O QUE VOCÊ FARIA SE SÓ PUDESSE COMETER MAIS TRÊS PECADOS NA VIDA?
Antes de mais nada deixe-me apresentar...Eu sou o fim, mas também sou o começo, a renovação o novo ciclo, para muitos, pelo menos a maioria eu simbolizo a tristeza, para outros eu simbolizo a alegria (acredite) para aquele que vem ao meu encontro eu simbolizo a saudade, ás vezes, a tristeza, na maioria o fim do sofrimento e o alívio. Muitos tem medo de mim, outros desejam que eu venha logo, já outros...outros desejam que eu chegue logo para seus inimigos, outras pessoas porém associam o medo de mim á outras pessoas, certa vez conheci um rapaz que não tinha medo de mim, mas que tinha medo que eu levasse seus entes queridos. Muito prazer, eu sou a...MORTE!!!
Antes de mais nada quero que me enxergue sem os olhos de vilania que sua cabecinha mortal certamente já pressupôs, minha função é apenas obedecer os meus superiores, sem questionar como, quando, onde ou porquê eu devo traze-los, não tenho autonomia, sou como uma funcionária que cumpre ordens porém que jamais pode deixar seu emprego, pois se afinal como seria o caos no mundo se ninguém morresse não é mesmo? se comigo existindo o planeta terra já vivem essa superpopulação, imagina se eu não existisse?
alguns, vão embora em acidentes trágicos quase sempre causados por falhas humanas que só facilitam o meu trabalho, outros se vão de maneira mais rápida pois entendem logo que o ciclo da vida chegou ao fim, outros demoram pois não querem aceitar o que lhes parece óbvio e inevitável e são tantas as reclamações de Anjos que vem todos os dias até mim pedir para que eu deixe seus protegidos passarem vivos ao menos o aniversário, o dia das mães, o aniversário dos filhos, o natal...eu sempre atendo esses pedidos até o limite que posso.
Na minha profissão aprendi á nunca me compadecer por ninguém, nunca sentir pena ou dó como alguns chamam, e confesso que meu trabalho mórbido por vezes é o melhor dos meus prazeres, durante muito tempo acreditei que os seres humanos mereciam todo o tipo de castigo, que antes de traze-los comigo para seu julgamento final, eles mereciam sofrer e que eu lhes chegasse de forma lenta, jamais pensei que algum dia pudesse aprender algo com os mortais, sobretudo com meus subalternos. Mas tem um deles que nunca poderei me esquecer.
Á princípio eu o chamava apenas de Emissário, não tinha nome, identidade, um belo rapaz jovem, loiro, com cara de bondoso e bem intencionado, que foi? acha que porquê eu sou a morte eu não posso achar alguém belo? oras, eu sou a morte mas não estou morta (risos) bem...continuando...esse rapaz era o mais incompetente de todos os meus emissários, foi rebaixado para de anjo da guarda á meu emissário pois não tinha imparcialidade pra ser anjo e era muito atrapalhado, os anjos infelizmente devem ajudar á todos, os bons e os maus, ele não conseguia, só ajudava os de coração puro, tornou-se então meu emissário mas também não queria trazer ninguém ao meu encontro, tinha pena das pessoas, mesmo, as piores pessoas.
Tenho muitos emissários, esse número dobrou, confesso, diante as pandemias que o mundo passou em épocas diferentes, milhares de pessoas morrem no mundo todo não poderia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, minha abafada saleta fica num lugar entre aqui e lá ed virou um muro de lamentações, parece um almoxarifado com as fichas de todos os que devem vir ao meu encontro, devo encaminha-los á meus superiores para que decidam qual seu destino final as resistências são as mais inimagináveis possíveis.
Esse fato ocorrido que irei relatar aqui ocorreu no ano terreno de 1987, meu emissário que relatei anteriormente andava mais competente porém mais triste do que de costume, recebi uma ordem de meus superiores que deveria trazer o jovem Daniel de 19 anos para o meu encontro. Não se deixem enganar pelo "rostinho angelical" desse pestinha! Daniel é um jovem bastante mimado e inquieto, sempre reclamando de boca cheia e azucrinando quem está por perto pra fazer as suas vontades, incluindo seus pais que sofrem para agradar o hiperativo rapaz. Costuma aparecer incomodando os demais com suas esquisitices com o jeitinho irritante, teimoso, birrento e levado ele consegue tirar do sério qualquer um que passe do seu lado
Tem uma ingenuidade de confiar em tudo que ouve e, apesar de inocente, sabe quando usar da sua fortuna para ludibriar os outros e tem ainda a mania de mentir para se dar bem.
não come nada, é muito enjoado com tudo, gosta de substituir uma alimentação saudável para comidas gordurosas, preferindo frituras. é muito dependente de sua mãe, o pai é um tanto ausente na vida do filho. E quando está presente, não demonstra grandes afetos pelo Daniel, pois tenta o ludibriar com histórias absurdas, e as vezes caçoa do próprio filho. Talvez seja esse o motivo de Daniel ser tão complexado.
Sempre curioso e irritante, Daniel é um zé-pimentinha de primeira classe e adora se envolver com tudo na qual não foi chamado pela simples vontade de importunar. Sempre quer fazer alguma coisa de "adolescente" (como jogar, andar na moda e ser descolado), mesmo que não tenha maturidade pra isso, virando alvo de chacota. Ele também muda frequentemente de assunto, altera a emoção instantaneamente e muitas vezes, não entende palavras modernas ou ultrapassadas.
Mas não é difícil entender como nem o porquê meu emissário se encantou de tal forma pelo rapaz ao ponto de me contradizer e me desobedecer de todo jeito. Daniel também possui o coração nobre, sempre preocupadíssimo com o irmão mais novo Tomás, rapaz surdo-mudo que esconde um segredo. Vive em pé de guerra com o irmão mais velho Hugo e faz trabalho voluntário em uma creche, quando ele voltou com um sorriso amarelo em seus lábios e sem o Daniel logo entendi que seu tempo de rebeldia parecia ter retornado....
Que história é essa de que não conseguiu trazer o menino?
-Ele é muito bonzinho...tente entender...
-Eu não tenho que entender droga alguma!!! ele é um moleque mimado, egoísta e manipulador
-Você diz isso porquê não o conhece, passe cinco minutos com ele e verá que ele é doce, meigo, de coração nobre e sempre disposto á ajudar os outros. Algo raro na maioria das pessoas da terra
-Emissário não teste minha paciência, volte para lá e traga esse menino imediatamente.
-Eu tenho uma contraproposta, que tal se no lugar dele eu trouxesse o irmão dele? o Hugo, aquele lá não iria fazer falta nenhuma na terra, e fútil, rebelde, hostil e agressivo.
-Conte-me melhor, porquê você não trouxe o Daniel como ordenei?
-Vou lhe contar tudo que observei no dia-dia dele.
FLASHBACK
Daniel mora num prédio de poucos andares cinza de apartamentos próximos uns ao outros a mãe é dona-de-casa e o pai passa o dia trabalhando, não demonstra afeto pelos filhos, exceto por Hugo, provavelmente porquê Daniel é homossexual e Tomás, o caçula ja é um adolescente mas tem autismo e é surdo-mudo. Daniel termina os afazeres da escola, cursa o terceiro grau, os dois estão sentados no sofá da sala terminando de ver o programa da Xuxa, e a mãe metida com afazeres domésticos da cozinha, Hugo, no quarto liga para uns amigos falam sobre futilidades, a mãe vira e mexe grita para o garoto desligar o telefone para a conta não vir alta no fim do mês, Hugo não dá ouvidos e apenas a chama de velha chata. Tomás é o único que tem a sensibilidade de sentir minha presença porque apesar de não saber ainda, ele é medium e apesar de não conseguir me ver, reage forte, Daniel pergunta o que ele tem, mas o rapaz não consegue explicar. Durante o almoço Hugo joga comida em Tomás e Daniel briga com o irmão pra defender o mais novo.
Á tarde, ambos os garotos migram para a escola, no decorrer da aula eu prestava mais atenção no Daniel, durante a manhã não havia tido muito essa oportunidade por causa do Tomás que sentiu minha presença, agora eu tinha tempo para ver ele, eu comecei á sentir ali uma coisa que nunca havia sentido antes por nenhum mortal, comecei á perceber que o cara era muito bonitinho, o jeitinho que ele mexia no cabelo, a boca, os olhos, o jeito tímido distraído e fofo, durante a aula no entanto, Daniel só consegue pensar no namorado Rogério ou Rogê, um sujeito muito mais velho do que ele que mora com alguns amigos, um típico bom vivant carioca, com fama de garanhão, um malandro pouco afeito ao trabalho e metido com negócios escusos, Daniel pensa em terminar a relação com o cara pois desde que começou á namorar com ele, sua relação vem sendo conflituosa com seus pais, o problema é porquê Rogério tem o poder de convencer qualquer viadinho á fazer tudo que ele quer, e esse foi um desses dias, na saída da escola, Daniel pagou á um menininho para que entregasse um bilhete á Rogério pedindo para conversar com ele.
Á noite Daniel jantou com seus pais, no mesmo clima de sempre, TV desligada, todos os filhos á mesa, ninguém quase falava nada exceto seu Durval e Hugo que contavam coisas de seu dia. Após o jantar, os adultos vão para a sala e ligam a TV, dando um clima mais agradável ao ambiente sem aquele silêncio mórbido de outrora, Tomás e Daniel tentam convencer Durval á saírem, prometem não votar tarde, Daniel diz que vai apenas acompanhar Tomás que precisa fazer um trabalho escolar na casa da namorada, o pai sabe que é mentira, de certo o guri vai ao encontro do marginal com quem namora, mas o assunto é evitado dentro de uma casa que segue uma disciplina rígida e quase militar.
Ele apenas diz um "pode" sem olhar na cara dos filhos e mantendo o olhar firme na novela "Direito de Amar" que começava na TV e pede para que os dois retornem antes das 22 horas, naquela época a luz do bairro era desligada á meia noite, só ficavam na rua aqueles que não valiam muita coisa. Daniel deixa Tomás na pracinha junto com a namorada Bia, os dois namoram no banco da praça e escrevem seu nome com corretivo no banco de cimento, prática comum da época. A praça ficava de frente ao decadente prédio que Rogério morava, ele sobe e vai ao encontro do namorado, e lá chegando Rogério já recebe Daniel com um amasso, um beijo ardente, desses de tirar o fôlego. Daniel quase esqueceu de seu objetivo e foi direto
-"Não...para Rogê...preciso lhe falar...espera um pouco" - dizia o rapaz, de pernas bambas, olhos fechados, suspirando e tremendo de prazer, enquanto Rogério esfregava sua barba no pescoço do jovem e sentia seu corpo quente, macio tendo espasmos junto ao seu.
-"Não fala nada não gatinho, sua boquinha é boa em outras coisas" - Rogério dizia, eles nem desconfiavam que eu estava ali tão pertinho deles, havia passado o dia acompanhando toda a rotina do Daniel sem ele conseguir me ver. E agora eu assistia toda aquela putaria que aquele safado fazia com o Daniel ali na minha frente.
-"Não Rogério é sério...preciso lhe falar...quero terminar, terminar tudo!!!"
-"Ficou maluco?! você já tentou terminar comigo uma vez e não conseguiu ficar muito tempo longe, está lembrado disso?"
-"Sim eu sei, mas dessa vez é diferente, quero terminar desde que você me deu aquele tapa por causa do ciúmes que você sente do Nemésio"
-"HAHAHA!!! Só por causa daquilo?! você sabe muito bem que você mereceu aquela bofetada não sabe? porquê você não passa de um oferecido, você mesmo pediu perdão depois ou não se lembra?"
-"Pedi perdão porquê tenho medo de te perder, confesso, mas não quero continuar sendo agredido assim por você, pensa que sou seu brinquedo?"
-"Você é meu brinquedo, aliás você é todo meu!!! e você sabe que você precisa de mim porquê eu sou o único homem que se interessa por você, eu sou o único que te proporciona prazer e você sabe que não vai aguentar ficar longe do seu macho não é?"
Daniel nesse momento sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo e seu pau endurecer e babar dentro das calças
-"Você sabe muito bem que não é capaz de conseguir outro homem nem melhor nem pior do que eu!!!"
-"Isso não é verdade..." - diz Daniel com sua voz calma e mansinha.
Rogério o pega com brutalidade debruçando ele sobre a mesa, torcendo seu braço pra trás e encostando sua cabeça na mesa, baixando suas caças até o meio das coxas e passando os dedos no cuzinho dele.
-"você sabia que você nunca vai conseguir tirar nem mesmo o cheiro da minha piroca do seu rabo? mesmo que você esfregue uma barra de sabonete, mesmo que você enfie sabonete no cu, outros machos ainda assim vão saber que você já foi comido e não vão querer, sabia disso?"
Daniel se contorcia, espremido na mesa, com raiva por estar sendo humilhado daquela maneira mas ao mesmo tempo morrendo de tesão, com o cu piscando, o pau duro e o coração disparado, eu assistia toda aquela cena sem poder fazer nada, morrendo de raiva, mas sentindo também pela primeira vez o que era desejo, excitação, vontade de estar no lugar, esses sentimentos são coisas que não pertencem ao meu mundo e sim aos mortais, nunca havia sentido raiva e desejo e muito menos numa proporção tão intensa e ao mesmo tempo daquela maneira.
Rogério debruçou seu corpo sobre o de Daniel e encostou a boca quente em seu pescoço, beijando, mordendo e deslizando seus lábios molhados e quentes pelo ombro dele, babando nele e deixando escorrer sua saliva pelo corpo do jovem que ia ao delírio em êxtase naquele instante.
-"Além do mais você não pode terminar comigo porquê eu te amo!!!"
Aquele "Eu te amo" dito por Rogério ecoou na cabeça de Daniel e grudou no fundo de sua alma como se fosse cola era o tipo de coisa que ele não iria jamais esquecer. Ele acreditou. E acreditou porque se passara o mesmo com seu coração. Apaixonara-se, de uma dessas paixões definitivas, reais e mortais. Continuou a encontrar-se com o ser amado, às escondidas.
Rogério tirou a camisa de Daniel e terminou de deslizar sua boca molhada pelas costas do rapaz rendido ali em cima da mesa como um animal abatido pronto para ser devorado finalmente por seu algoz, Rogério arrancava a cueca de Daniel com os dentes e usava um tablete de manteiga como lubrificante. E foi, entre os dois, uma cena desagradabilíssima.
Mandou ele virar de barriga pra baixo e ficar de cara para o tampo da mesa, sem olhar pra trás, e aguentar o que Rogério ia fazer com ele, o rapaz obedeceu sem pestanejar. Com os dedos melecados na manteiga que estava sobre a mesa Rogério enterrou-lhe primeiro o meu dedo médio no cu sem avisar e logo depois o polegar que é mais grossinho. O viadinho gemia com a introdução indesejada, mas aguentava
- Bom menino.... Continua olhando pra frente - Rogério dizia antevendo com um prazer sádico o que estava por vir.
Rogério empurrou-o contra a parede, colou nas suas costas e sussurrou no ouvidinho dele:
- Fica quietinho.. Num grita, que o Tio Rogê vai fazer teu bumbunzinho de garotinho travesso.
E meteu vara no rabo sem cuspe nem nada. Ele gritou de susto, mas o Rogério o segurou na posição e passou a fuder o ânus do garoto com toda vontade. Depois o puxou e empurrou para cima da mesa da cozinha de novo, e desta vez de barriga pra cima. Levantou-lhe as pernas e o enrabou de frango assado. Rogério tava gostando daquela sevícia. o colocou de pé no chão e tocou-lhe uma punheta no pau do menino até extrair seu leitinho.
Ele então disse:
- Caraaaca, que enrabada eu levei...
Eu já não estava aguentando mais de raiva e tesão então pedi pra subir, não queria mais ver o que ainda viria, eu estava confuso, porquê aquela cena havia mexido tanto comigo? logo descobri que aquilo que eu sentia era na verdade ciúmes, enquanto eu explicava meus motivos á morte porquê não havia trazido o Daniel comigo, ele terminou a foda abraçadinho no namorado em seguida desceu até a pracinha, buscou Tomás e os dois voltaram para casa antes das 22h como prometido...
CONTINUA...
FOTOS: PERSINAGENS DA SERIE
Estava ansioso por esta história