Garoto Eu Odeio Odeio Odeio Amar Você 27

Confesso que fiquei surpreso quando eu vi o Carlos, por um momento fiquei com ódio dele, mas eu mesmo tempo resolvi da uma chance, afinal não custava nada ouvir o que ele tinha para me falar.

- Como passou o verão?. - Falou o Carlos se sentando na minha cama.
- Muito bom, estava em Iracema, e foi o melhor verão que já passei sem dúvidas.
- Hmm, deu muito beijo de boca?
- Sim, muitos, e você?
- Viajei para o Rio com meus pais, mas não fiquei com ninguém, eu pensei muito na gente, e em tudo que eu fiz, eu preciso te pedir desculpas pelo o que eu fiz, eu sei que não foi certo ter armado para o Luke ter flagrado a gente, porém eu estava com ciumes, eu vi o quando você estava envolvido e eu sempre fui afim de você, desde o nosso lance.
- Olha Carlos, pra mim isso passou, sinceramente, até vejo por um lado bom isso, pois eu e o Luke jamais daríamos certo, ele é bem diferente de mim, e eu estou numa outra vibe hoje em dia, percebi que existem outras pessoas, e que não devo me prender ao Luke, afinal ele esta no Canadá, e sabe lá Deus fazendo o que.
- É, eu vi umas fotos dele, e fiquei preocupado com você, sei lá, como você estava, essas coisas, eu pensei muito em você, e me preocupei, afinal antes de qualquer coisa, a gente tinha uma amizade saudável, eu te considerava meu melhor amigo, e vice e versa, e depois do nosso afastamento eu percebi isso, que você fazia falta, mesmo sabendo que você estava feliz com o Lukas. Eu agir por ciúmes, ciúmes de tudo Lucas, da amizade, dele ser seu namorado, enfim, eu compliquei muito. Hoje a gente poderia estar ao menos com uma amizade, porém eu não sei se isso seria suficiente para mim.
- Olha Carlos, eu gosto muito de você, e não vou mentir que sinto falta da sua amizade, mas infelizmente eu não posso controlar o meu coração, nem por quem eu vou me apaixonar, eu me apaixonei perdidamente pelo Luke, foi algo muito intenso inclusive, e eu gosto de você também, gostei de ter ficado com você, mas sei lá, as coisas são complicadas, você sabe bem disso, que nem tudo são flores não é mesmo?
- Eu sei Lucas, mas por favor, me da uma chance, só uma, eu posso te mostrar que posso te fazer feliz.

Fiquei pensativo com as palavras que o Carlos havia acabado de me falar, de fato eu sentia algo por ele, não era algo como o que eu sentia pelo Luke, e depois do verão que eu passei, transando com um e com outro, até que foi bom, só que depois vem uma sensação de vazio, não sei explicar, tipo, eu gostei muito de ter transado com o Ricardo, só que ao mesmo tempo quando eu fui para casa e transei com meu primo, depois eu fiquei me sentindo estranho, sozinho, como se esse tipo de sexo fosse passageiro como um efeito de uma droga, era um sexo bom no momento, não era um sexo como o Luke, que a gente ficava trocando caricias, dormia abraçado, enfim, eu percebi que eu precisava desse carinho e se não fosse com o Luke seria com o Carlos, ele estava disposto a fazer tudo por mim, e talvez se eu desse essa chance para ele, as coisas poderia melhorar para mim, afinal ainda iria falta um mês e quinze dias para o Luke voltar do Canadá, foi então que depois de um bom tempo em silencio com o Carlos no quarto, eu resolvi falar:

- Olha Carlos, eu gosto de você, porém eu não tenho a certeza se eu é como amigo ou como namorado, vou te dá uma chance, só essa chance, e quero que você me prove que é capaz de me fazer feliz, agora eu vou ser sincero com você, caso eu não esteja na mesma sintonia que você, eu vou precisar acabar, porém, eu acho que você merece essa chance.

Os olhos do Carlos ficaram marejados com o que eu tinha acabado de falar, então fiquei de frente a ele, ele estava sentando na minha cama, e me abraçou pela cintura, ficamos um certo tempo assim, ele sentado e eu em pé, e depois trocamos um beijo, e acabamos transando o resto do dia.