Sobre lençóis desfeitos,os corpos acelerados pela ânsia de se tomarem, ao som de uma sinfonia original, feita de gemidos e sussurros, de risos roucos, contidos entremeando urros de prazer. Ele ansiava vê-las juntas, vê-las sucumbir à vontade de se terem, vê-las passar das palavras aos atos e, por isso, demorou-se em preparos, em detalhes. Dissimuladas elas ansiavam por sentir o olhar dele cravado nos seus beijos, nas suas carícias, no massagear das suas línguas, nos beliscares dos mamilos, nas mãos exploradoras que aqueciam a pele e a libido lasciva uma da outra. Perderam-se na novidade, nos sorrisos cúmplices, na descoberta de um corpo novo que sabiam, no íntimo, como tocar. Comprovaram, por si, que o que as unia transcendia a matéria concretizando-se nelas, na carne, na beleza do corpo que cobiçaram e desafiaram, que excitaram e provocaram. Uniram as bocas, num beijo único, num beijo arauto dos seus desígnios, um beijo que lhes selou os destinos e culminou num sorriso cúmplice, num assentir de vontades, numa declaração de intenções. Pouco a pouco, entregaram-se ao prazer que o prazer da outra lhe proporcionava. Ele mantinha-se à distância, observando cada gesto, cada avanço, cada alça de soutien retirada, cada calcinha exígua que deslizava lentamente na suavidade da pele arrepiada, da pele salgada e doce que contrastava e se completava em simultâneo, cada investida em direção a uma entrega. Ouvia os sussurros que elas deixavam escapar, os gemidos gementes cada vez mais intensos até que elas reclamaram a sua companhia. Envolveram-se num beijo a três, num encaixe de bocas, num misturar de sabores. Sentiu nelas os resquícios do que elas já haviam provado e cresceu. Queria provar por si e sentir-se invadido pelo gosto do prazer. Elas sabiam que era hora de tomar conta dele e de se repartirem, de se desdobrarem num triângulo funcional e de se partilharem solidariamente. Queriam-no. O seu membro depressa foi alcançado por duas bocas que haviam idealizado um beijo permeado pelo alvo da luxúria, um lamber que culminaria no entrelaçar das suas línguas, um símbolo da perfeição da sua postura perante a vida, perante o prazer, perante o gozar puro e pleno. Depressa trocaram de posições, a vontade de se multiplicarem e de serem onipresentes acelerava nelas os movimentos. Na boca dele surgiu outro sabor e o seu membro era agora manobrado por outra língua, por outras mãos. Os beijos intensos, longos, molhados, ensandecidos sucediam-se. O toque premente, ansioso, louco, permissivo. O desejo de entrar e de preencher, de sentir entrar e de se sentirem preenchidas tornava-se cada vez mais notório e os movimentos espelhavam a vontade que os consumia. Entrou nela, saiu dela... Entrou nela, saiu dela.... Entrou nela, saiu dela... Entrou nela, saiu dela... Determinado, aplicado, investido em lhes dar o prazer que idealizavam não descansou enquanto não as sentiu gemer aquele gemido inconfundível, aquele grito sufocado, aquele espasmo surpreendentemente apaziguador. A posição dos corpos regeu o orgasmo singular que cada um sentiu. Um clitóris lambido até à exaustão, um penetrar até à explosão, um grito de loucura em uníssono. A busca do prazer tornara-se missão, projeto, jogo. E é neste jogo sem regras, apenas as que o corpo dita, que se perdem em idealismos, em vontades, em desejos a partilhar concretamente. É no jogo da partilha que sabem ganhar mais. Porque há partilhas que configuram verdadeiras multiplicações e não divisões. E fazendo as contas, o prazer repartido mostra-se simplesmente e substancialmente maior: O dobro, o triplo, o múltiplo. O denominador comum é sempre o prazer. Jaziam agora, ofegantes e suados, escorrendo resquícios de prazer, sinais de sexo e luxúria..
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bela linguagem poética, corpos se misturando, se esfregando, se possuindo, se penetrando e gozando aos prazeres do sexo esplendido, parabéns pelo relato, pelas fotos, foda boa pra caralho