Faturou o cuzinho da gostosa

Era tarde da noite e Roberto andava de moto pelas ruas da cidade. Ele estava prestes a chegar no bairro onde morava quando, de repente, algo vindo do céu caiu bem na frente da Honda, alguns centímetros perto do pneu.

O susto fez o rapaz acionar os freios. A freada brusca levantou o pneu traseiro e Roberto quase foi arremessado para longe.
Ofegante e com o coração acelerado, Roberto tirou o capacete e desceu da moto.

Com passos lentos, tal e qual um homem pré-histórico se aproximando pela primeira vez do fogo, Roberto se aproximou do objeto que veio do céu. O queixo do rapaz quase despencou no asfalto quando viu que não se tratava de um objeto.

- Puta merda. É uma mulher! - Ele disse. A voz soou alta na rua deserta.

Roberto olhou para cima suspeitando que ela se jogou - ou foi arremessada - da janela de algum prédio.
Impossível. Ela caiu bem no meio da rua, distante de qualquer janela.

A desconhecida, de pele pálida e completamente nua, caiu em uma posição capaz de causar inveja ao mais hábil dos contorcionistas.

O braço esquerdo estava dobrado para cima e o direito para baixo, como as pontas de uma suástica. A sola do pé esquerdo foi parar a centímetros do nariz e o pé direito deu uma volta igual ao do Curupira.

Roberto pensou em levar a coitada para o hospital, mas ao observar as fraturas e o modo como ela aterrisou no asfalto, torceu para que estivesse morta.
Mas quando viu a moça abrir os olhos, Roberto cobriu a boca para segurar um grito.

De repente a jovem endireitou os pés e, diante de uma sinfonia de ossos estalando, ela apoiou os braços no chão e ficou em pé.

O motoqueiro não conseguia acreditar no que os olhos estavam mostrando. Ela estava viva, bem de saúde, balançando os longos cabelos castanhos e ostentando uma bunda que era um convite à safadeza.
- Você quer comer o meu cu? - A moça perguntou.

Roberto tentou responder alguma coisa, mas era informação em excesso para o cérebro processar. Primeiro a gostosa caiu do céu, colou os ossos e depois quis dar o toba.

- Se você comer o meu cu agora, alguém que você não conhece vai morrer nesse exato momento.
- Moça, olha só eu…
- É sim ou não? - A gostosa insistiu.

Roberto ficou mudo. Faturar um cuzinho apetitoso iria matar alguém que ele não conhecia. Como morrem desconhecidos a cada segundo, o rapaz praticamente gritou “sim” no meio da rua.

A moça pegou Roberto pelo braço e o levou para um beco ali perto. Ali, em meio a latas de lixo e sob uma iluminação precária, a guria apoiou as mãos em um muro e empinou a deliciosa bunda para o rapaz...

Serviço feito e com um sorriso nos lábios, Roberto levantou a calça e fechou o zíper. A moça ergueu os braços para o céu estrelado e ameaçou levantar voo.
- Ei, espera aí, para onde você vai?
- Agora vou dar o cu para alguém que não conhece você. - Ela disse antes voar e sumir entre os topos dos prédios.