Garoto Eu Odeio Odeio Odeio Amar Você 22

Acabei pegando no sono, quando acordei tinha milhões de mensagem no whatsapp do Carlos, pedindo pra conversar, me pedindo perdão e coisas do tipo, apenas ignorei, olhei e não respondi, então mandei um oi para o Luke, minutos depois ele me respondeu um oi, então perguntei se ele queria vim na minha casa para conversamos, e ele respondeu que achava melhor não, pois estava tarde, que na escola a gente conversava, então mandei um boa noite, e fui dormir, antes de pegar no sono fiquei pensativo, será que eu teria uma nova chance com o Luke? Ou tudo não ia passar de um mal entendido, decidi não pensar mais a respeito sobre esse assunto e então peguei no sono.

Acordei, me arrumei e fui para aula, quando cheguei na escola o Carlos estava no patio me esperando, quando me viu veio até onde eu estava e falou:

- Lucas, vamos conversar por favor.
- Carlos me deixa okay? Preciso de um tempo, o que você fez não foi legal, você jogou sujo.
- Lucas eu te amo, entenda isso, eu só fiz isso porque queria você, eu te amo muito.
- Carlos eu até que estava gostando de você, estava conseguindo esquecer o Luke, estava me envolvendo de verdade com você, porém infelizmente não conhecemos as pessoas como elas são de verdade, agora da licença que estou atrasado.

Me virei de costas e deixei o Carlos plantado no patio, eu estava com raiva dele, ele tinha jogado muito sujo armando para o Luke me flagrar transando com ele, tudo bem que eu errei também, porque antes do Luke me flagrar eu já havia ficado com o Carlos, estava um pouco envolvido com ele, as vezes eu acho que o grande safado dessa historia sou eu, e não o Carlos ou Luke, porém prefiro não pensar assim, prefiro pensar que o culpado é o Carlos ou o próprio Luke. Quando cheguei na sala o Luke estava sentando com os seus amigos, então fui até onde ele estava e falei:

- Bom dia Luke, você pode vim comigo aqui fora rapidinho?
- Posso. - Então partimos em silencio, até o corredor, quando chegamos lá mal conseguia olhar nos olhos do Luke de tanta vergonha, e após alguns segundos em silencio eu disse.
- Luke, me perdoa por favor, eu não sabia que o Carlos tinha armado para mim, me da uma chance.
- Chance? Lucas você fumou maconha estragada? Independente do Carlos ter armado ou não, você transou, e beijou outro AO MESMO tempo, você acha que eu devo esquecer isso da noite para o dia? Você acha que é fácil? Me responda você, se fosse eu que estivesse no seu lugar, se fosse eu que estivesse comendo o furico do Yan e beijando a boca do Carlos, você iria me perdoar? Iria esquecer da noite por dia, porque simplesmente o idiota do Carlos armou para você? Vamos, me responda, não precisa pensar.
- Luke é diferente.
- Diferente? Diferente o que? Não entendo, me explique.
- Deixe de complicar, eu te amo, você sabe disso, não consigo tirar você da minha cabeça.
- Não parece, se você não lembra você me fez juras de amor, um dia antes de me trair, eu sinceramente não acredito em absolutamente nada do que sai da sua boca, você é um cretino, isso que você é um CRETINO, quer que eu soletre? C-R-E-T-I-N-O.

Então o Luke fez o mesmo que eu havia feito com o Carlos minutos atras, virou as costas para mim, e me deixou de cara no chão, o Luke tinha um pouco de razão, eu tinha culpa, e uma coisa dessas não se esquece da noite para o dia, talvez o melhor seria deixar o tempo resolver tudo, ele era o único que tinha esse poder. Resolvi então deixar de correr atrás do Luke, e me juntei a ele, ao Carlos e ao Yan para concluirmos o trabalho, tínhamos 15 dias, e eu precisava daquela nota para poder ficar de férias o mais rápido possível, e foi isso que aconteceu, durante os 15 dias, me dediquei ao máximo ao trabalho e aos estudos, resolvi parar de pensar no Luke, já o Carlos não largava do meu pé, vivia me pedindo desculpas e uma chance, e eu sempre ignorando, como ele era a minha "dupla" para o trabalho, havia dias que a gente pesquisava o trabalho na minha casa, ele tentava umas investidas, mas eu recusava, eu não iria conseguir me concentrar em ficar com ele novamente, pelo menos não naquele período em que eu havia decidido que iria me focar nos estudos.

O trabalho foi um sucesso, o Luke como sempre dava um show no seminário, conseguia prender a atenção de todos, até daqueles alunos que não se interessava, e na feira de ciências, o Luke deu outro show, assim como eu, o Yan e o Carlos, mas nenhum de nos três chegava aos pés do Luke. Agora era a hora de se dedicar as últimas provas que estavam por vim, só que naquele dia eu estava deitado em casa estudando, quando a porta do meu quarto bate, quando vou abrir me deparo com o Luke:

- Oi. - Disse o Luke.
- Oi, que milagre você aqui.
- Estava com saudades de você, posso entrar?
- Claro, que sim, entre. - Então estendi a mão para ele.
- O trabalho foi um sucesso não foi? Acho que a gente deveria comemorar o que acha?
- Foi graças a você que da um show em cada seminário, e se não fosse você para organizar as ideias não teria ficado tão legal como ficou.
- Bobagem, não fiz nada de mais, só o de sempre mesmo. - O Luke então se senta na minha cama.
- E ai, como estão as coisas?
- Estão bem, e com você? Como esta de morada nova?
- Ah, no começo eu não me acostumei, meu antigo quarto era bem maior e tals, depois de um tempo que fui me acostumando.

Então me sentei do lado do Luke, e ficamos nos olhando por um tempo, então ele me roubou um beijo, e ficamos nos beijando por aproximadamente dois minutos, então parei de beijar ele e disse:

- Luke eu te amo muito.
- Ai para com isso Lucas, você sabe cortar qualquer momento bom.
- Hãã? Como assim? Ficou maluco?
- Vou embora, você estraga qualquer momento, falando essas besteiras de te amo, que não me esquece, porque você não entende que a gente não da mais certo?
- Luke? Você me beijou, pirou?
- Beijei, mas não significa que eu amo você, quero diversão, curtição, só sinto falta disso com você, não consigo gostar mais de você, entenda isso.
- Você é um idiota Luke, isso que você é.
- Idiota é você, vou embora, já vi que não rola nada aqui.
- Espera. - Peguei ele pelo braço.
- Me solta, vou embora, vou atras de uma nova diversão.
- Ridículo, isso que você é.
- Obrigado, boa noite.

Juro como eu tentava martelar na minha mente o que se passava pela cabeça do Lukas, o que fazia ele ir até minha casa, me beijar e depois surtar só porque eu falava que amava ele? Ele não era normal, ele tinha algum problema, não existia uma outra explicação para isso, resolvi não me importar com isso, acho que se fosse em outra tempo eu teria chorado, ou ficando triste, porém aconteceu o contrario, fiquei na minha, e se o Lukas ia atras de diversão, e iria fazer o mesmo, foi então que mandei uma mensagem para o Carlos, chamando ele para ir na minha casa, não demorou muito e ele respondeu que chegava logo, e quinze minutos depois ele chegou, quando entrou no meu quarto, não pensei duas vezes, joguei ele contra a parede e comecei a beijar, e a tirar sua roupa, acabamos transando ali mesmo no chão do meu quarto, ficamos em silencio, só trocávamos gemidos, quando gozei e ele também, o Carlos veio falar:

- Eu te amo Lucas, porque você faz isso comigo hein?
- Ai Carlos, não estou preparado para ouvir esse tipo de coisa, eu estava de boa aqui, e queria uma curtição, só isso, não estou pedindo você em namoro, nem tão pouco te dando desculpas pelas coisas que você fez, só queria curtir o lance mesmo.
- Como você pode ser tão frio a esse ponto, você acha que eu sou o que um objeto sexual seu que você tem quando bem entender?
- Carlos, não quero discutir, melhor você se vestir e ir embora.
- Tudo bem então seu idiota, pelo menos agora eu aprendi a lição, você não presta, você é aquele seu ex se merecem, adeus.

O Carlos então foi embora e eu fiquei sozinho refletindo sobre o que eu tinha feito, e talvez eu acho que entendi um pouco o lado do Luke, porque eu fiz com o Carlos o que o Luke havia feito comigo, e acho que o Carlos sentiu o mesmo que eu senti pelo Luke, posso dizer que esse "triangulo" que eu estava envolvido era bem complicado, eu amava o Luke, o Luke me ignorava, então eu procurava o Carlos que me amava, mas eu ignorava ele, seria meio que um ciclo sem fim, e eu precisava parar isso antes que alguém saísse machucado, e eu não queria que eu fosse esse pessoa que saísse machucada, decidi então que iria deixar o Luke e o Carlos de lado, iria me focar nos estudos e nas férias que estava prestes a chegar.

Durante a semana um amigo meu do basquete o Fernando, me chamou para um churrasco na casa dele, iria algumas pessoas da sala dele, e do colégio, resolvi aceitar o convite, afinal eu precisava me distrair, tinha sido uma semana bem difícil, as provas estavam mantado, e com relação ao Luke e ao Carlos, eu achei engraçado, por que cada um de nos, sentamos em uma ponta da sala, o Carlos sentava na frente na primeira fileira, o Luke no meio na fileira do meio, e eu na ponta da ultima fileira. Evitei ambos o máximo que eu podia, quando a gente se esbarava era durante o recreio, ou quando estávamos indo embora, e não passava de uma simples trocar de olhar.

Finalmente havia chegado o sábado e fui para o churrasco do Fernando, quando cheguei lá havia umas 15 pessoas mais ou menos, tinha alguns meninos do basquete, e outras pessoas que eu conhecia apenas de vista. Fiquei socializando com algumas pessoas durante a tarde toda, depois chegou mais alguns alunos, que eu nunca havia visto, e um me chamou um pouco de atenção, trocamos alguns olhares, ele tinha algo que me chamava atenção, era o lábio que sempre estava molhado, e o jeito que ele me olhava, ele entre uma conversa e outra no grupo de amigos que ele estava olhava pra mim, e eu correspondia ao seu olhar, eu estava sentado com o a galera do basquete e ele estava a umas duas mesas depois da minha, foi então que eu me levantei e fui até o banheiro, que ficava na parte de trás da churrasqueira, quando eu abri a porta ele estava lá me esperando, e então ele piscou o olho pra mim, e me empurrou para dentro do banheiro, e fechou, e começamos a nos beijar ali mesmo, foi um beijo rápido, quando terminamos de nos beijar ele disse:

- Lucas sempre te achei um gato, quando você passava não tirava o olho de você.
- Sério? Como nunca eu reparei em você?
- Você estava sempre com seu namorado, não olhava para os lados.
- Como você sabe tanto da minha vida?
- Ué, quando a gente se interessa por alguém, vai atras das informações.
- Então você sabe que eu estou disponível?
- Não tinha a certeza a minutos atrás.
- Safadinho você, qual seu nome?
- Bruno, prazer. - Piscou o olho para mim, essa piscada de olho dele me matava. (Bruno do conto Entre Homens)
- Vamos sair daqui, pode chegar alguém, e não quero ficar falado.
- Tudo bem, vamos conversar lá fora.

Então saímos do banheiro, por sorte não havia ninguém na porta esperando, fiquei sentando com o Bruno e ficamos conversando sobre muitas coisas, ele namorava com um menino da sala dele que se chamava Lucas também, mas eles estavam passando por uma fase difícil também, ele me falou que desde o começo do ano que sempre olhava pra mim, só que nunca havia dito uma brecha para uma aproximação, contei um pouco da minha vida para ele, resumi minha historia com o Carlos e o Luke, e então ele me ofereceu uma carona, ele dirigia, o pai deixava ele pegar o carro para ir para escola e para cantos que fossem perto da sua casa, voltei com ele, no carro trocamos mais beijos e acabamos transando, ele me comeu de jeito, foi um sexo bom, e posso até dizer que foi melhor do que o Luke, na verdade eu estava feliz comigo mesmo porque havia me permitido a ter ficado com o Bruno, o mundo gay não se resumia a somente sexo com o Carlos e com o Luke, tinha milhões de garotos e homens, e foi nesse dia com o Bruno que abri meus olhos quanto a isso. Acabei transado com o Bruno outras vezes, mas no fim acabamos virando amigos, ele conhecia muita gente do meio, e como estávamos de férias saímos sempre quase todos os dias, íamos para um bar gay que ficava perto da casa dele, fazíamos festas no apartamento dele e por ai foi crescendo nossa amizade.

Na segunda semana de dezembro iria acontecer uma micareta na minha cidade que todo ano tem, o Carnatal, então eu o Bruno fomos no bloco da Ivete, fizemos uma previa na casa de um amigo dele, e bebemos dois litros de vodka sky, durante todo o percusso de Ivete eu não lembro absolutamente de nada, parece que minha memoria havia apagado, eu abri os olhos e não me lembrava absolutamente de nada, e não consegui reconhecer o quarto que eu estava, foi então que me toquei que eu estava pelado e tinha uma pessoa do meu lado, quando olhei, essa tal pessoa era o Luke.