Meu Delegado - Capítulo 35



Sophia
Algumas semanas depois...
Já faz duas semanas que voltamos para casa e contamos a noticia da gravidez para a família.
E qual foi a minha surpresa em saber que a Mila também estava gravida e de três meses? Nós
não sabíamos se chorávamos ou se sorriamos com a surpresa.
Faz mais ou menos um mês que eu descobri que estou grávida, ainda não fui ao médico, na
verdade irei hoje, na mesma médica que a Mila vai, por sinal. Eu não sei ainda de quantos
meses eu estou, mas devo dizer também que já estou me sentindo um pouco inchada, não
chega a ser igual a barriguinha da Mila que já está bem aponta, mas já começo a me sentir
um pouco maior. Com isso também tem o enjôos, que não me deixam em paz. Eu já não
aguento mais, eu vomito praticamente o dia inteiro é só eu sentir um cheiro um pouco mais
forte que já coloco tudo pra fora.
O Rodrigo e o Gus não desgrudam mais da minha barriga. Eu pensei que o Gustavo iria ficar
um pouco enciumado, afinal de contas ele sempre foi o único filho e a atenção era
praticamente toda, se não toda, pra ele. Mas ele ficou tão feliz em saber que teria um
irmãozinho ou irmãzinha. E eu também fiquei muito feliz em saber que ele levou isso numa
boa. Ele quer ficar tocando na minha barriga toda hora pra saber se o bebê está bem, ou se
ele está mexendo ou não. Apesar de eu já ter dito pra ele que está muito cedo para o bebê se
mexer.
Estou vendo que essa criança vai ter dois protetores ao lado. O irmão e o pai, dois babões.
Fico imaginando se for menina. Meu Deus! Mas ela vai sofrer demais com o pai que tem.
- Mãe, eu posso ir pra piscina? – volto minha atenção para o Gus que esta no topo das
escadas.
- Claro filho.
Ele some das minhas vistas indo em direção ao seu quarto.
Me levantodo sofá e vou até a cozinha encontrando minha mãe e a dona Maria preparando o
almoço. Minha mãe não mora com a gente, ela queria continuar na favela, disse que não
queria atrapalhar a nossa vida morando aqui, mas o Rodrigo não deixou ela ficar lá, e com o
seu poder de persuasão ele conseguiu convencê-la a voltar para o apartamento em que
morávamos. Mesmo ela tendo a sua pensão, eu sempre a ajudo com algum dinheiro a mais,
por mais que ela não me peça nenhum real, eu sei que um dinheiro a mais sempre ajuda. Conseguimos pagar pra ela finalmente a operação para o seu joelho há algum tempo já, e ela
está novinha em folha, está até pensando em voltar a trabalhar.
Apesar de eu ainda estar de férias e poder cuidar muito bem do meu filho, essa semana ela
vem pra cá praticamente todos os dias, é ela que toma conta do Gustavo, pois a Maria é paga
somente para tomar conta da casa. Eu até tentei pagar minha mãe por isso, mas ela diz que
cuidar do neto não é nenhuma obrigação e sim um prazer. Então não vai ser eu que vou
querer arrumar uma briga com a dona Marta por causa disso.
- O que vocês duas estão fazendo ai, em? – pergunto me sentando á mesa.
- Lasanha, filha.
- Huum mãe, o cheiro está delicioso.
Agradeço por não me enjoar dessa vez. Pois eu amo lasanha e minha boca já está cheia
d’água só de sentir esse cheirinho.
- O Rodrigo chega que horas?
- Ah mãe, 12:30 mais ou menos ele está chegando.
- Que horas é a consulta?
- 14:00 horas, vamos terminar o almoço e ir direto pra lá.
Ela acena a cabeça e volta a sua atenção para a panela.
- Querem alguma ajuda ai? Estou entediada aqui sem fazer nada.
- Não precisa, filha, está tudo certo aqui, nós duas estamos dando conta.
Respiro fundo e coço a cabeça.
Como eu queria estar trabalhando. Minhas férias de fato só acabam semana que vem, no
mesmo dia em que o Gus voltará às aulas, por sinal. Já o Rodrigo voltou ao trabalho bem
mais cedo, assim que chegamos de viagem, no dia seguinte, ele já voltou para a delegacia.
- Mãe, fica na piscina comigo? Não gosto de ficar lá sozinho. – diz o Gus entrando na cozinha.
- Claro meu filho, vou sim. Vai indo que eu vou colocar um biquíni e já volto.
- Tá bom. – ele sai com um sorriso enorme no rosto e eu sorrio com isso também.
Vou para o quarto e escolho um dos biquínis novos que eu tinha comprado, mas não havia
usado na viagem. Opto por um biquíni branco na parte de baixo e azul, com um bojo
confortante, na parte de cima e pego uma bermuda jeans, apenas pra não ter que subir isso
tudo depois.
Chego na piscina e já encontro o Gustavo dentro dela só que na parte rasa, colo o shorts em
cima da cadeira de tomar sol e sento na borda da piscina próximo a ele, deixando os meus pés molharem na água. Faço um coque no meu cabelo para não molhá-lo e logo sinto o
Gustavo nadando perto de mim e não demorou muito ele coloca a sua cabeça para fora da
água e sorri pra mim. Ele vem para o meio de minhas pernas, abraça a minha cintura e deixa
um beijo de leve na minha barriga.
- Eu não vejo a hora da minha irmãzinha nascer.
- Mas a gente ainda nem sabe o sexo, Gustavo e nem dá pra ver. – sorrio alisando os seus
cabelos.
- Mas é uma menininha sim. Eu sei.
- Mas você não gostaria que fosse um menino? Pra brincar com você?
- Ah mãe, se for eu vou amar ele também, mas eu queria que fosse uma menina.
Ele se separa de mim e me olha.
- Pra falar a verdade eu também. Já tenho um homenzinho. – digo apertando suas bochechas
e ele revira os olhos como sempre. – Agora pra completar seria legal se fosse uma menina.
- O meu pai vai ficar louco de ciúmes. – ele diz rindo. – Ainda mais se ela for linda igual a
senhora.
- Nem me fale Gus. Tadinho desse bebê se for uma menina.
Nós sorrimos, demos o assunto por encerrado e ele me puxou para dentro da piscina de vez.
Ficamos ali a manhã inteira, eu sempre ficava na parte rasa, pois eu não sabia nadar e ainda
morria de medo de aprender. Sim, sou estranha. Já o Gustavo, ia para o fundo e quando eu
falava pra ele tomar cuidado ele me falava: “Ah mãe relaxa, eu sei nadar”. Mas nem por isso
eu ficava menos nervosa.
Só vi que a hora tinha passado quando vejo o Rodrigo saindo da garagem e vindo até a
piscina. Levanto-me da borda da piscina e espero ele chegar perto de mim.
- Boa tarde, meu amor. – digo com os meus braços abertos para abraça-lo.
- Morena. – ele diz passando as mãos pela minha cintura me abraçando, ele cola nossas
bocas em um beijo e sinto suas mãos descendo lentamente para a minha bunda e eu paro o
beijo.
- Rodrigo, o Gustavo está ali, para.
Ele levanta suas mãos lentamente colocando em minha cintura apertando-a.
- Oi pai. – diz o Gus saindo da piscina e vindo até a gente.
Ele abraça o Rodrigo, deixando-o levemente molhado.
- Fala filhão. - deixa um beijo sobre sua cabeça. – Cuidou da sua mãe e do seu irmãozinho como falei?
- Sim senhor, mas eu já disse que é uma menina pai.
- Não fala isso Gustavo, pelo amor de Deus. – diz o Rodrigo com os olhos arregalados e já
passava as mãos pela cabeça rapidamente. – Não estou preparado psicologicamente para ter
uma filha, não.
- Mas não tem mistério nenhum pai.
- Você que pensa, Gustavo... Mulher é bicho complicado, vê a sua mãe, olha o trabalho que
ela me dá. Agora você imagina mais uma. Acho que vou enfarta antes dos quarenta e cinco.
- Ei, eu não dou trabalho nenhum, Rodrigo. Quem dá trabalho aqui é você.
Digo pensando nas inúmeras vezes que tive que me segurar pra não dar na cara de alguma
mulher, ou até na dele mesmo.
- Ah pai, eu adoraria ter uma irmãzinha.
- Vamos ver se você vai continuar com esse mesmo pensamento quando crescer mais um
pouquinho e...
- Meus Deus, Rodrigo! Não envenena a mente da criança. – digo já sabendo muito bem do
que ele estava falando. – Vamos almoçar né, estou morrendo de fome e temos consulta hoje.
- Claro amor. Meu bebê já está com fome. – ele diz e se abaixa levemente passando a mão
sobre minha barriga. – Você tem que comer direito, Sophia, não precisa ficar me esperando.
Quando o meu filho quiser comer, você da comida a ele.
- Tudo bem, amor. – digo sorrindo. – Mas é que eu prefiro te esperar.
Ele deixa um beijo na minha testa e se vira.
- Vou guardar isso aqui e te espero na cozinha. – diz se referindo a sua arma que estava em
seu coldre.
Ele nunca foi de deixar a arma em qualquer lugar da casa, nem mesmo quando eu ainda
trabalhava pra ele, e depois que começamos a namorar ele nunca gostava de deixar a arma
em um lugar acessível para o Gustavo pegar...
Pego o meu shorts em cima da cadeira e o visto. O Gustavo termina de se secar e fomos para
a cozinha. A mesa já estava posta e a lasanha estava com uma cara maravilhosa, minha boca
rapidamente se encheu d’água e minha barriga roncou. Logo o Rodrigo chega na cozinha e
todos sentamos para comer. E meu Deus! Eu nunca comi tanto em toda a minha vida. Eu
estou vendo que, o que eu não engordei na gestação do Gus, eu vou engordar agora o dobro
nessa. E eu agradeço por não ter me enjoado, pois seria uma pena jogar a lasanha pra fora
novamente.
Depois que terminamos de almoçar eu e o Rodrigo subimos para o quarto. Assim que entramos, ele fecha a porta e sinto os seus braços passando pela minha cintura e suas mãos
alisavam minha barriga.
- Você realmente não quer que seja uma menina? – pergunto segurando de leve as suas mãos
em cima da minha barriga.
- Não é isso meu amor. – deixa um beijo o meu pescoço. – É que eu acho que não vou saber
lidar com o fato de ter duas Sophia pra eu tomar conta.
- Amoor, nada a ver.
- Você realmente acha que eu vou deixar minha filha desprotegida pra esses garotos safados
abusarem dela?
- Meu Deus! Mas a criança nem nasceu ainda.
- Mesmo assim. Eu Já estou fazendo os meus planos. Estou vendo que minha arma vai ser
mais usada para espantar esses moleques do que de fato eu uso para o meu trabalho... Ainda
mais se puxar a beleza da mãe.
- Você realmente não existe, sabia? Nunca vi tão possessivo.
- Não é ser possessivo.É ter cuidado... Bem diferente.
- Uhuum sei.
Sinto os seus beijos pelo meu pescoço e suas mãos descem para o meu short abrindo-o.
- Rodrigo...
- Quanto tempo nós temos?
Sua mão entra no meu biquíni e o sinto tocando lentamente o meu clitóris, fazendo-me jogar
a minha cabeça de leve para trás e soltar um leve gemido.
- Nã-não sei.
Minha respiração aos poucos estava ficando ofegante e os seus dedos me tocavam um pouco
mais rápido, fazendo-me contorcer levemente em seus braços.
- Acho que dá tempo.
Diz com sua boca próximo ao meu ouvido, ele rapidamente retira a sua mão de dentro do
meu short e me vira de frente para ele, esse movimento fez com que nossas bocas se
chocassem e ele aproveitou para começar um beijo. Sinto suas mãos na minha cintura
levantando-me e eu enrolo minha perna em seu corpo, meus braços estão envolta do seu
pescoço tentando trazê-lo para mais perto de mim.
O Rodrigo começa a andar e eu não sinto a cama em minhas costas, como esperei, mas sim o
gelado do mármore da pia do banheiro em minhas pernas. Rodrigo, a gente não pode se atrasar. – digo ofegante.
- Eu sei, meu amor, vai ser rápido. Prometo.
Sinto suas mãos nas minhas costas e ele desfaz os nós do meu biquíni. Assim que ele
consegue tirá-lo de mim, suas mãos vão para a minha cintura me retirando de cima da
bancada, fazendo-me ficar em pé. Ele leva suas mãos ao cós do meu short e o retira
lentamente, logo fazendo o mesmo com a parte de baixo do biquíni, deixando-me
completamente nua.
O Rodrigo pega na minha cintura com força, aproximando-me dele, gruda nossas bocas em
um beijo lento, mas excitante. Suas mãos, uma delas está em minha cintura, e a outra
apertando com força a minha bunda. Eu já estou completamente molhada, completamente
pronta para recebê-lo agora mesmo.
Com um pouco de dificuldade, levo minhas mãos até sua blusa e a levanto lentamente,
separo por alguns instantes, as nossas bocas e retiro a blusa por completo. A cada dia que
passa o Rodrigo fica cada vez melhor, não sei como isso é possível, mas o seu corpo está
ainda mais definido do que quando nos conhecemos, parece que quanto mais velho fica,
melhor é. Desço minhas mãos lentamente pelo seu peitoral forte, chego em sua calça e
aperto o seu membro, ainda coberto, e ele solta um leve gemido. Percebo que ele também
está prontinho pra mim. Como não tínhamos muito tempo, eu trato de desabotoar logo a
sua calça e a tiro junto com a boxer jogando-as no chão.
- Você me deixa louca, Rodrigo.
Digo olhando o seu corpo, agora completamente despido, e o seu membro ereto a minha
frente. A vontade que eu tinha era de coloca-lo em minha boca e vê-lo perdendo o controle.
- Não faz isso. – diz severo.
- Isso o que?
- Morder os lábios enquanto olha para o meu pau desse jeito.
Eu nem percebi que estava fazendo isso.
- Senão? – digo o provocando.
- Sophia... – ele fecha os olhos e respira fundo. – Você tem sorte que não temos tempo, senão
eu te mostraria tudo que eu estou com vontade de fazer com você nesse momento.
- Não seja por isso. Eu desmarco a consulta. – digo passando minhas mãos pelo seu corpo
sentindo-o se arrepiar.
- A proposta é tentadora, mas não... E chega de conversa, eu deveria estar te fodendo agora e
não perdendo o meu tempo conversando com você. – me pega em seu colo novamente e
anda em direção ao box. Rodrigo e o seu jeito delicado, porém, eu não posso reclamar, eu amo esse jeito dele. Mas ele
também sabe ser bem romântico quando quer.
Sinto minhas costas encostando-se ao azulejo gelado, o que fez minha pele se arrepiar um
pouco. Sinto os seus beijos no meu pescoço e suas mãos apertam lentamente os meus seios.
Suas mãos descem para a minha cintura e sua boca vai em direção ao meu pescoço, deixando
beijos e mordidas pelo local e sinto o seu membro roçando lentamente na minha entrada.
Abro os meus olhos e vejo o Rodrigo esfregando-o repetidas vezes em minha intimidade, mas
em momento nenhum ele o penetrava.
- Ro-rodrigo... Coloca logo... – ele não espera mais nenhum minuto e me penetra por
completo, fazendo-me soltar um gemido alto, até demais.
- Tão quente... Tão gostosa... Aah! Nunca me canso disso.
- A-amor, se mexe.
Ele é um desgraçado, está me torturando. A prova disso é o sorrisinho safado e debochado
em sua cara. Ele segura a minha cintura com força e começa a me penetrar forte e fundo, sua
outra mão acariciava de leve o meu clitóris e eu tinha que me segurar para não gritar e a casa
inteira saber o que estamos fazendo. Levo minhas mãos para as suas costas, arranhando-o
com toda a vontade, já que eu não podia gritar como eu queria, ele que aguentaria as minhas
arranhadas.
- Vem Sophia... Goza comigo... Aah!
Não consigo responder nada, pois se eu abrir a boca, a única coisa que sairá dela serão
gemidos. Ele me penetra ainda mais rápido e fundo e eu já podia sentir o meu orgasmo
chegando, sinto minha intimidade contrair com mais força e o Rodrigo geme mais alto no
meu ouvido, ao mesmo tempo em que deixa um tapa na minha bunda fazendo-me liberar
por completo.
O Rodrigo da mais algumas estocadas e também se libera dentro de mim.
[...]
Por causa do Rodrigo nos atrasamos para a consulta, mas devo dizer que valeu apena. Valeu
muito.
Como chegamos um pouquinho atrasados, eles colocaram outra pessoa no nosso lugar e
agora temos que esperá-la ser atendida, para entrarmos.
- Está nervoso, amor? – digo segurando sua mão tentando o acalmar, pois ele mexe as pernas
rápida e irritantemente. Só estou um pouco ansioso, quero ver logo como ele é.
- Eu também quero. – deixo minha cabeça cair em seu ombro e em seguida sinto os seus
braços envoltos da minha cintura, levando-me um pouco mais pra perto dele e deixando um
beijo na minha cabeça.
Olho para algumas mulheres sentadas à minha frente. Umas pareciam ser um pouco mais
velhas, já outras eu me via nitidamente nelas, quando eu estava grávida do Gustavo. Tem
meninas bem novinhas e claramente assustadas, assim como eu estava há oito anos, sem
saber o que fazer, sem ter a mínima noção de como é colocar uma vida no mundo. Eu sabia
que era muita responsabilidade e sabia também que se eu quisesse eu poderia não ter
aquela responsabilidade toda em cima de mim. Mas eu não tinha e não tenho coragem de
acabar com a vida de um ser tão inocente. E eu me vejo muito em muitas dessas jovens que
estão sentadas aqui, com suas barrigas enormes, os olhares assustados e amedrontados.
Eu sei bem como é. A reta final é ainda pior, é onde você vê que não tem mais volta, é isso ou
é isso. A criança está prestes a nascer e você não tem nenhuma noção de como serão as
coisas; se você vai saber ser uma boa mãe, mesmo sozinha, adolescente e sem o apoio do pai.
Mas parece que essas duvidas somem por alguns instantes, quando vimos o rostinho deles
pela primeira vez. Logico que depois disso ainda é bem difícil, mas ai, eu me toquei de que eu
não deveria ficar me questionando se conseguiria ou não, eu teria que fazer e pronto, pois
agora eu tinha uma responsabilidade que seria só minha...
Já outras mulheres, eu consigo me ver nelas, como eu sou agora: Mulheres confiantes, felizes
e que sabem exatamente o que quer da vida e como quer.
Agora eu realmente me sinto muito mais preparada, com 26 anos, com a minha profissão e
casada. Eu nunca me imaginaria assim, por mais que eu já estivesse sonhado, eu nunca me
imaginava de fato com tudo isso. Uma família linda que me acolheu, um homem que me ama
de verdade e que ama o meu filho também, que ele adotou como se fosse dele, e agora eu
estou grávida. Mas eu não estou assustada e com medo, como da primeira vez. Muito pelo
contrário, eu estou bem feliz, pois eu sei que agora eu vou ter alguém ao meu lado me
apoiando. Agora eu seu que, felizmente, esse bebê vai ter uma oportunidade que o Gus não
teve por alguns anos de sua vida.
- Sophia Albuquerque.
Ouço o meu nome ser chamado e rapidamente me levanto do sofá e o Rodrigo também.
- Sim? – digo olhando para a recepcionista que estava parada na minha frente com uma
prancheta na mão.
- Pode entrar, a Doutora Vitória está te esperando. – diz com um sorriso simpático.
- Tudo bem, obrigada.
Vou até a porta que ela me indicou e bato escutando logo em seguida um “entre”. Assim fizemos.
Assim que entramos, demos de cara com uma mulher já de idade, mas bem conservada. Ela
tem um sorriso simpático direcionado para nós.
- Boa tarde, Sophia. – diz ela me estendendo a mão e eu a cumprimento.
- Boa tarde, doutora Vitória.
- E o senhor é o pai, eu suponho? – ela faz o mesmo gesto para o Rodrigo, que também a
cumprimenta e direciona um sorriso sem dentes pra ela.
- Rodrigo.
- Prazer, Rodrigo e Sophia. Podem se sentar.
Diz apontando para as poltronas de frente para a sua mesa e assim fizemos.
- Primeiro eu queria me desculpar pelo atraso, doutora, houve um imprevisto e nos
atrasamos um pouco.
- Tudo bem, querida. – diz ela simpática. – Então... Essa é a sua primeira consulta, não é
mesmo?
- Sim, eu só fiz dois exames de farmácia um mês atrás e ficou por isso mesmo.
- Por que demorou tanto tempo pra procurar um medico, em?
- Eu disse que éramos pra ter ido ao dia seguinte, mas ela não quis. – diz o Rodrigo me
olhando de rabo de olho.
- É porque estávamos de férias e eu não queria voltar pro Rio naquele momento. Então eu
decidi esperar até as nossas férias acabar.
- Huum, okay. Mas você teve algum problema, sentiu algumas dores nesse meio tempo?
- Não. Nada. Está tudo normal... Eu só estou me sentindo já um pouco inchada, mas isso não
é um problema.
- Realmente, não é. – diz ela sorrindo. – Bom, então vamos fazer os exames, depois
conversamos mais.
- Vamos.
Ela se levanta, vai até um pequeno armário e tira um saco plástico de lá.
- Coloca esse vestido aqui pra mim... Sem calcinha, okay? E se estiver com a bexiga cheia,
esvazie-a.
- Tudo bem.
Entro no banheiro e retiro a minha roupa.
Eu estou nervosa, a minha barriga parece que ter milhões de borboletas. Eu vou ver o meu
bebê pela primeira vez!
A ultrassom que eu vou fazer é a transvaginal, com ela dá pra ver com mais perfeição de
quanto tempo eu realmente estou e é mais fácil para detectar qualquer anormalidade, tanto
com o meu corpo, quanto com o bebê.
Esvazio a minha bexiga, que de fato já estava cheia, e coloco o vestido, deixo minhas roupas
em um canto e saio do banheiro encontrando o Rodrigo e a Doutora Vitória conversando.
- Eu só vou poder te dizer com certeza depois dos exames. Mas se estiver tudo bem, sim, o
sexo está liberado.
- Rodrigo... – o repreendo, pois eu não acredito que ele teve coragem de perguntar algo do
tipo para ela.
Ele se vira pra mim, com a cara mais lavada do mundo.
- O que foi, amor? A Doutora disse que eu podia tirar todas as minhas duvidas.
- Você me mata de vergonha. – digo levando minha mão ao rosto.
- Não precisa ter vergonha nenhuma, Sophia, essa é a pergunta que eu mais ouço dos
homens aqui no consultório. É normal essa duvida.
Ela se levanta e vem até a mim.
- Não precisa se envergonhar, agora vamos lá ver esse bebê. Pode vir também, papai.
O Rodrigo rapidamente se levanta e Doutora abre uma segunda porta que tem na sala e
entramos em um outro ambiente, esse já tem uma maca e um monitor e posso ver alguns
instrumentos que eu não faço a mínima idéia para que serve.
- Pode se deitar e abra as suas pernas pra mim, deixando os joelhos dobrados.
Com um pouco de vergonha eu me deito e faço o que ela disse, o Rodrigo vem para o meu
lado e segura a minha mão.
- Agora é a hora da verdade. Vamos ver como ele ou eles estão, vai que são dois, né? – ela diz
sorrindo.
Só a hipótese de ter duas crianças dentro de mim, me deixa assustada.
- Nem brinca, Doutora.
- Seria bem legal. – diz o Rodrigo rindo feito um bobo.
O olho com uma cara assustada. Como legal? Vai ser trabalho em dobro, tomara que seja só
um... Um de cada vez!
A médica coloca sua luva e pega a sonda, com uma espécie de preservativo na ponta, e leva em direção a minha intimidade. Assim que ela o inseriu dentro de mim, uma imagem meio
borrada já aparece no monitor ao meu lado. Olho para o Rodrigo, que assim como eu já
estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Eita... Eu estava brincando em, mas parece que são gêmeos mesmo. – diz a médica sorrindo.
- Co-como assim, Doutora? – pergunto assustada. – Diz que a senhora está brincando!
- Não, eu estou falando sério. Mas espera um minuto. – ela diz sem acreditar e parecia estar
se divertindo com aquilo.
A imagem no monitor desaparece e a Doutora mexe em algumas coisas naquele aparelho.
O meu coração está acelerado. Eu não estou acreditando nisso. Meu Deus!
Olho para o Rodrigo que já está chorando.
- Meu Deus do céu. – digo apertando a mão do Rodrigo.
- Por isso que é bom a transvaginal no comecinho, detecta tudo. Eu tenho quase certeza que
são dois sim, viu.
Uma imagem de outro ângulo aparece no monitor.
- São gêmeos mesmo. – ela diz sorrindo.
- Meu Deus, você está falando sério? Tem certeza?
Eu olhava para o Rodrigo não acreditando.
- Seríssimo, olha só aqui. – ela aponta para o monitor. – Estão vendo, são gêmeos não
idênticos, cada um tem sua bolsa...
Ela passa o dedo sobre a tela mostrando a repartição entre as duas bolsas e agora eu posso
ver nitidamente os dois bebês um de cada lado.
- Rodrigo?! – olho para ele como quem estivesse indignada por ele ter colocado dois bebês
dentro de mim.
Não poderia ser um de cada vez?
O Rodrigo não sabia fazer outra coisa a não ser chorar. Parecia estar, assim como eu, sem
acreditar, mas ele não conseguia dizer nada.
- Doutora.. Olha, isso ai não tem erro, não?
- Não Sophia. – a danada parecia se diverti. – São dois mesmo, cada um tem a sua placenta...
- Rodrigo..como... como você conseguiu colocar duas crianças dentro de mim?!
Ele ia abrir a boca pra falar, mas eu o impedi. Não responde.
- Vocês são demais. – ela diz rindo.
- Olha você está com oito semanas, ou seja, dois meses, quase três.
- Mas eu menstruei mês retrasado. – digo com um pouco de medo disso ter feito algum mal
aos bebês.
- Foi antes de você fazer o teste?
- Sim. Na verdade eu fiz o teste mais pra ter certeza de que eu não estava grávida, pois eu
tinha menstruado no mês anterior. Então eu não imaginava que estaria grávida, mas eu fiz o
teste e deu positivo.
- Depois disso, houve mais sangramentos?
- Não.
- É normal isso acontecer no primeiro mês de gestação, não se preocupe. E pelo o que eu
estou vendo aqui está, tudo bem com os bebês e com você também. Não precisa se
preocupar. A não ser se voltar a acontecer, ai você me procura imediatamente.
- Tudo bem.
- Meu Deus! Eu não estou acreditando. Duas crianças. – o Rodrigo diz com um sorriso enorme
no rosto.
- Sim Rodrigo, duas crianças. – digo ainda um pouco assustada.
Não é que eu não esteja feliz, mas é que imagina você esperando UM filho, ou pelo menos
achando que está esperando só um, e ai do nada vem a médica e diz que são dois. É de
assustar.
O Rodrigo deixa um beijo na minha boca e me abraça desajeitadamente.
- Obrigado.
Que droga! Isso me desmontou, fazendo-me derramar as lágrimas que estavam presas.
- Amor, não precisa agradecer.
Ele se separa de mim, deixa um beijo na minha testa e volta o seu olhar para o monitor. Eles
são tão pequenininhos, dá pra ver nitidamente que não tem quase nada formado,
perfeitamente.
- Da pra escutar o coração deles? – ele pergunta.
- Vamos ver se conseguimos.
Ela mexe em mais alguns botões e de repente uns barulhos rápidos é ouvido em toda a sala e o Rodrigo se emociona mais ainda.
- É bem forte, né? – diz ele apertando minhas mãos.
- Sim, Rodrigo.
Ficamos mais algum tempinho ali e ela logo encerrou a consulta e eu fui me vestir.
Ainda estou um pouco surpresa, mas ao mesmo tempo feliz. Agora eu entendo o porquê de
eu estar me sentindo um pouco mais inchada em tão pouco tempo de gestação. Há duas
crianças dentro de mim.
Saio do banheiro e me sento ao lado do Rodrigo.
A Doutora conversou com a gente, explicou que estava ocorrendo tudo bem. Não tinha nada
de anormal, tanto comigo quanto com os bebês.
Ela me explicou também que os meus enjoos frequentes eram por causa da gestação gemelar,
geralmente esse tipo de gestação provoca mais enjôos, mas ela me receitou um remédio, que
segundo ela, diminuirá isso. O Rodrigo voltou a perguntar sobre o sexo e a médica disse que
estava tudo certo. Eu queria enfiar a minha cara debaixo da mesa de tanta vergonha, mas os
dois pareciam não se importar.
Depois de o Rodrigo tirar todas as duvidas e eu também, nós pegamos as fotos dos exames e
fomos embora.
- Amor, você não podia colocar uma de cada vez? – digo já dentro do carro, estávamos a
caminho de casa onde ele me deixaria e depois voltaria para a Delegacia.
- Nós esperamos tanto tempo que pra recompensar mandaram logo dois pra gente. – ele diz
divertido.
- Eu estou um pouquinho assustada ainda, são duas crianças.
- Eu estou muito feliz, isso sim. Dois bebês. – ele dizia passando a mão na minha barriga. –
Não vejo a hora de consegui ver os sexos, de senti-los mexendo.
- Aai nem eu.
- O Gustavo vai ficar louco quando souber, amor.
- Nem me fale. Está pra nascer um irmão mais babão igual a ele.
Ele sorri e volta sua atenção para a estrada. Não demorou muito e chegamos em casa, ele
nem entrou, apenas me deixou no portão e voltou rapidamente para a delegacia.
Assim que eu entro em casa o Gus já vem me bombardeando de perguntas.
- E ai mãe! Como foi? Minha irmã tá bem? Ela se mexeu? – ele diz tudo rapidamente.
- Meu Deus, quantas perguntas, filho Sento-me no sofá fazendo-o sentar-se no meu colo.
- Cadê a sua avó?
- Está na cozinha conversando com a Maria.
- Então vamos lá pra eu contar a novidade pra todo mundo.
Levantamos-nos e fomos até a cozinha.
- E ai minha filha, como foi? – pergunta a minha mãe sentada à mesa junto com a Maria.
- Assustador.
- Como assim? Tem algo errado com o bebê? – ela pergunta preocupada.
- Não mãe, está tudo bem com os bebês.
- Aah sim então por... Espera ai, você disse bebês?
- Sim mãe, bebês. Eu estou grávida de gêmeos.
- Meu Deus, Sophia. – ele se levanta um pouco sem acreditar também e me abraça. –
Parabéns minha filha.
- Obrigada, mãe.
- Parabéns, Sophia. – diz a Maria me abraçando também.
- Obrigada, Maria.
- Mãe, então quer dizer que eu vou ter dois irmãos de uma vez só? – diz o Gustavo parecendo
estar fascinado ouvindo isso.
- Sim, meu filho, dois de uma vez. – digo sorrindo.
- Caramba! Que legal. – ele abraça a minha cintura e deixa um beijo na minha barriga logo
depois alisando o local.
[...]
Cinco meses depois....
Já estou com sete meses, pareço uma bola de tão gorda, tenho certeza que se me jogarem no
chão eu realmente rolo. O Rodrigo diz que eu estou linda e continuo do mesmo jeito,
obviamente apenas com a barriga maior, mas eu me sinto totalmente inchada. Saltos nos
meus pés, nem pensar, por dois motivos, um porque realmente não cabe mais e outro
porque o Rodrigo não deixa. Ele acha que vou cair e me machucar.
Ele passou a ser ainda mais protetor depois da gravidez, ele cuida de mim como se eu fosse uma criança e o pior é que ele está fazendo o nosso filho ficar ainda mais parecido com ele,
nesse quesito.
Quando o Rodrigo está na delegacia é o Gustavo que ocupa o papel dele dentro de casa
perguntando se já comi, se preciso de algo que ele irá pegar e por ai vai.
O único lugar que eu tenho paz é na clinica, lá eu posso fazer as coisas com as minhas
próprias mãos sem ter o Rodrigo falando que é perigoso para os bebês.
Onde que lavar a louça é perigoso pra alguém?
Se ele já mima essas crianças estando dentro da minha barriga, imagina quando sair. Não vai
precisar de vó pra estragar os nossos filhos, ele mesmo fará isso.
Faltam alguns meses ainda para o nascimento, mas o problema é que nunca conseguimos ver
os sexos. O quarto está quase pronto, na verdade está totalmente neutro sem cor nenhuma,
pois não conseguimos descobrir os sexos desses bebês, o mesmo acontece com as roupinhas.
Mas agora estamos aqui no consultório da Doutora Vitória para ver se finalmente
conseguimos descobrir os sexos.
- Vamos ver aqui. – ela mexe com o aparelho em minha barriga e olha fixamente para a tela.
– Eu acho que agora vai em.
Ela mexe em alguns botões no aparelho ao lado e da um sorriso. Mexe mais um pouco e sorri
novamente.
- E ai Doutora? – diz o Rodrigo aflito.
- São duas menininhas.
- Ai meu Deus, está falando sério? – digo radiante, o Gustavo vai amar essa noticia.
Eu sempre quis ter uma menina, mas vieram duas.
- Sim. Demoramos, mas conseguimos descobrir. São meninas comportadas, fizeram jogo duro
com a gente. – diz divertida.
Olho para o Rodrigo que tinha os olhos arregalados, parecendo não acreditar no que estava
ouvindo.
- Não Doutora, vê isso ai direito. – ele diz.
Eu estava morrendo de ri com a situação.
- Eu já vi Rodrigo. Duas meninas.
- Porra eu acho que vou enfarta.
- Olha a boca, Rodrigo. – digo sorrindo. – E para de palhaçada é bom pra você aprender.
- Duas... meninas. – ele fala pausadamente, parecendo digerir a noticia, ele leva as mãos a cabeça coçando-a.
- Isso é pra você aprender a nunca mais colocar duas crianças dentro de mim de uma vez só. –
digo sorrindo.
A Doutora Vitória estava se divertindo horrores com a situação.
Não demorou muito e a consulta terminou e fomos para a casa.
Ele ainda estava um pouco sem acreditar e não disse nada mais. Como sempre fazia, ele me
deixou em casa, pois eu não tinha mais nenhum paciente hoje, e logo voltou para a
delegacia.
O Gustavo ficou radiante em saber que ele continuaria sendo o “único” homem da casa e as
meninas também gostaram, pois assim que ele chegou perto da minha barriga elas
começaram a se mexer. Isso sempre acontecia, elas... Agora eu posso dizer elas. Adoram o
Gus, assim como o Rodrigo, é só eles chegarem perto que elas começam a se mexer.
Depois de ligar para a família inteira contando a novidade de que mais duas meninas
entrariam para a família, pois a Mila também espera uma menina, a Natasha, que está
prevista para vir ao mundo no próximo mês. Todos ficaram felizes em saber. A Julia ficou
maluca e já disse que tem varias ideias para me ajudar na decoração do quarto e eu logico
não neguei sua ajuda. Depois de falar com todos, eu já estava me sentindo muito cansada e
fui para o meu quarto descansar um pouco os meus pés. Ligo o ar condicionado e me deito
na cama.
Confesso que a reação do Rodrigo me deixou um pouquinho assustada, será que ele não
vai... Não! O Rodrigo nunca faria isso. Ele queria tanto um filho e não vai ser por causa do
sexo que ele vai amá-las menos.
Deixo esses pensamentos loucos de lado e deixo o sono me levar.
[...]
Sinto uma forte movimentação dentro da minha barriga, mãos acariciando-a e ouço uma voz
no fundo.
- Desculpa se o papai foi um babaca. – sinto um beijo sobre minha barriga e a movimentação
é ainda maior. – É que eu fiquei assustado, poxa, mas eu não quero que vocês pensem que
eu não amo vocês, viu! Porque não é isso...
Abro os olhos e vejo o Rodrigo praticamente ditado sobre minha barriga, suas mãos a
acariciavam e seu olhar é fixo na mesma.
- É só que eu sou meio ogro, sabem? Eu não sei se eu vou saber lidar com duas menininhas
lindas igual a vocês duas. Mas eu prometo, prometo que vou dar o meu máximo, eu vou cuidar de vocês duas assim como eu cuido do irmão e da mãe de vocês. Se for preciso eu dou
minha vida por vocês... – sinto uma lágrima cair sobre e minha barriga e eu não consigo
segurar as minhas também – Não vou deixar nada de ruim acontecer com vocês duas... Nada!
Eu sempre estarei aqui para protegê-las... Sempre!
Ele fica um tempo beijando a minha barriga e acariciando-a e as meninas faziam a festa.
- Tá vendo o que vocês estão fazendo comigo? Me transformaram em uma manteiga
derretida... Mas ó! Não deixem ninguém saber disso, ouviram bem? Senão o papai não vai ter
mais moral com a minha equipe... Ó! Segredinho nosso. – ele sorri e beija novamente minha
barriga.
- Que coisa linda, amor. – digo soltando um soluço.
Ele levanta sua cabeça rapidamente e parece um pouco sem jeito ao perceber que eu acordei.
- Nem vi que você tinha acordado. – ele limpa o rosto e se deita do meu lado, puxado-me
para o seu peito.
- Você mexendo na minha barriga e a festa que elas estavam fazendo é quase impossível não
acordar. – digo sorrindo.
- Desculpa por não ter tido uma reação tão boa assim de cara. É que eu realmente fiquei um
pouco assustado. Duas meninas de uma vez não vai ser fácil pra mim.
- Amor, relaxa... Não é o fim do mundo, são só duas menininhas.
- Sophia, eu já estou pensando em quando elas crescerem e quiserem namorar.. e-eu... Elas
são minhas eu não vou dividi-las com marmanjos nenhum.
- Amoor, não é assim.
- Eu sei muito bem o que passa na cabeça de um homem e...
- Aah já entendi. Você está com medo de que apareça um homem igual a você na vida delas,
é?... Que queira fazer o mesmo que você faz comigo, só que com elas...
- Sophia você só está complicando mais ainda.
- Amor relaxa, eu também não tenho tanta pratica assim com meninas e...
- A gente as coloca num convento. Problema resolvido.
- De jeito nenhum, minhas filhas não serão freiras... A menos que elas queiram é logico.
- Elas vão querer, eu sei que vão. – ele diz convicto.
- Duvido. – digo sorrindo. – Tomara que elas pareçam com a Camila.
- Sophia não! Não fala isso. – ele diz com seus olhos arregalados. Começo a ri, pois só eu sei, na verdade o Rodrigo também sabe, o quanto a Camila é louca,
uma louca consciente, mas louca. Ela era a que roubava a cena total na escola, todos os
nossos amigos de turma eram loucos nela, mas ela sempre esnobava todos. A não ser quando
o garoto interessava a ela, ai ela esnobava, mas depois pegava. E pela reação do Rodrigo ele
sabe muito bem como ela é. Não preciso nem falar que se parecer comigo vai ser tímida pro
resto da vida. Mas eu disse isso apenas para irritá-lo mais ainda. Mas que seria legal vê-lo
ficar de cabelos brancos por causa das filhas. Ah seria!

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Ficha do conto

Foto Perfil erodev
erodev

Nome do conto:
Meu Delegado - Capítulo 35

Codigo do conto:
111068

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
31/12/2017

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