Garoto Eu Odeio Odeio Odeio Amar Você 16

Chegamos na madrugada do sábado para o domingo, e no final da tarde fui para a casa do Luke, ele havia me mandado uma mensagem pedindo para eu ir, será que já era normal tanto eu como ele já está com saudades? Depois de uma lua-de-mel incrível que a gente teve? rs, quando cheguei lá minha amada e idolatrada sogra estava fazendo alguns desenhos na mesa da sala:

- Boa tarde tia, tudo bom?
- Boa tarde Lucas, tudo bem sim e com você? Ainda cansado da viagem?
- Um pouco, mas acho que um mais uma noite de sono eu me recupero.
- O Lukas acordou faz pouco tempo, dormiu feito pedra.
- É to sabendo, ele me ligou assim que acordou.
- Pode ir lá no quarto, chame ele aqui, porque quero ter uma conversa com vocês dois ok?
- Certo. - Fiquei tenso assim que ouvi essas palavras da Iza, esse negocio de ter uma conversa não me agradava, sabia que coisa boa não estava por vim.
- Boa tarde amor. - Abri um lindo sorrido para meu Luke.
- Achei que não ia vim mais, demora da bexiga.
- Escuta, sua mãe tá chamando a gente lá na sala, disse que quer ter uma conversa séria com a gente.
- Serio? Ai meu Deus, o que será que ela quer?
- Não sei, não faço a minima ideia.
- Como tava a expressão dela? Tava séria? Feliz? Emburrada?
- Tava normal, acho que não é nada de mais.
- Espero.
- Então vamos?
- Vamos. - Fomos em direção a sala e sentamos no sofá de frente para ela.
- Então meninos, vamos precisar refazer as regras aqui da casa ok?
- Como assim mãe?
- Olhe, eu conversei com a Claudia, e ela acha que o Lucas está passando muito tempo fora de casa, e vocês passam muito tempo juntos, não que isso seja ruim, mais veja bem, amanha começa as aulas de vocês, e vocês vão se ver de manha, se ver de tarde, as vezes dormem juntos, eu sei que ambos são novos e estão com os hormônios a flor a da pele, porém acho que vocês precisam de espaço para pelo menos sentirem saudades um do outro.
- Sim aonde a senhora quer chegar? Quer que eu pare de ver o Lucas é isso?
- Não, tenha calma filho, eu acho assim que deviam regrar um pouco as vindas dos Lucas aqui, a mãe dele sente falta dele também, vocês passam a semana se vendo na escola, e passam o final de semana juntos o que acha?
- Mãe só no final de semana? A senhora por acaso quando começou a namorar meu pai só transava com ele no final de semana? - A Iza por um momento ficou sem reação, igual a mim, como o Lukas teve essa coragem de falar uma coisa dessas para a mãe? fiquei besta.
- Filho, olhe o respeito comigo.
- Ué não te desrespeitei apenas fiz uma comparação.
- Bom, filho você precisa se ocupar a tarde, o Lucas faz basquete na escola toda terça e quinta, você precisa fazer algo durante a semana, se você concordar e a mãe do Lucas deixar, ele pode vim dormir uma vez na semana e no final de semana vocês ficam juntos, pode ser? Pense no que eu falei, vocês vão se ver todos os dias na escola, e depois passar o dia juntos, vão acabar abusando um do outro.
- Impossível mãe, eu amo esse muleke não tem como abusar dele.
- Owwn filho, mas vocês precisam ir com calma ok? E outra coisa, eu pensei em matricular você no inglês, só tinha disponível segundas e quartas, pode ser?
- E eu vou ver o Lukas quando? Na sexta?
- Ele pode vim na quarta depois do inglês.
- Fora que a gente estuda mãe, o Lukas só tirou notas altas agora porque eu ajudei ele ensinando, a gente estuda primeiro e depois namora, nunca quebramos essa regra.
- É verdade tia, eu até insistia pra gente pular a parte do estudo mas o Luke não deixava, só quando acabasse toda a matéria. - Como assim, eu tinha dito isso.
- Então, vamos combinar assim então?
- Tá mãe, tá tá, vai ser do jeito que você quer então.
- Filho, tente entender e não fique com raiva da mamãe.
- Tá mãe, deixe sei que é o melhor, vou pro meu quarto com o Lucas, posso?
- Pode filho. - Então fomos para o quarto, o Luke passou a chave.
- Ai que saco isso da minha mãe, sério, daqui a pouco ela vai ta igual ao meu pai.
- Own amor, pare por um lado ela tem razão, a gente não pode ser tão grude assim, não que isso seja algo ruim, pelo contrario é bom em parte, tipo, hoje eu estava com saudades de você porque eu não te vi a poucas horas, e foi bom te ver, é isso que sua mãe quis dizer, pra gente sentir um pouco de saudade sabe?, e não é por conta disso, porque a gente vai se "ver" somente uma vez por semana que a gente não vai transar durante a semana né? Até parece rs.
- Pensei o mesmo kkkk.
- Pois é bobinho, por isso que eu te amo tanto.
- Também.

Então ficamos namorando até tarde, devido as novas regras eu não poderia dormir lá então quando deu uma 23:00 fui para casa, o nosso sexo ficava melhor sempre, e cada vez eu sentia menos vontade de querer ser ativo com o Luke.
Na escola algumas coisas mudaram, eu pedi para o Luke parar de ir mulambento para escola, ele não precisava mais agir como um garoto pobre ou coisa do tipo, e aquelas fardas dele que deixava ele um balão e enorme de gordo pedi para jogar fora rs. Esperei ele na frente da escola quando sua mãe o deixou, o vi o quão bonito ele estava e fiquei um pouco com ciumes também, óbvio que várias meninas e meninos iriam olhar para ele, agora que ele não usava mais aquela farda velha junto com o tênis surrado e aquele óculos do avô dele rs, quando entramos na sala o Carlos estava ao fundo com meus amigos, que mais parecia agora antigos amigos, desde o começo do namoro com o Luke que eu me afastei um pouco da galera do basquete e do Carlos também, apesar do Carlos ser afim de mim eu queria amizade com ele ainda, sentia falta de nossas conversas e quem sabe ele não poderia arrumar um namorado e poderia sair nos 4 juntos, lógico que isso seria uma hipótese, algo a ser pensado bem lá na frente, mas eu decidi que precisava me reaproximar do Carlos, não precisava ser tão grude com o Luke:

- Luke senti saudades do Carlos agora, estamos tão distante sabe?
- Que tipo de saudades, posso saber?
- Besta, deixa de ciúmes, é saudades de amigo mesmo, de conversar, jogar vídeo game, essas coisas sabe? Desde o nosso trabalho que eu meio que me afastei dele e dos outros meninos, não que eu ache ruim está com você, pra deixar claro, porém agora entendo um pouco a sua mãe quando ela falou aquelas coisas.
- Entendo, pra você deve ser difícil mesmo, afinal você é uma das pessoas mais populares da escola, tem milhões de amigos, diferente de mim, que não tem nenhum amigo.
- Calma Luke, você só é assim porque você optou por isso.
- Não Lucas, eu não optei, eu apenas quis ter a certeza de que todos nessa escola eram como eu imaginava.
- Eu não penso assim você sabe.
- Você é uma exceção, uma rara exceção, vou me sentar, a professora chegou.

Notei que o Luke ficou chateado, talvez ele tenha ficado um pouco com razão, ele mesmo resolveu se exclui de todos, por achar que todo mundo não prestava, que era interesseiro e coisa e tal, durante a aula mandei vários bilhetinhos pra ele pedindo desculpas, dizendo que o amava, que se ele me amava tinha que rir, foi um atrás de outro, até que conseguir amaciar o seu coração. Naquele semana as regras já estariam valendo, só poderia frequentar a casa do Luke uma vez por semana, e nos finais de semanas fui para casa, almocei e fiquei estudando, meu pai continuava em casa, ainda não tinha arrumado nenhum emprego, comecei a ficar um pouco preocupado com essa situação, então liguei para minha mãe:

- Mãe, o pai não vai mais trabalhar?
- Porque a pergunta filho?
- Ué, ele vive em casa agora, acho estranho isso.
- Ele ta vendo se abre um negócio com o dinheiro da rescisão da empresa do pai do Lucas, só que ainda não saiu e ele está só com projeto mesmo.
- Ah ta entendi.
- Porque você não fala com ele?
- Ele não me quer mais como filho esqueceu?
- Vocês dois são duas crianças, claro que ele te quer como filho, ele ama você.
- Tá bom mãe, tchau, bom trabalho viu?
- Você está em casa porque? Não foi para casa do Luke?
- Novas regras, a Iza disse que só posso ir nos finais de semanas e talvez em dia na semana.
- Ah verdade, a gente conversou sobre isso, você estava morando lá praticamente.
- Nada haver mãe, exagero da senhora e da Iza.
- Tudo bem filho, depois a gente conversa ok? Vá estudar e fale com seu pai, beijão.
- Tchau, beijo.

Fiquei preocupado com essa situação do meu pai, então resolvi tomar coragem e fui falar com ele, ele estava sentando no sofá assistindo TV, então cheguei:

- Oi pai, tudo bem?
- Diga o que você quer.
- Não quero nada, só conversar mesmo com o senhor.
- Estou bem, não quero papo com você. - Ele se levantou e foi em direção ao quarto.

O fato de meu pai não falar comigo direito estava começando a me deixar triste, eu não quero ser um péssimo filho ou coisa do tipo, eu sempre fiz tudo que os meus pais queriam, ia para todas as festas e eventos das empresas, participava de coisas da família, mesmo não gostando muito. Então passei a tarde trancado no meu quarto, chorei um pouco e depois enfiei minha cara nos livros, entre uma estuda e outra trocava mensagem com o Luke.

A nova semana com as novas regras foi melhor do que esperávamos, tanto eu com o Luke estávamos achando que ia ser difícil ou coisa do tipo, porém foi bem fácil, a gente se via todos os dias na escola, trocava alguns beijos no banheiro, fazia pegação, a única coisa que não fazíamos era sexo, porém sexta, sábado e domingo, transávamos tudo o que não tínhamos transando durante a semana, passamos todo o sábado praticamente trancado no quarto transando, a Iza tinha ido passar o dia com o Juninho então ficamos a sós e aproveitamos da melhor forma. No domingo a noite a Iza chega e fala que quer conversar com a gente:

- Lukas, preciso falar com você, talvez tenhamos que rever as regras novamente.
- A mãe, não vou deixar de ver o Lucas não.
- Não vai, não é sobre isso, é algo um pouco mais sério, passei o final de semana com seu pai e com seu irmão, e seu pai sente muito a sua falta e a minha também, e ele disse que está disposto a mudar, disse que vai aceitar seu namoro com o Lucas.
- Não mãe, eu odeio meu pai, não vou voltar a morar lá não.
- Calma filho, eu sei que o seu pai errou feio, não só com você, mas ele errou comigo também, nesses últimos dias ele andou fazendo terapia, e disse que estava disposto a mudar, porque tanto eu como você não fazemos uma forcinha e damos uma segunda chance para ele?
- Impossível mãe, uma pessoa não muda da noite pro dia.
- Eu concordo com você filho, mas seu pai está se tratando e está disposto a mudar, ele até ligou para o pai do Lucas e pediu desculpas pelo o que ele tinha feito e pediu para ele voltar a trabalhar.
- Duvido, aposto que ele só se desculpou do pai do Lucas porque a empresa estava afundando, ninguém lá faz o que o pai do Lucas faz, nem mesmo meu pai, ele foi um idiota de ter demitido ele, espero que ele não aceite esse pedido de desculpas.
- Acho difícil meu pai aceitar, meu pai é muito orgulhoso.
- Bom ai eu não sei, se ele vai voltar ou não, a questão é que eu acho que seu pai merece uma segunda chance.
- Eu não vou me sentir a vontade em namorar lá com o Lucas depois de toda humilhação que ele me fez.
- Eu sei filho, foi por isso que eu tive uma ideia maravilhosa, eu sei que no fundo no fundo você gosta daquela casa, gosta do lago, gosta do seu antigo quarto, e também gosta desse AP, por menor que ele seja, então eu tive uma ideia, a gente volta a morar na nossa antiga casa, e você fica com esse AP pra você de presente, a gente reforma do seu jeito, derruba aquela parede que da do seu quarto para o outro quarto e faz uma mega suite, e você pode vim pra cá quantas vezes quiser com o Lucas, com seus amigos, pode vim dormi também, sei que você é novo ainda pra morar só, porém você fica mais privado aqui com o seu namorado, o que acha?
- Aaaaah mãe, sendo assim podemos voltar agora. - Disse o Luke feliz da vida.
- Sabia que você não ia resistir, então amanha a gente volta ok?
- Certo, mas a primeira briga com o meu pai e venho me embora pra minha casa viu?
- Certo, combinado, eu vou sair agora, vou jantar com a Claudia, temos que debater alguns pontos de um projeto, não tenho hora pra volta, e vocês tem hora pra dormir, lembrem que amanha cedo tem aula viu?
- Ok mãe.

Então voltamos para o nosso quarto, o Luke ficou feliz por ter ganhando o apartamento e poder ajeitar ele do seu jeito e obvio que eu também, íamos ter 100% de privacidade. Fiquei com um pouco de inveja do Luke, o pai dele sentia falta dele e estava arrependido, enquanto o meu a cada dia que passava me considerava menos como filho e isso me doía de certa forma, porém se o pai do Luke havia pedido desculpas e ter oferecido o emprego de volta havia uma pequena esperança de meu pai voltar a falar comigo. Eu e o Luke ficamos deitado assistindo filme e acabamos pegando no sono, não transamos pois ainda estávamos cansado da maratona de sexo, só transamos de manha no banheiro enquanto a gente se arrumava para ir para escola.

Quando começou a aula de historia aquela mesma professora que passou o trabalho dos 90 passou um novo trabalho, só que agora seria em trio e ela ia separar os trios, acabou que fiquei separado do Luke, meu trio foi o Carlos e o Yan, e o Luke ficou com o Isaac e Gustavo, fiquei um pouco de medo a principio e com ciumes, fiquei com medo do Carlos e com ciumes do Gustavo, ele era bonito era do time de futebol, mas eu não sabia se ele era gay, se bem que eu não era gay quando fiz o trabalho dos anos 90, e enfim, resolvi não me preocupar, talvez fosse pior se fosse em dupla, mas como era em trio não haveria problemas a principio. O Carlos ficou feliz por eu fazer parte do trabalho, seria uma ótima chance para a gente se reaproximar.