Depois de finalmente ter um momento de felicidade eu resolvi me entregar na vida bandida, eu tentei amar e ser amado, mas isso definitivamente não era para mim, Ryan passou a ser meu amigo de bebida, como ele também estava superando um término a gente passou a sair quase todos os dias para várias resenhas, sempre que ficávamos bêbados ele ia atrás de alguma menina e eu de algum cartinha para ficar, Jana ficou muito chateada com a gente por achar que tanto Ryan quanto eu estávamos traindo o Diogo e isso resultou quase no fim da nossa amizade, ninguém entendia que o Di e eu tínhamos “aceitado” o término e nem contei sobre nosso acordo de um dia voltar se nos cruzássemos de novo (em partes o que me motivava a não querer me relacionar com ninguém, queria estar livre para quando ele voltasse), Jana também estava irritada com o Diogo por ele parecer não se importar quando ela contou sobre minha nova fase, em paralelo a minha vida de farra com o Ryan, minha amiga Carol finalmente havia me convencido a ir para o Judô, mas depois de uma aula eu vi que não era minha praia, porém como os meninos eram gente boa acabei criando o hábito de ir ver o treino.
Os treinos de Judô aconteceriam a noite em um centro comunitário que tinha no nosso bairro, todos eram bem legais,mas quem acabou me chamando atenção e aos poucos foi criando um vínculo de amizade comigo foi o Marcos (ele era moreno e mais baixo que eu, tinha um corpo magro mas era até gostoso por causa dos treinos), Marquinhos como todos o chamávamos era muito simpático desses caras que você gosta de graça, e de cara nossas vibes bateram, falávamos sobre tudo e ele era muito de boas com o fato de eu ser gay, eu até achava ele bonito, entretanto nunca dei em cima primeiro porque ele era um ano mais novo que eu (lembrando que nessa época eu estava com 17),segundo porque ele era hétero e por fim ele ficava com minha amiga Carol (um detalhe eles eram primos), os treinos aconteciam as terças e quintas, e nas quintas tínhamos o costume de sair para comer algo depois do treino, normalmente um sorvete ou alguma outra besteira na rua, depois que comíamos eles dois iam me deixar em casa e seguiam a praça onde eles ficavam (porque a família deles não sabia), Carol estava mesmo gostando dele e ele parecia gostar mesmo dela.
Nas férias do meio do ano eu já tinha aceitado em fim meu termino e já era o “terror da vila e de todo estado”, nunca me permitia ficar mais de uma vez com alguém e Ryan era meu fiel cúmplice de rolês, sempre que algum carinha vinha para tentar algo mais sério comigo o Ryan espantava o cara falando que era meu namorado e que tínhamos uma relação aberta (Jana acreditou que estávamos namorando mesmo e parou de falar conosco por conta disso), voltando as férias do meio do ano eu soube que a Carol iria viajar para o interior com os pais e que passaria o mês sem treinar, a priori pensei em não ir assistir aos treinos, mas como eu meio que já era amigo do pessoal e o professor não se importava de que outras pessoas vissem o treino eu resolvi ir, na terça quando me arrumava para ir ao treino Ryan apareceu lá em casa me chamando para ir em um rolê em um bar de Reggae, então chamei ele para ir comigo ver o treino e que de lá poderíamos sair, ele topou (o Ryan era muito o amigo do “bora”), por ser um mês de férias tinham menos alunos, logo que cheguei vi o Marquinhos que veio me cumprimentar com um abraço como sempre fazia, porém quando ele viu Ryan do meu lado ele ficou mais tímido,
Eu: Marquinhos, esse aqui é o Ryan o meu… (antes que eu pudesse responder Ryan completou minha frase)
Ryan: Namorado. (Ryan era muito zueiro e nunca perdia a oportunidade de deixar as pessoas sem jeito)
Eu ri involuntariamente e foi aí que Marquinhos ficou tímido mesmo, imaginei que uma coisa era saber que eu era gay e outra era ver, mas logo ele se recompôs,
Marcos: Oi Ryan, é um prazer conhecê- lo.
Ryan apertou a mão dele e foi treinar,
Eu: Você não tem jeito né.
Ryan: Que estraguei teu esquema?
Eu: Claro que não, ele é hétero e fica com a Carol minha amiga.
Assistimos ao treino, no final me despedi de todo mundo e fomos para o bar. Na quinta feira fui novamente ver ao treino e quando cheguei Marquinhos já estava se aquecendo, quando me viu veio me cumprimentar,
Marcos: Seu namorado não vem hoje?
Eu: Não, ele não é meu namorado era só zueira, ele até é hétero.
Marcos: Ah, pensei mesmo que vocês eram namorados.
Eu: Não, Ryan é só meu melhor amigo.
Marcos: Vocês são bem próximos mesmo.
Não tinha percebido que enquanto Marcos treinava ele conseguiu observar que Ryan e eu éramos "próximos", ele voltou para o tatame e eu fiquei vendo o treino, no final fui me despedir da galera e quando fui me despedir dele ele pareceu surpreso,
Marcos: Ué, não vamos comer?
Eu: Eu pensei que a Carol não está aqui, você não iria querer.
Marcos: Nada, eu to com fome, podemos comer um pastel hoje?
Fomos comer pastel, e tudo ia normal até então não tinha visto maldade em irmos sozinhos até porque Marcos e eu éramos amigos, quando terminamos de comer ele fez questão de me deixar em casa, nos abraçamos e ele foi embora, não sei explicar mais aquele abraço me exitou, mesmo depois de treinar Marquinhos ainda estava bem cheiroso, fiquei com aquilo na cabeça, porém no dia seguinte deixei para lá, na terça da outra semana fui para o treino e quando estava quase chegando vi Marcos na rua, o comprimente e ele veio e me abraçou,
Eu: Não vai treinar?
Marcos: Vou sim, é que esqueci minha faixa em casa e to indo pegar, você pode ir comigo?
Eu: Claro, vamos lá.
Marcos morava perto do centro comunitário, ele morava com os pais e mais três irmão, sua casa era simples, mas bem arrumada, seus pais estavam na sala e nos cumprimentamos, seu irmão mais velho passava mais tempo na casa da namorada, o outro estava na faculdade e o mais novo viajou junto com a Carol para o interior, fomos até seu quarto que ele dividia com o irmão mais novo, o quarto estava meio bagunçado e ele demorou um pouco para achar a faixa até me pediu ajuda para procurar, enquanto eu procurava em seu guarda roupa acabei achando umas revistas de conteúdo adulto,
Eu: Eu achei outra coisa aqui Marquinhos.
Quando ele viu ficou muito vermelho e praticamente arrancou as revistas da minha mão, não pude evitar e cai na risada,
Eu: Desculpa, desculpa, é normal cara, não precisa ficar com vergonha.
Marcos: Isso foi meu irmão que me deu quando soube que eu estava ficando com a Carol, ele disse que eu tinha que aprender umas coisas para não passar vergonha.
Eu: Você é virgem?
Marcos: Sou, mas não vai me zuar, sou muito tímido, a Carol foi a primeira menina que eu beijei.
Eu: Quer dizer que tu nunca beijou ninguém além dela?
Marcos: Não, mas como eu te disse sou muito tímido.
Ele realmente estava bem desconfortável então resolvi ser honesto com ele dividindo um pouco da minha experiência de como tinha ficado com meu amigo no ano passado e meio que eu era BV também até beijar o José (eu já tinha beijado só não conto porque foi selinho, beijo mesmo o primeiro foi com o Zé), ele parecia mais curioso do que tímido agora, claro que não falei sobre o sexo ai já seria muita informação, mas ele foi quem acabou me deixando meio sem resposta quando me perguntou como era beijar outro cara,
Eu: Mah eu realmente não sei te explicar, só sei fazendo (falei essa última parte meio que brincando).
Marcos: Então mostra.
Fiquei sem reação e no momento seguinte, aquele cara que eu achava fofo e não tinha interesse passou a ser um cara que despertava algo novo em mim, um tesão diferente e não resisti, num momento seguinte nossas bocas se encontraram e já tinha muito tempo que um beijo já não era o suficiente para acender um fogo em mim, sua boca era doce e nosso beijo começou de forma tímida, aos poucos meus braços foram encontrando o caminho para seu pescoço e os dele para minha cintura, quando senti seu pau duro isso me exitou muito naquele momento, o beijo foi ficando mais intenso, minhas mãos estavam em seus cabelos cacheados, nossas línguas estavam frenéticas, seu cheiro era doce, e sua boca carnuda era perfeita, eu não era o único que estava perdendo o controle, pós senti as suas mãos apertando minha bunda, e se sua mãe não tivesse chamado por ele antes de chegar no quarto ela teria nos pegou no flagra, sabe quando você está voando e vai pro chão de repente foi essa a sensação que eu tive e acho que ele também, tentamos nos recompor, quando a mãe dele finalmente apareceu na porta segurando sua faixa, eu estava sentado na cama e ele tentava da forma que podia disfarçar sua ereção, acho que a mãe dele não percebeu pois ele pegou a faixa e fomos para o treino, sem dar uma palavra, eu mal podia acreditar no que tinha acontecido, antes dele entrar no treino ele me olhou e disse,
Marcos: Podemos comer algo depois do treino hoje?
Eu: Sim, podemos sim.
Dava pra ver que ele não estava conseguindo focar no treino e toda aquela minha adrenalina estava começando a se transformar em medo, poxa o que eu tinha feito, estava tão dentro dos meus pensamentos que nem percebi que o treino tinha acabado, quando ele veio falar comigo eu já me preparava para pedir desculpas quando ele me surpreendeu mais uma vez,
Marcos: Fabio, desculpa eu não deveria é que eu estava curioso e …
Eu: Eu é quem me desculpo, não vai se repetir eu garanto.
Eu vi ele criando coragem e por fim falou,
Marcos: Podemos fazer só mais uma vez e aí depois a gente esquece, tipo a gente meio que já fez e então a gente termina hoje e morre aqui.
Eu: Tem certeza?
E ele discretamente pegou no pau por cima da calça do Judô me mostrando que estava com o começo de uma ereção…
No próximo eu conto como essa noite terminou e já adianto que não acabou nessa noite como queríamos.
DELICIAAAAAAAAAAA
Continua!
Só uma dica, enxuga os personagens, me perco todo.
Muito interessante, aguardando a continuação. Votado.