Confissões Ardentes

Desde que decidiram largar tudo para viver aquele amor intenso, Gabriel e Amanda não tinham um único dia de tédio. A paixão que os consumia era incendiária, e os primeiros meses de casados pareciam um eterno fim de semana de desejo. Se haviam traído seus antigos parceiros para ficarem juntos? Sim. Mas isso só reforçava a química avassaladora entre eles.

Certa noite, depois de uma rodada de vinho e beijos profundos no sofá da sala, Amanda, num misto de confissão e provocação, resolveu abrir um baú de memórias que poderia ser perigoso.

— Preciso te contar algo... — sussurrou, mordiscando o lábio inferior, como se aquilo fosse um jogo.

Gabriel arqueou a sobrancelha, curioso.

— O quê?

— Antes de você, tive outros homens... E acho justo que saiba de tudo.

Ele riu, deslizando a mão pela coxa dela.

— Amor, eu também tive outras mulheres. Mas agora estamos aqui, casados, vivendo o que sempre quisemos.

— Mas os meus não foram apenas casos. Foram homens que marcaram meu corpo... e minha mente. — O olhar dela cintilava entre culpa e excitação. — Eu quero te contar como foi. Todos eles.

O coração de Gabriel bateu mais forte. Aquilo deveria incomodá-lo, mas um calor estranho subiu pelo seu corpo. Amanda percebeu e prosseguiu.

— O primeiro foi um dos meus sócios no negócio de futebol. Sempre viajávamos juntos, e o desejo foi inevitável. Teve um dia, num banheiro de hotel, que ele me pegou de surpresa, me virou de costas e me comeu com força contra a pia... — sussurrou, enquanto as mãos de Gabriel começaram a apertar sua cintura com mais força.

— Continue... — murmurou ele, sentindo-se enfeitiçado.

Amanda sorriu. Ela sabia o efeito que causava nele.

— Depois teve o outro sócio. No escritório. Ele me provocava durante o expediente, até que um dia me pegou na mesa, no meio do horário de trabalho. Eu ainda usava saia, foi rápido e intenso. Não consegui conter os gemidos, quase nos pegaram... — Ela se ajeitou no colo do marido, sentindo sua excitação contra ela.

Gabriel estava cada vez mais vidrado. Amanda continuou, entregando-se ao prazer de narrar suas histórias.

— E os meus antigos chefes do banco... Não resisti. Primeiro um, depois o outro. Um deles me levou para um banheiro no meio de uma festa da empresa. O outro, bem... eu me deitei sobre a mesa do escritório e deixei que me dominasse. Eu adoro ser dominada... — Seus olhos brilharam de malícia.

Gabriel sentia o desejo pulsar dentro dele. A cada detalhe que ela descrevia, mais inflamado ficava.

— Também teve um ex-colega do banco. Eu quase larguei tudo por ele, mas ele não quis. Só me queria no desejo, não para a vida toda. — Ela suspirou. — Me fodia na casa de swing, na frente de outros casais, sem vergonha alguma.

Gabriel gemeu baixo, apertando-a com mais força.

— Depois veio o professor de ginástica. Ele sabia exatamente como dobrar meu corpo... como me fazer gemer alto. Ele me levava ao limite todas as vezes... — Os olhos dela brilharam ao lembrar. — Mas o ápice, Gabriel... foi o investidor. O ex-jogador do Vasco da Gama. Foram os meses mais intensos da minha vida. O sexo mais quente, mais selvagem... Nunca senti nada igual. Ele me tomava de um jeito que eu nunca havia experimentado.

Gabriel sentiu o ciúme se misturar ao tesão. O sangue queimava em suas veias.

— Como assim? — perguntou, a voz rouca.

Amanda sorriu, deslizando os dedos pelo peito dele.

— Quando ele me pegava de quatro, me segurava forte pelo quadril, me puxava para trás, batia na minha bunda... — Ela respirou fundo, mordendo o lábio. — Quer que eu te ensine como era?

Gabriel não respondeu com palavras. Apenas a puxou para si, tomando-a como se quisesse apagar todas as marcas dos outros homens. Mas, no fundo, ele sabia... aquelas histórias o tinham enfeitiçado para sempre. E cada noite, cada posição, cada suspiro de Amanda, ele se perguntava: estava revivendo com ela ou revivendo dentro de si os desejos que agora o consumiam?