Meu Delegado - Capítulo 34



Sophia
Cinco anos depois...
Finalmente conseguimos conciliar as nossas férias e pudemos viajar.
Resolvemos voltar para um dos lugares que mais marcou a nossa vida, Arraial.
Eu nunca mais vi e verei esse lugar, essa praia, essa casa, com outros olhos. Eu vou sempre
me lembrar daqui como um lugar mágico e muito especial no qual eu realizei um dos meus
sonhos... E fantasias também, devo deixar claro.
Consegui umas férias na clinica em que eu trabalho, pois sim eu finalmente consegui fazer a
minha faculdade de fisioterapia e inclusive já tenho um emprego, em uma clinica ótima por
sinal. Eu posso dizer que não poderia estar mais realizada na vida, como eu estou agora. Eu
finalmente tinha me achado em algo que me sentia bem fazendo e eu consegui, apesar de
alguns sacrifícios, terminar a minha faculdade. Foram quatro anos de estudos e trabalho
intenso, mesmo o Rodrigo não querendo que eu continuasse trabalhando na loja eu não dei
ouvidos a ele e continuei, pois eu usava aquele dinheiro para pagar a minha faculdade.
Naquela época era tudo muito cansativo, pois eu tinha que trabalhar, estudar, dar atenção
ao meu filho, marido e casa. Mesmo tendo a dona Maria, que ainda continuou trabalhando
conosco, eu não deixava de me preocupar com as coisas que tinha que fazer em casa.
E eu não preciso nem falar que tinha que cuidar do Rodrigo, pois as mulheres atacam sem
pena. Até na época da faculdade quando ele ia me buscar as meninas ficavam todas
assanhadas, parecia que nunca tinham visto homem na vida, mas como todos sabiam que ele
era o meu marido, nenhuma delas tinham coragem de dar em cima dele... Bom... Eu acho que
não.
Por conta disso eu ficava bastante cansada, por sorte eu tenho um marido compreensível e
ele me entendia quando eu não podia, por conta das provas ou por estar muito cansada
demais, para sair com ele os finais de semana, ou às vezes até mesmo para o sexo. O Rodrigo
queria que eu parasse de trabalhar por conta do meu cansaço, muitas vezes eu chegava em
casa e só tinha tempo de tomar um banho e já caia na cama e dormia na hora. Ele deixou
claro várias vezes que pagava a faculdade pra mim sem problemas nenhum. Mas apesar do
cansaço que eu ficava todos os dias, eu me sentia bem assim, me sentia bem tendo que
trabalhar. Eu sei que quando a gente casa não tem mais essa de: “Essas coisas são minhas e
essas as dele”. Quando nós casamos não existe essa divisão, o que é de um é de outro e fim.
Mas eu gostava tanto da minha “independência” financeira que acabava não ligando muito
para o cansaço que essa carga horária louca me causava no final do dia. E foi assim, nesse
ritmo, que depois de quatro anos, eu consegui me formar sendo a primeira da turma. Eu me senti tão bem, tão realizada quando eu peguei o meu diploma nas mãos e vi que eu
finalmente me formei, vi que eu finalmente encontrei algo que eu gostava verdadeiramente
de fazer.
Por conta da faculdade, também, que adiamos os planos do segundo filho. Obviamente que o
Rodrigo não gostou muito da ideia, mas depois ele conseguiu me entender e concordou
comigo que não seria uma boa hora pra mim, por conta da faculdade. Eu queria ter a minha
profissão certinha pra depois pensar em mais filhos. Mas logo depois que eu me formei, ele
voltou com a história de filhos novamente, mas ai eu teria mais uma etapa dessa jornada a
cumprir, que era conseguir um novo emprego. Só que agora na minha área. A fisioterapia.
Coincidência ou não, eu tive a oportunidade de trabalhar na clinica da Fisioterapeuta que me
ajudou na minha recuperação. Faz quase um ano que eu estou lá e posso dizer que eu
consegui aprender bastante coisa, não só com a Simone, como com os pacientes que eu
atendo.
Uns cinco meses depois de eu finalmente ter conseguido um trabalho na minha área, ele
voltou com essa ideia de filho e eu vou confessar que já estava me sentindo preparada pra
ser mãe novamente. Desde aquele dia eu parei de tomar os meus remédios, mas até agora
nada.
- Vem amor, já chegamos. – diz o Rodrigo tirando-me dos meus devaneios.
Olho ao redor e posso ver que estávamos na garagem da nossa casa em Arraial e as
lembranças daquele dia mágico novamente me invade.
- Vamos sim, amor, pega o Gustavo pra mim.
Ele abre a porta do carro, tira o sinto que prendia o Gus no banco e o pega no colo.
Resolvemos viajar a noite para aproveitar a praia logo cedo e o Gus acabou dormindo pelo
caminho. E pelo tamanho que ele está agora, eu não aguento mais pegá-lo no colo.
Também, são oito anos.
Quem olha o Gustavo assim nem diz que ele é aquele garoto de olhos azuis de cinco anos
atrás. Acredite se quiser, mas ele não tem mais os olhos azuis, eles agora são uma mistura de
mel com verde claro. Mas o cabelo continua o mesmo, só que mais um pouco curto, pois com
o passar do tempo ele foi se enjoando daquele cabelo jogado no rosto. Ele está um rapazinho
lindo. O Gustavo fica indignado todas as vezes que vê suas fotos de quando era bebê e em
todas elas ele está com aquelas bolotas azuis arregaladas e hoje em dia a tonalidade de seus
olhos está completamente diferente.
A minha mãe acha que com o tempo ele ainda vai mudar muita coisa em sua aparência, que
está apenas começando. Isso eu não sei, mas que ele está enorme e esperto, ele está. Ele diz
que quer ser policial igual o pai. Preciso dizer que o Rodrigo fica todo orgulhoso com isso?
Acho que não, né? Desço do carro, abro o porta malas e tiro algumas malas de lá colocando-as no chão. Não
demora muito, o Rodrigo volta para a garagem e me ajuda com as malas e com algumas
poucas sacolas de comida que nós trouxemos.
Colocamos as malas na sala e eu levei as sacolas com as comidas para a cozinha. Minutos
depois o Rodrigo entra na mesma e vai direto para a geladeira, abrindo-a.
- Ah esqueci que não tem nada aqui... Estou morrendo de sede, amor.
- Coloca as garrafas de água que nós trouxemos, dentro do congelador pra mim, por favor.
Ela faz o que eu peço e eu me viro de frente para a pia para guardar as compras que
trouxemos. De repente sinto os braços do Rodrigo envolvendo a minha cintura.
- Está com fome, amor?
Ele deixa um beijo em meu pescoço e mesmo depois de alguns anos, ele sempre consegue me
deixar louca com apenas esse gesto. E eu agradeço muito por isso.
- Sim... Estou morrendo de fome. – ele morde de leve a minha orelha e aperta a minha
cintura. – Fome de você.
Ele me vira e busca a minha boca, solto o saco de arroz na pia e passo os meus braços pelo
seu pescoço trazendo-o para ainda mais perto de mim. Ele desce suas mãos para a minha
bunda e me levanta, colocando-me sobre a bancada. Suas mãos passavam lenta e
precisamente por todo o meu corpo, ele desabotoa o meu shorts e eu o paro cortando o
beijo.
- Aqui não, amor, o Gustavo pode acordar.
- Ele não vai. – busca a minha boca de novo e já ia enfiando a mão novamente dentro do
meu shorts.
- Rodrigo... – o repreendo, mas saiu mais como um gemido.
- Que porra! – ele desfere nitidamente raivoso e me pega em seu colo, o movimento foi tão
rápido que eu pensei que cairia e envolvi os meus braços novamente em volta de seu
pescoço.
- Está me levando pra onde?
- Pra porra do quarto. Eu preciso me enterrar fundo dentro de você.
Me beija sem parar de andar em direção as escadas. Ouço-o abrindo a porta e logo depois
trancando-a. Não demorou muito ele me jogou na cama e veio pra cima de mim beijando-me,
suas mãos exploravam todo o meu corpo o que me fazia ficar ainda mais excitada a cada
toque. Sinto aquele gosto amargo na minha boca e tudo que eu pude fazer foi correr. Correr muito
para não sujar o quarto inteiro. Por sorte eu consegui chegar até o vaso e deixar o vômito cair
dentro dele. Não sei exatamente quanto tempo eu fiquei abaixada colocando tudo o que eu
havia comido para fora, eu só sinto as mãos do Rodrigo em meus cabelos, segurando-os em
um rabo de cavalo muito desarrumado. E depois uma de suas mãos desce lentamente pelas
minhas costas.
- Rodrigo sai da... – não consigo terminar de falar e vomito mais um pouco.
- Na saúde e na doença, lembra?
- Mas eu estou nojenta. – digo já me sentindo um pouco melhor.
Já não sentia mais o vomito querendo vir, mas continuo ajoelhada. Tampo o vaso e dou
descarga. Levanto-me de vagar, pois sinto uma leve tontura, mas logo minha visão volta ao
normal. Eu vou até a pia, pego a minha escova de dente e levando até a boca escovando-os.
Olho o reflexo do Rodrigo pelo espelho e não entendo o porquê daquele sorriso estampado
na cara.
- Posso saber por que você está rindo? Botei as tripas pra fora e você acha engraçado?
Ele vem até mim e assim que eu termino de lavar a minha boca ele abraça a minha cintura,
deposita o seu queixo no meu ombro e fala me olhando pelo reflexo do espelho.
- Relaxa, amor é só o nosso filhinho avisando que está chegando.
Ele passava agora as suas mãos lentamente sobre minha barriga fazendo-me arrepiar.
- Vo-você acha?
- Sim, morena, eu acho. – ele deixa um beijo no meu pescoço e continuava acariciando a
minha barriga. – Já faz tempo que a gente tenta.
- Você tenta desde quando me conheceu. – digo divertida fazendo-o rir.
- Bobinha. – diz me apertando em seus braços. – Mas é sério. Já faz tempo que você parou de
tomar o anticoncepcional e eu nunca uso camisinha.
- Amor eu... Eu não quero matar suas esperanças assim, eu sei o quanto você quer e o quanto
eu também quero muito esse bebê. Mas é que eu menstruei esse mês e o mês passado
também. Pode parecer pessimismo, mas é que eu não quero que a gente se apegue
novamente em falsas esperanças. Nós mais do que ninguém sabemos o quanto isso é
horrível.
- Eu sei que não, amor... – ele continuava com suas mãos acariciando a minha barriga – Mas
dessa vez é diferente.. e-eu não sei explicar, mas eu sinto... Eu só sinto.
Ele abaixa o seu olhar para a minha barriga, que pra mim esta exatamente do mesmo jeito de sempre, e suas mãos continuavam acariciando-a. O Rodrigo disse com tanta convicção que eu
resolvi que tirar essa duvida amanhã mesmo, se eu pudesse faria hoje, mas já está muito
tarde.
[...]
Acordo e não vejo o Rodrigo ao meu lado. Olho as horas no celular e me assusto ao ver que já
são onze da manhã. Meu Deus! Eu dormi muito. Nem fiz o café da manhã, daqui a pouco já
está na hora do almoço, o Gustavo deve não ter comido nada.
Levanto-me da cama, vou até o banheiro e faço minha higienes. Faço um coque no meu
cabelo, troco de roupa colocando uma bermuda jeans e uma blusinha floral que deixava uma
parte da minha barriga de fora. Apesar do frio do ar condicionado da pra ver que o calor do
lado de fora está castigado, apenas pelo sol brilhando do lado de fora.
Arrumo a cama e depois vou até o quarto do Gustavo, mas ele não estava lá então. Desço e
também não os encontro na sala, vou até a cozinha e vejo a mesa ainda posta, parece que o
Rodrigo preparou o café.
Calço os chinelos e abro a porta da sala, que dá praticamente dentro da praia, e de lá eu
posso ver o Gustavo com uma sunga e o Rodrigo com uma bermuda fina, estilo surfista,
jogando bola, ou tentando, porque tinha uma biscate com o fio dental que eu acho que ela
chamava de biquíni, no corpo.
Não pensei duas vezes e fui andando até os dois. Bem quieta e séria.Quando eu estava
chegando próximo deles ouço o Rodrigo dizendo.
- Não sei se percebeu, mas eu sou casado. – ele levanta a mão e praticamente esfrega a
aliança na cara dela. – E se me der licença, eu quero continuar brincando com o meu filho.
- Mãe! Eu pensei que não ia acordar mais. – diz o Gus quando eu estava já bem próximo
deles.
O que fez o Rodrigo e aquela mulherzinha me olhar.
Ignoro a mulher do lado dele e dou um beijo no Rodrigo. Um beijo de verdade. Pra deixar
bem claro pra essa assanhada que ele tem dona.
Separo as nossas bocas, mas continuo abraçada a ele.
- Bom dia, amor. – digo olhando nos olhos do Rodrigo, mas logo depois eu viro para o
Gustavo e digo – Filho eu perdi a noção da hora, mas podia ter me acordado.
- O papai não deixou.
Volto minha atenção para o Rodrigo e a Mulher, que estava ao nosso lado agora com uma
cara azeda e completamente sem graça.
Oi desculpa, não te vi. – tentei fazer a melhor cara de sonsa e sorri, claramente falso, para
ela. – Você é a?
- Joyce.
- Algum problema aqui Joyce, perdeu algo no meu marido?
- Não eu...eu só estava pedindo informação... é..é que eu não sou daqui.. e como eu vi ele
saindo daquela casa pensei que...
- Pensou errado, o meu marido não é guia turístico... Tantos quiosques pela praia, ali mesmo
tem um. Por que não foi até lá?
- E-eu não sabia que ele era casado. – ela praticamente assumiu que estava dando em cima
dele.
Como se eu já não soubesse.
- Impossível, só um cego não vê essa enorme aliança na mão dele. – digo mostrando a mão
do Rodrigo.
Posso ouvir uma pequena risada do Rodrigo e eu me viro pra ele com a cara feia e ele
rapidamente fica sério.
Ridículo! Se não fosse tão gostoso eu não teria esse problema.
- Espero que esteja bem claro pra você agora que ele é casado, muito bem por sinal, e que ele
não é guia turístico, não tem necessidade de você ficar vindo aqui e perguntando isso ou
aquilo. – seguro na mão do Rodrigo e começo o arrastar, mas antes que eu saia de fato de
perto dela eu volto. – Ah e da próxima vez que eu ver você dando em cima do meu marido,
pode ter certeza de que eu não serei tão educada.
Ela ficou lá com aquela cara de puta azeda e eu fui puxando o Rodrigo e com isso o Gustavo
veio atrás.
- Hey, calma amor. – diz assim que chegamos ao quintal de casa.
- ESSAS MULHERES NÃO TEM VERGONHA NA CARA NÃO? – tudo que eu não gritei pra
biscatezinha eu vou gritar pra ele.
Ele é o culpado, ninguém manda ser tão irresistível.
- Eu falei que ela não ia gostar, pai. – o Gustavo falava aquilo com um sorriso no rosto.
- O que ela queria?
- Ah amor ela... Ela me chamou pra ir no quiosque tomar um suco com ela. Mas eu logo cortei
e disse que eu não queria, pois eu sou casado e só tenho olhos para a minha linda esposa.
Ele diz lentamente e passa os braços pela minha cintura e começa a me beijar.
Ai que nojo... – ouço o Gustavo falar e não aguento e me solto começando a ri.
Quando vou ver, ele nem esta mais do nosso lado.
- Acredita em mim, né?
- Claro que acredito... Mas essas mulheres me deixam loucas de raiva, elas fazem isso de
proposito. Até um dia eu de fato descer do salto e enfiar a mão na cara de uma.
Eu sei que nem todas são assim, tem mulheres que sabem respeitar um homem casado e a
sua esposa. Mas têm outras que, quanto maior for a aliança no dedo dele, maior é o
interesse. E isso me tira do sério. Eu sei quando uma mulher quer algo com o meu marido ou
não. E não, eu não faço isso com todas as mulheres que chegam perto dele, mas tem algumas
que merecem.
Ele sorri jogando a cabeça pra trás.
- Não sei qual a graça.
- Eu amo os seus ciúmes, sabia? – diz beijando o meu pescoço.
- Rodri...
- Aah! Vem cá. Eu tenho uma coisa pra você. – ele pega na minha mão e me leva para dentro
de casa.
Passamos pela sala e vi o Gustavo sentado no chão brincando com o seu tablet.
O Rodrigo me leva para o quarto, vai até o banheiro e volta com uma sacola nas mãos.
- O que é isso?
- Pra gente ter certeza que o nosso bebezinho está ai dentro.
- Onde estava que eu não vi? Quando você comprou isso?
Vou até ele e pego a sacola de suas mãos e abro vendo vários testes de farmácia lá dentro.
- Enquanto você estava dormindo e eu guardei no armário... Agora vai lá anda.
Ele diz me empurrando para o banheiro e entrando comigo.
- Sério que você vai ficar aqui, amor?
- Qual o problema?
- O problema é que eu não quero que você me veja fazendo xixi dentro de um potinho.
- Ah Soph para, estamos casados há tanto tempo, já te assisti fazendo coisa pior.
- Eu não vou conseguir fazer xixi com você me olhando, vou me sentir sob pressão.
- Aaaah tá bom... Mas não demora. Ele sai e deixa a porta encostada.
Abro todos os testes e leio a bula de cada um, depois eu pego dois deles e faço.
- Amor, acabou? – diz o Rodrigo entrando no banheiro.
- Calma, tem que esperar alguns minutinhos agora.
O Rodrigo passa as mãos pelos cabelos apressadamente, bagunçando-os de leve. Ele está
nervoso.
Os minutos se passaram, eu fui até a bancada e peguei os testes.
E de acordo com a bula de cada um deles... Eu estava grávida.
- Vai Soph, fala... O que esses dois pontinhos ai significa? – Ele estava nervoso e sem paciência
atrás de mim.
Viro-me de frente pra ele e posso sentir os meus olhos cheios de lágrimas sorrio para ele, que
imediatamente entende e me abraça fortemente.
- Eu sabia, eu sabia, amor. – posso sentir sua voz embargada e sei que ele também está
emocionado.
O Rodrigo se ajoelha na minha frente e começa a beijar a minha barriga amostra.
- Meu Deus... Grávida! Você está grávida. Tem um bebezinho aqui dentro. – ele a essa altura
já chorava muito, passava suas mãos sobre minha barriga e beijava toda ela. – Nosso outro
filho... Aqui dentro... Obrigado, muito obrigado.
Ele se levanta, me abraça forte e eu não conseguia retribui. Eu apenas chorava... Chorava de
felicidade e um pouco surpresa também. Eu realmente não imaginava que estava grávida, por
mais que eu quisesse, eu não imaginava que já tinha um bebê aqui... Dentro de mim.
Agora eu consigo entender por que eu tive que passar por tudo que passei. Por que eu tive
que perder uma parte de mim pelo caminho. Porque ainda não era a hora certa. Aquele não
era o momento certo. Mas agora é, eu sinto que é. Eu me sinto mais preparada, o meu
psicológico está bem pra gerar uma outra criança agora. O que naquele momento, no meio
daquela loucura toda, eu de forma nenhuma estava.

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Ficha do conto

Foto Perfil erodev
erodev

Nome do conto:
Meu Delegado - Capítulo 34

Codigo do conto:
111067

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
31/12/2017

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