Sonho Insólito -Décima Parte-Lourdes é abandonada pelo marido.
No fim da tarde, Lourdes estava esgotada, praticamente não descansou, lembrou da noite espetacular que teve com Ricardo, agora teria de ir para casa e aturar Aroldo, o marido.
Gustavo ainda dormia, a porta principal se abre e Lorena chega.
— Já vai?-Ela pergunta.
— Sim, dona, digo Lorena.- Lourdes fala rindo, notou que Lorena estava um pouco alta, bebeu na rua.
— Dei um passeio, precisava respirar, fui ao Centro e gastei mais dinheiro, e tomei umas duas, da para notar? — Ela fala rindo, mostrando uma sacola de compras.
-Ok! Quer algo? — Ela pergunta a Lorena.
— Não, pode ir segunda conversamos. — Ela vai para o quarto.
— Até segunda, bom final de semana. — Lourdes abre a porta da rua.
— Lourdes, ia esquecendo, Gustavo está em casa?
— Sim, deve está dormindo. — Lourdes fala fechando a porta.
Lorena vai tomar um banho, e por curiosidade abre a porta do quarto do sobrinho, ele dormia, estava só de cueca, onde mostrava um volume tentador, ficou olhando.
Mas saiu do quarto sem fazer barulho, se tivesse de acontecer de novo, seria sem pressão, sem efeito de bebidas.
Tomou banho, depois comeu umas bananas-da-terra que Lourdes deixou já preparadas, tomou um cafezinho e se recolheu desta vez ela fechou a porta do quarto.
Deitou e ficou pensando nas coisas que aconteceram entre ela e o sobrinho, foi gostoso de mais, Gustavo fodia bem, seu medo de ser transferida de novo do Banco, e os beijos com Lourdes ela tem um boca quente e ainda teve Ricardo, com seu pau enorme, pegou no sono, dormiu a noite toda e Gustavo também.
Já em casa, Lourdes encontra com o marido com a cara fechada.
— Oi! — Ela fala entrando em casa- Cadê o Jr.?
— Oi! Está na casa de sua mãe. — Aroldo diz olhando para a esposa.
— Vou buscar ele...- Ela fala
— Agora não, precisamos conversar Lourdes. — Aroldo fala calmo.
— Aroldo, estou cansada, o que foi agora?
— Você acha certo este seu trabalho? — Ele fala se levantando do sofá.
— De novo está conversa, é meu trabalho, precisei ficar. — Ela diz lembrando-se dela, no motel com Ricardo.
— Eu sei, mas você assinou algo sobre dormir no trabalho, ganha horas extras? Você é casada e tem um filho para cuidar.
Lourdes admitiu que ele tinha até razão, mais a coisa estava gostosa, lembrou dos beijos com Lorena.
— Fale Lourdes. — Aroldo tira Lourdes dos seus pensamentos eróticos.
— Não sei o que falar, gosto do meu trabalho e não posso perdê-lo.- Lourdes fala pensando que achou a saída.
— Então você vai continuar acreditando que está certa? — Aroldo diz.
— Não sei Aroldo, estou cansada, esta conversa não vai a lugar nenhum. — Ela diz indo na cozinha pegar água.
— Então Lourdes amanhã pela manhã, eu vou embora.
— Como assim vai embora?- Lourdes aparece na entrada da sala.
— Isso que você ouviu, vou te deixar, depois resolveremos a questão do nosso filho, assim é que não pode continuar. — Aroldo olhava pela janela as pessoas passando na rua.
— Você que sabe, eu vou tomar um banho e pegar Jr. — Ela diz, tirando a roupa, e entra no banheiro.
Aroldo se sente humilhado e resolve ir embora naquele momento, entra no quarto enquanto ela estava no banho, pega algumas roupas coloca numa mala velha e sai sem ela perceber.
— Aroldo! Aroldo! — Lourdes sai do banho procurando o marido, e nota o guarda-roupas aberto e revirado. — Já vai tarde, seu corno. — Ela diz baixo.
Lourdes corre até a casa da mãe:
— O que aconteceu? Aroldo esteve aqui com uma mala e conversou com Jr. quase nem falou comigo. Saiu rápido. — A mãe dela fala.
— Disse que iria embora, e Jr.? — Lourdes entra no quarto e vê ele chorando.
— Jr. fique calmo, papai foi viajar a trabalho e volta depois, você vai vê. — Lourdes tentava consolar o filho, prometendo sair com ele no domingo, iria ao parque.
Dona Neide ouvia tudo calada, mais sabia que as coisas iriam piorar para ela também, fazer o quê? No domingo Lourdes passou o dia todo passeando com o filho, para não ficar triste,
Ele parecia melhor, mais conformado, ela também sentia a falta do marido, gostava dele, mas também de umas escapulidas, não se abateu, e para aquela vizinhança fofoqueira, seria um prato cheio, mas acreditava que o marido voltaria.
Sonho Insólito — Decima primeira parte — O aniversário
Segunda-feira amanheceu chovendo bastante, a rotina voltava, Lourdes levou Jr. para a casa da mãe, nem se falaram direito, deu um beijo no filho e na mãe, seguiu para o ponto do buzu debaixo de chuva mesmo.
O porteiro do prédio. Sr. João correu para o portão, levando um guarda-chuva para proteger Lourdes da chuva.
— Bom dia Lourdes. — Ele diz abrindo o guarda-chuva.
— Bom dia Sr. João.
— Assim você pega um resfriado brabo. — Ele falava se encostando nela.
— Verdade — Ela sorrir, sentindo os braços dele em sua cintura.
— Pronto agora está protegida. — Ela fala olhando ela toda.
— Obrigada. — Ela estava em pé esperando o elevador. Sr. João voltava para seu posto, sempre voltando a cabeça e sorrindo para ela.
Ela pegou o elevador, ficou pensado se o Sr. João dava no couro, era educado e simpático, quem sabe faria uma caridade para ele, deu uma gargalhada estrondosa, a porta se abriu e Gustavo vinha entrando.
— Bom dia Lourdes, é você que está de gargalhada em plena segunda-feira chuvosa.
— Bom dia, é que me lembrei de uma piada. — Lourdes fala segurando a porta para Gustavo. — Bom trabalho.
— Pra você também Lourdes. — Gustavo diz.
Ficou olhando ela toda molhada, a calça preta colada no corpo desenhava sua bunda, ele nunca tinha reparado, Lourdes era bem gostosa, agora queria comer sua empregada também, não bastou a tia na sexta, sorriu.
Lourdes notou os olhares de Gustavo, mas não deixou de rebolar, ele era seu patrão, e dai? Abriu a porta era melhor ir trabalhar.
— Bom dia Lorena, será que cheguei cedo demais ou todos estão atrasados? — Lourdes brinca vendo Lorena lendo uma revista.
— Bom dia Lu, encontrou Gustavo não foi?-Lorena diz olhando pra ela.
— Sim!
— Queria falar com você, mas vá tirar está roupa molhada. — Lorena reclama.
Lourdes vai pra seu quartinho, tira a roupa, e fica imaginando o que ela queria, colocou uma roupa seca e voltou para sala.
— Estou ouvindo. — Lourdes fala apreensiva.
— Fica tranquila, é que sexta-feira, é o aniversário de Gustavo, quero fazer uma surpresa para ele, organizaremos as coisas durante a semana sem ele perceber, fechado Lu?
— Ok. — Ela responde
Os dias passaram rápidos, todos executando suas tarefas, Gustavo trabalhando normalmente, mantinha um contato com a Tia Lorena amistoso, não falaram mais pelo acontecido.
Lorena pela mesma forma, preocupada com o aniversário do sobrinho, ainda tinha sua transferência para uma filial do banco em Goiânia, estava quase certa sua ida.
Lourdes também tinha seus problemas em casa, o marido Aroldo não deu mais notícias, não que ela estivesse sentindo falta dele, mais pelo filho que todo dia perguntava pelo pai, e Dona Neide reclamando estar cansada… O porteiro Sr. João sempre dando umas tacadas e olhadas pra ela, ela só ria.
Ricardo estava bem no trabalho, estava pensando em comprar um carro de segunda mão, queria contar tudo para Gustavo sobre sua desconfiança sobre sua “Tia” naquela noite estranha.
Mas não tinha certeza de nada, iria esperar um melhor momento, logo agora em cima do aniversário dele, poderia estragar tudo, era melhor ficar quieto, aguardar os acontecimentos, ainda tinha Lourdes que ela queria dar mais umas ferroadas.
Roberto Ornelas