Uma esposa (nada) tradicional — 07 — O outro homem.

Amélia acordou cedo no dia seguinte, pois Arnaldo fora enfático que não poderia atrasar para pegar o voo. Assim, teve mais liberdade de acordá-lo mais cedo que o habitual. As malas dele já estavam prontas desde a noite anterior e o café ela fez bem rápido para deixar o marido com tempo de sobra. Ainda assim, Arnaldo comeu olhando constantemente para o relógio. Se distraiu apenas quando Amélia se apoiou em suas coxas e o beijou.
— O que é isso, Amélia?
— Você vai viajar, então quero me despedir.
— Não brinca com isso, vou me atrasar.
— Vai nada. Fiz tudo bem cedo para você ter tempo para mim.
Arnaldo tentou argumentar, mas a verdade é que as mãos delas passeando por suas coxas o deixavam mais ansioso do que preocupado. Não reagiu quando foi beijado e nem quando ela abriu todos os botões de sua camisa sem desgrudarem os lábios. Muito menos quanto ela abriu a sua calça e engoliu seu pau já duro. Entre uma chupada e outra, Amélia tirou a camisola, expondo seu corpo nu de quatro enquanto se aninhava entre suas pernas. Lambia e chupava a rola do marido com carinho. Arnaldo não dizia mais nada. Apenas respirava ofegante.
Amélia montou em seu marido, encaixando o pau em sua boceta e se sentando lentamente. Ela o envolveu com os braços em volta do pescoço e os dois gemeram juntos, se olhando nos olhos. Se beijaram com os primeiros movimentos do quadril dela, roçando lentamente o clitóris no corpo dele. Amélia tinha o pau do marido dentro de si, a camisa dele deixava seu corpo quente colar ao dela e o atrito entre os corpos a excitava mais.
Percebeu Arnaldo se excitando mais, lhe apertando a bunda enquanto sua respiração acelerava. Sabia que a qualquer momento ele iria querer sair daquela posição, mas naquela manhã, estava disposta a não deixar. Quando ele tirou as mãos de seu corpo para ameaçar se levantar com ela ainda em seu colo, não deixou. Pegou as mãos dele e as pôs de volta em seu corpo. Interrompeu o beijo e o olhou nos olhos enquanto guiava a mão pelo seu corpo. Ela viu um sorriso diferente se abrir no rosto dele, quando as mãos começaram a deslizar por entre suas nádegas.
— Empurra o dedo, amor?
— Como é?
— Só empurra.
O dedo invade as pregas de Amélia e ela geme manhosa. Arnaldo, até então assustado com o apetite da esposa, sente seu pau ficar ainda mais duro. Seguro pelos cabelos, ele olha sua esposa balançar o quadril com violência sobre seu colo, fazendo um vai e volta vigoroso, esfregando o grelo duro em seu abdômen. Seu dedo enterra no cu de Amélia mais e mais. Não se importava mais se estaria atrasado ou se sua esposa se comportava estranhamente. Ela estava deliciosa, mais do que nunca, rebolando sua sobre seu corpo. Ela o segura pelos cabelos e rebola ainda mais forte.
— Goza, meu amor! Goza com esse dedo na minha bunda!
— Que delícia! Você está me deixando louco, amor!
— Quero você assim, amor. Louco e me fodendo.
Arnaldo já não se intimidava mais com os balanços violentos de Amélia. Pelo contrário. Com o dedo na bunda, ele a empurrava mais. Os dois se mexiam como se fossem um só, respiravam ofegantes no mesmo ritmo e logo gozaram, juntos. Não houve gemidos porque ambos se beijaram na hora. Amélia continuava a se esfregar nele, mesmo com seu corpo tremendo. Arnaldo não tirava o dedo dali.
Depois que a esposa se levantou de seu colo, Arnaldo estava com a barriga melada, a camisa aberta e amassada. Amélia o limpou com papel toalha e fechou cada botão de sua camisa e calça. Dessa vez, o marido não reclamara de atraso, pelo contrário. Foi de mãos dadas até o portão de casa, dando-lhe um beijo antes de esperar o carro do aplicativo na calçada.
Seria um beijo de despedida comum, se não fosse o par de mãos desejosos tomar mais uma vez a bunda da esposa. Amélia sentiu um dos dedos tentar voltar onde esteve antes e gemeu manhosa. Os dois permaneceram abraçados, com Arnaldo acariciando a bunda de Amélia, com a camisola suspensa até a cintura. Nenhum dos dois se importou com o fato deles estarem no portão, que qualquer vizinho podia ver o corpo exposto de Amélia.
Quando Arnaldo se foi, Amélia voltou para casa para continuar suas tarefas e passou o dia com um sorriso feliz no rosto. Pela primeira vez, fizera sexo com Arnaldo do jeito que gostava e o resultado foi melhor do que o esperado. Parecia que o esposo tinha se apaixonado de novo, pois normalmente ele nunca deixaria sua esposa aparecer de camisola no portão de casa, muito menos a tocaria daquela forma em público. De fato, era muito cedo para ter algum vizinho na rua e mesmo o carro que o buscaria ainda não havia chegado. Mesmo assim, ele jamais se comportaria dessa forma. A dica de Vitória realmente funcionou.
Após o treinamento com sua Personal e o que acontecera depois, Amélia entendeu que precisava mudar. Estava tão desejosa que se ofereceu para sua professora. descaradamente. Teria sido trágico se tivesse traído o marido, ainda mais com uma mulher. Passou o resto daquela tarde pensando e chegou à conclusão de que descarregava seu desejo em Vitória devido à amizade que ambas construíram e um envolvimento mais íntimo só pioraria as coisas. Deu graças a Deus por Vitória ter se controlado e decidiu que deveria investir suas energias sexuais no marido. Depois da despedida com o marido, tinha a certeza de estar certa. A sugestão de sua amiga não apenas deixou o sexo mais gostoso como fez o marido ficar louco por ela. Tinha a certeza de ser a primeira de muitas.
Outro efeito benéfico foi não passar o resto do dia pensando em Vitória. O acontecido da tarde anterior, assim como o da outra noite, se tornou uma lembrança gostosa que ela guarda para si, mas sem aquele desejo. Agora, ela só pensava em Arnaldo, ansiando pela volta dele. Assim, não estava usando aquele short tão curto quando Vitória voltou para treiná-la, preferindo uma calça. A Personal percebeu a cliente diferente da tarde anterior.
— Está mais sossegada, Amélia? — provocou.
— Estou, sim, meu marido me sossegou hoje de manhã.
Entre risos, Amélia narrou a surpresa que fizera ao marido pela manhã, usando o truque ensinado por Vitória e a agradeceu pela dica. O treino seguiu normalmente, sem provocações ou qualquer tentativa de sedução de qualquer uma das duas.
— Olha, Amélia, serei sincera com você. Que bom que está sossegada hoje, porque continuo sentindo falta… estava pensando até em parar de treinar você e indicar outra pessoa!
— Que isso, Vitória. Não sabia estar com esse fogo todo.
— Estou há tanto tempo sem homem que estou cogitando uma mulher. Esse é o tamanho do meu problema.
Amélia riu, enquanto a pele branca do seu rosto enrubescia.
— Para com isso, Vitória. Está me deixando sem graça.
— Não estava sem graça ontem quando fez aquilo comigo. Você entende como me sinto.
Não conseguindo contestar a razão de Vitória, restou a Amélia sorrir sem graça. De fato, já sentira o mesmo que a amiga, mas tinha seu próprio marido para desafogar seus desejos. Sua Personal ainda vivia algo complicado, afastada do namorado, quem mal conseguia se encontrar. Desde que conheceu Vitória, sua vida mudou, direta e indiretamente, e sentia-se em dívida com ela. Se a amiga lhe ajudara com o marido, precisava retribuir na mesma moeda.
— Que tal você pedir para ele dormir com você aqui?
Vitória franziu o cenho.
— Tem certeza?
— Sim. O Arnaldo viajou e só volta amanhã à noite. Vocês podem passar a noite juntos aqui e tirar o atraso de vocês. Fico lá em cima e vocês têm privacidade aqui embaixo.
Os olhos de Vitória brilharam. Um sorriso largo se abriu naquele rosto antes dela abraçar a aluna e lhe dar um beijo carinhoso na bochecha. Amélia nunca a via tão feliz como naquele dia.
As horas passaram e, com a chegada da noite, Amélia passou o tempo em seu quarto, lendo. Não queria ficar na sala, pois queria que Vitória sentisse estar sozinha em casa quando recebesse o namorado. Sem Arnaldo em casa, estava sozinha e a mudança de rotina a deixava agitada. Não parava de pensar em Vitória e seu namorado. Ela sempre falava dele como um homem safado, que a excitava o tempo todo. Vitória era uma mulher linda, com o corpo incrível, a ponto dela própria a desejar, quase se entregando totalmente. Ficou pensando em como seria um homem que mexe com uma mulher tão incrível e em quais características ele deveria ter. Ser bom no sexo é óbvio, mas talvez ele fosse um homem charmoso, que fizesse Vitória se derreter com apenas um olhar.
Seus devaneios foram interrompidos com o barulho do portão. Amélia correu para a janela mais próxima e viu ambos os vultos se aproximarem pelo jardim até entrarem em uma área iluminada e reconhecer Vitória com um homem ao seu lado. André. A distância parecia ter um bom porte físico, o cabelo crespo era raspado no lado, mas com mais volume em cima. Não conseguia identificar o que conversavam, mas parecia ter uma fala macia. Amélia achava fofo o jeito dele chamá-la de princesa. Esse era André, o homem que fazia Vitória se derreter.
Quando ambos entraram na casa, Amélia os perdeu de vista. Curiosa, abriu a porta do quarto para tentar ouvir algo, mas o casal era discreto. A inquietude de Amélia superava a prudência e da porta ela foi para o corredor. Queria ouvir mais daquele casal, mas o silêncio tomava aquela casa e assim, desceu as escadas e enquanto não pudesse ouvir algo, seguiu a passos delicados até a cozinha e de lá para a porta do quartinho de empregada. Só assim, conseguia ouvir o que acontecia.
— Que saudade de você, Princesa.
— Eu também, andava louca sem te ver.
— Tudo bem a gente fazer isso aqui?
— Sim, a dona da casa deixou. Ela é minha aluna e o marido dela viajou.
— Poxa, muito legal da parte dela.
— Sim, a Amélia é muito minha amiga.
— Agradeça a ela por mim depois. Agora quero você.
— Eu também te quero, mas vamos devagar, porque ela está aqui em cima.
— Tudo bem, princesa. A gente faz tudo quietinho. É até mais gostoso.
— Seu safado.
— Safado que você gosta.
— Safado que eu amo.
Amélia podia sentir o som dos gemidos do casal, mesmo que abafados. Encostada na parede, apalpava os seios, concentrada nos sons vindos daquele quarto.
— Princesa, tem certeza de que quer fazer isso? Não arraste os dentes no meu pau de novo.
— Sim, dessa vez vou te surpreender.
Mordendo os lábios, Amélia passou a ouvir os gemidos de André. Aquela voz grave, em uma entonação sensual, a fez esfregar as coxas.
— Que delícia, princesa. Você finalmente aprendeu.
— Foi a Amélia que me ensinou.
— Essa Amélia sabe das coisas… continua. Chupa a minha rola.
Ouvir ambos falando dela a deixou mais excitada. Amélia tirou a camisola e a jogou no chão da cozinha. Levou dois dedos à boceta e dois da outra mão à boca, simulando o sexo oral. Ouvindo os gemidos de André, se lembrou de quando ambas chuparam juntas o seu brinquedo. Com os olhos fechados, lambeu as pontas dos dedos e depois todo o comprimento deles. Engoliu-os de volta, fingindo ter uma rola na boca enquanto outros dedos massageavam seu clitóris.
— Que boquinha gostosa, princesa. Acabo gozando assim.
— Pode gozar na minha boca, amor. Seu pau é muito gostoso.
— Vontade não falta, mas você sabe que quero outra coisa.
— Quer me comer de quatro, seu safado?
— To com saudade disso, princesa.
Se fez um silêncio por alguns instantes até ecoar um gemido de Vitória que Amélia ainda não conhecia. Aquela mulher gemia de forma extremamente manhosa.
— Que saudade do seu pau entrando em mim.
— Saudade da boceta molhadinha da minha princesa.
— Pau gostoso do caralho. Me fode, amor!
O que Amélia ouvia em seguida foram os seguidos e contundentes choques entre quadris, como se fosse uma percussão, marcando o ritmo da sinfonia de gemidos do casal.
— Não aguentava mais tanto tempo sem ter a minha putinha de quatro.
— Eu estava louca sem essa rola gostosa me fedendo. Que saudade de ser sua puta.
Os sons do bater de corpos continuaram por mais um tempo.
— Amor, bota o dedo no meu cuzinho.
— Que delícia te ouvir pedindo isso. Está mais piranha do que o normal.
— Esse tempo sem você me deixou mais vadia.
Quando Vitória gemeu mais alto, Amélia levou um dedo atrás. Circundou as pregas e o enterrou ali, como seu marido fizera mais cedo. A outra mão continuava a estimular o grelo, em ritmo mais acelerado.
— Caralho, princesa. Você está muito gostosa hoje.
— Me fode mais, amor. Quero gozar no seu pau e com esse dedão no meu cu.
Amélia ouviu os sons das batidas aumentarem e só cessaram quando os gemidos dos dois subiram de tom. Continuou se masturbando mesmo depois do casal ficar em silêncio. Enquanto se ouvia apenas a conversa dos dois, a loira acelerava dos dedos no clitóris enquanto a outra mão já lhe enterrava um dedo inteiro atrás. Quando gozou, se controlou para não gemer. Trincou os dentes para se segurar e tirou o dedo de trás para tampar a boca com a mão. Se encolheu no chão, pressionando a outra mão com as coxas enquanto recuperava o fôlego.
Estava nua, sentada no chão ao lado do quarto de empregada onde sua Personal acabara de transar com o namorado. A respiração ainda voltava ao normal quando ouviu André falar.
— Vou tomar um copo d’água na cozinha, já volto.

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Uma esposa (nada) tradicional — 07 — O outro homem.

Codigo do conto:
222555

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
10/11/2024

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