O amor pelo pastor - pecado e desejo

Claylson acordou puto da vida. Era o primeiro dia após o retorno da sua terra Natal, Maranhão. Havia curtido seus pais e irmãos por um mês. Agora seu tio surta com ele, reclamando da louça, que ficou após a janta dos dois, sobre as roupas sujas, onde havia mais roupa do seu tio do que a dele, afinal ele voltara ontem. Um cara mal resolvido, solteiro, porco e ainda cria encrenca com seu pai.
- Bom dia, tudo bem com você! Bom retorno! – falou Hideki.
Hideki é um homem com uma ótima visão sobre a vida. Bem-sucedido emocional e financeiramente. Tanto que fazia um trabalho filantrópico, onde ele ajuda muitas pessoas, desde as pessoas de idade, senhoras, senhores, viúvas, adolescentes, tanto homens e mulheres. Ele sabe ouvir as pessoas mesmo. Depois abre a Bíblia e fala algo reconfortante. Se não fosse isso, jamais teríamos nos conhecidos. Para Claylson, Hideki era um bálsamo num mar de concreto e pessoas frias. Ele deveria ter uns 40 e poucos anos, malha, nada, tem uma barriguinha, mas não aparenta ter essa idade. Ele abriu um sorriso, quando me viu.
- Não.
        Hideki olho-o nos olhos e já deu aquela atenção peculiar, que ele dava a todos que o procuravam.
        - Você voltou do Maranhão....é um choque né.
        Os olhos de Claylson encheram de água. A lembrança da família, o carinho, o amor. Ao relembrar das pessoas frias aqui, viu-se feio, magro, um peixe fora d’água e desengonçado.
        - É, o pior é que meu tio já tá brigando com meu pai sobre o terreno.
        A partir daí, com carinho Hideki desenvolveu um raciocínio a base do amor, a ênfase do crescimento emocional e pessoal de quem se ama.
        - É isso, obrigado – abriu um sorriso de quem tirou um peso dos ombros.
        Quando pensou em falar mais sobre suas atribulações, foi interrompido por outros irmãos que já foram falando com o Hideki.
        - Bom dia, Hi, se tiver um tempinho, ou melhor quando tiver um tempo preciso conversar com você.
        - A Dani está mesmo com problemas, ajuda a minha filha por favor.
        - Sim, com certeza, Claylson, você está bem?
        - Sim, sim – diz olhando para o desespero da jovem e a sua mãe. Mais uma pessoa procurando ele, para pedir conselhos ou ajuda.
        Acho que a mãe tá afim dele. Qual a mulher não fica afim dele? Até as casadas, pensou Claylson. Nesta hora ele olhou atentamente para o japa e viu como ele é lindo, 1,65, uns 80 kg, bícepes e tríceps que a camisa azul procurava em vão esconder. Um rosto que um nunca vi em outra pessoa, umas coxas e pernas que ele havia visto uma vez, quando ele estava com os irmãos na piscina.
        “Não, não, de novo não. Eu tô querendo o Hideki. Agora vai ser ele que vai me desprezar. E é pecado, não posso, não posso” – pensou Claylson enquanto tinha uma ereção na praça. Sentiu-se aliviado que os três já se distanciaram.
        - Vamos comer um pastel, filho – diz o Hideki virando-se para o jovem.
        Claylson balançou a cabeça. Ficou com vergonha pensando que Deus já revelou a ele, como ele é pecador. Várias vezes ouviu na tribuna, como Deus odeia os atos homossexuais. Lembrou-se de duas jovens que foram tiradas do convívio dos irmãos, por terem se beijado na boca.
        Foi para baixo de uma árvore, e começou a orar, pedindo perdão e forças para resistir, durante uma hora, nem percebeu quando o japa chegou perto dele e chamou-o.
        - Estou com muita fome, vamos?
        - Sim – Claylson sorriu, e já foi caminhando em direção a feira de domingo, aquela do metrô Santa Cecília.
        Enquanto comia, sentiu que as orações não fizeram efeito, pelo contrário, o cheiro do Hideki chamavam a atenção, o perfume que ele usa, sua postura, seu jeito de conversar, aquela cor bronzeada, até a pele para Claylson era atraente. Tentou muito não fazer isso, orou e mesmo assim, olhou e direção ao pau do Hideki, as suas pernas, seu tórax.
        - Mais um? Eu quero de camarão agora, e você? – perguntou. O jovem estava olhando-o com um olhar de quem examina alguém. Pensou que era a questão da vestimenta, pois ele sabia que como é jovem, em seus 18 anos, ainda não conhecia os locais para comprar camisas, calças, sapatos e demais acessórios. Pela sua formação religiosa, Hideki jamais olharia o corpo do jovem, pois não havia motivo para tal.
        Claylson percebeu que Hideki o olhava, perguntando alguma coisa que ele não conseguiu ouvir, pois ficou desesperado. Ele percebeu, que merda! Ele sabe de tudo, porque Deus o avisou e o demônio estava em seu corpo, o pau ereto, o suor, o olhar iníquo desejando um homem de Deus. Tudo, tudo acabou para a sua vida. Pensou na expulsão da religião e o pior de tudo. O Hideki ficaria sem falar com ele.
        - Hã? – fez uma cara fechada.
        Ele sabia que Claylson como todos os jovens tinham problemas de concentração, devido a hormônios e também sobre o que conversaram sobre a família. Então com uma voz branda e com um sorriso perguntou de novo.
        - Quer mais pastel? Você está satisfeito?
        - Quero um de queijo – pediu, mesmo sem ter fome, apenas era o que conseguiu falar. O Hideki é muito educado, ele não vai me repreender aqui, na feira, mas depois ele vai conversar com outros que cuidam das ovelhas e ele ira ser expulso.
        - Um de camarão e de queijo e duas cocas – pediu Hideki. O olhar do rapaz pressupõe a necessidade de ajuda. Ficou pensando que Samuel seu irmão, poderia ajudar Claylson com uma conversa edificante. O único problema é que Samuel ouvia pouco e falava muito. Mas como era bom ouvir com alguém, isso ajuda muito, pois enquanto um fala o outro procura analisar para entender o que as ovelhas precisam.
        - Vamos dar uma passada em casa? O Samuel também sentiu saudades de vc, irmão.
        Era agora, ele ia ser expulso, pensou.
        - Não, não vai dar.
        - Ok, mas você está bem? – pois o rosto do rapaz estava pálido e ele transpirava muito – toma o refrigerante. – incentivou, Hideki.
        Num impulso Claylson se levantou e saiu correndo, deixando seu pastel e refrigerante na mesa. Hideki terminou de comer, voltou para seu apartamento com 04 pastéis, dois para seu irmão e dois para o porteiro. Cumprimentou Samuel que já foi gritando sobre o cheiro que Hideki tinha.
        - Cachorro, comeu pastel, né!!! – jogou uma almofada. Viu a sacola e já foi puxando pra comer.
        - Calma, quero um pedaço, depois, mano.
        - Pega, abriu a boca e mostrou o pastel mastigado. – eis as brincadeiras de sempre.
        Conversaram, e Hideki pensou em como era bom ter o convívio com os irmãos. Tudo isso mudou sua vida, pois antes de se tornar crente, ele foi muito infeliz sendo homossexual, pois tinha medo de doenças, das pessoas estranhas. Isso aconteceu há onze anos.
        - O irmãozinho que voltou do Maranhão está bem?
        - Mano, esqueci dele. – contou tudo o que aconteceu durante a manhã, inclusive sobre a saída repentina do menino.
        Hideki mandou um watts, sem cobranças, apenas mostrando preocupação. Para Claylson era como se fosse o seu namorado que estava preocupado com ele. Como ele estava em casa sozinho, ele estava nú, digitando para o Hideki, lendo e lendo sobre a preocupação sincera, o carinho, a atenção que ele tinha. Seu pau estava duro...enquanto digitava com uma mão, com a outra batia uma punheta.
        Por um momento, esqueceu todo o contexto religioso e mandou uma foto sem camisa e de shorts para Hideki, pois assim como ele, o japa precisava de algo mais para a própria punheta, para que os dois gozassem juntos.
        Fechou os olhos e se viu numa casa de praia, junto com seu objeto de desejo, Hideki, ambos nus. Beijos e abraços, pau com pau.
        O pau do Hideki comprimindo seu abdômen. O beijo, a língua explorando cada canto da boca do outro.
        Beijou o pescoço do Hideki, foi descendo, para seu tórax, passando a língua e chupando aquela barriguinha, e foi direto para o pau. Colocou na boca, era delicioso.
        Quando sentiu que gozava muito no quarto e a realidade veio a tona. O cheiro forte de esperma impregnando o quarto. Porra pela boca, cama, e a merda que tinha feito, enviou a foto para o Hideki, quando olhou o que mandara, aquela sem camisa e outra de cueca.
        

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Comentários


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morsolix Comentou em 16/04/2020

Quarentena.Permite um tempo para ler.Todos os contos.Eu faço um esforço para entender se há um outro que se inícioo o colega escreveu,parece que a história já começou.Muito bom.

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toiro Comentou em 11/02/2020

Diego, este conto é o primeiro da série ou existe algum anterior? Pergunto porque li os três contos e parece que estou a ler uma história a partir do meio. De resto, parece-me uma boa história, bem escrita e que poderia tornar-se até uma boa obra literária. Continua a escrever, pois estou a gostar muito da história.




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Ficha do conto

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diegonaboa

Nome do conto:
O amor pelo pastor - pecado e desejo

Codigo do conto:
151229

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/01/2020

Quant.de Votos:
4

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