Eles adoravam o risco. O perigo de serem descobertos tornava tudo ainda mais excitante. Mariana, sempre impecável em seus vestidos justos e salto alto, adorava provocar Ricardo durante o expediente. E ele, sempre no comando das negociações, nunca recusava um jogo de poder quando estavam a sós.
Naquela noite, o expediente já havia terminado, e a cidade iluminada servia de pano de fundo para a luxúria prestes a acontecer. Mariana estava sentada na mesa de Ricardo, as pernas cruzadas revelando um pedaço generoso de suas coxas nuas. Ele a observava com olhos famintos, já sabendo onde aquilo iria parar.
— Você gosta de me ver assim, não é? — Ela deslizou os dedos pelo decote, provocando.
Ricardo se aproximou, empurrando a papelada para o lado antes de segurar sua nuca e puxá-la para um beijo intenso. O cheiro de perfume caro e desejo se misturava no ar quando suas mãos começaram a explorar o corpo da esposa.
Ela desabotoou sua camisa com pressa, sentindo a ereção dura sob o tecido da calça social. Já estava pronta para rebolar sobre ele ali mesmo quando ouviram o som da porta se abrindo.
Congelaram.
A secretária, Ana, parou na entrada com um arquivo na mão, os olhos arregalados diante da cena. Seu rosto corou instantaneamente, mas, para surpresa dela mesma, não se moveu para sair.
Houve um momento de silêncio carregado, em que apenas a respiração pesada de Mariana e Ricardo preenchia a sala.
— Desculpe, eu… — Ana começou, mas sua voz morreu ao perceber que Mariana a olhava de um jeito diferente. Um olhar que não demonstrava constrangimento, mas algo muito mais intenso… um convite.
— Você entrou no momento certo, Ana… — Mariana deslizou da mesa e caminhou até ela, os olhos predatórios percorrendo o corpo da jovem secretária.
Ricardo sorriu, encostando-se à mesa, ansioso para ver onde aquilo iria dar. Ana hesitou por um segundo, mas a excitação em seu olhar a entregava. Quando Mariana tocou sua cintura e a puxou para perto, a tensão explodiu.
Aquela noite, a sala da diretoria testemunharia um novo tipo de parceria.