Ricardo deixa Lourdes na esquina do apartamento de Gustavo, não queria gerar comentários e fofocas, eras quase oito horas, estava exausto, doido para chegar em casa e descansar, Lourdes deu uma canseira nele.
— Tchau! Ricardo, vá descansar. — Ela o beija.
— Ok vou mesmo, estou um caco. — Ele fala rindo, retribuindo o beijo de Lourdes.
— Bom dia Sr. João — Lourdes fala com o porteiro, que perecia cochila.
— Bom dia Lourdes, como passou a noite. — Ele fala com certa malícia, abrindo o portão do prédio, reparando que Lourdes estava com a roupa da noite passada.
— Muito bem! Sr. João. — Ela sobe rápido, aquele velho agora ficará ciscando na sua área, não daria nem no couro, ela ria pensando se referindo ao porteiro.
Procurou só agora uma blusa na bolsa para disfarçar, caso encontrasse Lorena pelo caminho. Abriu a porta com cuidado, se batendo de cara com o satanás em pessoa.
— Bom dia, dona Lorena. — Ela diz vendo Lorena dando uma geral na sala que estava um caos.
— Bom dia Lourdes, tudo em paz? — Ela puxava o sofá, que saiu do lugar quando recebia o sobrinho.
Lourdes vai para o quartinho de empregada muda a roupa, resolveu tomar um banho, lavou a boca, sentia o cheiro e gosto de sexo, ainda bem que Lorena não percebeu, ela achou.
Saiu do banho, e já pegou uma vassoura.
— Calma Lourdes, vá tomar um café, vou pegar uma coisa para você — Lorena diz entrado no quarto.
Lourdes fica olhado ela entrando no quarto.
— Veja não é linda esta bermuda, esta blusa — Lorena mostrava uma bermuda preta e a blusa azul, lidas e caras.
— Obrigado Dona Lorena, mas não precisava — Ela diz.
— Precisava sim, aceite — Ela estava decidida
— Dona Lorena, sobre ontem… — Ela queria falar sobre os beijos delas, estava sem jeito de falar.
— Lourdes, esqueça isso por agora, nada aconteceu ok? — Ela diz pegando no seu queixo.
— Ok. — Conseguiu responder, nais aliviada, sentido os dedos quentes de Lorena.
— Me chame de Lorena viu? Vou me sentir bem melhor! Não sou tão velha assim, e vejo você como uma amiga. — Lorena diz com firmeza.
— Está certa, Lorena, Obrigado pela consideração. — Lourdes estava se abrindo com Lorena, vendo aquela mulher com outros olhos, chegou a se arrepiar.
— Somos mulheres adultas e sabemos o que queremos, precisamos viver Lourdes — Ela fala rindo indo pro quarto rebolando.
— Gustavo ainda dorme? — Lourdes pergunta olhando a bunda de Lorena.
— Acredito que ele saiu cedo, deve ter ido pedalar, a bicicleta não está no lugar. — Lorena fala sem olhar para trás, mas sabia que Gustavo estava com vergonha pelo que aconteceu entre eles, mas não iria contar nada para ela, não era necessário.
No outro lado da cidade.
Aroldo tomava café em casa, sozinho, iria conversar com Dona Neide, mãe de Lourdes, aquela situação de Lourdes dormir no trabalho estava lhe incomodando.
— Bom dia, dona Neide — Ele diz
— Bom dia Aroldo, tudo bem? — Dona Neide diz abrindo a porta da casa.
— Jr. ainda dorme? — Ele pergunta.
— Sim, — Ela responde — Quer um cafezinho? Aroldo.
— Não, tomei agora um. — Ele falar meio nervoso.
— Fale Aroldo. — Ela diz, sentando com um café quente na mão.
Ele explicou toda situação a Dona Neide, falou estar até pensando em se separar de Lourdes, pois não estava se dando bem com ela, ele nem imaginava das coisas que ela fazia.
Não era esta a questão, era a vontade de morar no interior com os pais dele, abri um negócio, uma coisa para trabalhar para ele, até ajudar o pai que tinha uma pequena padaria.
— Olha Aroldo, acho legal sua ideia, mas você tem que conversar com Lourdes, você conhece Lourdes, ela é cabeça dura.
— Ontem sai com uns colegas e cheguei tarde, ela não estava em casa. — Aroldo fala.
— Ela me ligou e disse que iria dormir no trabalho, eles tinham uma reunião, uma coisa assim, foi isso. — Dona Neide tentar acabar a conversa.
— Tá certo, hoje quando ela chegar vamos resolver isto, sem brigas, prometo. — Aroldo se levanta e vai embora.
— Tomara, tomara. — Dona Neide fica pensativa.
Gustavo chega em casa desconfiado, não poderia ficar se escondendo do que já aconteceu, guardou a bicicleta, viu Lourdes lavando a cozinha.
— Bom dia Lu. — Ele fala querendo mostrar normalidade.
— Bom dia seu Gustavo. — Ela fala sem levantar as vistas.
— Cadê minha tia, hoje ela não trabalhar né? — Ele diz meio sem jeito.
— Ela saiu dizendo que iria à praia dá uma volta e que não viria almoçar — Lourdes diz, pegando o balde com água suja.
— Ok, não vou te empatar, trabalhe tranquila. — Ele diz satisfeito por a tia estar na rua, iria tentar dormir, estava pensando no acontecido.
Delicia de sonho!