Meu Delegado - Capítulo 13



Sophia
Acordo com beijos sendo distribuídos pelo meu pescoço e mãos fortes segurando-me pela
cintura. Quando finalmente consigo abrir os meus olhos, me viro e vejo o Rodrigo atrás de
mim, sorrindo. Sem pensar muito ele me rouba um selinho demorado e depois volta a me
apertar em seus braços.
- Bom dia. – ele diz.
- Bom dia... Que horas são? – digo tentando me soltar dos seus braços para ver as horas no
relógio, do outro lado do criado mudo. Mas ele não deixa.
- Huuum... – ele se vira para o lado e olha no relógio. – 07h30min.
- O QUÊ!! – me solto dele rapidamente, levanto-me da cama e corro até o banheiro. – Meu
Deus! Eu dormi demais. E você está mais que atrasado para o trabalho. Caramba! Eu tenho
que preparar o seu café da manha e...
- Calma. – ele diz chegando no banheiro e me abraçando por trás.
- Calma nada, Rodrigo. O que você está fazendo assim, desse jeito ainda? Vai se arrumar
enquanto eu preparo o seu café. – eu ia sair do banheiro, mas ele me puxou de volta.
- Sophia, calma. Eu não vou para a delegacia hoje. – diz sorrindo.
- Ah não? – digo agora ficando mais tranquila.
- Não. Hoje é o meu dia de folga. Depois da operação de ontem, eu mereço.
- Aquela que você falou do deputado e de não sei mais o quê?
Ele solta um sorriso e responde.
- Sim. – ele me solta, pega sua escova de dente e eu faço o mesmo. – Foram meses de
investigações incansáveis. Dias sem dormir. Muita dor de cabeça. Mereço pelo menos um dia
de folga depois disso.
Ele começa a escovar os seus dentes e eu faço o mesmo.
Assim que terminamos ele diz.
- Ainda bem que eu já acabei com essa investigação. Está tudo resolvido. Agora eu vou poder
me dedicar totalmente ao seu caso.
Espero que vocês consigam prende-lo o quanto antes. Não aguento mais viver nessa
insegurança e sempre com medo.
- Cadeia vai ser muito pouco pra ele, Sophia. – ele diz seco e sai do banheiro deixando-me
sozinha.
Eu não deveria mais tocar nesse assunto. Eu não me importo com o que vai acontecer com o
DG quando o Rodrigo encontra-lo. Eu nunca fui de desejar o mau para as pessoas. Mas eu
realmente ficaria muito mais tranquilo a partir do momento em que eu visse o DG morto e
bem longe de mim e do meu filho. Só não quero que o Rodrigo faça nada que o comprometa
depois. Droga!
Coloco a escova no lugar, saio do banheiro e encontro o Rodrigo saindo do closet com uma
bermuda de malhar e sem camisa. Ele já ia saindo do quarto quando eu o chamei novamente.
- Ei! Onde você pensa que vai?
Essa é a hora de fazer o que eu sempre tive vontade de fazer.
- Malhar.
- E essa cama vai ficar assim?
Ele olha para a cama e depois olha pra mim, leva sua mão a cabeça e começa a coça-la.
Eu juro que estou me segurando para não rir.
- E o que você quer que eu faça?
- Arrume-a.
- Eu não. – diz e enruga a testa. Sua expressão é de indignação. Como assim ele está
indignado? É obrigação dele arrumar a própria cama.
- Aah! Você sim. Pode vindo. Está mais do que na hora do Senhor aprender a fazer sua cama.
- Ah fala sério. Eu nunca arrumei minha cama em toda a minha vida. – ele está inconformado,
sua cara estava fechada e a raiva é notória.
- Vem cá. – digo cruzando os braços. – Quem arruma a sua cama nos finais de semana?
- Ninguém. – ele diz simples. Mas a raiva ainda estava presente. Ele sabe que eu não vou
deixa-lo em paz, enquanto ele não arrumasse essa cama.
Eu poderia muito bem fazer isso sem problema nenhum, até porque esse é o meu trabalho.
Mas eu vou aproveitar que ela está um pouco relaxado, digamos assim, e vou ver se ele
realmente vai fazer o que eu estou mandando.
- Como assim ninguém? – digo rindo.
- Sophia eu simplesmente não arrumo a minha cama. Eu deixo-a bagunçada até você chegar
segunda-feira e arrumar. – diz sem paciência.
- Meu Deus do céu eu não estou acreditando nisso. Que homem preguiçoso. Mas hoje isso vai
mudar.
Vou até a porta onde ele está parado e puxo-o para perto da cama.
- Você vai arrumar ela direitinho, tá meu querido. É bem simples e você deveria saber arruma-
la como ninguém, já que gosta tanto do jeito que ela fica quando está arrumada. – digo e viro
as costas para sair.
- Sophia, eu não vou...
- Te espero na cozinha para o café da manhã... Não demore.
Antes de eu sair do quarto, escuto-o dizer.
- Eu devo ser a porra de um babaca, por estar cumprindo ordens dessa mulher. Caralho! –
sua voz esta carregada de ódio. O que me fez rir mais alto ainda.
E eu não pude deixar de alfinetar mais.
- Olha a boca suja, Delegado.
- Não fode mais ainda, Sophia.
Saio rindo, desço as escadas e vou para a cozinha. Lavo a pequena louça de ontem e alguns
minutos depois o Rodrigo chega na cozinha com uma tromba do tamanho do mundo. Não
consigo segurar o riso.
- Brigou muito com os lençóis?
Ele me dá um olhar mortal, que se fosse á alguns meses atrás, eu até sentiria medo, mas hoje
nem me atinge mais.
- Eu nunca arrumei uma cama na vida. – diz inconformado.
Vou até a cafeteira e pego o café, colocando-o em cima da mesa junto com as outras coisas
que já estavam dispostas.
- Pra tudo tem uma primeira vez na vida, amor. – digo sem pensar e imediatamente paro de
sorrir, sentindo o meu rosto esquentar.
O semblante do Rodrigo muda completamente.
- Do quê você me chamou?
- Na-nada. – digo rápido e me viro indo até a geladeira para pegar a geleia.
Quando eu me viro ele está em pé atrás de mim com aquele sorriso “Molha calcinha”... A
minha calcinha. Repete. – isso foi uma ordem.
- Esquece Rodrigo...
- Repete. – ele diz passando as mãos pela minha cintura juntando os nossos corpos.
Ele cola a sua boca na minha em um beijo quente e sedento. Suas mãos apertam com força
minha cintura e sua língua possui com maestria a minha.
Esquece o sorriso “Molha Calcinha”. Ele perde completamente para esse beijo maravilhoso.
- Amor. – digo assim que nossas bocas se separaram.
Ele dá aquele sorriso novamente e me beija novamente.
- Você é a única pessoa que consegue me deixar com raiva e feliz em uma mínima diferença
de tempo.
- Isso é bom? – pergunto com um sorriso idiota no rosto.
- Não quando eu quero te matar por me dar ordens.
Solto uma gargalhada e ele me olha feio.
- Para de drama. Você só arrumou uma cama. Imagina se arrumasse essa casa inteira, sozinho.
- Olha! Nem vem em. – ele se afasta olhando-me assustado.
- Vamos comer logo. – digo me acabando de rir com a sua expressão.
- Huum... Eu tenho que arrumar outro emprego pra você urgentemente.
Sentamo-nos a mesa e começamos a tomar o café da manhã. Quando terminamos, eu fui
arrumar a mesa e ele se levantou para ir malhar.
- Sophia, que tal a gente trazer o Gus aqui, hoje?
- Pra quê?
- Ah pra ele ficar aqui com a gente. Você mesma diz que sente falta dele... E... Eu posso dizer
que também já estou.
É inevitável não sorrir com isso. Por mais que eu não queira que ele se sinta responsável pelo
Gustavo, é bom saber que ele gosta do meu filho e tem vontade de tê-lo por perto.
- Mas eu tenho coisas a fazer, Rodrigo, e ele não para. – tudo bem que o que eu tenho para
fazer hoje são coisas rápidas, que não tomam muito do meu tempo.
- Eu olho ele pra você. A gente fica na piscina, está calor. Por mais que tenha piscina no
apartamento eu sei que sua mãe não vai conseguir ficar com ele lá.
- Realmente não. Então? – ele passa os braços pela minha cintura, aproximando-me dele e pergunta. – Posso
ir lá busca-lo?
- Tá! Pode.
Ele deixa me dá um beijo e se solta.
- Vou malhar primeiro e depois eu vou. Liga para a sua mãe, avisando.
- Tudo bem.
Ele sai da cozinha e vai para a academia do outro lado do quintal. Eu ligo para a minha mãe e
aviso que o Rodrigo irá buscar o Gustavo daqui a pouco e que ela deveria arrumar uma
pequena bolsa com as roupas dele.
Vou ao meu quarto, retiro a minha roupa de dormir e também deixo o uniforme de lado,
colocando uma bermudinha jeans e uma regata preta.
Saio do quarto e volto para a cozinha, arrumo-a e vou fazer tudo que está programado para o
dia de hoje. Como eu disse. Nessa casa tudo tem o dia certo de ser executado. O que eu acho
muito bom, pois facilitava muito a minha vida. Eu não fico sobrecarregada com várias coisas
para fazer em um dia.
Subo para o quarto do Rodrigo e... Está vendo como ele sabe sim fazer uma cama! Ele só é
preguiçoso e mandão.
Vou para o banheiro, arrumo-o e pego as roupas sujas. O mesmo eu faço com o closet. Levo
todas as roupas para a lavanderia e coloco na maquina, junto com as outras tantas roupas
sujas que tinha ali para lavar.
Agora é só esperar acabar, estender e passar.
Volto para a cozinha e penso no que posso fazer de almoço, hoje. Escolho o que eu vou fazer
e deixo os ingredientes já preparados. Enquanto não tem nada mais para fazer, volto para o
meu quarto. Eu disse que hoje havia pouca coisa a ser feita. Agora é esperar as roupas
ficarem limpas e secas para passa-las. Enquanto isso, resolvo arrumar a minha bagunça.
Estando sozinha agora é inevitável não pensar na noite de ontem. Foi maravilhoso. A forma
como ele me tratou, como ele me fez esquecer completamente de tudo e apenas me entregar
a ele de corpo e alma. Eu nunca pensei que sexo seria tão bom, tão gostoso. Até porque a
única experiência que eu tive, até ontem, foi horrível. Então pra mim sexo seria sempre dor e
lágrimas. Mas o Rodrigo me mostrou que não é assim. Ele me mostrou que posso sim sentir
prazer... E que prazer.
Eu pensei que ficaria com vergonha, mas surpreendentemente eu me soltei mais do que eu
imaginei. Ele deixou até que eu comandasse na banheira e...
Droga! A banheira. Caramba! Eu não me lembro dele ter usado camisinha.
Que merda! Não! Ele realmente não usou. Meu Deus! Eu não posso e não quero engravidar
de novo. Um filho só já basta. A minha vida já está uma bagunça. Eu mal consigo me
sustentar com um filho, imagina com dois. Não! Não mesmo. Mas eu também não sei o que
fazer agora... Eu... Droga!
Eu não tomo nenhum anticoncepcional. Até porque eu não tinha pretensão nenhuma de
deixar algum outro homem me tocar, novamente desse jeito. Droga! Arrependo-me
amargamente por isso. Eu vou ter que comprar uma pílula do dia seguinte. Esse é o único
jeito.
- Sophia, eu estou indo. – O Rodrigo entra no meu quarto já arrumado.
- Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa? Você está pálida, Sophia.
- A camisinha.
- O que foi? – ele dá aquele sorriso safado. – Quer transar de novo? Não precisamos dela,
eu...
Ele passa as mãos pela minha cintura e eu o impeço.
- Eu não quero transar.
“Pelo menos não agora” – Balanço a minha cabeça de leve espantando esse pensamento, e
continuo.
- Você não usou a camisinha ontem, Rodrigo.
- Usei sim. – ele diz franzindo a testa.
- Na banheira não.
- Porra é verdade... Mas com o que você está preocupada? Eu sou limpo e...
- Eu também sou, graças a Deus, Rodrigo. Mas é que eu não tomo nenhum anticoncepcional.
E eu não quero ter outro filho tão cedo.
Ele parece um pouco decepcionado e tira as suas mãos da minha cintura, afastando-se um
pouco.
- E por que não?
Eu olho-o incrédula.
- Pelo amor de Deus, Rodrigo! Olha bem a loucura que está a minha vida. Você realmente
acha que mais uma criança seria bem vinda, agora? Eu posso mal com o Gustavo, imagina
mais um.
- Eu cuido de vocês. Não Rodrigo! – digo firme. – Eu não quero outro filho agora. E outra, nós começamos a
namorar não tem uma semana, eu não quero engravidar logo de cara. Não sei nem sei se
algum dia, eu vou querer ter outro filho.
- Você não quer ter um filho comigo, é isso? – ele tinha aquela postura imponente, mas eu
conseguia ver um pouco de tristeza em seus olhos. – É pelo fato de eu ser um...
- Rodrigo, por favor! Não é nada disso. – chego perto dele, mas ele se afasta. – Não faz isso.
Por favor!
- Já entendi. Você não quer ter um filho comigo.
- Rodrigo, não foi isso que eu quis dizer. Eu me expressei mal e você está sendo infantil
agindo desse jeito.
- Eu vou ir buscar o Gustavo e passo numa farmácia e trago uma pílula pra você. – ele diz com
a cara fechada e sai deixando-me sozinha.
Que droga! Ele está agindo feito um menino birrento de 12 anos de idade. Nunca pensei que
um homem daquele tamanho poderia agir de uma forma tão imatura assim. Eu me expressei
mal com minhas palavras, eu sei. Mas ele também não quis me dar ouvido. Era pra eu ter
ficado quieta e ter comprado essa pílula sozinha, sem avisa-lo.
Termino de arrumar o meu quarto e vou para a sala, esperando eles chegarem.O relógio
marcava 10h40min quando o Rodrigo chegou na sala com o Gustavo no colo. Ele tinha um
sorriso no rosto olhando para o Gustavo, que conversava animadamente com ele. Pude ver
em suas mãos, uma sacola de farmácia e na outra a bolsa do Gustavo. Ele me olha e sua
expressão agora é séria. O Gustavo percebe a minha presença e começa a pular animado no
colo do Rodrigo.
- Mamãe, mamãe.
- Oi meu filho. – eu vou até ele para pega-lo no meu colo, mas ele passa um braço pelo meu
pescoço me puxando para um abraço. O meu rosto ficou encostado no peito no Rodrigo e eu
aproveito a ajudinha que o Gustavo deu e passo os meus braços pelo corpo dos dois,
abraçando-os não me importando com o Rodrigo, que pela sua cara fechada, ainda estava
puto comigo. Deixo um beijo no Gustavo e me solto.
- Papai piscina, mamãe. – ele diz eufórico batendo as mãozinhas.
O incomodo em ouvir isso saindo de sua boca ainda não saia de dentro de mim. Porém, eu
resolvi seguir o conselho do Rodrigo e não ligar para o que as pessoas possivelmente iriam
dizer. Mas isso não significa que eu aceitei completamente essa história. Porque não. A única
que ainda tem a total responsabilidade e obrigação sobre o Gustavo, sou eu.
- É meu filho, que legal. Está calor, né?
- É calor. – ele diz e eu sorrio. O Rodrigo coloca o Gustavo no chão e me entrega a sacolinha da farmácia.
- Toma. Essa você pode tomar até 48 horas depois da relação. – diz ainda sério.
Não me dá chances de responder e vai até o Gustavo, que brincava com os enfeites da
mesinha de centro da sala. Pelo o que eu o conheço é melhor deixa-lo por um tempo. Depois
eu tento conversar com ele novamente.
- Vamos colocar a frauda de piscina, Gus? – ele diz pegando-o no colo e ele vibra.
Ele sobe com o Gus e eu vou para a cozinha tomar essa bendita dessa pílula. Eu sei que ela
não é 100% segura, mas agora é tomar e orar pra não engravidar.
Resolvo já começar a fazer o almoço, pois já são quase 11h00min. Alguns minutos depois,
ouço os dois descerem a escada, sorrindo. O Rodrigo leva ele vai para a piscina, mas não
passa pela cozinha...
Já estava tudo pronto, inclusive a papinha do Gustavo. O relógio já marca 12h00min e pela
hora, eles com certeza já estavam com fome. Arrumo a mesa e vou até a piscina chama-los.
Encontro o Rodrigo segurando o Gustavo em seus braços fazendo-o boiar na água. O meu
filho achava muita graça naquilo, pois não parava de rir um minuto sequer e o Rodrigo
também. Assim que o Rodrigo me vê, ele levanta o Gustavo levando-o para perto do seu
corpo abraçando-o. E a sua expressão pra mim é a mesma de anteriormente.
- Mamãe, vem piscina.
- Depois meu amor. Agora está na hora de comer. Vem!
- Não mamãe. – ele faz bico e como eu conheço bem, ele vai fazer manha para não sair da
piscina.
- Vamos comer Gus. Depois a mamãe vem na piscina com a gente. Tudo bem?
Ele olha para o Rodrigo e acena.
Meu Deus, como ele consegue fazer isso? Eu jurava que eu ia ter uma briga e tanto para tirá-
lo da piscina.
O Rodrigo sai com ele da piscina e... meu Deus. Esse homem não pode andar desse jeito por
ai não, minha gente. Esse corpo maravilhoso “coberto” apenas por uma sunga preta. Isso é de
deixar qualquer uma fora de controle.
Ele passa por mim, pega a toalha que estava na espreguiçadeira e começa a secar o Gustavo.
- Deixa que eu troco a fralda dele. – digo esticando os meus braços.
Ele passa o Gus para mim e eu vou em direção a casa e no meio do caminho, ouço sua voz me
avisando.
- As coisas dele estão no meu quarto. Aceno e continuo andando.
Retiro a fralda molhada e tomo a liberdade de dar um banho rápido nele, no banheiro do
Rodrigo. Acho que ele não vai se importar. Enrolo-o na toalha, chego ao quarto e vejo o
Rodrigo já vestido com uma bermuda, sem camisa e esfregando uma toalha em seus cabelos
para seca-los. Ele adora ficar sem camisa quando está em casa. Isso é pra ferrar com o meu
psicológico. Depois me pergunta o porquê eu ficava o encarando tanto.
Coloco o Gus na cama e o visto.
Descemos e sentamos a mesa. Esse foi o pior momento de todos, ficou um clima tenso entre
nós, que era quebrado apenas quando o Gus falava algo com o Rodrigo. Eu não queria falar
nada com ele agora por causa do Gus. Mas quando estivermos a sós, nós vamos ter uma
conversa. Ah se vamos.
Dei a comida ao Gus que se dividia em dar atenção a comida e ao Rodrigo, que brincava com
ele o tempo todo.
Assim que terminamos, como sempre, ele dormiu.
- Coloque-o na minha cama.
- Vou colocar no meu quarto que é melhor. Consigo ouvir caso ele chore.
Vou para o quarto, ajeito o Gustavo na minha cama e coloco alguns travesseiros em volta
para que ele não caia. Volto para a cozinha para arruma-la e o Rodrigo continua no mesmo
lugar, sentado a mesa. Sento-me ao seu lado.
- Sério que a gente vai ficar desse jeito, Rodrigo? – pergunto séria e ele me olha. Ainda está
com aquela mesma postura imponente de sempre.
Às vezes isso me excita, outra me irrita. Como agora.
- Desculpa. – ele diz bem baixo.
É um filho da mãe mesmo. Nem pra pedir desculpa ele larga esse jeito dele.
- O quê? – pergunto fingindo não ter ouvido.
- Desculpa. Eu realmente agi de uma forma infantil. – agora ele diz mais alto, se impondo
mais. Mas continua com a mesma postura. – Eu só quero saber o porquê de você não querer
ter um filho comigo?
Respiro bem fundo e fecho os olhos, logo em seguida os abrindo novamente.
- Não é que eu não queira ter um filho com você, Rodrigo. Eu me expressei mal. É só que a
minha vida está uma bagunça e você mais do que ninguém sabe disso... E pode parecer que
não, mas eu tenho sonhos, sonhos esses que eu não sei se um dia conseguirei realiza-los,
pelo fato de eu já ter uma prioridade na minha vida e ele é o meu filho. Por ele eu coloquei
todas as minhas vontades em segundo plano. Mas isso não significa que eu desisti completamente. E poxa, vindo mais um filho agora só vai atrapalhar mais ainda. Não que eu
não fosse ama-lo por conta disso, logico que eu amaria, assim como amo o Gus, mas não viria
em uma boa hora. Eu não quero ter outro filho por acidente. Se for pra eu engravidar de
novo. Se for pra nós dois termos um filho algum dia, eu quero que ela seja no mínimo bem
planejado e no momento certo. Não sem pensar. Tudo bem que pode acontecer, vai haver
dias que vamos esquecer e é logico que se acontecer eu não vou tirar. Mas eu vou fazer o
possível pra evitar uma gravidez agora, nesse momento da minha vida. Tenta me entender,
por favor.
- Me desculpa Sophia, eu só pensei na minha vontade de formar uma família com você e não
me importei em saber como você se sentia em relação a isso.
Abro um sorriso ao ouvir isso sair de sua boca.
Ele quer formar uma família comigo...
- Eu agi feito uma criança, estou bastante envergonhado.
- Tudo bem. – digo me sentando em seu colo, passo minhas mãos pelo seu pescoço e ele suas
mãos pela minha cintura. – Pra não ocorrer mais esse problema, eu vou procurar um medico
e passar a tomar remédio certinho. Ok?
- Porra nenhuma. Você vai procurar uma médica. Nada de homem não.
- Meu Deus. – solto uma gargalhada alto. – Serio que você é ciumento?
Digo mais para provoca-lo, pois eu realmente iria procurar uma medica mulher.
Medico é só uma maneira de falar, em geral.
- Claro que não. Eu só não vou deixar outro homem tocar no que é meu.
Ele me beija me calando. E me leva para o seu quarto. Sim. Transamos de novo, posso dizer
que foi ainda melhor que ontem. Ele estava mais bruto. E meu Deus. Desse jeito foi ainda
melhor, mas não foi bruto ao ponto de me machucar. Não. Pois a sua brutalidade tinha uma
pitada de carinho. É difícil de explicar, mas o seu jeito meio bruto de ser, me passa mais
segurança em seus braços. Eu me sento única. Agora eu entendo o porquê as pessoas falam
que o bom da briga é a reconciliação.
Realmente é muito boa. É ótima.

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Ficha do conto

Foto Perfil erodev
erodev

Nome do conto:
Meu Delegado - Capítulo 13

Codigo do conto:
110209

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
11/12/2017

Quant.de Votos:
2

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