Uma esposa (nada) tradicional — 10 — Irreversível

A noite ameaçava cair quando elas se levantaram para tomar banho. Amélia já tinha pensado em tudo, comprando sabonetes e toalhas antecipadamente. A loira sugeriu a Vitória ir à frente, mas foi surpreendida por Vitória ao ser abraçada por trás.
— O que foi? — perguntou Amélia.
— Vem tomar banho comigo… — Provocou Vitória, ao apertar o abraço.
— Aquele box é apertado.
— Melhor assim.
Vitória puxou Amélia pelo braço. Naquele momento, a loira não se opôs por muito tempo. As duas entraram no banheiro abraçadas, em um clima provocante, interrompido pela água fria do chuveiro.
A dupla saiu do chuveiro correndo, restando à Vitória a ingrata tarefa de voltar lá e desligá-lo. Só então a Personal se lembrou de o André ter avisado sobre o chuveiro queimado. Vitória ligou para o namorado, pedindo para ele vir com urgência trocar a resistência. O entregador apareceu em poucos minutos, deparando-se com a inusitada cena de Amélia e Vitória enroladas em suas toalhas.
— Oi, princesas. — disse André com um sorriso enorme no rosto enquanto beijava a namorada e tentava, sem sucesso, beijar Amélia.
— Amor, você pode trocar a resistência para a gente tomar banho?
— Não vou levar choque, não? — perguntou André, desconfiado.
— É só desligar o disjuntor antes. Você não disse que fazia de tudo? — perguntou Amélia.
— Tudo, desde que eu não leve choque.
— É fácil trocar, rapaz.
— Então troca, você.
Amélia nada disse, apenas cruzou os braços mostrando não estar disposta a fazer a troca, vestindo apenas uma toalha.
— Olha como a gente está, amor? Faz isso para a gente!
Assistindo à discussão entre Vitória e André, Amélia ria consigo mesma. Achava graça daquele homem folgado, metido a fazer tudo, estar morrendo de medo. Ao mesmo tempo, não conseguia olhar nenhuma das duas nos olhos, pois seus olhares sempre desviavam para as coxas expostas das duas mulheres enroladas em toalhas. Assim, ela pensou em um argumento matador para convencer André.
— André, a gente quer tomar banho juntas. Você não pode ajudar as suas princesas? — disse Amélia, ao abraçar Vitória por trás.
— Preciso dar banho nela antes de voltar para casa. — Provocou Vitória, pegando o embalo.
André respirou fundo algumas vezes ao ouvir ambas falarem assim. Sempre chamou Amélia de princesa por mera provocação, mas nunca imaginou o dia em que ela se reconhecesse como uma, mesmo sendo de brincadeira. O medo de ser eletrocutado era quase irracional, mas não superava o ego daquele homem ao ter duas beldades pedindo daquele jeito. Com muito medo, ele fez a troca da resistência e o chuveiro voltou a funcionar. Vitória o agradeceu com um beijo lascivo, deixando a toalha escorregar. A Personal entrou no banheiro nua, com a toalha na mão, chamando Amélia para ir consigo.
A dupla finalmente podia desfrutar da água quente. Se espremeram naquele espaço já minúsculo, disputando a queda d’água. Os corpos se esfregavam naturalmente, mesmo antes de Vitória pegar o sabonete. As duas se olharam.
— Vira, deixa eu esfregar você.
Amélia virou de costas e sentiu as mãos de Vitória passearem pelo seu corpo.
— Você pensa no que está acontecendo conosco? — perguntou Amélia, ao se virar de costas.
— Sim, eu tento entender. Não sinto essas coisas com mulher nenhuma, mas quando fico perto de você, tudo muda. — disse Vitória ao ensaboar os braços, pescoço e costas de Amélia.
— Eu também. Perto de você, sinto coisas que só sentia com o meu marido. — Amélia fechava os olhos ao sentir as mãos ensaboarem seu corpo. — Mas às vezes me sinto culpada por isso.
— Pensa que está traindo-o?
— Sim. Não pensa isso em relação ao André?
— Já pensei, mas não fico mais neurótica por isso. Acho que a gente tem uma amizade gostosa. Hoje penso que isso é só intimidade, mas não cruzamos nenhum limite.
Vitória abraça Amélia por trás, ensaboando sua barriga e os seios. Gemidos sutis das duas reverberaram pelos azulejos.
— Ainda acha que não estamos cruzando o limite?
— Não. Só estou te dando banho. É claro que, se sentir que estou indo longe demais, pode me pedir para parar.
Amélia gemeu mais alto ao sentir os bicos dos seios serem apertados.
— Continua. Acho que tem razão. Hoje, você é a minha melhor amiga e essa intimidade faz parte disso.
— Também gosto da sua amizade e adoro esse carinho que a gente tem. Você não quer prescindir do seu marido e nem eu do meu namorado, então acho que podemos apenas aproveitar essa amizade.
As mãos lhe ensaboaram a bunda, abrindo-a.
— Vai me ensaboar aí também? — perguntou Amélia, manhosa ao sentir as mãos ensaboadas deslizarem entre as nádegas.
— Vou cuidar de você todinha — respondeu Vitória.
A Personal se agachou atrás dela, ensaboando as coxas e descendo mais até ensaboar os próprios pés. Subiu, alisando o corpo de sua aluna até ficar de pé e abraçá-la por trás e deslizar-lhe a mão por entre as pernas.
— Faltou ensaboar aqui.
Amélia gemeu, segurando a mão de Vitória e executando um singelo movimento do quadril, para frente e para trás, esfregando o grelo.
— Tem outra coisa — disse Amélia antes de gemer — você mexe comigo, me deixa excitada e fico cheia de vontade de transar com o Arnaldo. Acho que melhora meu casamento.
— Que sorte a desse homem que pega você com tesão.
— Queria mesmo é poder contar para ele o que você faz comigo.
As duas trocaram de lugar, mas desta vez com Vitória de costas para a parede e de frente para Amélia.
— Sério que você não conta?
— Ele é muito conservador. Ele pediria divórcio por menos.
— Me desculpe dizer isso, mas o seu marido é um chato. É tão gostoso contar o que a gente faz para o André.
— Você conta e ele fica assanhado comigo.
Vitória ri.
— É o jeito dele. Adoro vê-lo safado.
— Não acha que ele fica com outras?
— Se ficasse, não voltava para casa. Ele é tão atirado que ninguém dá muita bola para ele. Você sabe bem disso.
As duas riem. A loira começou a ensaboar no rosto, olhando-a nos olhos. Desceu para o pescoço, ombro, braços, voltando para os ombros e massageando os seios dela. Desceu mais, ensaboando a barriga e a boceta, onde Vitória gemeu mais alto.
— Vai dar para o André quando eu terminar de te dar banho?
— Com certeza. Pode assistir se quiser.
— Não me tente.
— O que tem? Já assistiu uma vez.
— Sim, assistiria de novo, mas está ficando tarde e preciso ir embora. Antes disso, deixo você com bastante vontade de transar com ele.
Se abaixando, ensaboou as pernas e os pés de sua treinadora, se levantando para abraçá-la e levar as mãos até a sua bunda. Coxas e seios se roçavam com corpos molhados e ensaboados. Amélia apertava e alisava a bunda de Vitória. Lentamente se esfregavam uma na outra, em um singelo rebolado. Se olhavam nos olhos, aproveitando o desejo mútuo. Sorriam uma para a outra, decidindo não ir além daquilo. Se enxaguaram com a mesma sensualidade, se aproveitando do corpo uma da outra. Saíram do box e se enrolaram em suas toalhas rindo e, na saída do banheiro, se depararam com André, com uma expressão de espanto no rosto.
— André, você ficou ouvindo a gente? — perguntou Vitória.
— Não, amor, jamais. — respondeu o namorado.
— Então, como me explica isso? — perguntou mais uma vez, apontando para o volume generoso na calça do rapaz.
Amélia riu, enquanto o rapaz gaguejava tentando encontrar uma explicação. De uma postura inquisidora, Vitória mudou de jeito, caminhando com um sorriso sapeca até o namorado. Alisou o volume por cima da calça enquanto deixava a toalha cair.
— Ficou pensando maldade da gente, é? — perguntou Vitória.
Era uma situação curiosa. André, antes tão desinibido, ficava tímido com a namorada, ou talvez na frente de Amélia. A loira sentiu que estaria sobrando e se despediu dos dois, saindo do quarto para a sala vestir suas roupas.
— Amor, a sua sorte é que gosto de você safado.
— Você é que me deixa safado.
— Meu safadinho. Quer fazer uma safadeza comigo?
— Tem certeza, princesa?
— Você merece.
Ao ver a namorada se ajoelhar na sua frente, André tirou a camisa. Assistiu, ansioso, Vitória abrir a sua calça e abocanhar o pau carinhosamente. O vai e vem lento era feito sem. tirar os olhos dele, o hipnotizando. Mãos lhe arranhavam as coxas durante o deslizar de lábios macios e molhados. Entregue aos carinhos de Vitória, André fechou os olhos, enquanto gemia. Ao abrir os olhos, viu Vitória lambendo a sua rola de olhos fechados, mas também Amélia. A loira se escondia atrás da parede, observando casal pelo vão da porta. Os olhares se cruzaram e Amélia levou uma das mãos, onde André intuiu ser o seio. A toalha caiu.
Mesmo a nudez de Amélia sendo escondida pela parede, a queda da toalha fez aquele homem quase gozar. André olhou Vitória, que se masturbava com o pau na boca, e segurou seus cabelos. Vitória arregalou os olhos ao ser imobilizada e sentir a rola entrar e sair pelos movimentos dele. André lhe fodia a boca. Ela entrou no jogo, fechando os olhos, se permitindo aquilo. André voltou os olhares para Amélia, se exibindo ao foder da boca de Vitória.
Amélia assistiu André tirar o pau da boca da namorada e bater em seu rosto. Não resistia, se tocando discretamente por trás daquela parede, tentando esconder a nudez de André. Ele esfregava o pau no rosto da namorada, se exibindo. Vitória sorria, pedindo mais.
Ainda segurando a namorada pelo cabelo, André fez Vitória ficar de quatro no chão. O casal ficava de lado para a vista de Amélia. A loira assistiu o homem enfiar a rola lentamente na boceta da namorada. O som do gemido manhoso de Vitória foi acompanhado do estalo do tapa em sua bunda.
— Minha putinha adora apanhar na bunda, não é?
— Sim, amor. Adoro. Bate mais!
Virando o rosto para a porta onde estava Amélia, André acertou vários tapas seguidos.
— Bate mais forte, eu aguento!
André batia mais forte, arrancando gemidos manhosos de Vitória.
— Seu safado. Você me deixa doida!
— Vai ficar mais ainda.
André empurra o polegar no meio das pregas de Vitória, que geme manhosa. Amélia leva uma das mãos atrás, empurrando um dedo em si, por ali. Assistindo André foder Vitória de quatro, a loira se masturba olhando sua Personal ser fodida com golpes cada vez mais contundentes do quadril de André. Amélia gozou, trincando os dentes para não chamar a atenção. Virou-se para a sala, escorando-se na parede enquanto deslizava para o chão. Ali, acariciou seu corpo enquanto ouvia os últimos gemidos do casal que gozava ao lado.
Amélia se levantou, vestiu a calcinha, o sutiã e, ao pegar o vestido, viu André. O rapaz estava de pé no vão da porta, nu. O som do chuveiro ligado indicava que Vitória voltara para tomar outro banho.
— Gostou do que viu, princesa?
Amélia não respondeu, limitando-se a dar um sorriso, sem tirar os olhos do membro já flácido daquele homem. Sem deixar de olhar para a nudez dele, ela terminou de colocar seu vestido.
— Quer ficar mais um pouco? — perguntou André.
— Não, já está noite e preciso voltar para casa. Arnaldo já deve estar chegando.
Amélia foi para casa eufórica com tudo que havia acontecido. Tudo o que fizera e assistira naquela tarde alimentou seus desejos com o marido. Estava pronta para chegar em casa e fazer uma surpresa para Arnaldo. A surpreendida, entretanto, foi ela.
Ao chegar em casa, viu que o marido já havia chegado e com cara de poucos amigos. O esposo perguntou se André já frequentava aquela casa antes de tê-lo flagrado. Ao responder que não, Amélia foi confrontada com a informação que o marido recebera dos vizinhos, de ter visto André sair daquela casa antes e se despedir dela. O fato de ela estar vestida com um short curto e sutiã só piorou as coisas. Amélia tentou se explicar, mas Arnaldo era irredutível. Estava irritado demais, para aceitar qualquer desculpa e sua decisão era irreversível. Aquela seria a última noite de Amélia dormindo naquela casa. Arnaldo exigia do divórcio.

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Uma esposa (nada) tradicional — 10 — Irreversível

Codigo do conto:
222723

Categoria:
Exibicionismo

Data da Publicação:
13/11/2024

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