Ao perceber que eu e a moça estávamos de mãos dadas, ele deu um tapa na bunda de Claudia, com força, mas ela não soltou minha mão. Então o tal Mistère olhou para mim, com ar raivoso.
- Solte a mão dela! E, segurando o braço da moça, puxou com força.
Astra interveio:
- Calma Nguvu! Calma, vocês dois! Este é um clube de Swing, e ela não achou ruim quando ele pegou na mão dela!
Eu nem cogitei em dizer que ela é que havia segurado minha mão, eu não sabia se o cara era violento com ela. Mas achei muito estranho o nome, me pareceu “Gugu”. Muito engraçado, um Negão com o nome de “Gugu”.
O tal Mistère disse a ela:
- Astra, não foi uma boa ideia você trazer esse seu namorado aqui. Eu já havia avisado você no outro dia.
- Você falou para esse cara sobre mim, também? O que é que está havendo, Astra?
- Depois conversamos.
Bem brava, ela disse aos dois:
- Vocês sabem muito bem que eu não aceito ordens de ninguém, muito menos de vocês. Quando aceitei participar desse jogo, foi por minha própria decisão. E daí, se ele pegou na mão dela? Isso não mudou nada.
- Astra – disse Mistère – você não faz ideia do que pode ter desencadeado com isso.
Aproveitei e perguntei no ouvido dela:
- O nome do Negão é Gugu mesmo? Que esquisito!
- Não é “Gugu”, é Nguvu.
- Nguvu?
O Negão ouviu essa última parte, e me encarou, com ar bem sério.
A moça estava relaxada, deitada, mas olhava firme em minha direção.
- O meu nome significa alguma coisa para você?
- Nunca soube de alguém com esse nome, sério. Nem “Mistère”.
- Hum. Já que Astra trouxe você aqui, vamos começar de novo. Eu sou Nguvu, e esta é minha esposa Claudia. Ele é o Sr. Mistère, um amigo quer trabalha comigo. Ele me estendeu a mão, apertei as mãos dos dois. Astra falou:
- Bom, eu já falei a vocês dois sobre ele.
A esposa de Nguvu , lindíssima e nua, se aproximou e me estendeu a mão.
- É um prazer conhecê-lo pessoalmente.
Não resisti, e beijei a mão dela. A sensação foi indescritível, como se aquela energia me envolvesse inteiro. Mas procurei disfarçar.
Astra comentou:
- Cavalheiro, como de costume.
O Negão olhou meio torto, e falou:
- Bom, já fomos apresentados. Acho que vamos beber alguma coisa.
- Vamos para nossa mesa, já pedi bebidas para nós antes de vir para cá.
Ele ficou pensativo um pouco, depois disse:
- Por que não? Vamos, Claudia.
Voltamos à nossa mesa, os três vieram atrás. Pegamos uma cadeira extra para Mistère.
Curiosamente, todos colocamos nossas roupas ao sair do Salão, mas Claudia continuou nua, achei estranho. Astra notou isso, e sussurrou no meu ouvido:
- Não fique encarando. Ela fica pelada mesmo em público, Nguvu quer que seja assim. E ela é exibicionista, gosta de ser apreciada.
No entanto, Claudia parecia incomodada, pediu para ir ao banheiro. Claro, ela ainda devia estar com o gosto da porra do Mistère em sua boca. E talvez quisesse dar uma lavada nas partes íntimas. Eu não deveria me preocupar com isso, mas era exatamente o que eu estava fazendo, como se essa moça já fosse alguém importante para mim.
Nguvu novamente deu uma ordem:
- Astra, leve-a ao banheiro, e cuide para que ela não se perca.
- Como é que é? – Astra ficou zangada- Como é que se pede?
- Por favor, Sacerdotisa.
- Assim está melhor. Venha, Claudia.
Claudia se levantou e as duas saíram em direção ao banheiro.
Assim que elas estavam a uma certa distância, Nguvu começou a me fazer perguntas.
- Então, você é o novo namorado da Astra.
- Na verdade, não somos namorados. Apenas amigos com certas intimidades. Nem eu nem ela queremos relacionamentos fixos.
- Então você não tem a intenção de namorar, ou casar?
As perguntas eram estranhas, mas fui respondendo. Claro que tentando evitar que eles percebessem meu interesse na mulher dele.
- Nem pensar. Estou muito bem sozinho.
- E você acha minha mulher bonita?
- Por que essa pergunta?
- Pode responder, você acha ela bonita?
- Claro que acho. Quem não acharia? Bonita e gostosa.
- E você tem vontade de fazer sexo com ela?
- Se eu tenho... claro que tenho, desde que a vi pelada naquela cama. Mas ter vontade não significa que vou fazer isso. E nem que eu iria querer alguma coisa a mais depois.
Mistère também resolveu perguntar. Era um tipo de interrogatório informal, que eu nem fazia ideia do motivo.
- Mas você não sentiu nada diferente quando a viu?
Percebi segundas intenções no que ele falava, então apelei para o machismo.
- Desculpem, eu os estou conhecendo agora, mas o tesão foi meio que incontrolável, meu cacete já ficou pedindo aquela bunda. Com todo o respeito.
Nguvu deu uma risada.
- Entendo isso. Quando eu conheci Claudia, também queria aquela bunda a qualquer custo.
Decidi que, o que quer que me perguntassem, eu deveria ser firme nas afirmações de que eu não pretendia nada sério com ninguém. No entanto, Mistère ainda me olhava de maneira muito analítica, como que estudando minha postura, minhas expressões faciais, tentando ver se eu dizia realmente a verdade e não estava escondendo nada.
- Bom, acho que daqui a pouco iremos embora. Vou só esperar elas voltarem, ainda queremos continuar...sabe.
Nguvu replicou:
- Espere. Ainda é cedo. Amanhã é sábado, você não tem que ir trabalhar. Aproveite.
- Vou ver com Astra.
- Se depender de Astra, vocês só saem de manhã, quando o Sol raiar – disse Mistère.
Dali a pouco, as duas voltaram. Claudia estava ainda mais deslumbrante, Astra a havia ajudado a arrumar os cabelos e emprestado seu batom. Ela sorriu para mim.
- Acho que agora estou mais apresentável. Foi meio chato ser apresentada a você daquele jeito, sabe...cabelo desgrenhado, aquela coisa na boca.
- Se seu marido me desculpar pelo que vou dizer, você é linda de qualquer maneira.
O Negão concordou.
- Pode elogiar. Ela é tudo isso mesmo, não é, minha gostosa?
Ela olhou para ele, ruborizada.
Então, ele fez uma coisa inusitada.
- Deite sobre a mesa.
Ela não hesitou. Totalmente submissa, curvou o corpo, deitando seu tórax sobre a mesinha, ficando com o rosto bem perto de mim, a bunda redonda exposta para Nguvu.
- Abra as pernas.
Ela abriu as pernas, e o Negão acariciou e apertou bem as nádegas de Claudia.
- Agora quero que você o abrace.
Ela levou os braços em minha direção, e me abraçou pelo pescoço.
- Não precisa fazer isso, realmente não precisa.
Claudia olhou bem nos meus olhos e disse:
- Ele está me mandando fazer... e sorriu, aquele sorriso lindo.
- Você pode beijá-la à vontade.
A seguir, ele foi tirando o caralhão já duro para fora das calças, e foi enfiando a cabeçorra na bucetinha dela. Astra e Mistère observavam com curiosidade.
Como eu relutava, Claudia tomou a iniciativa e encostou seus lábios nos meus. Achei, nesse momento, que se eu morresse, morreria feliz. Foi a sensação mais maravilhosa do mundo, e eu me senti nas nuvens quando ela abriu a boca e encostou sua língua na minha, iniciando um beijo apaixonado, inflamado, e eu não resisti e a abracei com força também, passando as mãos em suas costas, em seus seios, na nuca... mas não ousei ir até a bunda, porque nesse instante, Nguvu estava bombeando seu caralhão na bucetinha dela.
Em outras mesas, também havia casais se pegando, mas vários olhares se dirigiram até aquela cena extremamente erótica. Claudia me beijava como se me amasse loucamente, mas isso era impossível, afinal ela não me conhecia, ela estremecia inteira, ardente de tesão. E aquela energia estranha circulava através de nós dois, penetrando nossos corpos, eu percebia a névoa dourada pulsando fortemente, isso devia significar alguma coisa, mas eu não fazia a mínima ideia do que seria.
Se eu pudesse, ficaria beijando aquela mulher maravilhosa por uma eternidade, mas eu sabia que não seria assim. O Negão estremeceu e urrou quando ejaculou na bucetinha dela:
- UUURRRRGHGGGGGHHHH!!!!
Ele nem esperou que ela gozasse, e tirou seu caralho de dentro dela. Ela continuou abraçada em mim, beijando minha boca.
- Pode parar, Claudia. Já terminei.
Então, ela me agarrou com força, como se estivesse segurando seu orgasmo, em seguida estremeceu inteira, e gozou gostoso, com sua língua entrelaçada com a minha. Senti algo intenso vindo dela para mim, parecia que ela havia feito isso de propósito. Depois, bem devagar, foi se soltando de mim, e ergueu seu corpo, voltando a se sentar em uma cadeira. Mas continuou me olhando docemente. Tive que me controlar muito para não me jogar sobre ela e abraça-la de novo. Olhei para o Negão e para Mistère, disfarçando o máximo que pude, e falei:
- Sua esposa é realmente linda e deliciosa. Você é um homem de muita sorte.
- Sou mesmo, eu sei. Mas não foi fácil.
Mistère segurou no braço dele.
- Cuidado, Nguvu.
- Cuidado com o que? - perguntei, num reflexo.
- Nós mal o conhecemos. É óbvio que não temos intimidade para certos comentários pessoais.
Astra riu.
- Vai ver ela não é tão delicada e dócil quanto parece. As pessoas podem surpreender.
Mistère olhou para a minha amiga, e sorriu, como se ela tivesse livrado os dois de alguma situação embaraçosa. O que poderia ser?
Notei que Nguvu e Mistère se afastaram um pouco, e pareciam discutir. O que teria sido difícil para Nguvu? Conquistar Claudia? E por que falar sobre isso seria impróprio?
Mas, como eles estavam um pouco longe, e Astra parecia estar prestando atenção neles, aproveitei e escrevi algo rapidamente em um guardanapo, e coloquei na mão de Claudia, que me olhava com aquela expressão indescritível, e, enquanto ela fechava a mão, fiz um sinal de silêncio. E foi bem a tempo, porque Nguvu e Mistère já voltavam. Aproveitei e, antes deles tomarem a iniciativa, falei:
- Bem, foi um prazer conhecê-los e à linda Claudia, mas temos que ir. Eu e Astra ainda temos coisas a fazer, não é mesmo?
Astra me olhou de um jeito sacana, e assentiu com a cabeça.
Cumprimentei os homens, depois a bela moça. Claudia parecia triste, mas quando ela me olhou nos olhos, pisquei e sorri, esperando que os outros não notassem. Ela sorriu.
Fomos saindo, e quase ao mesmo tempo, os três também vieram em direção à porta. Então ouvi Nguvu falando:
- O que é isso na sua mão?
- Nada, usei o guardanapo para limpar, sabe... e jogou o papel na cestinha de lixo ao lado.
E agora? Será que ela havia tido tempo de ler o que eu havia escrito?
CONTINUA