Paulo, o homem do km 32


Nosso primeiro encontro foi numa quinta-feira. Ele, um homem forte, grandão, moreno e peludo, seria aquele com quem eu ia ter uma grande tarde de sexo o que seria transformado num grande amor. Não sabia seu nome, mas só de o encontrar pelos corredores da empresa, eu ficava de pau duro, com as mãos suadas e o coração palpitante. Quem seria aquele homem?
Os dias foram se passando até que, para minha surpresa, nos encontramos num café que fica na esquina da empresa. Não havia mais mesas disponíveis, mas somente um lugar na sua mesa. Pedi meu café, fiquei na dúvida se sentaria ali ou não, mas foi mais forte. Ao olhar para aquele homem parrudo e peludo, não consegui mais esconder minha timidez. Me aproximei, perguntei se poderia sentar ali, e ele com seu sorrido largo e encantador disse que sim. No início, eu estava extremamente sem graça, mas ele puxou assunto sobre o início do verão e o calor intenso que se anunciava. Resolvi me apresentar.
- Muito prazer. Me chamo Tobias. E você?
- Eu me chamo Paulo. Ele estendeu sua mão em direção a minha e aquele contato foi o anúncio do que estava por vir.
- Muito prazer, Paulo.
Conversa vai, conversa vem. Por mais que estivesse quente, pedi mais um café para nós dois. Era como se nos conhecêssemos há muitos anos. Ríamos das mesmas coisas, falávamos sobre os mesmos temas até que, de repente, ele tocou no meu braço. Me arrepiei por dentro, e esbocei um longo sorriso para ele denunciando a felicidade que aflorou em mim. Até então pouco sabia daquele homem apesar da nossa mais recente cumplicidade. Voltamos para a empresa. Nos despedimos e não nos encontramos mais.
Os dias se passaram e eu não conseguia tirar Paulo da minha cabeça. Tomei coragem, sondei com amigos do RH para saber se eles tinham algum contato daquele homem maravilhoso. Eles não me forneceram nada por questões éticas de trabalho. Saí decepcionado de lá, mas com a esperança de que haveria um novo encontro: eu e Paulo, Paulo e Tobias.
E eis que numa sexta-feira, resolvo ir para um pagode na Pedra do Sal e quem eu encontro? Paulo. Meus olhos brilharam ao me deparar com aquele homem. Botei meu melhor sorriso na cara ao entrecruzar meu olhar com o dele. Paulo fez a mesma coisa. Deixou se levar por um convite não falado, se aproximou de mim e me deu um forte abraço. Por uns segundos, sentimos que não queríamos que aquele momento tivesse um fim.
Com o empolgar da roda de samba, Paulo perdeu a hora do metrô para voltar para casa. Se lamentou profundamente. E eu que não sou bobo, prontamente o convidei para esticar na minha casa e ele dormir lá. Ele muito envergonhado disse que não, que daria um jeito de voltar ou ficar na casa de amigos, mas fiz questão e reafirmei meu convite.
Fomos para casa. Ao chegarmos lá, convidei Paulo para tomarmos uma saideira. E nessa saideira foi quando tudo aconteceu: Paulo se aproximou de mim e me deu um beijo ardente, um beijo daqueles que tiram o ar, mas que pede cada vez mais beijos. Percebi que ali eu estava entregue a ele.
Entre beijos e abraços, nossas roupas ficaram pelo caminho. Nus, pudemos sentir um ao outro: nossos corpos se roçaram, se colaram em meio ao suor. Não nos separamos mais a partir daí. Começou o grande espetáculo do nosso encontro. Virei Paulo de costa e comecei a chupar seu cu. Paulo urrou de prazer. Ele, por sua vez, mamou minha rola preta como se estivesse derramando um desejo aprisionado de anos. Nos beijamos, nos abraçamos, rimos. Peguei o pau dele com a minha boca e o suguei com toda a maestria que tenho ao chupar uma rola. Mamei seus mamilos intensamente. Paulo urrou e pediu mais e mais que eu não parasse. De repente, Paulo me pegou pelas mãos, perguntou onde ficava o quarto e me conduziu como um noivo conduz um noivo para o altar. Foi o prenúncio do nosso laço de eterna união.
Paulo me jogou na cama, começou a chupar minha rola. Eu urrei de prazer. Virei Paulo de ponta a cabeça para ficarmos num 69. A rola um do outro na boca. Que prazer! que união! Não satisfeito, Paulo resolveu se sentar na minha rola. Só senti aquele homem grandão com seu cu quente e macio sobre mim. E no seu cavalgar, ora intenso, ora lento, Paulo me fez conhecer outros mundos nos quais o amor e o sexo entre dois homens negros eram possíveis de serem vividos em toda a sua plenitude. Por uns momentos, percebi o gosto de lágrima nos nossos beijos. Não eram lágrimas de tristeza, e sim lágrimas da percepção da imensidão que significava o nosso encontro. Tudo foi mágico demais.
Paulo seguiu no seu cavalgar, olhou nos meus olhos e sem dizer nada, com o balé do seu corpo grandão e peludo, acelerou nos movimentos. Minha rola pulsava intensamente dentro do cu de Paulo. Ele, na sua infinita felicidade, sentiu cada pulsar da minha rola até ela culminar com jatos de porra em grande quantidade dentro dele. Logo em seguida, Paulo gritou muito alto e gozou também com o pau ainda latejando no seu cu. Sem tocar no pau, Paulo gozou intensamente. Eu vi a felicidade estampada na cara dele. Dei um sorriso demonstrando a cumplicidade explicitada por nós dois, dois homens negros.
O momento esperado há dias por nós dois foi envolvido por infinitos prazeres para os dois. Exaustos nos olhamos com a certeza de que a partir daquele momento não nos desgrudaríamos mais, que viveríamos novos momentos de prazer em breve. Optamos por não nomear o que viveríamos a partir de então porque para o nosso encontro o mais importante foi o sentir. Para que nomear o que é sentido?
Paulo e Tobias, dois homens negros que se encontraram neste universo tão grande e que puderam viver um maravilhoso momento de felicidade. Desejamos que todos os homens se permitam viver algo semelhante ao nosso encontro divinal.
Tobias. Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2020.


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Ficha do conto

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tobias

Nome do conto:
Paulo, o homem do km 32

Codigo do conto:
169776

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/12/2020

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