Eu sempre gostei desse meu amigo, a gente se conhece desde criança, mas ele não era meu amigo, a gente se odiava, coisa de criança birrenta.
Eu sabia que ele sentia vontade de se aproximar, mas não aliviava pro lado dele, que se foda, loiro metido.
Ele sempre se achava o fodão, o mais forte, mas era meio bobo, gritava muito e era porcalhão.
As meninas não gostavam dele, mas pagavam pau pra mim. Eu sei que sempre fui bonito porque sempre tive uma mulherada na minha cola.
Mas eu odiava.
Nunca tive paciência pras meninas chatas e cheias de mimimi, viviam gritando e competindo umas com as outras por bobagens.
Bom, sei que fomos crescendo e aos poucos até que começamos a nos dar bem. O nome do meu amigo é Nicolas e não é que ele acabou virando um loiro lindo?
Os cabelos sempre meio esparramados, desordenados, ele vinha andando com cara de quem nem se importava de pentea-los.
Os olhos, cara, azuis ao extremo, um narizinho perfeito, lindo, e a pele sempre meio bronzeada. Não sei como alguém pode ter uma cor dourada daquelas o ano todo.
Bem, um dia eu fui na casa dele levar um material da escola, ele tinha pegado rubéola e precisou faltar mais de uma semana.
Eu entrei, ele já estava curado, joguei o material na escrivaninha e ele me sorriu, com aqueles dentes perfeitos.
— E aí Sas? Como foi sem mim na escola?
Me zoava sempre, dizendo que eu sentia saudade e que não vivia sem ele, blá blá blá.
Eu entortei o lábio e chiei.
— Cala a boca, Nicolas. Por mim você nem ia mais na escola, tava tudo certo.
Ele estalou a língua e veio pra cima de mim, avançando cheio de mãos, me abraçando, esfregando os dedos nos meus ombros.
— Olha aí, você tá até tenso! É falta de mim!
Eu o empurrei, mas me sentia tentado qdo ele vinha com aquelas mãos bobas.
Às vezes eu deixava ele se pendurar no meu pescoço e se esfregar de leve, mas confesso que eu tava com saudade.
Fazia tempo que não via ele por causa da rubéola.
— Então, tô tenso mesmo, me faz uma massagem.
Ele pediu, se atirando na cama.
— Tá. Concordei. Vira de costas.
Ele obedeceu com um sorriso travesso.
Subi em cima das pernas dele e comecei a massagear as costas, ele era gostoso, as pernas torneadas, usando aquele shortinho mole.
— Tá bom, Sas.
— Tá?
Me atrevi a descer as mãos até a lombar dele. Fiquei naquele joguinho bobo por um tempo, mas meus dedos começaram a avançar mais o sinal, eu tava com vontade de apertar a bunda dele. Então eu fiz um teste pra ver o que acontecia.
— O que foi isso, Sas?
Eu não disse nada, mas puxei os shorts dele. Ele quis virar de frente, reclamando:
— Ooouuu!
Mas eu via o começo do rego dele, o shorts tava meio abaixado.
— Vou lamber tua bunda, Nicolas, quero ver o que você acha.
— O que?!
Ele gritou, mas eu mandei ele ficar quieto, prendendo suas pernas embaixo das minhas.
Me abaixei e puxei um pouco mais seu shorts, meti a língua no meio das bandas e a escorreguei pelo meio. Ele se retraiu num primeiro momento, mas conforme eu fui lambendo ele empinou a bunda e o seu cuzinho se mostrou pra mim. Não aguentei e meti a língua, era uma delícia, meu pau estava duro, preso dentro da calça de moletom, mas ele estava gostando porque eu escutava ele puxando o ar entre os dentes.
— Tá gostoso, Nicolas?
— Uhum.
Foi a única coisa que ele disse, então eu chupei meu dedo e enfiei no seu buraquinho. Ele se assustou e trancou tudo.
— Relaxa, loiro. Não confia em mim?
E senti que ele relaxou, consegui enfiar o dedo até o fundo, ele começou a rebolar e soltar gemidinhos, eu estava ficando louco, arrisquei mais um dedo, mas ele estava tão facinho que eu podia sentir aquele seu interior quente e macio. Delicioso.
Mas ouvimos alguns barulhos, a mãe dele estava chegando e eu precisei tirar meus dedos.
Nicolas me olhou com tristeza, mas mais triste estava eu. Tinha sido a primeira vez que eu fazia algo assim sacana, sexual. A gente tinha 14 anos e eu me achei até ousado.
Depois disso tive que ir embora, mas jurei que ele ainda ia ser meu por completo.
Eu sabia que gostava dele daquele jeito, só não tinha tomado ainda por falta de oportunidade.
Não falamos sobre isso por um bom tempo, ele preferiu fingir que nunca tinha acontecido. Até aquele dia, que depois eu conto aqui.