Lonelyflyer coger ou amar?

Há nos homens certas atitudes que são incompreensíveis para mim. Tento encontrar uma explicação lógica e não consigo. Alguns tempo atrás um fornecedor de prazer após termos uma noitada prazerosa me disse que eu deveria tentar escrever uma espécie de "Dicionário de dúvidas macholatino". E é aí que estamos.
Falo do macho latino porque ele é o que mais me gera dúvidas, se eu morasse nos Estados Unidos seria o macho saxão, ou na China, o macho oriental. Mas eu moro na latina São Paulo e tenho tido parceiros casuais que realmente fazem coisas, e têm atitudes que me fazem pensar: o que está passando pela cabeça de cima desse espécime da raça humana?
Para corroborar a divagação acima transcrevo uma mensagem recebida “in box” do leitor “lonelyflyer” participante deste site: “Teria como escrever um conto com eu no meio? Tipo, uma fantasia erótica. Imagina uma história, imagina o que eu faria (sendo um virgem aos 25 anos) e explore a minha persona”. Tarefa difícil já que jamais encontrei um cara virgem. Não obstante propus-me atende-lo e a primeira providência foi ler tudo o que ele publicou neste site. Fantasiei um encontro onde pudéssemos discorrer sobre a dura realidade do universo feminino sob a ótica da fauna masculina de modo que eu pudesse dizer-lhe que prefiro foder a fazer amor. -Sim, eu amo foder! Foder tem força, e gosto de dizer: me foda! – Admito que “fazer amor”, é mais sutil, mais poético e Lonelyflyer pensou assim quando chegamos àquele motel na marginal do Pinheiros: “vou fazer amor com essa piranha”. É como se eu ouvisse seu pensamento: “ vou transar com ela, vou dar uma bombada nela, e vou perder a virgindade de uma vez por todas”.
Vamos fazer amor? - ele disse com uma voz boba. Foi tão engraçado porque depois das preliminares Lonelyflyer revelou-se um macho bruto no cio.
Mais tarde quando acordei o vi dormindo de bruços, completamente nu. Olhei com lascívia para sua bunda tão perfeita, tão redonda, tão dura. Parecia uma maçã que me convidava a mordê-la. Ela é branca e apetitosa. Tenho o privilégio de vê-la assim, em toda a sua grandeza erguendo-se do corpo como um pequeno platô afrodisíaco que provoca desejos em minha mente. Deseja tocá-lo, acariciá-lo, beijá-lo.
Minha mão direita começa a viagem do seu pescoço, descendo pelas suas costas e em círculos perfeitos massageia sua bunda, tão suavemente que parece que meus dedos não tocaram sua pele, tão branca, tão macia, quase sem pelos. Tão bonito. Isso me aquece.
Eu escuto enquanto Lonely respira profundamente adormecido, de vez em quando um ronco sai de sua garganta. Eu vejo como sua pele sob meus dedos afunda um pouco. Pequena impressão imperfeita do meu desejo.
Faz calor. Ele está transpirando, sua pele está coberta de um brilho especial, orvalho salgado que emerge de seus poros, meus dedos estão úmidos quando toco nele ensopado pelo esperma misturado ao meu gozo. Levo-os à boca para sentir o gosto salgado do seus sêmen.
Reconheço com meus dedos cada irregularidade de suas costas, estrada larga com ombros profundos. Acaricio seus bíceps como se fossem plasticina e os moldasse para mim, tudo no mais íntimo silêncio. O deus profano, que tem o meu erotismo, descansa e não quero perturbar o seu sono. Seus bíceps são grandes, dois blocos de granito. Eles são tão duros quanto seu pênis ereto (como ele estava duro durante a foda!), eu corro meus dedos sobre eles como se sentisse cada fibra de seus músculos.
Ele se move acomodando-se, sua respiração é agitada; Eu fico quieta, não quero o acordar. Quero desfrutar do seu corpo rendido a quem sabe que sonhos, talvez sonhe comigo nua, toda aberta, oferecida, o enchendo de prazeres, com mãos sedosas que acariciam a sua pele, gingando engatada ao falo que preenche totalmente minha vagina. Ele respira novamente, sua figura parece uma obra de arte na magnitude dos lençóis brancos. Debruço-me e começo a beijá-lo muito suavemente, como se Lonely fosse um frágil copo de vidro. Não quero interromper seu sono tranquilo. Beijos de sal e saliva que molham sua pele quente e branca, vértebra por vértebra, músculo por músculo, quando chego ao planalto branco paro em suas latitudes mais profundas e me abocanho dele.
Meu púbis se tornou uma enorme selva molhada, uma sensação quente de sexo inchado. Ele cresce em minha boca como manga suculenta. Meus dedos deslizam por ele, seu membro me pergunta palpitante se quero foder, mas prefiro esperar pacientemente com toda a paixão.
Eu beijo suas nádegas, o ponto exato da confluência de suas pernas. Adoro, estou maravilhada com este lugar tão profundamente seu. Minha língua acaricia seus testículos, meu rosto afunda, ali no calor dos trópicos proibidos.
Eu sei que ele está acordado, eu ouço os sons que o prazer provoca na sua boca, gemidos suaves que me excitam ainda mais. Eu sinto como ele se move para guiar meus beijos. Eu o chupo, eu o lambo, eu o sugo.
Estou ardentemente molhada, sento nele, abro minhas nádegas e apoio seu sexo em meu ânus. Sua boca exala gemidos de prazer. Eu começo a me esfregar. Mais e mais, para cima, para baixo, sensação maravilhosa. Uma e outra vez, viscosidade molhada levando ao orgasmo. Prazer ininterrupto dos deuses. Termino e deito de costas, me aproximo do seu ouvido, seu cabelo está molhado de suor, ele cheira a bebê, acaricio sua bochecha e digo: bom dia, amor.