Dez Anos Casada, Dez Anos de Traição

Marina sabia que sua vida era uma linha tênue entre o desejo e a responsabilidade, mas nunca conseguira se prender à monotonia de um único homem. Seu marido, Gustavo, era um investidor bem-sucedido no mundo do futebol, assim como ela. Juntos, administravam um império de apostas e investimentos em jovens promessas do esporte. Uma sociedade lucrativa, estável, e para o mundo, um casamento perfeito.

Mas ninguém sabia o que acontecia por trás dos acordos e reuniões.

Desde o início, Marina usava seu charme para se infiltrar nos negócios, garantindo parcerias vantajosas com homens poderosos — alguns deles, sócios e investidores do próprio Gustavo. O escritório era seu campo de jogo, onde fechava negócios com sorrisos sedutores e se entregava a prazeres proibidos depois do expediente. Advogados, empresários, olheiros… Todos tiveram um pedaço dela.

Mas nenhum como Rafael.

Antes de Gustavo, antes do casamento, Rafael era seu vício. Alto, atlético, com o olhar de um predador, ele foi o primeiro a ensiná-la que desejo e amor não andavam juntos. O sexo com ele era intenso, dominador, viciante. Quando ela conheceu Gustavo e decidiu se casar, tentou se afastar, mas Rafael nunca saiu completamente de sua vida.

Agora, dez anos depois, ele ainda era seu maior segredo.

Toda semana, Marina viajava para Porto Alegre, oficialmente para acompanhar negociações com empresários e clubes. Mas a verdade era bem diferente. Assim que o avião pousava, um carro a esperava, e minutos depois, ela estava nos braços de Rafael.

A suíte do hotel de luxo já era familiar. No instante em que a porta se fechava, as roupas eram arrancadas.

— Você sente minha falta, Marina? — ele sussurrava contra sua pele, enquanto seus dedos traçavam caminhos pela curva de sua cintura.

— Não faço outra coisa além de desejar isso… — ela gemia, já sem controle.

Rafael não era gentil. Nunca foi. E era exatamente isso que a fazia voltar. Ele a pegava com uma brutalidade possessiva, marcando-a com beijos ferozes, puxões de cabelo, e estocadas profundas que faziam seu corpo se curvar em prazer absoluto.

Naquelas noites em Porto Alegre, Marina esquecia tudo. Não era esposa, não era sócia, não era figura respeitável no meio esportivo. Era apenas um corpo submisso ao desejo avassalador que Rafael provocava.

Depois do sexo, ela ficava deitada sobre o peito suado dele, recuperando o fôlego.

— Você nunca vai deixar isso, né? — ele dizia, com um sorriso malicioso.

Ela apenas sorria, sem precisar responder.

Na manhã seguinte, Marina embarcava de volta para casa. O olhar de esposa perfeita, a postura de mulher bem-sucedida. Seu marido a esperaria com um beijo carinhoso e palavras doces. Mas só ela sabia que, dentro de si, ainda queimava o fogo do pecado que nunca seria apagado.