...
O primeiro dia na escola foi realmente para mapeamento do campus por parte da coordenação aos novos alunos e conhecer os novos integrantes da escola, já que todos que estava entrando comigo na turma eram novatos na instituição, portanto, foi um dia inteiro de apresentações de salas e laboratórios, ementas de cursos, professores, atividades esportivas, parte cultural e horários, eu teria atividades no campus o dia inteiro durante quase toda a semana, com exceção da sexta que só tinha atividades pela manhã, já estava prevendo o quão cansativo seria.
Na última meia hora antes da gente ser liberado, eles nos deixaram livres para que a turma se conhecesse melhor. Ficamos todos na sala e o pessoal começou a se enturmar, conheci dois meninos com carinha de nerd, o Ricardo que era um ano mais velho que eu, tinha 16, usava óculos redondo estilo Harry Potter, tinha cerca de 1,70cm de altura e era bem franzino, e o Luiz, que tinha a mesma idade que a minha, tinha um corpinho malhado, mas uma cara de bobo, daqueles que os valentões da escola tiram sarro e fazem hora. Os dois eram da cidade mesmo, moravam com seus pais e pensavam unicamente em estudar e jogar vídeo game, o que não eram coisas que me interessavam muito. Por mais que eu fosse tímido, sempre gostei de atividades mais diversas, sair de casa com amigos, viajar, conhecer novas pessoas e ter novas experiências, e isso fez com que a nossa conversa fosse um pouco travada, apesar de serem caras bem legais.
Além deles, conversei com outras pessoas também, algumas meninas que eu tinha certeza que nos tornaríamos muito próximos, pois tinha uma vibe muito divertida e, assim como eu, se soltavam com facilidade, era a Ana, a Letícia e a Beatriz. Pelo que eu entendi durante nossa conversa, as três já se conheciam desde a infância e se esforçaram para passarem na prova da instituição e entrarem juntas, que foi o que acabou acontecendo.
Enquanto ainda estávamos conversando, dois meninos começaram a se aproximar e chegaram perguntando se nos importávamos deles fazerem parte da conversa, pois estavam meio deslocados. As meninas de pronto disseram que não havia problema. Quando eles se aproximaram eu estava e cabeça baixa mexendo no celular, e apenas ouvi o que eles perguntaram, seguido da resposta das garotas, quando levantei a cabeça, tomei um susto, eram gêmeos idênticos e muito lindos, com um porte atlético invejável e corpos bem mais robustos do que meninos da minha idade.
Passado o impacto da primeira impressão, de pronto lhes disse que por mim também não tinha problema, no que eles agradeceram e se apresentaram. Seus nomes eram Fred e Cauã, tinham 17 anos, os dois eram branquinhos, cabelos loiros, ambos com 1,85cm de altura, ombros muito largos, braços fortes, peitorais avantajados e coxas grossas. Eram idênticos em tudo, com exceção dos olhos. Cauã tinham os olhos azuis, por outro lado, Fred possuía um olho azul e o outro castanho, pois ele nasceu com heterocromia. Os dois disseram que moravam na cidade, mas seus pais eram do sertão do estado, portanto, eles moravam sozinhos.
- A gente veio morar aqui com 14 anos, porquê começamos a competir na natação por um clube da cidade, nossa mãe ainda passou alguns meses conosco e depois tocamos a vida e as responsabilidades sozinhos – Fred falou, nos fazendo entender como eles tinham corpos tão atléticos.
- Nossa, vocês são atletas? – Perguntou Beatriz, se aproximando um pouco deles e abrindo um largo sorriso.
- Somos, começamos a natação muito cedo, ainda éramos crianças e acabamos tomando gosto, desde os 10 anos a gente compete. Como nossa cidade é pequena e queríamos investir nesse lado atleta da gente, nossos pais nos trouxeram pra cá, pra que a gente tivesse mais acesso as competições e aos clubes.
- Cauã tomou a frente explicando pra Beatriz.
- Mas por que vocês estão entrando no ensino médio só agora com essa idade? Levaram bomba nos anos anteriores? Kkkkk – perguntou Ana, com um humor um pouco ácido, que os meninos aparentaram não gostar tanto.
- Na verdade não, sempre fomos alunos exemplares, mas quando estávamos com 15 anos conseguimos uma bolsa pra passar um ano e meio na Inglaterra em um intercâmbio com foco no esporte e no idioma, como nossos pais tinham condições de nos manter lá, além da bolsa que recebíamos, então fomos pra lá, ai tivemos que interromper os estudos por um tempo e estamos retornando agora, fazem só 6 meses que voltamos pro país – Fred falou de uma forma super educada, porém, perceptivelmente incomodado com a nova colega.
- Nossa, deve ter sido incrível essa experiência no exterior que vocês tiveram. – falei a eles de forma amigável tentando amenizar o clima estranho que havia ficado.
- Nossa, foi sim, nós aprendemos muito com essa viagem e voltamos com uma maturidade muito maior pras piscinas e pras competições, né Fred?! – Cauã disse olhando de mim pra o irmão.
- Ah com toda certeza, amadurecemos muito. – Fred falou com os olhos revezando entre o irmão e Beatriz.
O Cauã acabou me dando uma atenção maior do que eu esperava, sempre puxando assunto comigo, enquanto o irmão sempre puxava mais o papo pro lado das meninas. Todos nós trocamos redes sociais e nos seguimos, conversamos mais um pouco e nos despedimos, pois já estávamos liberados para irmos para casa.
Na saída, as meninas foram juntas para casa no carro do pai de Letícia e eu fui descendo para a portaria. Como já estava anoitecendo e eu nunca havia pego ônibus a noite, optei por pedir um uber, por segurança. Antes de pedir o carro no aplicativo, Cauã e Fred se aproximaram de mim perguntando como eu iria pra casa, querendo dividir o uber comigo. Perguntei onde eles moravam e me explicaram mais ou menos onde ficava, descobri ser um prédio num condomínio relativamente perto da casa de tia Marina, então, aceitei o convite e pedimos o carro.
Dentro do veículo fomos conversando, comigo sentado no banco da janela, Cauã no meio e Fred na janela oposta à minha. Percebi que durante todo o percurso, sempre que Cauã ia se dirigir a mim pra falar, ele olhava me encarando muito, fazendo um contato visual direto, o que me deixava um pouco envergonhado, e eu sempre tentava desviar um pouco do olhar dele. Isso não o intimidou, pois percebi que ele continuou agindo da mesma maneira.
Os meninos desceram primeiro e eu segui pra casa. Chegando em casa, encontrei com tia Marina que estava na cozinha fazendo algo para a janta.
- Oi meu amor, como foi seu primeiro dia na escola nova? – perguntou ela me puxando para um abraço e dando um beijo na cabeça.
- Oi tia, foi ótimo. A escola é incrível, tem um monte de salas, muitos laboratórios e é muito grande, nunca entrei em um campus tão grande, até me perdi logo quando cheguei kkk – falei pra ela retribuindo o abraço.
- Ai que bom que você gostou meu querido, e conheceu muita gente nova? – ela perguntou enquanto voltava para o fogão, estava fazendo risoto de camarão e tinha uma taça de vinho na bancada que ela estava bebendo, acredito que da mesma garrafa que ela usou para fazer o risoto.
- Sim, conheci muita gente legal, até dividi o uber com os gêmeos que estudam comigo, eles moram aqui perto da sua casa. – falei enquanto tirava o tênis e levava para a lavanderia.
- Que ótimo que já está fazendo amizades. – Ela estava focada mexendo sua panela – Seu primo já chegou também, está lá em cima, disse que quando você chegasse era pra passar no quarto dele que ele quer falar algo contigo. Você aproveita já toma seu banho e desce com ele pra gente jantar, é o tempo que eu termino de fazer nossa comida.
- Tá bem tia, vou lá tomar banho e ver o que o Júlio quer comigo – disse isso pegando minha mochila que estava na entrada e subindo as escadas.
Já entrei no meu quarto guardando a mochila e tirando minha calça e camisa, ficando apenas de cueca. Fui guardar os livros que já havia recebido na escrivaninha e não percebi que havia deixado a porta do quarto entreaberta. Júlio abriu devagar a porta sem que eu percebesse, entrou no quarto na pontinha dos pés e falou alto:
- DELÍCIA, já está só de cuequinha.
Eu estava de cócoras guardando os livros e cai sentado no chão xingando-o. Ele veio me ajudar a levantar enquanto ria da minha cara.
- Por que não passasse no meu quarto? – Ele perguntou.
- Eu já ia lá, estava só guardando minhas coisas antes – Eu disse.
- Ia assim de cueca? – Falou enquanto me olhava com um olhar sacana.
- Claro que não né kkkk. Ia tomar banho antes, tô super cansado.
- Hum, ficar cheirosinho né?!
- Claro, tô só o cê-cê do dia – Eu disse rindo – Mas o que você queria falar comigo? A tia Marina falou que você disse pra passar no seu quarto.
- Nada demais – Ele disse chegando bem perto de mim – só queria saber quando eu vou poder usar esse corpinho de novo – o puto disse isso enchendo as suas mãos com meu pau na cueca.
- Você é um puto insaciável. – Eu disse rindo e me livrando das mãos dele.
- Sou sim, você sabe disso e adora – Disse isso me agarrando por trás, sentindo seu pau já duro no short de moletom que ele usava pra ficar em casa, sempre sem cueca.
- Mais tarde a gente conversa sobre isso – Eu falei enquanto dava dois tapinhas em sua bunda tentando expulsá-lo do meu quarto - Agora vai pro seu quarto que eu vou tomar banho pra gente jantar, sua mãe tá cozinhando pra gente lá embaixo.
- Vem cá, vamos transar agora seu gostoso, eu te ajudo no banho.
- Não, senhor – Empurrei ele até a porta - Você vai pro seu quarto ou vai descer pra ajudar sua mãe, enquanto eu tomo banho e desço pra gente jantar, mais tarde a gente assiste um filme juntos kkkk.
- Filme, claro que sim. Então tá bom. – Ele falou rindo com malícia.
Empurrei ele e parti pro banheiro pra tomar banho. Fiquei todo cheiroso e voltei pro quarto, me vesti e quando já estava pronto pra descer, vi que haviam notificações no meu celular. Baixei a barra de notificações e vi que haviam 3 likes em fotos minhas no insta, e uma mensagem no direct, todas as notificações eram do Cauã, a mensagem dizia “Nossa, esse lugar é incrível” junto a uma foto minha de sunga em uma praia que ele me enviou.
Fui ao seu perfil, curti também algumas fotos e lhe respondi no direct dizendo “É sim, adoro essa praia do litoral sul, vou todos os anos com meus pais”. Imediatamente ele visualizou a minha mensagem e respondeu “que massa. E nossa, você tem um corpo ótimo, onde se esconde tudo isso embaixo do uniforme da escola? Kkk”.
Eu fiquei um pouco impressionado em como ele foi direto, mas também não achei ruim. Respondi dizendo “Não tenho um corpo tão bom quanto o seu com porte atlético e um peitoral lindo, mas o meu é legalzinho até kkk”.
Bloqueei o celular, deixei na escrivaninha e desci pra jantar. Comemos e conversamos os três, depois a tia Marina subiu pra o seu quarto, enquanto eu e Júlio ficamos organizando a cozinha.
Eu estava lavando a louça, de costas para o Júlio que ficou organizando a mesa e guardando as coisas, quando ouvi ele dizer:
- Agora que estamos a sós, podíamos começar a brincar aqui mesmo, o que acha? – ele disse com um tom de voz que com certeza se eu virasse pra ver ele estaria com uma expressão extremamente safada na cara, mas não o fiz.
- Cê tá louco? Se sua mãe desce ai e nos pega no flagra? – falei enquanto lavava os pratos.
- Vem cá.
Quando eu virei o Júlio já estava com o moletom arriado e o pau duro pra fora me olhando com cara de puto safado.
CONTINUA...
Tou gostando dessa história de primos e descobertas rsrs.. Aguardando mas aventuras