Após ter conseguido escapar da Sacerdotisa Astra, segui disfarçado de monge por um corredor, e cheguei a uma sala, onde duas mulheres nuas arrumavam os cabelos e unhas de Claudia ( que estava visivelmente dopada) , as três completamente nuas. Ao lado delas, Nguvu observava atentamente, ainda vestido a rigor. O meu “efeito paralisante” não havia alcançado esta distância, então fiquei olhando pela fresta, procurando não fazer barulho e esperando que não me notassem.
- Ela precisa estar perfeita, o Mestre assim determinou – disse Nguvu.
Abaixo da poltrona inclinada e elevada onde minha esposa estava, havia um aparelho de enema. Com certeza haviam feito uma lavagem intestinal, como havia sido na Pousada. Notei um espelho, que mais parecia uma janela, em uma parede lateral da sala, e vi uma luminosidade em um corredor próximo. Cuidadosamente, fui até lá e minha intuição estava certa: era mesmo uma janela, espelhada por dentro e transparente por fora. Assim, eu poderia ver o que acontecia sem ser visto no corredor escuro.
O Negão aproveitava para acariciar Claudia enquanto as moças faziam a maquiagem e passavam um óleo de tonalidade dourada no corpo dela. A esta altura, eu já sabia que essa substância tinha efeito afrodisíaco e entorpecente, tolhendo a força de vontade da pessoa.
A seguir, com cuidado, elas viraram Claudia de bruços, ficando a sua perfeita virada para cima. Nguvu acariciou as nádegas, pediu que as moças segurassem as duas polpas, e em seguida pegou um plug anal, maior que o que ela usara anteriormente. Este era diferente, pois tinha uma corrente presa em uma argola na base. Ele lubrificou cuidadosamente o plug, depois o cuzinho de Claudia, e foi introduzindo devagar. Ela soltou um gemido.
- UUUiiii... é grande... devagar.
Ela parecia aceitar docilmente o que estava sendo feito com ela. Seria efeito da droga, ou ela havia aceitado naturalmente, após terem dito alguma coisa? Eu sabia que, às vezes, quando ameaçam um ente querido, as pessoas se submetem ao que for preciso. Talvez tivessem ameaçado me torturar se ela não aceitasse. E realmente, Astra havia me chicoteado. Talvez até tivessem feito com que Claudia me visse enquanto a Sacerdotisa se esfregava em mim, e tivesse ficado enciumada.
Mas isso não importava agora, eu precisava ver o que iria acontecer, e tentar interferir apenas no momento certo. Isso se eu não fosse capturado antes. Eu não fazia ideia de quanto tempo Astra ficaria naquela mesa, sob o efeito da droga que eu havia injetado.
Nguvu terminou de introduzir o plug no ânus de minha esposa. Depois, pegou a outra ponta da corrente. Tirou suas roupas, ficando peladão, e colocou um anel peniano em volta do seu caralhão, prendendo a corrente nele. Então, o plug anal dela estava ligado ao caralho do Negão.
Nesse momento, Claudia começou a despertar do seu torpor.
- Epa, Nguvu! O que foi isso? Esse plug é maior, e ainda está preso no seu cacete?
- É assim que deve ser neste momento.
- Ah não, isso não!
- Lembre-se que seu marido está preso em algum lugar, e vai depender do seu comportamento o bem-estar dele.
- Onde ele está? O que vão fazer com ele? Se alguma coisa acontecer a ele, eu vou dar um jeito de acabar com todos vocês!!!
- Você ainda não desenvolveu sua energia para isso. Mas com o passar do tempo, não só terá desenvolvido, como irá fazer parte da nossa Irmandade e ser uma grande Sacerdotisa!
- Que Sacerdotisa que nada! Eu quero é sair daqui com o meu marido!
Nesse momento, a porta se abre de repente, e aparece a moça pelada que havia raspado meus pelos, apavorada:
- Senhor ! Senhor ! O homem fugiu, e a Sacerdotisa está passando mal!
Nguvu ficou assombrado.
- Mas como?? COMO??
- Não sei! A Sacerdotisa entrou com o chicote e pediu para que eu saísse e voltasse depois. Quando eu voltei, ela estava amarrada na mesa, desmaiada, com o plug no cu, e ela ainda não acordou!
- Não pode ser! Como ele conseguiu resistir a Astra??
Claudia interferiu:
- Chicote? Ela chicoteou meu marido? Safada! Se não acordar nunca mais, mereceu!!
O Negão pensou um pouco, depois soltou a ponta da corrente do seu caralho.
- Fiquem com ela aqui – ordenou – vou ver o que aconteceu. Mas de maneira alguma deixem que ela saia daqui, ou que alguém mais entre!!
Ele saiu correndo, pelado, pelo corredor. As três moças ficaram segurando Claudia.
- Não precisam me segurar com força, eu nem tenho ideia de onde estou. Só quero saber como está meu marido.
Então, eu “mirei” minha habilidade nas moças, tentando não afetar minha esposa.
- Epa, o que aconteceu? Estão imóveis! Amor, é você?
- Claro que sou eu, querida! Entrei rapidamente na sala.
- E agora, o que vamos fazer?
- Sinceramente, não sei. Acho que estamos no Mosteiro, mas não tenho ideia de como sair daqui.
- Aii amor, o que será que vão fazer com a gente?
Nesse momento, o manto abriu um pouco, e ela viu o que haviam feito comigo.
- AAIII AMOR!! Rasparam você!!! E essas marcas de chicote!!! Foi a vaca da sacerdotisa que fez isso?
- É aquela mulher da moto. Mas consegui escapar dela, e usei essa injeção aqui.
- E agora?
- Eles te trataram bem?
- As moças foram dóceis o tempo todo, e mesmo Nguvu me tratou como se fosse alguém especial. Talvez... ah não sei.
- Talvez o que, querida?
- Talvez eu deva ir fazendo o que eles querem , enquanto você tenta achar uma saída deste lugar e, sei lá, chamar a polícia.
- Duvido que a polícia venha até aqui, lembra do policial na estrada?
- Nossa, é mesmo!
- O que eu posso fazer é tentar achar a saída, e depois vir buscar você, mas de um jeito que possamos fugir rapidamente, sem dar tempo a eles de nos alcançar.
- E depois? Com certeza, irão atrás de nós!
- Ah, aí a gente viaja, muda de cidade, de país, a gente vê depois.
- Estou com muito medo. E se der tudo errado?
- Não vamos pensar nisso agora. Eu vou tentar descobrir como as coisas funcionam por aqui, a partir do que o João nos contou. Talvez me passar por um dos serviçais.
- Mas eles conhecem você!
- Ninguém repara nos funcionários que fazem limpeza. Muito raramente, as pessoas os cumprimentam , são como seres invisíveis.
- Isso é verdade, infelizmente. Não é o nosso caso, mas a maioria age dessa maneira mesmo.
Beijei minha esposa com ardor, ela me abraçou forte. Senti uma carga de energia vindo dela para mim.
- Querida, sentiu isso?
- Eu fiz de propósito. Percebi que estou começando a controlar a circulação da névoa dourada. E acho que a sua habilidade tem a ver com essa energia, pelo jeito você pode aproveitar essa carga extra.
- Eu nem havia pensado nisso. Obrigado, querida! Então, você fica aqui com as moças, e eu vou ver como posso fazer para me misturar aos serviçais.
Nós nos beijamos de novo, e eu saí me esgueirando pelo corredor, bem a tempo, pois Nguvu estava voltando. Ainda ouvi ele dizer:
- A Sacerdotisa está abalada, mas está bem. Logo vai se recuperar. Mas Zero escapou.
- Zero? Claudia estava intrigada.
- Foi esse o nome que ela deu a ele.
- Ahã...tá.
Saí dali e fui descendo as escadas que eu encontrava. Com toda a certeza, o local onde os funcionários do Mosteiro ficavam deveria ser em andares bem mais abaixo. Passei por várias salas vazias, em uma delas encontrei tesouras e lâminas de barbear, talvez usassem para fazer o que fizeram comigo. Pensei bem, e cortei meu cabelo com uma tesoura, depois raspei como pude com a lâmina. Careca, seria difícil que me reconhecessem de imediato.
Cheguei até o pavimento inferior, onde havia latões de lixo, entre outras coisas, e alguns armários, que continham mantos e algumas roupas. o eu estava pelado, peguei emprestada uma camisa e uma calça velhas. Parecia que ninguém usava há um bom tempo. Achei uma saída, que curiosamente não tinha nenhum segurança, e saí, do lado da fora havia um grande bosque. As árvores me lembraram muito as que havia na Pousada. Então, deveria ser mesmo o Mosteiro.
Fui me esgueirando pelas árvores até encontrar uma estradinha. O dia estava amanhecendo , e eu estava muito cansado, afinal a noite anterior havia sido exaustiva. Nisso, alguém me segura o ombro.
- Aonde pensa que está indo, mau caro?
- Era um homem de uniforme, certamente um segurança do lugar.
- Desculpe, Senhor, eu me perdi. Não conheço bem a região.
- E o que está fazendo aqui, então?
- Um amigo meu, o João, que trabalhou aqui, me falou deste lugar, e eu achei que talvez pudesse conseguir um emprego.
- João?
- É. Então, descrevi o nosso jardineiro, falei sobre ele, as funções que ele exercia, sem entrar em detalhes além dos serviços gerais.
- Hum... e foi só isso que ele falou?
- Só. Na verdade, ele nem disse exatamente onde era, só que era um Hotel Fazenda por estas bandas. Eu até passei por uma Pousada do outro lado do bosque, e depois me perdi , acabei dormindo encostado em uma árvore, e agora estou aqui.
- E você faz que tipo de serviço?
- Ah, faço de tudo, até sei cozinhar algumas coisas. ( Era verdade, eu às vezes fazia o jantar em casa)
- Mostre seus documentos.
- Olha, eu não tenho.
- Como assim?
- Eu poderia dizer que fui assaltado e levaram tudo, mas não seria verdade. O fato é que eu não queria...sabe como é?
- Você é procurado pela polícia?
- Não, não... é que eu andei perdendo uma grana no jogo... e um emprego realmente me ajudaria a me recuperar e pagar os caras.
- Não sei não. Vou falar com o chefe, ele vai fazer mais umas perguntas, depois vamos ver o que você sabe fazer. Sei que eles precisam de gente por aqui. Você tem medo de assombração?
- Por que a pergunta?
- É que dizem que tem assombração por aqui, vultos essas coisas.
- Não tenho medo não. Tanto que dormi no bosque e não vi nada.
Nisso, alguém me segurou por trás, eu me virei e vi um dos monges, grandão, fazendo uma careta, tentando me assustar, mas puxei o braço dele e, num golpe básico de judô, fiz com que ele fosse ao chão.
- Hum, sabe se defender, hem?
- Mais ou menos.
O monge se levantou, olhou bem para mim, e disse:
- Vamos ver o que você sabe fazer. E me levou até a entrada ( acho que posterior) ]do Mosteiro. Pediu que eu esvaziasse alguns latões de lixo em um caminhão, depois me fez varrer o piso de um salão.
- Acho que podemos usar você por aqui. Mas antes, você vai ter que passar por um treinamento. Qual é o seu nome?
- João, pode me chamar de João.
Enquanto eu me preparava para ser um serviçal do Mosteiro, não podia deixar de pensar no que estaria acontecendo com minha esposa.
CONTINUA