Descrição dos personagens:
Lucas- Ruivo, olhos verdes escuro, pele branca, estatura média, corpo liso, com poucos pelos nas pernas, corpo definido por exercícios.
João e Gabriel (Idênticos) - Ruivos, olhos verdes claro, algumas sardas no rosto, pele branca, alguns centímetros mais baixos que Lucas, magros mas definidos, pelos nas pernas e um caminho de pelos ralos na barriga
Thiago- Ruivo, olhos verdes e escuros, pele branca, pelos no peito, na barriga e nas pernas, alto e forte, corpo malhado de exercícios.
Clara- Loira, branca, magra e delicada
Demais personagens que aparecerem serão descritos futuramente.
Cap 1.
Ele era o príncipe, aqueles pensamentos e desejos não deveriam passar por sua cabeça, ele tinha uma reputação a zelar e um pai a temer.
Lucas era o filho mais velho de três irmãos, Gabriel e João, gêmeos idênticos que eram um ano mais novos que ele. Diferente de Lucas, eram extrovertidos e brincalhões, talvez por não carregar o peso que Lucas carregava nas costas, ele era sucessor ao trono, eles não.
O aniversário de dezoito anos de Lucas estava próximo, e com isso ele sabia que estava chegando a hora que ele mais temia, deveria escolher uma esposa e, nos últimos meses, seu pai não o deixou esquecer disso um dia se quer.
Todos estavam sentados à enorme mesa do jantar, seu pai Thiago parecendo preocupado com outras coisas além de comer, a seu lado sua mãe Clara, que desfrutava tranquilamente de sua refeição, ao lado de Lucas os gêmeos mais cochichavam do que comiam, e era assim quase em todo jantar, apesar de ser uma família unida, Lucas em nenhum momento conseguia se esquecer de que era da família real, e sempre imaginava se as refeições na casa de outras pessoas também eram assim, caladas e cada um cuidando dos seus próprios problemas e pensamentos.
- E então meu filho, alguma princesa que o interessa? Alguém que eu e sua mãe devemos considerar como futura nora e princesa de Jardan? - a pergunta de seu pai veio tão subitamente que Lucas derrubou seu talher sobre o prato, fazendo um barulho alto demais para o espaço em silencio, atraindo a atenção de todos da mesa para si.
- Não papai, eu só vejo meninas em bailes e nunca tenho a oportunidade de trocar mais do que um aceno com elas, como quer que eu esteja apaixonado por alguém? - Lucas deu um grande suspiro mexendo na comida com seu garfo sem olhar para ela.
- Ah irmãozão, e quem disse que precisa se apaixonar pra casar? – disse Gabriel, falando pro irmão em tom zombeteiro, sabendo que o assunto lhe incomodava. – Ou você quer ser o primeiro rei de Jordan sem esposa?
Todos a mesa riram, exceto Lucas, que revirou os olhos achando aquele assunto tedioso.
- Escute meu filho, as vezes o amor vem depois, nem todos tem a sorte que eu e sua mãe tivemos – ele segura a mão de rainha Clara – As vezes os sentimentos se afloram depois do casamento e você aprende a amar sua esposa, você não precisa escolher uma esposa pela qual esteja apaixonado e sim uma que seja agradável e que você ache que isso pode acontecer no futuro.
Clara apertou a mão do seu marido e deu um sorriso terno ao filho.
– Claro que essa é apenas a opinião do seu pai, por mais que você tenha que escolher uma esposa até seu aniversário daqui a cinco meses, até o último minuto você tem a chance de se apaixonar.
Lucas olhou pra sua mãe sorrindo, pensando em como ela sempre tinha um bom conselho pra dar, e sempre fazia de tudo pra ficar ao seu lado, mesmo quando ele não estava certo, pensou em como não queria decepciona-la, como contar a verdade a todos sem faze-los sofrer, isso não era possível, a verdade jamais seria contada. Lucas terminou sua refeição, sem prestar muita atenção na conversa que acontecia a seu redor e pediu licença pra ir a seu quarto.
Lucas sabia desde muito novo que era diferente. Até pouco tempo ele mesmo não entendia como, porque e o que o tornava diferente, até que em uma tarde, quando ele tinha por volta de quinze anos, ele estava lendo um livro na perto da enorme janela em seu quarto que tinha como vista o lindo e cuidado jardim do palácio, os guardas estavam lá se exercitando, a maioria sem os seus uniformes, alguns com camisetas regatas e calças, outros sem camiseta e shorts. Olhando para fora, Lucas já não prestava atenção no seu livro, conseguia apenas olhar os guardas no jardim, reparando em seus corpos, como alguns eram mais magros, enquanto outros eram mais fortes, alguns com corpos lisos, outros com pelos nas axilas e na barriga, que começavam acima do umbigo e descia até dentro de suas calças. Lucas então começou a sentir algo que nunca havia sentido antes, seu membro começou a se mover dentro de suas calças levantando um avantajado volume, que Lucas percebeu acontecer por olhar os guardas e imaginar onde aquele caminho de pelos iria parar, e como eles se encontravam quando chegasse lá em baixo.
Nervoso, Lucas abriu o botão da sua calça e abaixou o zíper, abaixando sua calça e cueca e comtemplou seu membro rígido, olhava que alguns pelos começaram a nascer nele, mas nada comparado aos guardas, os seus eram ralos, e sua barriga era lisa, nenhum sinal de pelos apareciam nela. Lucas voltou a olhar pra fora e reparou que um guarda o olhava com as mãos na cintura. Lucas viu o suor lhe escorrendo pelo peito, descendo por barriga e com um susto levantou as calças e a fechou, tão rápido que teve sorte a não machucar seu membro rígido. Lucas saiu da janela e se deitou na sua cama, com a cabeça cheia de pensamentos.
-Não é possível que ele tenha visto, minha cintura estava abaixo da janela, porque ele estava me olhando? E como ele ousa me olhar, eu sou um príncipe, ele é apenas um guarda! E por que isso acabou de acontecer? Porque olhá-los se exercitar causou essa agitação estranha no meu corpo, eles são homens, isso está errado.
Muitas perguntas e dúvidas passavam pela cabeça de Lucas naquele momento, mas uma coisa ele tinha certeza, isso era errado e nunca voltaria a se repetir, devia ser algo que ele ainda não tinha aprendido com seu professor e talvez não fosse uma boa ideia perguntar. Lucas jurou a si mesmo nunca mais pensar naquilo e nunca mais sentir aquilo, não era certo e não devia se repetir.
Lucas estava sentado em sua cama lembrando dos acontecimentos daquele dia, agora quase três anos depois, próximo a seu aniversário de dezoito anos, era mais difícil pra ele não pensar nessas coisas, agora Lucas já sabia que era gay, descobriu lendo um dos livros da sessão proibida do castelo em que falava de relacionamento com pessoas do mesmo sexo muito brevemente, não respondeu nem um terço das dúvidas que Lucas tinha, mas foi o suficiente pra ele saber o que ele era, e saber que não sentia nenhum pingo de atração pelo sexo oposto, muito pelo contrário, não se interessava nenhum pouco pelo corpo feminino, mas já se pegou algumas vezes olhando ‘’sem querer’’ pela janela do seu quarto enquanto os guardas se exercitavam, Lucas os desejava, mas sabia que não passaria de desejos, e ainda não sabia como abaixar seu membro, que ficava rígido com uma frequência maior ultimamente.
Fim do capitulo 1
Comentários, elogios e críticas são bem vindos :)
Parabéns pelo conto! Gostei desse clima de contos de fadas e me parece que essa história se desenvolverá muito bem. Obs: não demore muito para postar a continuação por favor.