Sentando sobre...

No feriado chuvoso, segura de si, fruta madura plenamente consciente do seu sabor, requebrando as ancas fartas, farta-se dele em frisson de cavalgada , seu ventre traçando o caminho como uma bússola. A mulher quando resolvida, mais açoitando que estocada entre as coxas, provoca um frevo doido encaixada sentada sobre seu homem. Para ela os mistérios deixam de existir.
No feriado chuvoso, o quarto da pousada em Gonçalvez ainda amanhecido em pleno entardecer, segura de si, mulher-loba uivando baixinho o momento selvagem, pele eriçada, eriçando dentro de si o com-penetrado amante. Cativante, devoradora, embriagante.
Mulher-loba apertando as coxas como num tango à volta da cintura do homem sua caça, recolhe em si, zelosa, a seiva farta da glande transbordante. Fruta madura plenamente consciente da sua colheita.
Mulher-loba em feriado chuvoso, uma fonte de energia em suspensão, perfume forte, voz quente, paixão incandescente, rasgando a tarde, a noite, a madrugada, acelerando o ritmo novo anunciando que vai gozar.