Era uma quinta-feira abafada quando ela decidiu atravessar a ponte Rio-Niterói para surpreender Caio, seu amante há alguns meses. Ele era advogado e tinha um escritório discreto no centro de Niterói, um daqueles prédios comerciais onde tudo parece impessoal demais. Justamente o ambiente perfeito para um encontro clandestino.
Sem calcinha. Sem sutiã. Apenas um sobretudo amarelo que contrastava com sua pele quente e excitada.
Chegando ao edifício, passou pela recepção com um sorriso e entrou direto no elevador. O coração batia forte, misto de ansiedade e excitação. Ela adorava saber que ali, do outro lado daquelas paredes, pessoas trabalhavam, concentradas em planilhas, contratos e reuniões, alheias ao que estava prestes a acontecer.
Assim que entrou na sala de Caio, trancou a porta atrás de si e virou-se para ele. Ele ergueu os olhos do computador e arregalou-os ao vê-la ali, inesperada, sedutora.
— Clara… o que você está fazendo aqui?
Ela não respondeu. Apenas sorriu e, lentamente, abriu o sobretudo, revelando sua nudez.
Caio prendeu a respiração, levantando-se da cadeira como se fosse atraído por uma força invisível.
— Você é louca… — murmurou, já segurando sua cintura, colando os lábios nos dela.
Ela riu entre beijos, mordendo levemente seu lábio inferior, sentindo o calor das mãos dele percorrendo sua pele. O perigo, o desejo, a urgência tomaram conta dos dois.
Ele a virou e a deitou sobre a mesa, afastando papéis e canetas sem se importar. Com a respiração pesada, ergueu uma perna dela sobre seu quadril e deslizou os dedos entre suas coxas, sentindo o quanto ela já estava molhada.
Clara arqueou o corpo, mordendo os lábios para conter os gemidos. Lá fora, do outro lado da porta, funcionários digitavam, conversavam, faziam ligações. Mas ali, naquele escritório, só existia o desejo desenfreado entre os dois.
Sem mais demora, ele desabotoou a calça e a penetrou de uma vez, fazendo-a soltar um suspiro baixo. O barulho do ar-condicionado mascarava o som da pele contra pele, dos gemidos abafados pelo medo de serem descobertos.
Caio a segurava forte pela cintura, puxando-a contra si em investidas intensas e ritmadas. Clara cravou as unhas em seus ombros, jogando a cabeça para trás, se deliciando com a combinação do prazer e do perigo.
— Você me deixa maluco… — ele rosnou contra sua pele.
Ela sorriu, sem fôlego, sentindo o clímax se aproximar. E quando veio, foi explosivo. Seu corpo inteiro tremia de prazer enquanto ele também se desfazia dentro dela, abafando um gemido contra seu pescoço.
Alguns segundos depois, ainda ofegante, Clara sorriu travessa e sussurrou:
— Agora, volte ao trabalho, doutor…
E, como se nada tivesse acontecido, ela se recompôs, fechou o sobretudo e saiu pela porta, deixando para trás apenas o cheiro do desejo e a promessa de um próximo encontro.
Conto bem escrito, excitante e sensual. Parabéns!