DOMINAÇÃO DOS MUNDOS - O MERCADO ILEGAL
É claro que em meio a toda essa organização, os xelens também desenvolviam práticas ilegais. Embora fosse visto com maus olhos em seu planeta de origem, a troca de hábitos com outros povos, especialmente a humanidade terráquea, fez florecer um outro caminho que nem Équis ou qualquer outro líder xelen desejava saber de sua existência. Tratava-se do mercado ilegal.
Primeiro que os xelens que participavam deste, o organizaram para poucos. Formado por grandes celebridades de seu planeta natal que resolveram desfrutar seus últimos anos em meio à orgias e putarias.
Havia um espaço discreto em que homens e mulheres - que tinham passado pelo aeroporto, fossem comercializados e tivessem sido descartados por terem se cansado deles - poderiam acabar passando seus últimos anos de vida. Chamado de Duroma, os xelens que pertenciam à comunidade secreta compravam humanos diretamente do aeroporto - uma prática proibida à inférteis - ou nos mercados secundários, ou em leilões, ou mesmo em comércio direto com outros xélens para aprisioná-los em uma espécie de masmorra.
No Duroma, homens e mulheres podiam conviver entre si num ambiente nada higiênico. Com poucos alimentos sendo jogados por capatazes - homens ou mulheres mais velhos que eram responsáveis por manter os outros humanos presos e alimentados - era comum que todos acabassem meio que planejando alguma forma de fuga ou mesmo de resistência contra os xelens antes deles chegarem.
A diferença de qualquer outro lugar é que no Duroma, os humanos ficavam presos no meio de uma arena, com pouca iluminação durante a ausência dos xelens. Quando a comunidade secreta se reunia e as luzes eram acesas, entre 10 e 15 xelens ficavam das arquibancadas com seus humanos escravizados e xelens mestiços submetidos a eles para assistirem os humanos em batalha.
Eles entravam em um acordo para escolher duas pessoas, independente do gênero, para então apostar em quem seria capaz de sobreviver. Os demais eram retirados da arena e então uma luta ocorria. No caso dos momentos em que os humanos fossem contra essa ideia, os xelens simplesmente dominavam suas mentes e os faziam lutar como bonecos, sem nenhum problema com isso. O vencedor ou vencedora era colocado numa cela e os combates ocorriam consecutivamente de modo que sobrassem apenas quatro humanos.
Ao final desse processo, os xelens leiloam os sobreviventes e os compradores permanecem no espaço enquanto os demais saem. A partir daí, os xelens transam com os humanos de todas as formas. Não só comendo-lhes de quatro, como habitual na cultura xelen, mas os fazem quicar sobre seu enorme pau, fazem eles chuparem suas rolas e dar seu cuzinho. Tudo isso na frente dos outros. Um xelen com um humano de cada vez.
Após se saciarem com os "guerreiros" os xelens optam por sacrificá-los, torná-los capatazes do próximo grupo ou então levá-los para suas casas para lhes servirem sexualmente até se cansarem e então terem que se desfazer deles. Como levar embora poderia causar problemas com a fiscalização em algum momento, tirando os casos em que os guerreiros, após tudo que tinham passado com outros humanos, demonstrassem ser extremamente submissos e realmente gostassem de ser comidos da forma que seus donos quisessem, o normal é que os sacrificassem ou então fizessem lutar com os capatazes ao final para saber quem seguiria nessa função até a próxima leva.
Por serem celebridades, o acesso a novos humanos era muito fácil. Mas por ser uma prática ilegal, caso fossem descobertos em qualquer momento, seriam com certeza mortos. Os poucos xelens que sabiam da existência do Duroma chegavam a tentar se integrar ao grupo levando humanos que tinham adquirido alguma resistência contra a submissão ou que tinham dado algum problema para um xelen. Eles eram extremamente valiosos para o mercado ilegal pois se já não tinham nenhum sentimento afetivo por humanos, pegar aqueles que causavam raiva ou descontentamento acabava sendo uma diversão a parte.
Para que um novo xelen integre ao grupo era necessário aguardar o falecimento de algum outro. Os que restavam sempre faziam uma espécie de votação para trazer algum novo integrante. E é por isso mesmo que dificilmente o mercado acabava sendo de conhecimento muito amplo. Aquele que sabia da existência não contava para outro alguém pois isso lhe geraria concorrência e assim eles seguiam mantendo o Duroma.
Com o tempo, outros Duromas foram surgindo para outros grupos específicos de modo que a fama chegasse a alguns humanos que, mesmo desgastados, agora faziam de tudo para seguir sendo bastante útil para um xelen. Entre todos os humanos, apenas aquelas mulheres compradas em aeroporto - que deviam ser obrigatoriamente mantidas pelos xelens donos -, os homens das macas e os que acabavam caindo nas mãos de algum xelen mestiço acabavam tendo um resto de vida menos problemático devendo se preocupar apenas em servi-los sexualmente e, no caso do mestiço, trabalhando. Exceto esses casos, qualquer caminho poderia se transformar em um imenso terror.