Isso era pra ser uma carta de despedida, não mais uma de desculpas e dores.
Mas eu ainda não sei como me despedir de você, como te dizer adeus!
Eu só queria estar com você agora, mas eu tenho esse dom de estragar tudo.
Doí tanto que se me cortar um seio eu não vou sentir.
Se por acaso você chegar a ler isso, irá pensar “como ela é dramática”.
Meu bem já passou de drama, de dor, é um um cisco no olho que não quer sair e de tanto eu cutucar, choro, mesmo sem querer, eu choro.
Passei a noite toda pensando o que eu poderia te dizer, mas já não tenho palavras.
Não tenho nada que exista na linguajar afetivo para te dizer e eu sinto muito por isso.
Sinto na pele, no quarto, nas paredes, nos lençóis do leito, sinto com os olhos, com as palavras.
Talvez isso passe, mas eu estou com as mãos vazias, com o coração carregado.
Quero te dizer, que eu te deixo ir, que eu me perdoo por tudo que te ofereci e usastes.
Queria te dizer que eu me desculpo por todas as vezes que você me fez gozar chorando.
E você, gozou alguma vez? Ou apenas ejaculou em mim?
Que me perdoou por todas às vezes que te permiti usar-me como a uma puta rampeira, comendo-me sem o menor resquício de hombridade?
Eu me perdoo!
Perdoo-te também por não me amar.
Perdoo por todas as vezes que te amei de mais, e você me amou de menos.
Mas não me perdoo por ter te perdido assim.
Não me perdoo por ter te deixado ir, por não ter feito diferente, por ter-me dado sem reservas.
Não me perdoo por não saber como te ter de volta.
Beijo!
Gatinha, não sei se é um conto ou uma carta real a alguém, mas o que posso dizer é que você se doou o máximo que pode por ele, talvez até mais do que pode, viveu por ele, mas se ele não deu o valor que você merece, quem perdeu foi ele, tenho certeza que vai encontrar alguém que te mereça e de a você o seu devido valor. Você é gata, uma super gata.