o que aconteceu e depois de muita insistência falei tudo o que me aborrecia e o que ele estava fazendo comigo, sem reconhecer o meu cansaço.

Argumentou apenas que a casa era minha então a limpeza era por minha conta. Ouvindo isso, o choro veio instantaneamente, mas não o deixei sair. Me mantive forte. Eu estava em uma onda fodida de humilhações.

Após me acusar de estar com outros caras (não sei em que momento eu ficaria com outros, pois mal tinha tempo para me alimentar) ele se foi. Um dia depois me mandou mensagem se desculpando de tudo e que gostaria de tentar novamente, sendo ele um novo cara. Nunca respondi suas mensagens. Chegou a aparecer na clínica, onde não o atendi. Apareceu também na porta do meu apartamento me esperando chegar do trabalho. Me segurou no portão e eu apenas disse que estava sério com outra pessoa e precisava que ele mantivesse distância.

Assim, ele não mais me procurou e eu com uma vida sem sentido agora. Sozinho, humilhado e trabalhando como um louco. Pra quê?
Era momento de repensar minha vida e mudar drasticamente...


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Comentários


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natranquilidade Comentou em 24/08/2021

Que pena que as coisas entre vc e o Michel terminaram assim... A única coisa que me veio foi que o relacionamento precisa ser cuidado para manter-se. Por algum motivo vcs foram se afastando um do outro nas obrigações. Gosto bastante de vc falar sobre seus pensamentos e sentimentos em cada uma desses eventos.

foto perfil usuario alvesdemoraisgenildo

alvesdemoraisgenildo Comentou em 24/08/2021

Adorei todos os contos , estou ansioso para ver o resto




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Ficha do conto

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haslecter

Nome do conto:
A MINHA VIDA - RELATO REAL. Parte 9

Codigo do conto:
184940

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
24/08/2021

Quant.de Votos:
7

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