Ela se ajoelhou e levou as mãos em direção à braguilha de minha calça. Mas eu segurei as mãos dela.
- Claudia, você não precisa fazer isso.
Ela ficou me olhando, ainda de joelhos.
- Você não quer ser chupado por essa linda mulher?
- Não vou dizer que não gostaria de ter essa boca maravilhosa chupando e lambendo meu cacete, e eu realmente não me importaria que isso fosse em público, mas não creio que seja oportuno agora.
Ele pareceu contrariado.
- Claudia, sente no sofá e se masturbe!
Ela se levantou e tentou fazer o que ele havia ordenado, mas eu a abracei com suavidade.
- Não faça isso. Você não precisa fazer isso.
- Estou mandando, Claudia!
Ela olhou para ele, depois para mim.
- Sou eu quem dá as ordens aqui! Faça o que estou ordenando!
Continuei abraçado a ela, e falei:
- Chega, Nguvu. Deixe-a em paz. Não vai conseguir nada com isso.
- Ela não é sua. Você é apenas um homem perturbado mentalmente, não faz ideia do que está acontecendo realmente. Solte-a, ela tem que me obedecer!
- Engano seu. Eu não estou perturbado coisa nenhuma, e eu sei que você está usando a energia sexual dela para alterar a realidade. E precisa de mim por perto, para que essa energia se manifeste através de nossa dualidade.
Nguvu me olhou com ar surpreso.
- De onde você tirou essa ideia? Isso é absurdo!
- Não há nada de absurdo no que eu falei. Não vou dar detalhes de como eu cheguei a essa conclusão, mas não vou ajudar vocês a conseguir energia para o que quer que estejam tramando.
Regina ouvia tudo, sem dizer nada. Ela segurou forte nos meus braços, como que para não deixar que eu a soltasse. A sensação do corpo dela, completamente nu, colado ao meu, era intensa. Então, sem querer, notei que aquela névoa dourada estava nos envolvendo. Sem querer, estávamos nos excitando, e amplificando aquela energia. Se ao menos eu soubesse como canalizá-la para alguma coisa...mas eu não fazia ideia. Talvez pudesse fazer uma criação mental, visualizando alguma coisa. Eu cheguei a ler alguma coisa a respeito, mas não conseguiria nada, não neste estado de stress.
A energia passou a circular à nossa volta. Nguvu observava, não sei de que maneira ele tentaria absorver aquela energia.
De repente, me veio à mente uma sucessão rápida de imagens, como um filme passando em alta velocidade. E senti que já havia visto isso antes, que era algo importante, isso me distraiu. Então, Claudia se virou rapidamente e me beijou de um jeito apaixonado. Ela me olhou bem nos olhos, como se estivesse lembrando de alguma coisa. A névoa dourada foi ficando mais densa ao nosso redor, e notei que as coisas pareciam estar mudando em volta. Os móveis da sala pareciam mudar de forma, algumas coisas de dissolvendo como em uma pintura de Salvador Dali.
O Negão estava com os olhos bem abertos, parecia assustado. E mesmo ele parecia estar distante e perto ao mesmo tempo. Olhei para Claudia novamente, ela sorria. Foi abrindo vagarosamente os botões da minha camisa, e acariciou e beijou meu peito.
- Meu amor!
Nisso, senti algo picar minha nuca. Em seguida, notei Astra, que espetou o braço de Regina com uma agulha. Devagar, tudo começou a escurecer.
Enquanto eu ia apagando, vi novamente as imagens, e tentei fazer com que desacelerassem. Enquanto o “filme” passava, fui me lembrando de tudo. Mas de tudo mesmo, desde o início, como se meu inconsciente tivesse, nesse período, juntado todas as peças de um quebra cabeças, formando imagens em sequência depois.
Tudo começou quando Claudia resolveu se exibir nua para o Walter, nosso amigo de muitos anos, logo que descobriu seu fetiche de exibicionismo. Ela se exibiu algumas vezes para ele. Depois, ela resolveu ajudar um outro amigo, o Dênis, que era virgem e supostamente assexuado, se passando por sua namorada em uma festa. Dênis depois nos convidou para ir a uma Pousada, onde ela se passaria novamente por namorada dele, e eu como seu primo.
Aí é que as peças foram se juntando: Tanto Walter como Dênis eram membros da mesma Irmandade, e um deles percebeu a energia sexual da minha esposa. Ou os dois, quem sabe? O fato é que Claudia brigou com Dênis porque ele queria dominá-la (ver os contos anteriores) . Assim, sobrou para Grasiela a tarefa de nos convidar para retornar lá, desta vez com pessoas selecionadas, segundo ela disse, algo que não dei atenção na época.
Logo em seguida, começamos a perceber que estávamos sendo observados por um carro de luxo e depois por uma mulher estilosa em uma Harley-Davidson (que mais tarde ficamos sabendo que era a Sacerdotisa Astra). Quando chegamos na Pousada, logo que fomos ao Restaurante, as pessoas presentes repararam na onda de energia que percorria o corpo dela, inclusive passando a mão e a acariciando, certamente sentindo essa energia. E Hector, no dia seguinte, fez uma longa explanação sobre centros de energia, Chakras, energia psíquica e sexual, que a nudez de Claudia permitiria que a energia circulasse mais livremente.
Foi aí que Grasi a levou para montar em Apolo, o cavalo “Akhal Teke” de pelo dourado, com um plug vaginal e outro anal dentro dela, sem sela ou arreios, ou seja, com a pele dela diretamente em contato com a do animal. A excitação de estar nua em público, mais os plugs e os movimentos rítmicos fizeram com que ela tivesse vários orgasmos, revelando a existência da “nuvem de energia dourada” que provocou espanto nos espectadores. Ficamos sabendo sobre a Confraria de Godiva, e Claudia seria uma “encarnação” dela.
Mas eu e Claudia estávamos indecisos, e decidimos “dar um tempo” nas idas à Pousada. Curiosamente, nosso amigo Walter apareceu logo em seguida, para pedir uma ferramenta emprestada. Agora era óbvio o motivo, para manter a energia dela em alta.
Então, resolvemos retornar à Pousada, Claudia queria ver Apolo ( que havia sido dado a ela por Grasi e Hector) e aproveitar para se exibir. Coisas estranhas começaram a acontecer. Quendo chegamos lá, a Pousada parecia diferente, e quem nos recebeu foi o Sr. Estemir ( Meister, como soubemos depois). Nguvu apareceu logo em seguida.
Outra peça do quebra cabeças: havíamos pensado que as diferenças na Pousada poderiam ter sido feitas de propósito, mas já eram evidência de uma Realidade Paralela, onde Meister e Nguvu controlavam a Pousada, e não Hector e Grasi. Lá, Estemir/Meister explicou que a Confraria fazia parte de um grupo de Ordens e Irmandades, que teriam sua sede no Mosteiro que ficava no alto do morro.
Nesta outra Realidade, Claudia passou por um Ritual em um Círculo de pedra, onde sua enorme energia ficou ainda mais evidente. E ficamos conhecendo o tal “Líquido Dourado” que era entorpecente e afrodisíaco. Depois do Ritual, um Hierofante colocou em minha esposa um plug em seu cuzinho e um vibrador em sua vagina, uma gargantilha dourada em seu pescoço e uma tornozeleira em seu pezinho direito.
Percebi então que as pessoas que passavam as mãos nela depois dos orgasmos estavam absorvendo parte de sua energia, talvez para usarem mais tarde em outros rituais. Um tipo de “vampirismo psíquico” que nem imaginávamos que pudesse existir.
Depois que Claudia recebeu um “banho de esperma” de Nguvu, voltamos novamente ao Círculo de Pedra, onde coletaram todo esse material e guardaram em um frasco, onde desenharam um Sigilo.
Isso tinha a ver com a Magia do Caos!
Quando retornamos à nossa casa, encontramos novamente com Grasi, que nos disse que a pousada onde Meister e Nguvu estavam ficava em um plano paralelo, que eles haviam percebido a energia de minha esposa e aberto um portal para passarmos. E foi aí que ela nos contou que poderia ter sido desencadeada uma sequência de eventos que poderia ser catastrófica, pois a Magia Sexual era capaz de alterar a Realidade em vários níveis. E que “alguns portais haviam sido abertos”. Que portais? Isso ainda estava obscuro.
O “filme” continuava passando, revelando mais e mais coisas. Eu ia lembrando de tudo, mas agora com uma percepção diferente, as coisas se encaixavam perfeitamente!
Resolvemos, depois disso, esquecer de tudo e não pensar mais na Pousada ou Apolo, mas então Walter apareceu de novo para devolver a ferramenta, e acabou revelando sua provável ligação com a Irmandade. Claudia decidiu investigar qual seria essa ligação, e se teria sido ele ou Dênis a informar Hector e Grasi sobre nós.
Acabamos encontrando Walter em um barzinho de Rock, e lá – claro que não era coincidência – estava um tal Sr. Steimer ( que era Meister com sua mania de anagramas). Lá, ele disse que “algumas coisas requeriam uma grande quantidade de energia”. Lá pelas tantas, os dois passaram a acariciar Claudia, e acabaram sendo atingidos por descargas elétricas emitidas por ela.
Tentamos novamente ficar distantes de Ordens e Irmandades. Mas Claudia estava curiosa. Além de pesquisar sobre Ordens e Irmandades, ela leu sobre a relação entre Tantra e energia sexual, e fez uma massagem com uma amiga nossa, a Lê, onde sua energia praticamente explodiu, revelando que seus centros de energia estavam todos desbloqueados. A energia dela fluía livremente, principalmente quando estava completamente nua.
Por acaso, um jardineiro que trabalhava em nossa casa reconheceu o carro e a moto que nos espionavam, ele já havia trabalhado na Pousada e no Mosteiro, detalhando algumas coisas que havia visto por lá, inclusive o fato de controlarem as pessoas, deixando-as como “zumbis”. Claro que decidimos novamente abandonar a ideia de conhecer a tal Irmandade.
Foi então que uma colega de trabalho nos deu um par de ingressos para uma peça de Teatro. Já no início, o cenário mostrava o mesmo Círculo de Pedra da Pousada. Depois, a atriz fez explanações sobre a escolha entre levar uma vida normal e insossa, ou percorrer outras estradas, algumas perigosas. A seguir, convidou a plateia a subir ao palco, onde ela mediu a energia das pessoas, e, quando chegou em Claudia, fez um sinal e ela foi agarrada e presa em correntes, tendo suas roupas rasgadas, ficando nua. Eu estava na plateia sentado, também me amarraram. E fiquei sabendo de um líquido chamado “Léthê” que afetava a memória de quem o bebesse.
Enquanto Claudia estava nua e acorrentada, apareceu Nguvu , que dançou ao redor dela, antes de tentar penetrar o cuzinho dela.
Foi nesse momento que descobri minha habilidade de “parar o tempo”, e consegui soltar minha esposa antes que Nguvu a penetrasse.
Depois disso, estava decidido que ficaríamos fora desses assuntos esotéricos, ficando com coisas mais físicas mesmo, como um barzinho de Rock ou mesmo um clube de Swing. E um amigo nos indicou para um “Clube Secreto” onde apenas pessoas selecionadas participariam.
Então, fomos a uma ala exclusiva de um Motel de luxo ( ver “O Clube Secreto parte 2”), onde notaram a gargantilha e a tornozeleira de Claudia. E isto deve ter desencadeado o que aconteceu depois. Como é que eu não havia pensado nisso ?
Quem notou os adereços que ela havia ganho na Pousada informou Meister, que usando o nome de “E. Rimster” nos convidou para uma festa em sua Mansão. Animados com as brincadeiras sexuais, nem notamos quando pediram que ela fosse com a gargantilha, a tornozeleira e os plugs anal e vaginal. Devíamos ter desconfiado!
Mais ainda: novamente, mencionaram a energia dourada...e Rimster comentou sobre a energia sexual em alta intensidade que Claudia emitia. Devíamos ter reparado na bebida dourada igual à da Pousada também. Pior ainda, ela foi colocada sobre um círculo mágico, com o “Símbolo do Caos”. Tudo estava relacionado! Quando a energia dela estava em um nível bem alto, Meister chupou o cuzinho dela com muita intensidade, absorvendo o máximo que podia. Quando consegui interromper o que ele estava fazendo, e soltando Claudia , ele novamente mencionou os “Mestres do Caos” ( ver “O Clube Secreto parte 5”).
Em seguida, quando pedimos para voltar para casa, fomos drogados e levados ao Mosteiro, onde conheci Astra, e Nguvu foi colocando plugs anais de tamanhos maiores em minha esposa. Entre várias peripécias, Meister e Astra ficaram em coma, e acabamos sendo dopados com a “Burundunga” e ficamos cara a cara com Xulhutu, a criatura mítica de outra dimensão, que estava aprisionada em um fosso, no porão mais profundo do Mosteiro.
Veio então a revelação final: Os planos paralelos onde a Pousada de Hector e Grasi e a de Meister/Nguvu, e os respectivos Mosteiros, estavam ligados por portais criados pela energia de Xulhutu, pelo Mago que o havia aprisionado!
Uma vez que a criatura foi libertada com a energia de Claudia, esses portais ficaram instáveis, e , embora Nguvu tenha empenhado sua palavra que ele iria nos deixar ir para casa finalmente, Meister e Astra o convenceram que seria necessário alterar nossa Realidade para que eles pudessem usar a energia de minha esposa , que potencialmente era maior que a gerada por Xulhutu em seu estado enfraquecido por séculos de aprisionamento.
Mas como eles conseguiram isso? Fiquei sabendo a seguir.
Depois de termos aberto o portal que libertou a criatura, Nguvu disse que poderíamos retornar à nossa casa, só que certamente fizeram algum ritual usando a Magia do Caos e a energia que ainda restava no local para alterar a Realidade, criando a situação em que nos meteram.
Só que a energia não foi suficiente para criar algo estável e permanente, já que havia sido levada em grande parte através do Portal que levava à dimensão de Xulhutu. E foi por isso que pediram a Astra para me levar e encontrar Claudia.
Então, o “filme” terminou.
Acordei em um lugar muito estranho. Era um salão bem moderno, eu poderia dizer futurista, cheio de equipamentos, parecia o interior de uma nave espacial, como em “jornada nas Estrelas”. No centro, havia um “X” de metal, onde Claudia estava, com os braços e pernas abertos, presos por pulseiras. No teto, e no piso abaixo dela, dois círculos mágicos. Ela parecia em transe, o olhar fixo no teto.
Havia fios saindo das pulseiras, e pude entrever o que pareciam ser plugs conectados à bucetinha e ( talvez) ao cuzinho dela.
Eu estava sentado em uma cadeira, bem próximo de Claudia, mas fora dos limites dos círculos mágicos. Meus pés e mãos estavam presos por correias metálicas aos braços e pernas da cadeira, e havia um dispositivo que envolvia meu cacete, parecia um daqueles masturbadores que se vê em sex-shops.
Em uma das paredes, havia um grande painel cheio de controles, e um pouco acima, uma grande tela de tevê. Na frente do painel, mexendo nos botões, havia um homem, que eu nunca havia visto antes. Ouvi a voz de Nguvu dizendo:
- Esse é o Doutor Eldon. Talvez você tenha ouvido falar em “Tecnomagia”. É o que está sendo feito aqui.
CONTINUA