DOMINAÇÃO DOS MUNDOS - A EVOLUÇÃO
Depois inseminar dez terráqueas, os xelens analisaram os efeitos daquela experiência sobre elas e o seu espécime responsável pelo ato sexual. Inicialmente as mulheres foram colocadas separadas em algumas salas no laboratório da Lua. Nuas, recebiam toda a alimentação necessária para passar os dias e, também, passaram por uma análise frequente dos aliens, que acompanhavam e torciam pelo desenvolvimento de seus descendentes.
Por três meses, todas elas não conseguiram fazer nada além de acompanhar o processo presas ao seu próprio corpo. O medo, nos primeiros dias, deu lugar para a necessidade de sair daquela situação, depois, à raiva pela enganação que os xelens provocaram ao longo das centenas de anos junto aos humanos e, por fim, a frustração e o desejo de acabar com aquilo. Embora tivessem sido abusadas logo nos primeiros instantes, não passaram por nenhuma outra forma de assédio. Quando tinham vontade de se alimentar ou dormir, por exemplo, os xelens não se contrariavam até porque, para eles, o que lhes interessavam eram os novos seres em evolução dentro delas.
Os xelens aproveitavam a situação para analisar outras formas de interferir na mente dos humanos. Enquanto estavam imóveis e eram controladas por eles, passaram a ver como poderiam enganar os humanos sem ter interferência direta e também criar situações embaraçosas. Durante o primeiro estágio, deixaram claro para elas que seriam apenas futuras mães de seus filhos, algo que tranquilizou um pouco algumas delas. Uma chegou a desenvolver um certo interesse romântico pelos xelens e pareceu ter gostado de toda a situação, algo que foi novidade para eles e que, por isso, passaram a trabalhar sua mente com mais cuidado. Afinal, seria muito mais fácil para eles que quem estivesse ali cultivasse alguma forma de admiração aos seus detratores.
A gestação iniciou bem e foi evoluindo dentro da normalidade. Porém, uma das mulheres demonstrou complicação a partir do segundo mês. Tratava-se de Joana, uma mulher de 27 anos que tinha um físico muito pequeno, comparado com as outras mulheres levadas pelos xelens. Ainda tentaram fazer algo para preserva-la, mas acabaram tendo a infelicidade de perdê-la. Das outras nove restantes, quatro apresentaram quadro de complicação, duas tiveram alguns incômodos e apenas três pareciam passar pelo processo normalmente.
Rapidamente identificaram que o comportamento mental delas afetava a evolução. Eles conseguiam controlar o corpo, mas não conseguiam "desligar" os sentimentos e o piloto automático pelo qual a mulher passava e, isso afetava diretamente no objeto de desejo deles. Ao final, apenas duas tiveram filhos e ambas viram que eles não tinham nada humano, os xelens tinham encontrado o que tanto queriam. O problema é que após os nascimentos, nenhuma mulher conseguiu sobreviver. Seus rebentos sugavam muitos nutrientes para desenvolverem-se e isso lhes causou novas preocupações.
Com os dados coletados, identificaram o biotipo necessário para satisfazer suas vontades. Passaram também a observar de perto como seria o desenvolvimento dos novos xelens. Comunicaram Équis sobre o que tinha ocorrido e viram que seu reprodutor não tinha sofrido nenhuma alteração genética ou carregado alguma doença que lhe tirasse a fertilidade. Além disso, 100% das primeiras mulheres haviam engravidado, o que os deixava bastante satisfeitos com o resultado.
Enquanto isso, na Terra, os humanos passaram a fazer uma espécie de memorial para as mulheres que partiram. Ao saber disso, os xelens logo interviram e tentaram usar as novas habilidades de convencimento de forma furtiva. No entanto, por não atingirem toda a multidão da tribo, os poucos que se apresentavam contra os memoriais, não eram levados a sério pelos demais e acabavam presos ou mesmo mortos. Os xelens então observaram o comportamento de insurreições e passaram a descobrir formas mais eficazes de tornar tribos rivais umas das outras ao dividir o grupo de humanos e instiga-los a ser contra a crença da maioria.
Para este problema, foi necessário a vinda antecipada dos xelens para por ordem à situação. Eles não queriam vestígios das mulheres que partiam com eles e então colocaram regras a respeito disso. Também aproveitaram para levar outras dez mulheres com eles para mais experiências. Assim que a nave partiu, elas foram levadas até a área de intervenção com campo magnético sendo convidadas amigavelmente para isto, diferente do que ocorreu no primeiro grupo. Logo notaram que fazê-las crer que queriam aquilo, manipulando as mentes delas para tal e depois controlando permitindo-lhes alguns momentos de controle total, tornou o processo menos traumático.
O problema é que assim que a primeira mulher foi levada à área de inseminação e apresentada ao reprodutor xelen, o medo e receio de não suportar a força daquele macho e o tamanho do seu pau, fez com que os xelens voltassem a domina-la mentalmente para que o coito fosse realizado. Sem nenhum carinho, o xelen se apossou dela e lhe comeu de quatro sem dar fôlego e ainda tirou um tempo para divertir-se com o prazer que aquilo lhe causava. O controle sobre o corpo da mulher somado ao ato era gostoso demais para ele.
Ao final, os xelens permitiram que ela voltasse ao controle do corpo. Queriam ver as reações dela e, ao mesmo tempo, tentavam intervir influenciando sua mente a acreditar que tudo aquilo poderia ser gostoso e prazeroso para ela. Também incluíram nisso o prazer que seria servir ao seu macho reprodutor para sanar as necessidades deste. Foram intensos nessa abordagem, queriam fazê-la se sentir submissa à marra e também sentir prazer em se oferecer aos xelens.
Oito foram convencidas a irem para a área de inseminação separadamente e ao seu tempo. A maior parte fez como a primeira, mas entre elas teve uma que pareceu querer muito ser abusada pelo xelen. Não só ficou de quatro por sua conta como também se ofereceu ficando de frente para ele. Os xelens acharam aquele comportamento perfeito e perceberam que havia, entre todas elas, aquelas que sentiam enorme desejo por tais situações extremas. A torcida agora era para que ela não morresse durante ou após a gestação.
Apenas uma entrou para a área tendo a mente totalmente controlada para a realização do ato desde o princípio. Ao final de tudo isso observaram que os resultados eram bem melhores. Agora apenas duas tinham morrido - a primeira e a última - e as outras oito, que foram convencidas a querer se submeter ao macho reprodutor, tiveram seus filhos sendo que agora apenas uma tinha falecido após o parto.
Équis foi novamente avisado daquilo e perceberam que as sete iam, aos poucos, sendo o que eles queriam que fossem, reprodutoras que aceitavam se submeter aos desejos sexuais deles. Com o tempo, o número de mulheres levadas da Terra ia aumentando, em cinco anos estavam com 39 e a falta de espaço na Lua propiciou a ida das mais submissas à Marte. Por lá, uma pequena comunidade xelen tinha sido organizada para receber aqueles que iam e voltavam ao seu planeta e passavam por quarentena.
Durante os cinco anos, apenas um reprodutor teve contato sexual com todas elas. Não tinha tido problemas com isso e, inclusive, a cada inseminação, adaptava seu pênis à anatomia das mulheres sem perder o tamanho e manteve os 100% de fertilidade. Após o período, foi substituído por outro reprodutor mais jovem. Em seu retorno para seu planeta de origem, foi condecorado e passou a ser invejado por vários machos que, após saberem que as fêmeas terráqueas eram mais apertadas e passaram a ser mais submissas que qualquer fêmea xelen, provocou a discussão de que cada macho deveria, então, ter o direito a uma submissa terráquea.
Équis passou então pela primeira pressão causada pelos seu povo. Mas mostrou que o processo para tal seria lento, mesmo que buscassem um número grande de mulheres. Sem dizer que ainda não sabiam ao certo se aquilo lhes levaria a algum outro problema, como no planeta antigo, e anunciou o projeto de convivência mútua iniciado em Marte. Caso aquilo funcionasse, que ele iniciaria o processo de levar mulheres ao planeta deles.